Eu vivi alguns momentos de tensão quando não notei em minha mãe nenhuma intenção de sair de casa durante a tarde. Não era sempre que ela trabalhava. Às vezes, ela conseguia alguma faxina para fazer, então ia. Como meu pai trabalhava na estrada e só vinha duas vezes por mês em casa, às vezes uma, e nunca ficava mais do que três ou quatro dias, não tinha muitos motivos para ela trabalhar fora. Mas ela tinha uma casa onde toda semana ia fazer uma faxina. Uma colega do tempo da escola que tinha se dado bem na vida.
Pois bem, aquele era o dia de ela ir. Por isso eu havia dito ao Dênnys mais cedo que minha mãe iria trabalhar quando ele me perguntou e depois, simplesmente soltou um “mais tarde a gente chega por lá...Eu e o Ermano”. Confesso que não entendi nada, mas fiquei super ansioso. Tanto que tratei até de ajudar meu irmão na tarefa de casa para quando eles chegassem, se realmente iriam, eu não tivesse com o que me preocupar.
Pois bem, dado a hora de minha mãe sair, ela não pareceu nem um pouco como alguém que estava atrasada para o trabalho. Minha aflição acabou alguns segundos depois quando ela finalmente se despediu e disse que provavelmente chegaria um pouco mais tarde.
Meu irmão foi para seu lugar de sempre. Ele tinha seu repertório da tarde. Começava com o vídeo show, depois vinha o vale a pena ver de novo e seguia com sessão da tarde, malhação, novela das 18h até às 21h. Só parava nos horários dos jornais que ele detestava. Podia perguntar qualquer coisa que acontecia nas novelas que ele saberia dizer. Eu, particularmente, preferia um bom livro, se bem que, talvez, não houvesse muita diferença.
Dado um certo horário e nem Ermano e nem Dênnys apareciam, comecei a achar mesmo que eles não apareceriam. Resolvi, então, ir estudar. As provas finais do semestre estavam próximas. Em menos de semanas e já estaríamos nas tão esperadas férias de meio de ano.
Quando abro e livro, certo de começar a estudar, escuto Junior me chamar. Dênnys e Ermano estavam na sala. Dênnys já embrenhava uma brincadeira com Junior. Nem Ermano que andava na minha casa há anos era tão chegado assim com Junior. Aliás, quando vejo Ermano, ele não parecia nem um pouco animado.
-E aí, vamos estudar que essas provas tão chegando – Diz o próprio Dênnys assim que entro na sala, despede-se de Junior com um leve empurrão e um tapa na bunda e vai pro meu quarto antes mesmo de eu o convidar. Ermano e eu o seguimos.
Assim que entramos, ele mesmo trata de fechar a porta.
Meus livros ainda estavam na cama.
-Que bom chegaram para estudar, eu ia mesmo começar.
-Até parece – Diz Dênnys.
Olho novamente para a cara nada animada de Ermano.
-O que você tem?
Então Dênnys o abraço e lhe dá um beijo no rosto
-Ainda com raiva porque o tirei do time, meu deus!
-Amigos não descartam os outros quando eles adoecem.
-Você vai conseguir jogar? Se me prometer eu coloco você no time de novo? Mas se não jogar bem, eu te mato depois, E aí?
-Não, obrigado – Diz Ermano.
-Não fica assim. Tem a gincana quando voltarmos em agosto e Dênnys pode colocar você no time de novo, não é? – digo, olhando para Dênnys esperando sua confirmação.
-Você que manda.
-Okay. Se bem que como eu estou, não tenho forças nem pra estudar, quem dirá pra jogar. – Diz ele sentando-se na cama.
-Pra jogar não, mas pra fuder, neh – Diz Dênnys.
Ermano me encara. Eu, sem ter o que dizer, apenas dou de ombros. Não iria simplesmente negar que já tinha mesmo contado tudo o que tinha acontecido no dia anterior com Ermano.
Dênnys senta ao lado de Ermano na cama colocando o braço por trás da sua nuca e o puxando para mais perto.
