Atendendo aos interesses da Igreja, certo dia meu pai autorizou que eu entrasse em uma das missões evangelizadoras. Para minha surpresa, a missão era em um presidio, onde converteríamos presos considerados de baixa periculosidade e bom comportamento, a capelania prisional. Fui animada para a missão, pois tinha a expectativa de que o Pastor Evandro me notasse como mulher.
Num espaço improvisado da carceragem, arrumávamos as cadeiras de plástico, improvisávamos um púlpito e era realizado o culto. É um trabalho humanitário, apoiado pelo estado e bem quisto pelos detentos. No fim, era oferecido um lanche e prestávamos a assistência espiritual individual a quem precisasse. Foi em um desses cultos que conheci Matias, um homem de 35 anos, pardo, de voz calma e olhos penetrantes. De estatura avantajada, sua presença era intimidadora. E o que não podia acontecer, aconteceu: eu me tornei sua confidente. Experiente, dono de excelente retórica e atencioso, durante meses conseguiu tirar de mim meus anseios, medos, decepções, conseguindo abalar minha fé, até então inquestionável. Eu ansiava por nossos encontros. Não pensem que era paixão ou algum interesse amoroso. Era algo diferente que não sabia explicar, como flertar com um abismo.
Comecei a sonhar com ele; sonhos obscenos e de dominação. Acordava suada e excitada. Como não eram sonhos de uma mulher cristã, me ajoelhava ao lado da cama, orando e pedindo perdão.
No dia de natal daquele mesmo ano, meus pais e minha irmã haviam ido até a igreja para ajudar nos preparativos do culto mais importante do ano. Eu fiquei em casa, responsável por recortar e separar o roteiro do culto e cânticos.
Quando terminava minha tarefa, a campainha tocou. Ao atender, para minha surpresa, era Matias no portão. Indulto natalino. Mesmo de estomago embrulhado, com o corpo tenso e todos os meus instintos dizendo o contrário, consenti que entrasse.
Ele mesmo trancou a porta atrás de si e disse:
- Agora somos só nós dois.
Sem cerimônia, me pegou pela cintura e me beijou. Tentei me desvencilhar, mas era como empurrar uma parede. Mordi seu lábio. Ele sorriu:
- Então vai ser assim?
Desferiu um forte tapa no meu rosto. Foi como se tivesse sido atingida por um tijolo. Pontinhos luminosos se formaram na minha frente. Com facilidade, abriu minha camisa. Botões se espalharam pela sala. Com a mesma violência tirou meu sutiã. Reagi arranhando sua bochecha. Outro tapa me atingiu. Desta vez quase me levou a inconsciência. Quando dei por mim, estava no chão com a saia já nos tornozelos. Num só movimento de Matias, senti minha calcinha rasgando.
Completamente nua, comecei a movimentar freneticamente as penas. Matias me pegou pelos braços, senti a gravidade libertando meu corpo, e me levantou na altura dos seus olhos. Com a mesma calma e serenidade de sempre disse:
- Agora chega, né?
Me virou contra a parede. Com uma das mãos, segurou meus pulsos para o alto. Com a outra, tirou o cinto e completou:
- Quantos golpes de chibata você me disse que Jesus recebeu? – perguntou de maneira irônica.
- Qua-Quarenta. – respondi sôfrega.
E começou a me golpear. Batia nas coxas, nádegas e lombar, contando lentamente com sua voz calma. Quando terminou o castigo e me soltou, caí de joelhos sobre seus pés. Tirou a roupa na minha frente e acomodou metodicamente as peças numa cadeira da cozinha.
Agachou-se e enfiou seu dedo na minha buceta delicadamente. Mostrou-o lambuzado de lubrificação e completou:
- Eu estava certo a seu respeito... acabou de apanhar como uma puta, sabe o que vai acontecer a seguir, e ainda assim está excitada como uma cadela no cio.
