CAPITULO A17 – A primeira vez tudo é estranho...

Foram 14 dias intensos vividos em São Luís que ainda era comentado e festejado em Santo Ângelo do Paruá, as meninas não cansavam em falar e mostrar as medalhas e Madre Teresinha parecia nunca sair daquela euforia divina, segundo ela.
– Jorge... Ah, professor... Veja como tudo parece mudado - estavam sentados no peitoril do pátio – Meu bom Jesus, isso parece um sonho.
– Não se cansa de falar, minha querida... – acariciou a mão da amiga e protetora – A senhora também mudou...
Aos poucos a vida retornou aos eixos da normalidade, Angelina ia todo final de tarde buscar a sapequinha, mas eles sabiam que era ele quem ela ia ver.
– A velha está toda assanhada tio... – Angélica sentou no colo dele – Esse danadinho deu nova vida pra mamãe madre...
– E quem não vê a felicidade estampada no rosto da doutora? – acariciou a perna da garota e a mão de Jorge – Esse moleque tem um dom divino e... Só não aprovo alunas no colo de professores, levante dona Angélica, respeite seu professor – deu um tapinha na perna da garota.
– É meu paizinho madre! – sorriu e sentou do lado dele – A senhora é uma chata!
– Que é isso Gelita! – Jorge não gostou.
– Deixe professor, alguém tem que ser chato para colocar ordem senão vira bagunça – sorriu bonachona – E ele não é seu pai, menina levada...
– Namora com minha mãe, então é quase meu pai... – viu Clarisse conversando com umas colegas e correu para elas.
– Essas meninas são fogo, se der a mão logo querem o pé... – também levantou – Deixe eu cuidar da vida... Não esqueça a reunião de hoje...
A madre saiu e ele continuou sentado, o retorno para casa foi uma festa, a mãe e a irmã eram cada dia mais mulheres que se desdobravam em carinhos e atenção. Estranhou não haverem feito cenas de ciúmes quando contou sobre Angelina, a filha foi a única que pareceu entristecer, mas não se opôs e parece ter aceito.
– Tio, a mamão quer falar com o senhor – Angélica entrou em sua sala depois da reunião mensal.
– Porque ela não entra? – Angelina escutou e entrou – Você é meio bobinha, porque não entrou?
Angelina sorriu e se abraçaram. O dia foi mais quente que o normal e o corre corre entre o escritório e o fórum tinha minado as forças, a blusa ensopada de suor.
– Pensei que estava trabalhando...
– E estou! – ela viu a pilha de papéis jogados na carteira – Preciso terminar esses relatórios, já me cobraram na reunião, mas... Que assunto é esse?
– Nada não... – sentou na cadeira, a filha sentou em seu colo – É que é sexta-feira e...
– Ela tá te convidando pra jantar lá em casa... – a garota cortou – Tu vai?
– Claro que vou, por sinal estava mesmo pensando em tomar umas biritas(1) lá hoje...
– Epa! O Senhor está pensando que minha casa é botequim? – Angelina brincou.
– Cê chata mãe... Eu preparo aquela caipirinha que tu gosta... – levantou, beijou o rosto dele e saiu.
Não foi em casa, apenas ligou avisando que jantaria com a namorada. Não esperava aquele tanto de comidas e não estranhou o carinho das duas.
– Foi tua garota quem fez o jantar... – Angelina abraçou e se beijaram – Tu já conheces os exageros dela... Não queres toma banho antes...
– Não mãe, a gente vai dar uns mergulhos, não é Jorge? – a sapequinha pulou em seus braços – E... Ela quer te contar uma novidade... – beijou os lábios e piscou para a mãe.
– Essa moleca não tem vergonha, é uma sem vergonha... – deu uma palmada estralada na bunda da filha – Veste pelo menos uma camisa filha...
– Tá calor mãe e o Jorge não liga... – desceu e puxou os dois pelas mãos e correu para a pequena piscina retangular na área ao lado da casa.
Angelina ainda tentou soltar a mão e parar, mas a sapeca correu e se atirou na piscina levando os dois juntos.
– Sua maluca! – Angelina correu atrás da filha – Olha o que você fez!
A sapequinha ria às gargalhadas e fugia dos ataques quase histéricos da mãe e Jorge não reclamou, apenas sentou na borda e tirou o tênis ensopado. Tinha acostumado muito rápido com as brincadeiras, ás vezes fora de limite, daquela garota que soube se fazer presente.
Levantou e pegou o uísque na prateleira da churrasqueira e tomou uma dose e sentou tirando a camisa, lembrou do celular no bolso da calça – era o terceiro em menos de dois meses – e lembrou da viagem de volta.