-Qual é? Você sabe que não existe segredos entre a gente. Somos parças. Então, diz aí pra gente, como foi descabaçar nosso amigo Rafa? Você sabia que ele era virgem antes de comer seu bumbum? Aliás, e você, Ermanolito, tinha a bundinha virgem?
-Dênnys – repreendo-o. Não sabia se Ermano estava confortável com aquela conversa. Na hora começo a me arrepender de ter confidenciado aquilo a ele – Meu irmão pode escutar.
-Ele tem coisas mais interessantes para escutar na Tv.
-Não acho que Ermano queira falar sobre isso. Ermano, cara, foi mal.
-Tudo bem! Eu não me importo. – Ele diz – Você está bem interessado, não é, Dênnys? Queria ter participado?
-Claro. Eu prometi ao Rafa que iria ajudá-lo a perder a virgindade, mas, bom, eu estava pensando eu arrumar uma mina pra ele, você foi mais rápido, deu sua própria bunda.
-Cara, você está sendo um idiota. – Digo empurrando-o de perto de Ermano.
Definitivamente, eu duvidava que Ermano estivesse confortável com aquilo.
Dênnys começa a rir.
-Qual é? Eu estou zuando. Chamei o Ermano aqui para a gente se divertir um pouco. Três semanas doente. Merecemos uma diversão. Ele merece!
Olho para Ermano esperando que ele dissesse se os comentários de Dênnys estavam ou não chateando-o.
-É, na pior das hipóteses, ele tem razão – diz Ermano. – Ficar doente é uma droga.
-Tá vendo. Nosso amiguinho precisa de diversão.
-E o que você sugere, senhor da putaria? – Pergunto. – Não esqueça que meu irmão está bem aí na sala.
-Isso nunca nos impediu. Qualquer coisa, ele entra na brincadeira.
-Respeita meu irmão. Ele só tem **
-É quase a sua idade.
-Se manque.
Ermano apenas ria.
-Você é sem noção, mesmo. – Diz Ermano.
-Noção pra que? Entre a gente já aconteceu quase tudo. Você me chupou, chupou o Rafinha. O Rafinha chupou até o meu cu.
Apenas rimos.
-Sabe de uma coisa. – Digo – Você, Dênnys, não chupou ninguém.
-É verdade. – Ermano confirma.
-Tou fora. Não curto essas paradas.
-Ótimo. Não chupa, não é chupado. – diz Ermano e eu confirmo.
-Vocês estão de sacanagem!
-Falou e disse. – confirmo.
-Tá bom! Mas só com um acordo.
-Você e seus acordos. – Falo – Manda logo.
-Eu quero ver o Rafa metendo na sua bundinha igual vocês fizeram. – Ele diz a Ermano
Encaro Ermano. Ele parecia analisar a situação. Eu não falei nada, pois tanto queria ver Dênnys chupando alguém, como estava morrendo de vontade de meter no Ermano de novo. Então deixo a cabo de Ermano decidir. Ele simplesmente disse.
-Ok, mas digo logo que ele só vai meter a cabecinha.
-Beleza. Então, quem eu chupo?
-O Ermano – Adianto-me em dizer. Nada mais justo.
-Beleza. – Dênnys confirma.
-Mas, olhem só, sem barulho, meu irmão não pode nos escutar.
-Diga isso ao Ermanolito. Ele que terá motivos para gritar hoje.
Rimos os três. Pelo visto, os comentários nos tiravam mais risadas do que estresse.
-Vamos lá, meu filho, tire logo essa roupa. O Dono da vez é você hoje. Vai levar uma chupada e uma rolada. – Diz Dênnys a Ermano já ajudando a livrar-se da camisa.