Deitou-se sobre mim no chão mesmo. Seu torso, todo tatuado de imagens profanas. O tipo de pessoa que não devemos nos aproximar, mas que queremos salvar. Seu membro duro não encontrou resistência em me penetrar. Minha virgindade, a única virtude de uma mulher evangélica, já não significava nada. Senti minha buceta dilatar com o volume. Suas estocadas eram violentas e profundas, um misto de dor e prazer. Não demorou e me entreguei. Uma onda de prazer e espasmos tomou meu corpo. Em meio ao êxtase, se pôs de pé deu, uma volta com a mão em meus longos cabelos, e me colocou de joelhos. Recebi seu membro negro e vascularizado na boca. A mesma que só deveria ser utilizada para louvar e orar a Deus. Seu gosto era forte e me deixava em uma posição de submissão, ao quase me sufocar quando atingia minha garganta. Não demorou para que seu sêmen inundasse minha boca com seu gosto amargo. Engoli tudo e, de maneira quase instintiva, lambi o que restou em seu pau. Quando me soltou, estava exausta e ofegante.
Sem dizer uma palavra, vestiu-se, jogou um pedaço de papel no chão, e foi embora.
Levantei e fui me olhar no espelho. Apreciei minha pele, o corpo magro, os seios volumosos e duros, o cabelo castanho e volumoso... pecadora, me vi mulher pela primeira vez. O corpo, todo marcado do castigo, começava a doer. Recolhi e escondi as roupas rasgadas e encobri qualquer evidência do que havia ocorrido. O papel que deixou eram instruções dos documentos e procedimentos necessários para visita-lo na cadeia. Não disse nada para meus pais e fui ao culto como se nada tivesse acontecido. As cintadas doíam, mas só conseguia me concentrar no gosto de esperma na boca e minha boceta que ainda latejava, umedecendo minha calcinha quando pensava no que havia ocorrido. Louvei
e orei em estado de lascívia.
O ano começou, e no primeiro dia para visitas, estava na fila. Fila interminável, composta basicamente de mulheres de todas as idades e algumas crianças.
Na triagem da carceragem, fui encaminhada para a sala de revista intima. Duas carcereiras me aguardavam. Mandaram que me despisse. Nua, mandaram que desse uma volta com os braços abertos. O corpo todo marcado ainda das cintadas. Em seguida mandaram eu agachar três vezes e tossir. Nervosa e num estado de excitação sem igual, ao executar os movimentos, um fio de lubrificação se formou indo da minha buceta até a altura dos joelhos. A carcereira notou e, diante do meu embaraço, comentou gargalhando:
- Vocês, marmitas de malandro, já chegam aqui aquecidas. Liberada vagabunda!
Fui encaminhada até o pátio onde Matias me aguardava. Sem dizer uma palavra, me conduziu em direção as celas. O lugar era abafado e tinha cheiro de banheiro recém lavado.Estava escuro. Toalhas cobriam as janelas de forma improvisada. As celas, abertas, estavam divididas por lençóis presos nas paredes. Pelos vãos era possível ver os casais, fodendo como animais, suados devido à falta de circulação do ar. Alguns no chão mesmo, sobre finos lençóis. Outros, nas pequenas camas e beliches da carceragem. O silêncio prevalecia, mas os murmúrios e gemidos ecoavam como uma música de fundo libidinosa. Eu já havia escutado relatos das visitas intimas, ao que as mulheres se sujeitavam, mas nunca imaginei que fossem tão degradantes e com tão pouca privacidade.
Ao chegar na cela, Matias pediu que eu tirasse as sandálias antes de entrar. O chão era de concreto, frio e grudento. Senti nojo e um arrepio percorreu meu corpo. A cela também estava separada por um lençol. Há poucos centímetros de nós, um casal transava e gemia.
Mandou que eu tirasse minha roupa. Obedeci. Cerrei os olhos esperando que ele me agarrasse com violência. Pediu que eu me sentasse no beliche e aguardasse. O casal ao meu lado continuava transando freneticamente. Eu estava com medo e minha vontade era fugir, mas algo me prendia. Fiquei sozinha um instante, mas pareceu uma eternidade. Matias voltou com uma “amiga”, uma travesti chamada Sheila. Os únicos traços de feminilidade dela eram a maquiagem, o cabelo cumprido e as roupas curtas e agarradas. Tudo o mais era masculino, escandalosamente masculino.