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(Em um domingo de noite, antes do jantar, dentro do ônibus, há 22 anos)
– E aí Gelita, gostou? – a garota estava deitada em seu colo.
– Adorei... Mas sabia que ia ser bom...
– Sabia como?
– Ora! Só de ficar perto de ti já seria bom... – sorriu olhando para cima – Mas agora tu não vai poder mais se esconder, tem a mamãe...
– Eu nunca me escondi...
– Não é esconder de esconder, é esconder de não querer ficar comigo...
– Ué? Eu nunca disse que não queria ficar com você...
– Tu tá entendendo... – sorriu e acariciou a perna dele – Poxa! E a gente tava com medo das meninas do Ceará...
– Será que vera medo mesmo ou só fingimento? – tirou a mecha de cabelo caída na testa – Você deixou a menina a ver navios...
– Navio não sei, mas sei que deve ter visto minha bunda... – riu – Também nem sei mais se eu tive medo de perder, tu sempre me incentivou, me deu forças...
– É para isso que servem os técnicos – recostou a cabeça na poltrona relembrando a prova – Você quase fica com a de ouro...
– Eu não queria a de ouro, mas queria a de prata.
– Porque você não queria a de ouro?
– Tinha de ser da Celeste... – virou de lado – Ela nada melhor...
– Um segundo não quer dizer nada... – cofiou os cabelos negros lisos e macios – Acho até que chegaram empatadas... Esse um segundo foi por ela ser... – calou, não queria falar sobre a cor da pele de sua aluna, mas outros técnicos levantaram essa hipótese que tinha achado absurda.
– As meninas... As outras da prova viram o vídeo... – também ela tinha suas dúvidas – Mas acho que ela ganhou mesmo...
Calaram cada um com suas impressões. Celeste tinha subido com Patrícia e as outras malucas que passaram a tarde torrando o saco no deck inferior, iam jantar em Serrina no Morro.
– Jorge... – quebrou o silencio – Tu gosta de mim?
– Tu sabes que sim, sapequinha. Gosto muito de você e de sua mãe...
– Da mamãe ninguém duvida, mas...
– Você tem duvida que eu goste de você? – brincou acariciando a costa e ela levantou a blusa – E não é por causa de sua mãe, você já tinha me conquistado com suas traquinices.
– Eu sou meio doidinha mesmo – sentia o corpo zunindo pelas carícias – Mas... Como é que tu gosta de mim?
– E tem maneira diferente de gostar?
– Claro que tem! – girou o corpo e olhou para ele, a blusa no meio da barriga e a saia quase mostrando a calcinha com bichinhos coloridos – Tu gosta da mamãe como mulher, da Celeste também e como tu gosta de mim?
– São três mulheres... – olhava para ela sem olhar de verdade – A Celeste... Não é gostar como o que tenho por você e por sua mãe...
– Não fala assim, sei que tu gosta dela.... Só que é diferente da mamãe... – suspirou e levantou a blusa mostrando os peitinhos, ele olhou e não falou nada – Mas tu comeu a bunda dela e... Isso não é gostar também?
– Ah! Cabritinha, você ainda tem muito o que aprender da vida... – no olhar uma expressão de carinho – Homem é bicho estranho... As vezes faz coisas que não deveria fazer...
– E com ela... Com Celeste foi um desses casos, tu não deveria ter comido ela, é isso? – segurou sua mão e colocou em cima dos seios – Mas ela queria...
– Se fizéssemos tudo o que queremos ia ser uma merda só... – riu, tinha escutado isso há muitos anos – Foi errado, mas.... Foi bom...
– Ela também gostou... Tu vai comer ela outra vez, não vai?
– Espero que não...
– E eu?
– O que tem você?
– Tu nunca quis me comer?
– Esquece isso menina, vai estudar, crescer e se formar... – sorriu e beliscou o biquinho do peito e ela gemeu não de dor, mas do prazer de ter sido beliscada – Você não passa de uma garotinha sapeca.
– Não sou mais garotinha... Já tenho até cabelo no xiri(2), quer ver? – não esperou que ele falasse, levantou a saia e abaixou a calcinha – Olha!
– Já vi... Você nunca escondeu... – riu e passou a mão sentindo os pelinhos negros macios – Mas isso não a faz adulta, ser adulto é agir da maneira certa...
– E qual é a maneira certa de agir pra ser adulto? – ele ia tirar a mão, mas ela não deixou – Tá bom assim, faz carinho...
Ele olhou para ela, a mão presa em cima da xoxotinha e pensamentos desconexos embrulhados dentro da cabeça.
– A porta está aberta... – foi a única coisa que lhe veio no momento.
Mas não esperava que ela levantasse e travasse a porta, nem que tirasse a calcinha e sentasse em seu colo escanchada de frente para ele.
– Você é mesmo muito maluquinha... – suspirou.
– Tu quer... Tu me quer?
– Você sabe que sim, mas não assim... – puxou a blusa cobrindo os seios – Quero você como amiga, como filha da mulher que... Que amo...
Angélica olhou dentro de seus olhos, sabia que ele não a via como mulher e nada o que falasse não iria mudar esse gostar que não era o gostar que ela queria.
