Sou Yan, amigo do Diego do signo de virgem.
Ao contrário do Diego, possuo características que não agradam a todos. Sou egoísta a ponto de colocar mesmo qualquer interesse que tenho na frente do outro. Carrego algo que me incomoda um pouco, sou muito impulsivo. Simplesmente vou lá e faço. Eu não perco tempo em imaginar as consequências que isso pode ocasionar.
Vamos voltar ao final do “relato de virgem - parte 3”.
Sentia cada pedaço do Diego queimar por dentro. Uma raiva absurda vinha dele. Ele cerrava demais os punhos. Via sua face demonstrando raiva profunda. “Pensei que eu te conhecia”, ouvir aquilo saindo do Diego era partir meu coração. Olhava-lo com tristeza, pois via suas lágrimas caírem e deslizarem pro seu rosto. Voltei a olhar o Hugo e sentia uma grande raiva. Queria partir para cima dele. Queria quebrar a cara daquele filho da puta.
- Só deixei conhecer a parte que eu queria que conhecesse. Somente isso. Ele revirou o olho nessa hora.
“Nossa. Isso é sério?”, comecei a cerrar meus punhos. Agora, eu estava complemente possesso de raiva. Comecei a caminhar rápido para cima dele. Peguei o colarinho da camisa dele e murro seguro. Ouvia algo quebra. Eu acho que tinha sido a cara dele, pois minha mão estava completa. Posicionei minha mão mais uma vez para dá outro soco. Mirei no seu olho e assim fiz, esmurrei-o.
Respirei fundo para recompor as forças, a fim dá um último soco. Minha mão estava preparada, mas senti alguém me segurar. Olhei em direção do meu punho e encontrei os olhos do Diego clamando que parasse com aquilo. Suas lágrimas ainda escorriam pelo seu rosto.
- Por favor. Pare. Eu te peço. - Ouvir essas palavras saírem de sua boca me fizeram recuar. Meus braços se abaixaram e sua mão ainda segurava a minha. Soltei o colarinho do Hugo e sai dali segurando a mão do Diego. – Vamos embora.
Concordava com suas palavras.Deixei o cara jogado lá. Passei meu braço por cima do seu ombro e caminhamos até a porta da faculdade. Seu corpo estava completamente grudado ao meu enquanto caminhávamos. Observava como seu choro sumiu aos poucos. Isso me deixava menos despreocupado. Contudo, ele precisa de mim. Tinha que ficar perto dele.
- O que você faz lá, muito obrigado. Não iria conseguir fazer o mesmo. – Suas palavras saiam suaves e via como o que tinha feito foi o certo no momento, mesmo eu sendo impulsivo. – Acho que vou logo para casa. Quero descansar.
- Se você quiser Diego, pode dormir lá em casa hoje.
- Não sei se meus pais deixaram.
- Eu ligo para eles. Meus pais ficaram fora, pois estarão viajando a negócios.
- Se meus pais deixarem, eu topo. Mas hoje quero beber.
- É uma coisa que não falta em casa é álcool.
Ele me olhou e deu pequeno sorriso. Voltava seus olhos para frente. Não conseguiu ver o que podia. Não conseguia entender sua dor, mas sabia que meu amigo não estava bem. Ele precisava de alguém, e eu estava lá por ele.
A noite, já tinha ligado para os pais do Diego avisando que meus pais estariam em casa e fazendo toda enrolação sobre segurança. Demorou, mas tinha conseguido. Já era quase 21 horas e aguardava o Diego chegar no portão de casa. Minha casa era de dois andares. Dividia-se em Sala de estar, cozinha, quarto de hospede, sala de janta e banheiro. Em cima, tinha meu quarto e dos meus pais, cada um sendo suíte.
Estava ficando ansioso pela chagada do meu amigo. Ouço mensagem do meu celular. Tiro celular do bolso. Não era mensagem do Diego.
“Oi pauzão. Podemos nos ver hoje? Meu namorado tá fora da cidade e pensei que poderíamos assistir um filme.”
Era mensagem da Karine. Era uma menina que tinha encontrado num aplicativo de sexo noturno. Namorava com um advogado que de vez em quando precisava viajar. Todo vez que isso acontecia, ela me mandava mensagem para transarmos. O encontro acontecia todo vez em um motel não muito distante da minha casa. Eu estava louco por um sexo gostoso. Contudo, o Diego estava para chegar em casa. Minha atenção virada totalmente a ele. Porém, estava numa seca, como já tinha comentado.
Ignorei a mensagem e não abri o whatsapp. Só fiz puxar notificação para lado. Nesse exato momento, vejo Diego sendo entregue no carro pelos seus pais. Ele estava com um short curto de cor preta e uma camiseta branca. Mostrava bem suas coxas. Ele tinha uma pele branca. Ao se despedir de seus pais, ele empinou sua bunda no vidro do carro e vi seu formato desenhado no short. Meu coração começou a bater rápido. Sentia que meu pau começava a crescer e estava já ficando confuso com aquilo.
Seus pais tinham ido embora quando o vejo chegar perto de mim perguntando se já iríamos entrar. Eu estava em transe. Não estava no meu normal. Vários pensamentos percorriam, como: “Será que estou desejando meu amigo?”; “Não poderia ser minha falta de sexo que estava promovendo aquilo?”; “Seria que gostava de homens?”.
- Bora logo entrar Yan. Quero te chupar lá dentro.
Olhei para ele com o susto que levei com suas palavras. Sai do meu transe. Comecei a olhar ele entrando em casa. Eu tinha entendido algo errado, ou tinha ouvido certo.