- É essa. – disse Matias
A travesti abriu minhas pernas e pediu que ficasse calma. Senti um arrepio quando ela lambuzou meu sexo com espuma gelada, esparramada com um pincel de barbear. Com uma gillette, em poucos movimentos, raspou todos os meus pelos pubianos. Me colocou de quatro e repetiu o mesmo procedimento no meu cú. Depois fez o mesmo nas pernas. Com uma tolha toda puída, eliminou o excesso de espuma e conferiu o trabalho que havia feito. Deu um tapa na minha bunda e mandou que me sentasse de frente, na ponta do beliche.
-Agora vem a parte difícil. – disse com a voz forçadamente fina.
Pegou uma agulha relativamente grossa e esterilizou num copo com álcool. No mesmo Instante, Matias sentou-se ao me lado, enfiou um pano na minha boca e imobilizou meus braços. A travesti puxou um pouco de pele acima do meu clitóris e atravessou com a agulha. Senti uma dor lancinante e me contorci inteira. Dei um grito abafado pelo tecido que quase me sufocava. Depois da agulhada senti ela pendurar algo no orifício que havia feito. Com um espelho em mãos, mostrou o seu trabalho: um piercing circular com a letra “M”. Sem dizer nada, ela foi embora.
Matias me colocou de pé na sua frente, observando meu corpo que o pertencia.
- Agora você parece uma mulher. – disse.
Depois fez com me ajoelhasse na sua frente e recebesse seu pau na boca. O mesmo sabor forte invadiu meus sentidos, a combinação de suor, porra e mijo. Alguma coisa tomou o meu corpo. Chupei-o com o mesmo fervor que antes usava para louvar a Deus. O tesão da carne era maior que o regozijo da alma.
Já estava em transe quando ele me pegou pelo pulso e colocou de quatro no pequeno beliche. Seu corpo naquele ambiente lusco-fusco era mais negro.
- Hoje é dia de estrear esse cuzinho. – anunciou.
Senti uma dor forte e seca quando seu pau venceu a resistência das pregas do meu cú. Sem conseguir abafar meus gemidos com a mão, Matias pegou sua camiseta, enrolou formando quase uma corda e passou na minha boca, segurando cada ponta com umas das mãos, como se fosse um cabresto. Dessa forma me controlava e desferia ao bel prazer as estocadas em meu cú. O curioso é que, embora não sentisse o prazer físico, só dor, a degradação e a submissão me deixavam absurdamente excitada. Em determinado momento, Matias podia obter de mim o que quisesse.
Em um movimento brusco levantou-se, agarrou-me pelos cabelos, enfiou o pau até minha garganta, gozando na sequência. Me manteve naquela posição por alguns segundos enquanto urrava de prazer. Em seguida me largou desfalecida no chão, enquanto meu corpo se contorcia do orgasmo que a foda e a breve privação de oxigênio trouxeram.Antes que estivesse recuperada mandou eu levantar e ir embora. Completou que me esperava para a próxima visita.
Num impulso que não sei explicar, me levantei e cuspi em sua cara.
- Quem disse que eu vou voltar? Você não passa de um animal imundo, só mais um presidiário! – gritei.
Ele riu e respondeu:
- Eu sei que você vai. Eu posso estar encarcerado, mas sou mais livre que você.
Toda dolorida, fui embora para casa cheia de dúvidas, mas com uma certeza: ele estava certo e eu iria voltar.
A visita a Matias mexeu mais com a minha cabeça do que com o corpo. Nos primeiros dias tive que tomar cuidado para esconder da minha família os hematomas que ele tinha deixado. O pingente genital que ele havia mandado colocar também não deixava esquecê-lo. Ficar sentada nos dias que se seguiram era uma tortura à parte. Procurei uma farmácia longe do bairro que morava e, com indicação da balconista, comprei saches para banho de acento.