Eu vou logo indo para porta vigiar que meu irmão não aparecesse. Tínhamos sorte de ter um corredor de 4 metros entre meu quarto e a sala. Enquanto isso, Ermano se livra de toda sua roupa ficando completamente pelado. Ele sempre fora um garoto magro, mas três semanas doente o tinham deixado ainda mais. Eu quase conseguia contar suas costelas. Mesmo assim, ele não deixava de ser um cara atraente. Seu corpo magro conseguia me deixar bastante excitado em cada oportunidade de admirá-lo. Seu pau estava bem duro já. Assim como Dênnys, tinha poucos pelos. Eu era o único dos três com pouco hábito de aparar os pelos. Começo a pensar em passar a fazer. Dênnys empurra Ermano na cama e ele cai deitado com as pernas para fora. Com isso, Dênnys se ajoelha entre suas pernas, assim como eu tinha feito com ele, e simplesmente assim, começa a chupá-lo. Se você visse Dênnys em qualquer lugar que fosse, a única coisa que você não o imaginaria fazendo seria ajoelhar-se e chupar o pau de outro cara, e era exatamente o que ele fazia naquele momento sem demonstrar nenhuma dificuldade ou receio.
Naquele momento essa questão toma minha mente. Quando chupei o pau do Dênnys tive um pouco de dificuldade tanto que até ele chegou a reclamar. Mas nem Ermano na primeira vez que chupou Dênnys como Dênnys chupando-o naquele momento despertou reclamação um do outro por estar fazendo algo errado.
Mas os pensamentos logo foram substituídos com a vibração do meu pau me lembrando que ali na minha frente o cara mais palhaço da escola estava simplesmente chupando a rola do meu melhor amigo, e ele gemia deliciosamente.
Nessa hora escuto meu irmão chamar. Dênnys e Ermano não dão nenhum sinal de que iriam parar por isso. Então simplesmente saio do quarto e fecho a porta e vou direto para sala antes que Junior viesse ao quarto.
-O que foi?
-Estou com fome.
-Eu vou preparar café e mamãe deixou dinheiro para comprar pão. Estamos só terminando uns exercícios de matemática. Você pode esperar só mais um pouco?
-Claro que posso. Você e seus amigos gostam mesmo de estudar.
-Pois é! – Digo e volto para o quarto. Verifico se não tinha ficado nenhum volume evidente no meu calção que pudesse gerar suspeita. Não tinha!
Quando volto para o quarto, uma surpresa, eles realmente não tinham se preocupado em parar. Pelo contrário, Dênnys estava completamente pelado já e praticamente de quatro no chão chupando Ermano.
Minha nossa! Aquela cena me deixa ainda mais excitado. Como se fosse possível. A bunda de Dênnys naquela posição era de deixar qualquer um louco de desejo. A minha vontade era ir para trás dele e roçar minha rola naquele rabo. Já trato de colocar meu pau para fora e começar uma punheta admirando aquela cena.
Vejo Ermano erguer sua perna e apoiar seu pé na cama. Dênnys faz a mesma coisa com a outra perna dele, e Ermano fica com as duas pernas apoiada na cama dando uma boa visão agora de sua bunda. Depois de chupar a rola de Ermano com Maestria, Dênnys desce sua língua pelo seu saco até sua bunda. Aquilo tudo estava me matando de tesão.
-Pronto, deixa eu preparar o caminho para nosso amigo – Diz Dênnys e deita Ermano agora com a bunda para cima.
E então abrindo as nádegas dele, simplesmente cai de boca no cu de Ermano. Eu já estava com uma vontade imensa de gozar só assistindo aquilo. Dênnys chupava o cu de Ermano com um desejo fenomenal, e Ermano, por sua vez, gemia a ponto de morder os lábios.
Dou uma última olhada no corredor e ligo o foda-se. Desligo-me completamente com a preocupação de que meu irmão logo ali na sala e começo a tirar toda a roupa. Ou eu entrava logo naquele jogo, ou simplesmente ia acabar gozando só assistindo aqueles dois se divertindo.
Aproximo-me dos dois e sinto o cheiro de rola e bunda dominando o ambiente.
Dênnys se levanta e dá um tapa na bunda de Ermano.
-Vamos, a vez de vocês. – Ele olha para mim e diz – Por isso você gosta de chupar um cu, essa porra é boa.
Ermano já ia se deitando na cama.
-Deitado não. De quatro. - Diz Dênnys
-Tá maluco. Não aguento deixar meter tudo.
-Calma. Ele não vai meter tudo, não é, Rafa?
Apenas dou de ombros.