– Tu faz um negócio pra mim?
– O que maluquinha?
– Não... Primeiro diz que faz e depois eu digo...
– Como vou dizer que faço o que não sei? – riu, parecia que tinha voltado a ser a menina levada que aprendera gostar, mas era engano.
– Tu não acredita em mim? – sorriu aquele sorriso de anjo – Fala! Tu faz?
– Faço...
– Tu promete... Tu jura que faz?
– Está bem... Prometo e juro que faço... O que é?
Ela sorriu e levantou e foi para o fundo do ônibus onde o colchonete estava coberto com um lençol branco roubado do alojamento.
– Vem! – ela chamou.
– O que você quer que eu faça?
Ela deitou, levantou a saia e abriu as pernas e ele gelou, não iria fazer aquilo.
– Isso não... – ficou parado olhando para ela – Levanta, já devemos estar chegando para o jantar...
– Não é isso o que tu tá pensando... – passou o dedo pela rachinha melecada – Quero um beijo... – ele suspirou aliviado – Daquele que tu deu na mamãe...
Ele olhou para ela, uma mocinha nua em seu quarto de ônibus querendo ser chupada.
– Você sabe que não vou fazer isso... – caminhou lerdo e ajoelhou ao seu lado sentando nos calcanhares – Já falamos sobre essas coisas...
– Tu não vai meter, só quero... Vem, por favor... Olha... – segurou sua mão – Eu juro que não peço mais nada... Olha... Ela tá querendo...
Era estranho ela falar como se sua vagina fosse outro alguém que não ela, mas não podia negar que alí não estava uma criança e nem uma mocinha recém saída das infância. Era uma mulher moça com todos os atributos que lhe atraia, só que sabia que Angelina jamais aceitaria um relacionamento a três, não depois daquela conversa tensa no quarto do hotel, mesmo que, depois daquela noite, tenha deixado de se importar que a filha ficasse nua em sua frente ou que sentasse nua em seu colo e, mesmo, que o tivesse atiçado e que tivesse sido chupada com a filha no quarto.
– Vem... Olha... – abriu mais as pernas e a xoxota com as mãos – Olha... – olhava para ele com um olhar lânguido de desejo – Ela tá querendo, vem Jorge... Só um pouquinho, vem...
Ele suspirou sorvendo o aroma de mulher que encheu o deck e ela teve certeza que ele também queria.
– Isso é... Loucura Gelita... Tua mãe...
– Ela tá no outro ônibus, vem...
Ele suspirou e se deixou levar. Primeiro acariciou o rosto e ela fechou os olhos, aproximou e beijou os lábios ressequidos e ela colocou a ponta da língua para fora e ele tocou com a sua, e sugou e beijou e a mão desceu acariciando o corpo deitado como se fosse um objeto de imolação. O cérebro martelava, bigornas, trilhos se chocando querendo lhe alertar, querendo que ele não se deixasse levar pelo desejo do momento, mas ele não ouviu e sde colocou entre as pernas abertas e acariciou, sentiu a maciez da pele, a umidade morna que minava de dentro daquela grutinha de sua perdição.
– Ui! Ui1 Ai! Hun... Ai! Ai! Ai! – ela gemeu ao sentir o toque da língua provando o suco impregnado no seu grelinho – Hun! Isso... Jorge... Ai! Tio, ai tio... Ui! Ai tio... – a voz um fio jogado fora da boca a cada toque, a cada lambida.
Para ela que o tempo tinha parado, não ouvia nada, nem o ronronar do motor do ônibus e o chiar do ar condicionado. Somente aquela boca gostosa e a língua bolinando seu sexo sedento. Para ele uma eternidade vivida em poucos minutos até sentir uma golfada jorrando, ela tinha gozado um gozo de menina moça e ele continuou sorvendo, bebendo e lambendo e não ouviu o grito gutural nascido no fundo de uma mulher que conhecia a prazer, que sentia como se deitada flutuando nas nuvens...
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GLOSSÁRIO:
(1)        Biritas, maneira chula de falar bebidas.
(2)        Xiri é como chamávamos vagina quando criança.
.
Para entender o relato leia os capítulos anteriores
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NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
Depois de um treino Patrícia fica conversando com o professor na piscina... Eles conversam e ela conta sobre a relação dos pais... O professor ouve e ela aproveita um descuido e tira a parte de cima do maiô, ele a acha bonita e gostosa, mas não queria se envolver daquela maneira... Ele a deixa na piscina e vai para o vestiário, ela vai atrás e força a situação e chupa seu cacete... Jorge não queria, mas termina fodendo outra aluna...

Foto 1 do Conto erotico: CAPITULO A17 – A primeira vez tudo é estranho...


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Ficha do conto

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Nome do conto:
CAPITULO A17 – A primeira vez tudo é estranho...

Codigo do conto:
56991

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
29/11/2014

Quant.de Votos:
5

Quant.de Fotos:
1