Não conseguia me concentrar. Minha vida era monótona e meu corpo parecia ter acordado. Em meio ao culto, orando ou louvando a Deus, era normal as imagens e sensações tomarem meu corpo, deixando minha calcinha completamente molhada. Comecei a me masturbar compulsivamente duas ou três vezes por dia. Bastava siriricar o pingente preso ao meu clitóris por alguns minutos para gozar intensamente. Após o orgasmo, sentia uma culpa devastadora. Baseado nas histórias de cristãos que ouvia, comecei a praticar autopunição. Peguei uma cinta do mau pai e, nua, ajoelhada em grãos de milho ou feijão, castigava meu torso com cintadas enquanto orava ou lia trechos da bíblia. De nada adiantou. A dor se tornava tesão. Sem calcinha, um fio de lubrificação escorria da minha buceta a ponto dos pingos se aglomerarem no chão. Meus mamilos endureciam pedindo para serem chupados e mordiscados. Essas sessões sempre acabavam comigo me masturbando no final... para depois me punir novamente num círculo vicioso que se repetia.
Certa noite sonhei que fui para o inferno. Lá fui recepcionada pelo Diabo em pessoa. Com um gesto minhas roupas se queimam e fico nua em sua frente. Ao contrário de Eva depois de provar do fruto da sabedoria, não sentia medo ou qualquer vergonha. O anjo caído era alto e tinha a pele avermelhada, sebosa e suada. Da sua fronte nasciam dois chifres assimétricos. Seus olhos eram negros e não tinham alma. Os dentes eram amarelados e sujos, e o rosto de um anjo envelhecido. Da cintura para baixo ostentava os membros de um bode. Em meio as pernas, um pau enorme recoberto de pelos. Ele se aproxima e me beija. Seu hálito é putrefato. Sua língua bipartida suga a minha. Me coloca de quatro no chão e penetra meu cú com violência. Arranha minhas costas sem dó e morde meus ombros deixando pequenas lacerações na pele. Em meu ouvido, com sua voz gutural, diz que “sou profana demais até para ser mãe do seu filho”. Satisfeito, levanta-se e goza em um cálice dourado, ornamentado com crucifixos invertidos e imagens de anjos mortos em batalha. Estende-o para mim. Ajoelhada em sua frente, encarando-o, bebo sua porra como uma eucaristia profana. Deito no chão, abro minhas pernas em posição ginecológica, repouso a mão em meu monte de vênus e, com os dedos, abro os lábios da buceta me oferecendo. Ele sorri, deita sobre mim e, preste a me foder, acordo. Estou ofegante e suada. Pareço ter um rio entre as pernas. Invés de assustada, estou em um estado de excitação que nunca me encontrei. Termino eu mesma o que o Diabo não teve tempo de fazer. Um orgasmo convulsivo me deixa exausta. Adormeço desejando que Morfeu me leve ao inferno novamente.
Depois daquele sonho estava decidida a não ir mais para a Visitação. Porém, quando o dia chegou, sem nenhuma surpresa, eu era uma das primeiras da fila da carceragem.
Logo passava pela humilhação da revista intima novamente. A mesma carcereira da primeira vez, satirizou:
- A Marmita voltou e já foi marcada. – referindo-se ao pingente genital que ostentava.
Caminhei apressada até a cela de Matias. Ao chegar, foi pega de surpresa: em um colchonete atirado no chão, ele estava ajoelhado, comendo de quatro uma garota linda, da minha idade. Sua pele branca e cabelos loiros contrastavam com a de Matias que a estocava com força. Seu pau negro e grosso avançava cada vez mais fundo na xoxotinha rosada e depilada da garota, que se esforçava para conter os gemidos cobrindo a boca com as costas das mãos.
Mesmo ciente da minha presença continuou a foda. Me senti frustrada e humilhada. Por outro lado, era excitante assisti-lo em ação. A maneira como conduzia o ato e a energia que empregava. Quando finalmente gozou, levantou-se, veio até minha direção e ficou imóvel por um segundo. Mal estava ofegante, as narinas levemente dilatadas. O pau continuava duro, brilhando ainda da lubrificação que o cobria. Senti o impacto da palma da sua mão atingindo meu rosto e me arremessando ao chão. Com os olhos mareados e zonza perguntei por quê?