-Mas fica de quatro que é melhor – Diz Dênnys e ajuda Ermano a se posicionar de quatro no canto da cama. Deixando sua bunda bem na minha altura. Como ele era magro, ficando de quatro deixava seu cuzinho bem à mostra. Era uma delícia.
-Vamos lá, cachorrão. Agora é o seu show. – Dênnys me diz
Seguro a cintura de Ermano e pergunto.
-Tudo bem?
-Vai devagar – É a única que responde.
Posiciono meu pau na entrada do seu cuzinho e me preparo para pressionar.
-Espera – diz Dênnys e afasta meu pau da bunda de Ermano. Dá uma cuspida na mão e começa a lubrificar meu pau.
-Você não sabe nada de sexo mesmo. Vai, manda ver.
Coloco novamente minha rola na entrada do cuzinho de Ermano e começo a empurrar. Sinto a mão de Dênnys na minha bunda.
-Isso aí, rapaz. Vamos meter rola nessa bundinha.
Sinto a cabeça entrar. Ermano dá uma gemida gostosa. Dênnys dá uma pegada na rola dele e diz:
-Olha só, a rola dele tá vibrando. O safado tá curtindo uma rola no cuzinho. Vai, Rafinha, mete um pouco mais.
Ermano não dizia nada, apenas mordia os lábios.
Então empurro um pouco mais e sinto meu pau deslizando para dentro do cu de Ermano. Nossa! Meu tesão estava a mil, mas eu não queria gozar, eu queria aproveitar muito aquilo. Dênnys apertava minha bunda.
-Caralho, que loucura ver você comendo a bunda do Ermano, cara.
-Porra, tá doendo. - Diz Ermano
-Quer que eu tire? – pergunto, mas é Dênnys que responde.
-Não. - Ele vai até perto do rosto de Ermano e fala - Teu pau tá duraço, cara. Tu tá curtindo pra caralho. Deixa ele meter mais vai – Diz Dênnys e simplesmente dá um beijo nos lábios de Ermano. Aquilo me deixa pasmo. Um beijo. Assim. Eles simplesmente se beijam.
Ermano faz que sim com a cabeça, mas eu ainda estava assimilando o beijo. Então Dênnys me trás de volta com um tapa na bunda e dizendo
-Vai, putão, mete, ele quer.
E eu faço. Empurro um pouco mais e gemo assim que sinto meu pau cada vez mais fundo na bunda do meu melhor amigo.
-Aí, porra – escuto-o dizer. Eu já ia perguntar se ele queria que eu tirasse, mas o vejo se masturbando e gemendo, então percebo que ele estava mesmo gostando muito de tudo.
Nesse momento Dênnys puxa meu rosto e me dá um beijo. É muito estranho. Eu já havia beijando garotas. Era diferente. Os lábios de um cara eram mais grossos e rígidos. Ainda assim, curti muito. É um beijo leve e rápido. Sinto seus dedos mergulhando entre minhas nádegas e acariciando meu cu. Aquilo só fazia com que meu pau ficasse ainda mais duro dentro da bunda de Ermano. Como se isso fosse possível.
-Caralho, que cuzinho! – Ele sussurra no meu ouvido enquanto acariciava meu cu – E aí, tá gostando?
Eu sinceramente não sabia a que ele se referia. Ao fato de eu estar comendo o Ermano ou ele acariciando meu cu.
Ele não espera minha resposta.
-Olha esse safado aguentando rola no rabo. - Ele pega na rola de Ermano e começa a bater uma punheta. Eu já sentia minha rola inteira dentro do cu dele. Começo a fazer os movimentos leves de vai e vem. Ele gemia baixo.
-Vai, safado, goza com essa rola no rabo, vai.
-Porra, eu vou gozar...Aí...caralho...porra - Ermano gemia entre reclamações de dor e expressões de desejo.
-Eu quero meter nessa bundinha também, hein – Diz Dênnys.
-Vai, porra, mete logo no meu rabo, caralho – Diz Ermano entre gemidos.