- Por ter voltado e pela cuspida da última visita. – respondeu.
Nua, abraçando as pernas sentada no colchonete, a outra garota parecia aguardar ansiosamente.
Matias retirou alguma coisa debaixo do colchão e arremessou ao chão. Ela avançou em direção ao minúsculo pacote plástico como um cachorro atrás de um petisco. Em frenesi rasgou o pacote e despejou o pó cuidadosamente no chão. Praticamente deitada, segurou com uma das mãos os belos cabelos loiros e, com o dedo indicador da outra, tapou uma das narinas aspirando o pó em seguida. O pouco que sobrou e não conseguiu aspirar, umedecendo a ponta do indicador, recolheu e passou pelas gengivas, como se escovasse os dentes com o dedo. Fechou os olhos e o seu semblante parecia ao de alguém que passava por uma experiência mística. Seu corpo, no auge da sua beleza, contrastava com aquela cena degradante.
Sentado ainda nu no beliche, Matias explicou:
- Essa é a puta do Pedro. O coitado acabou na enfermaria ontem e a vagabunda, sem saber, acabou aparecendo. Como bom parça, mandou para eu experimentar. Aqui não gostamos de desperdiçar nada. Só pediu para eu não bater. Puta de chefão tem esses luxos. Além de gostosa pra cacete, chupa que é uma beleza e, apesar da quilometragem, tem uma xaninha apertada de virgem. Tava pronto para varar e descobrir se o cú da patricinha é apertado também, quando você apareceu. – contou. - Pô, se o Pedro tivesse aqui podia mostrar você para ele, deixar dar uma provada e ver se rolava uma troca. Se bem que, pensa, quanto eu teria que voltar? É como querer trocar um Fusca por uma BM. Mas, pensando bem, essa vagabunda é cara e você não me custa um tostão. – ironizou me humilhando.
E continuou:
- E veja, levar vara sem reclamar, dar o cú e beber leite de macho é pré-requisito mínimo de toda vadia, não qualidades. Agora, encontrar uma cheirando a leite, que gosta de apanhar e ser humilhada, e ainda deita a cabeça todo dia no travesseiro achando que é santa ao invés de puta, é ganhar na loteria. – filosofou sobre minha natureza.
Ainda assim, mesmo depois da humilhação da revista intima, de encontrá-lo fodendo outra, do tapa desferido e de sua língua ferina, desejava que repetisse aquilo que fazia tão bem e o motivo de eu estar lá: me fodesse.
- Como hoje é dia de fartura, com dois filés como vocês, e temos uns minutos ainda, quero que as duas façam um showzinho, se pegando, para mim. – Matias interrompeu meus pensamentos.
Confesso que demorei para compreender a frase, já que tal coisa na época era desconhecida e inadmissível para mim.
Minha companheira de cela veio em minha direção com a intenção de me beijar, logo depois da ordem que recebemos. Senti repulsa e virei o rosto. Diante da resistência sussurrou em meu ouvido:
- Aqui dentro quem manda são eles. Assim que passamos por aquele portão só nos resta obedecer. Os carcereiros e funcionários estão pouco se lixando para o que acontece dentro das celas. Para eles somos piores que os detentos, estamos aqui por livre arbítrio. – explica. - Relaxa, deixe que eu conduza tudo. Prometo que você vai gostar. – tratou de me acalmar.
Me encarando com um leve sorriso ela me despediu cuidadosamente. Seus lindos olhos azuis analisavam cada detalhe do meu corpo.
- Uau, essas roupas que você usa escondem um conteúdo maravilhoso! – elogiou.