Então eu tiro de vez o pau da bunda dele. Apesar do tesão sinto um aroma desagradável, mas sabia bem do que aquilo se tratava. Dênnys toma meu lugar. Fico imaginando se Ermano iria aguentar. Meu pau e o de Dênnys não tinha muita diferença de tamanho, mas o dele era bem mais grosso.
Dênnys começa a meter na bunda de Ermano bem devagar, e eu vejo sua rola deslizando lentamente para dentro do cu dele. Ermano morde seus lábios para conter o grito, mas diferente do que eu esperava, não pede para parar. Ele havia se entregue ao prazer. Vejo-o empinar ainda mais a bunda para receber a rola de Dênnys.
-Isso, putão, empina esse rabo pra mim, vai. Toma a minha rola, safado.
Assistir Dênnys metendo na bunda de Ermano estava fazendo meu pau tremer de tanto tesão. Eu via sua bunda rebolar de acordo com que ele mexia seu pau dentro do cu de Ermano. Aquilo me dava muito tesão. Vou, então, para trás de Dênnys e roço meu pau na bunda dele.
-Isso, safado. – Ele fala. – Olha só, Ermano, o Rafinha roçando na minha bunda enquanto eu como teu rabo.
Posiciono meu pau entre as nádegas de Dênnys.
-Ei, safado, come meu cu não.
-Só a cabecinha – digo
-Não, seu puto. Mete rola no meu rabo não.
Então eu passo o dedo no cuzinho dele e ele geme.
-Isso, só o dedinho vai.
-Assim - Digo metendo só a pontinha do meu dedo no cuzinho apertado dele.
-Isso. – Ele diz entre gemidos;
Nesse momento Ermano começa a gozar, e melhor, ele nem sequer estava tocando no pau.
-Caralho, o puto tá gozando só com a rola no cu. Isso safado, tu gosta de rola no cu, né? Goza dando essa bunda, seu putão, vai. Goza com minha rola nessa rabão, caralho - Dizia Dênnys metendo com mais vontade no cu de Ermano. Então ele tira o pau e começa a gozar na bunda de Ermano enquanto eu metia o dedo no cu dele.
Eu acelero minha punheta e começo a gozar também.
Depois disso desabamos os três na cama, completamente exaustos e fedendo a suor, gala e seja lá o que aquele fedor significava.
-Merda – digo
-O que foi?
-Meu irmão quer merendar.
-E eu também – Diz Dênnys ofegante.
Limpamos tudo. Disfarçadamente, para que meu irmão não notasse, Ermano vai ao banheiro se lavar. Depois eu, e depois Dênnys. Definitivamente precisávamos.
Depois preparo café e Dênnys vai comprar pão. Lanchamos os quatro. Antes de irem embora, Dênnys diz para mim e Ermano
-Se ficar só entre nós, pode acontecer mais, não é?
Eu e Ermano confirmamos com sorrisos.
Eu simplesmente não deixei de pensar em tudo o que aconteceu. Em tudo. A foda. Os beijos, tudo simplesmente me deixava excitado só em pensar. Naquela noite, antes do dia amanhecer, eu cheguei a bater três punhetas. Uma no banho e duas antes de dormir. Poxa, eu ainda estava muito duro.
No dia seguinte, como sempre, nem tocamos no assunto na escola, mas percebi que Ermano e Dênnys estavam bem mais próximos. Conversavam e interagiam como eu nunca tinha visto.
Estávamos na última semana de aula. Na semana seguinte seriam as provas, e depois os primeiros jogos do interclasse e então as férias de meio de ano
À tarde, quando fui ao treino, encontro Dênnys no meio dos caras, e eles riam bastante. Com certeza Dênnys fazendo mais uma das suas piadas. Aproximo-me e ele diz
-Ta aí o amigão dele. Perguntem a ele. Eu não sei de nada.
-O que foi?
-Os caras tão aqui falando que o Ermano queima, é verdade? – diz Josuel.
Eu apenas rio. Fico sem jeito com a pergunta. Ermano era muito na dele e vez ou outra aparecia alguma brincadeira dele ser gay, mas eu nunca tinha dado importância;
-Sei lá – apenas respondo.
-Viu. Deixa o cara. – Diz Dênnys – Só porque o cara é na dele – completa com tom de gozação.
-Vai, cara. Tu é amigão dele. Ele é ou não é. - Josuel insiste.
Os caras ficam lá insistindo no assunto e me colocando no meio da discussão. A conversa estava tão descontraída, e a gente se divertia tanto, eu sabia que Ermano não apareceria, pois não estava mais no time, então que mal tinha entrar na brincadeira?
-Ah, ele deve ser. Tem mó jeitão, sei lá. Ele deve curtir.
-Tão vendo. O amigão dele que tá dizendo – Diz Dênnys e todos nós caímos na gargalhada. Eu também entro no ritmo.
-Sim, e daí se o cara curte uma rola. Deixem o cara - Digo tanto para fazer uma graça como para mostrar que aquilo não merecia importância. Mas foi uma piada infeliz no momento errado
De repente todo mundo ao invés de rir, tentam engolir o riso e esconder as risadas. Quando olho para trás, lá estava Ermano nos encarando com a decepção estampada no rosto.
Fico sem ação.
Ele vira as costas e vai embora. Os caras caem na gargalhada com o comentário de Josuel.
-Ela ficou brava.
A minha vontade era de ir atrás de Ermano e me desculpar, mas na hora, Dênnys me abraça e eu resolvo ficar. Era melhor. Ir atrás dele só iria gerar comentários. Então forço uma risada junto com os outros.
Só no dia seguinte, que era sábado, resolvo ir na casa dele me explicar. Ele nem me convida a entrar. Conversa comigo na calçada mesmo de sua casa.
-Tudo bem? – pergunto na cara mais lisa.
-O que você acha?
-Cara, desculpa. Era só brincadeira.
-Brincadeira pra quem? Fazer piada comigo é brincadeira desde quando para vocês?
-Ermano! Não surta, cara. Você sabe como os caras são.
-Sim, eu sei. E eu esperava isso deles. Até do Dênnys, mas não de você.
-Eu sinto muito!
-É. Deve sentir. Sabe o que é pior.
-O que?
-Eu sou gay. E sempre achei que se chegasse a ter que contar isso um dia pra você, você entenderia, mas pelo visto entendi errado.
-Espera..o que?
-É, Rafa. Eu sou gay mesmo. Pode continuar as piadas com seus amigos.
Ele já ia entrar, mas o impeço.
-Espera, cara. Para com isso. Você não é gay. O que a gente faz é só brincadeira...É só entre a gente, poxa. É só curtição. Não significa que...
Ele me interrompe.
-Rafa, eu já era gay antes disso. E só me arrependo de ter dado pro Dênnys. O idiota já tinha vindo aqui várias vezes e tentado e eu sempre dizia não. Até me tirou do time por causa disso. Mas fiz porque estava com você. Fui idiota em confiar nas pessoas erradas porque vocês me transformaram em piada.
-Cara, o que você está falando? – Eu estava completamente perdido.
-Quer saber! Esquece tá. Esquece do que fizemos e esquece da nossa amizade. Ficarei bem melhor longe de gente como vocês.
-Cara! Poxa, o que você estava fazendo lá? Você nem ia trenar.
-Pergunta pro Dênnys. Ele que me disse que você queria falar comigo e eu fui. Agora me deixa em paz e vai pros seus amigos
Ele entra e me deixa sozinho na calçada de sua casa.
Eu estava pasmo. Tinha sido muitas informações em pouco tempo. Vou andando para casa pensando em tudo o que Ermano havia dito. Alguns metros de minha casa e sinto um estalo.
Droga, eu havia entendido tudo.
Desvio o caminho e vou para onde realmente deveria ir.
Dênnys trabalhava, às vezes, na loja de sua irmã que ficava na esquina de minha casa.
Ele estava lá quando chego. E sozinho.
-E aí, parceiro. – Ele diz ao me ver.
-Você planejou tudo ou só foi arriscando e deixou acontecer?
-O que?
-Sabia que o Ermano iria chegar, por isso me induziu a falar mal dele.
-Do que você está falando?
-Você sabia que o Ermano era gay. Fez visitas a ele com outras intenções em outros dias.