Ajoelhamos uma de frente para outra no colchonete encardido. Ela me beijou, seus lábios eram mais macios que sua pele. Não demorou para que a leve eletricidade do tesão movesse as engrenagens do meu corpo. Sua mão desceu até minha buceta e começou a me massagear. Seu toque era leve e certeiro. Logo seus dedos estavam cobertos com a minha lubrificação, que ela usou para umedecer meus mamilos e chupá-los. Me fez gemer com um sorriso no rosto. Cumprindo a promessa de conduzir, me colocou deitada, virou para os meus pés ajoelhando com a minha cabeça no meio. Baixou o quadril e começou a serpentear o corpo, esfregando a buceta em minha boca. Inebriada de tesão e perdida na carne, chupei sua buceta intensamente. Quando sua lubrificação intensificou, podia sentir claramente o cheiro e o gosto da porra de Matias. Ela inclinou seu tronco, senti seus peitos macios e quentes no meu abdômen. Entrelaçou os braços em minhas coxas e pôs-se a me chupar. Cutucava o pingente em meu grelo com a ponta da língua, depois o puxava de leve com os dentes. Nosso movimento era rítmico e delirante. Em determinado momento já não conseguia mais retribuir as chupadas que recebia. O calor tomou conta do meu corpo e já sentia os espasmos prestes a explodir dentro de mim. Percebendo que eu estava perto de gozar, minha companheira sentou-se de frente para mim passando uma de suas pernas por baixo da minha, como duas tesouras cruzadas. Aproximou seu púbis do meu até nossas bucetas encostarem uma na outra e começamos a nos esfregar. Senti nossas lubrificações se misturando. Os minúsculos pelos que nasciam após sua depilação, roçavam deliciosamente no meu clitóris e lábios. Nos demos as mãos e instintivamente uma puxava a outra com a intenção de aumentar a pressão e atrito entre nossas bucetas meladas de tesão. Gozamos no mesmo instante numa sincronia que não imaginava ser possível. Naquele período de “La petite mort”, permanecemos abraçadas no colchonete trocando caricias.
Matias se masturbava freneticamente sentado no beliche, levantou-se e gozou, em pé mesmo, em nossos corpos. Nesse momento a última sirene de aviso para as visitas partirem tocou.
Nos vestimos e antes de partir disse para Matias:
- Essa é última vez que você me vê!
Ele sorriu e retrucou:
- A mulher só se volta para Deus quando não tem mais o que oferecer ao Diabo. Não é seu caso.
Ao sair da carceragem, assim que recebeu sua bolsa de volta, minha companheira acendeu um cigarro. Esticou o braço e me deu um aperto de mão.
- A propósito, meu nome é Jessica. – disse.
Seu semblante era de uma pessoa arrependida e derrotada. Sua beleza era só um disfarce. Entre uma tragada e outra me disse:
- É lógico que você vai voltar. Você é o pior tipo de vagabunda que existe: a que volta porque é uma puta submissa apaixonada por um pau que, por acaso, pertence a um animal. Eu ainda tenho a desculpa de ser viciada e sustentada aqui fora.
Abriu a bolsa e retirou uma caixa de comprimidos dizendo:
- Me faz um favor? Use pelo menos isso e evite engravidar de um desses idiotas.
E assim partiu me deixando na rua.
Na terceira visita, Matias me fez cheirar pó. Depois me dividiu com o companheiro de cela. Ajoelhada, chupei os dois, para depois fazerem dupla penetração comigo, quase me rasgando. Foi uma experiência catártica, que se parecia com um sonho. Era como se eu me assistisse sendo fodida. Só voltei a mim dentro da circular, de volta para casa.
Constantemente arrependida, procurei o pastor Evandro para confessar meus pecados. Para nós, cristãos, a confissão é uma forma de se reconciliar com Deus, por meio da penitência. Sozinha com ele, aos prantos, contei dos sonhos, masturbações, das visitas intimas, da prática homossexual, de como me deitei com dois homens, da sodomia, consumo de drogas, e do prazer que sentia ao experimentar tudo isso. O pastor ficou atônito com o relato e disse que eu precisava de uma intervenção mais severa, pois o inimigo já tinha se apossado do meu corpo. Mandou que jejuasse por três dias e me abstivesse de qualquer desejo carnal. Depois marcou um dia da semana para que eu o encontrasse na igreja.