-Fala baixo.
Abaixo o tom de voz.
-Você ficou chateado porque não conseguiu o que queria. Tirou ele do time. E ficou ainda mais quando soube que ele tinha feito comigo o que não quis fazer com você. Por isso o levou lá em casa, por isso armou tudo aquilo.
Ele me encara.
-Eu avisei a você que ele curtia.
-Por que fez ele ver eu falando aquelas coisas?
-Qual é? O que você queria? Os caras já comentavam sobre ele. Todo mundo sabe dele. Só você que se fazia de doido.
-Ele é meu amigo.
-Sério? E Você fez piada dele pelas costas.
-Você manipulou.
-Você falou. Foi você. Não importa que eu manipulei algumas coisas. As piadas e as risadas vieram de você.
Analiso. Ele tinha razão. Não adiantava querer culpá-lo. A culpa era minha.
-Esquece esse cara. É bom que se afaste da gente mesmo.
-O que?
-Você acha mesmo que é bom sermos visto pra cima e pra baixo com ele? É bom que ele nos deixe em paz mesmo. Fica tranquilo. Ele consegue novos amigos. Tá cheio de bicha na escola.
-Dênnys.
-Oi?
-Vai se ferrar.
-Qual é, cara?
-Não fala mais comigo – digo e me viro para ir embora. Apenas escuto-o dizer enquanto me afasto.
-Qual é, cara? Deixa disso. Nossos somos brothers, mano. Você vai vacilar comigo assim?
Continuo meu caminho. E ainda o escuto dizer.
-Quer saber? Vai se ferrar você? Você vai ver que tá tomando a decisão errada. Eu sou seu mano, pô...Vai se ferrar, seu otário.
Eu não volto. Tento novamente me desculpar com Ermano, mas meus comentários daquele dia na roda com os caras repercutiram pela escola e os boatos de Ermano ser gay se espalharam gerando comentários ofensivos e brincadeiras de mal gosto que ele foi obrigado a aguentar.
A única vez que Ermano olhou na minha cara foi para dizer que eu não dirigisse mais a palavra para ele.
Com Dênnys, eu tentei manter as aparências pelo menos até o dia do jogo. Jogo no qual perdemos de 4 x 2. Depois disso deixei bem claro que não queria mais a sua amizade. Ele apareceu na minha casa algumas vezes, mas eu pedi que fosse embora. Até que ele finalmente desistiu e não deu mais as caras.
E assim eu entrei de férias, sem falar com meus dois únicos amigos.
Eu estava me sentindo péssimo com tudo aquilo. Mal conseguia dormir direito. Teve uma noite, no começo de minhas férias, como eu sempre costumava dormir cedo porque acordava cedo para ir à aula e passa a tarde treinando, nesse dia eu não consegui dormir, mesmo assim fiquei deitado de olhos fechados tentando encontrar o sono. Não sei exatamente que horas eram quando escuto uns barulhos familiares. Abro os olhos e vejo meu irmão batendo uma punheta na cama dele. Nem fazia ideia de que ele já fazia isso. Ele devia pensar que eu estava dormindo. Fico observando até ele terminar e depois finalmente caio no sono.
Bom, essas foram minhas primeiras experiências que tive com meus amigos durante o ensino médio. Hoje eu tenho 36 anos, sou casado e tenho uma filha. Resolvi vir aqui compartilhar essas experiências com vocês. Espero que tenham gostado.
Claro, durante todo o ensino médio, eu ainda vive muitas experiências e situações inusitadas.
Mas depois, talvez, eu conte a vocês
Seus contos são os melhores. Sempre acompanho! Esperando as próximas aventuras!
Delicia adorei, espero mais
Eu sou louco para ver alguma brincadeira entre Júnior e Denys, mesmo já tendo acompanhado esses contos kkk
Excelente, como sempre! Qual a próxima saga, Nill?
Aahhh, conta mais por favor!! Como eles estão, como ele ficou depois de tudo, nunca mais se falaram? Por favor!!
Delícia mano , que foda gostosa . Muito bom esse conto ! Quero mais sobre você o Dênnys e Josué , só continua pfv !