No dia marcado, o encontrei. Não havia ninguém na igreja e me levou para uma sala carpetada que servia de escola dominical. Me colocou sentada em uma cadeira, pegou a bíblia, impôs uma mão na minha testa e começou a orar fervorosamente lendo os salmos 90, 91, 67, 68... vociferava quase em êxtase, e começou a falar em línguas. Três dias de jejum tinham me enfraquecido e deixado minha mente enuviada. Me emocionei e comecei a chorar.
Mandou que ficasse em pé. Obedeci e começou a desabotoar minha camisa. Depois tirou a saia, sutiã e calcinha, me deixando completamente.
- Preciso saber se o diabo ainda se manifesta fisicamente em você. – justificou.
Bolinou meus peitos e beliscou meus mamilos, que ficaram duros. Depois enfiou a mão no meio das minhas pernas e massageou minha xoxota. Encontrou o piercing genital, e manipulando perguntou:
- O que é isso, irmã?
- Fui marcada... – respondi gemendo.
O Pastor esbofeteou minha cara com força e disse:
- O Diabo se manifesta em você! Você está excitada, não é mesmo?
Três dias sem masturbação, jejum, e os toques do pastor, fizeram minha xoxota babar.
- Estou, pastor... – respondi, tocando sensualmente os seios.
- Fica de costas para mim e apoia as mãos na parede. – mandou.
Obedeci e tirou cinta. Começou a espancar minha bunda com força. Vez ou outra agarrava meus cabelos e vociferava:
- Puta da babilônia! É disso que você gosta, não é?
- É! – gritava, rindo, já dentro da personagem.
Minha sessão de exorcismo era exatamente igual as que passam na tv de madrugada, mas numa versão XXX. O pastor baixou as calças e enterrou o pau na minha buceta.
- Só um varão ungido para te libertar. – disse, enquanto socava a rola dentro de mim.
Ser fodida de jejum era quase igual ser fodida drogada, uma experiência quase transcendental. Gozei já nas primeiras estocas, e novamente pouco antes do pastor me rechear de porra. Habituada, ajoelhei e chupei seu pau, a fim de consumir aquele melado de esperma e lubrificação. O pastor orava em línguas enquanto tinha outra ereção.
Me jogou encima da mesa e abriu minha bunda. Enfiou o pau ungido no cú e me fodeu com fé redobrada até gozar novamente. Arrumou-se deixando claro que eu precisaria de mais sessões de exorcismos. Assim, nos finais de semana era marmita e, nas quartas, puta da babilônia.
Adoramos! É algo para refletir, e claro, estar excitados. Bjos, Ma & Lu
Excelente história Fada, você nos joga nesse mundo cruel, de violência, de abandono mas um mundo de prazeres que são apreciados por poucos, da dor a submissão que leva consequentemente ao prazer. O choque das duas realidades na vida da devota evangélica, reprimida e através do abuso liberada foi sensacional. Parabéns mais uma vez!
Muito excitante. Votado.
Geralmente passo no site pra ler alguns contos e seguir meu rumo. Porque se crio uma conta, vou também escrever e ficar aqui produzindo me toma muito tempo. Mas dessa vez, após ler essa história, tornou-se impossível não parar para criar a conta, acessar e vir dizer: que texto é esse??? Muito bem produzido, do tipo que dá inveja. Excelente. Isso tudo fora a excitação, os embates mentais que fazem o leitor também pensar junto. Perfeita a introdução da outra, enfim, tudo. Nota mil
Muito bom! Estou rindo e excitada ao mesmo tempo.
Vc se supera, q tesão!
Essa é a verdade nua e crua das religiões evangélicas, pode parecer fictício esse conto, mas não é, esses "pastores" se passam por exorcistas do diabo mas o diabo são eles mesmos vivendo em luxúria e riqueza as custas dos otários que pagam dizimo
Muito bom votado
Ótimo conto gozei muito