Em outro lugar, Leão. - parte 3


Parte 3


O homem que tinha salvado minha vida se chamava Leonardo. Meus pensamentos só iam nele. Minha noite foi tranquila, mas minha imaginação foi uma tormenta. Ficava imaginando aquele homem me possuindo e tomando-me para o sexo. Estava pedindo uma boa dose de satisfação sexual e “meu salvador” era que ocupava meus pensamentos ilícitos.

Os raios solares começavam a entrar no quarto. Percebo que a minha mão esquerda começava a se movimento. Procuro saber o que estava havendo. Vejo o Leonardo me libertando o outro braço. Recolho meu braço e olho confuso pra ele. “Vou te explicar. Acompanha-me até a janela.” Ele falava se dirigindo a janela. Mas eu não levantei. Eu ainda estava pelado. Leonardo me procurou e perguntava o motivo de não ter ido até ele. “Eu ainda sou sem nenhuma roupa”, falava com a vergonha estampada na cara.

Ele ria feito uma piada boa que tinha acabado de ouvir. Sua risada era gostosa e grave. Será que tudo naquele homem me atraia mesmo?

“Vou pegar um calção para você”, falou caminhando para porta. Comecei me ajeitar na cama só com lençol. Enrolei o lençol e fui até a janela. Minhas mãos estavam segurando o lençol próximo ao peito enquanto olhava para toda fazendo do Leonardo. Existia uma área para plantações, um caminho que levava para floresta e um celeiro. Na plantação, tinha uma vasta variação de cores. Uma grande variação e logo no final de área de plantação tinha uma pequena floresta de árvores frutíferas, em virtude de perceber isso ao longe.

Todos meus sentidos estavam voltados para o que olhava através da janela. “Vou precisar da sua ajuda”, ouvi isso vindo do Leonardo. Ele estava do meu lado. Não tinha o sentindo chegar, mas ao falar isso pra mim, eu acabei deixando o lençol cai no chão. Eu estava completamente pelado na frente dele. Seus olhos percorreram meu corpo por inteiro. Eu só olhava nos seus olhos procurando o que fazer, pois eu estava paralisado. Leonardo me entregou a roupa com sua sobrancelha levantada indicando que estava pelado, e com pequeno sorriso sem mostrar os dentes. Sentia aquele sorriso demonstrando algo engraçado e safadeza.

“Olha pra lá”, apontei na direção oposta que seus olhos estavam no meu corpo. Ele bufou e balançou a cabeça dizendo, “nada haver”. Enquanto se virava, eu comecei rapidamente a vestir uma cueca, short e uma camisa meio grande. Ao terminar de vestir-me, voltamos a conversar sobre o que ele dizia no começo.

- Como já viu, essa fazenda é minha. Herdei dos meus pais. Eu trabalho com produção de alimentos naturais para cidade que temos aqui perto. Contudo, meus trabalhadores foram exigidos na guerra. – Ele tirava sua atenção da janela e se virava pra mim. – Preciso de você na produção.

- Como eu posso te ajudar aqui? – Olhava para ele sem entender nada. E não queria ficar ali. Já tinha sido amarrado e feito de besta naquela cama. Queria minha família e minha casa. – Não quero ficar.

- Você não tem muita escolha.

- Mas eu não queria ficar mesmo. Só quero minha casa. – Caminhei para cama e sentei na ponta, com a minha cabeça pra baixo. Demonstrando minha tristeza absoluta que estava ali. – Não queria nem ter participado dessa guerra.

- Preciso de ajuda e você precisa de um lugar para ficar. Podemos nos ajudar. Preciso vender o que produzo para sobreviver e você, precisa se manter escondido. Aqui é o melhor local para ficar. – Ele começou a caminhar lentamente enquanto falava isso. Sentou-se ao meu lado e colocou a mão no meu ombro. – Pensa nisso. Depois que a guerra passar, você pode voltar para sua casa.

Ele retirou-se depois de falar tudo aquilo. Eu fiquei no mesmo local. Fiquei pensando em todas as possibilidades. Pensei em fugir durante a noite, mas o exercito inimigo me pegaria e não conhecia o terreno em nada. Não conhecia nada daquele país. Estava muito confuso de qual escolha iria fazer.


Passando uma hora, o Leonardo volta a bater na porta.

- Vamos lá!

- Calma. Ainda nem decidi como vai ser.

- Vamos logo. A casa não se sustenta sozinha. – Ele deu uma risada depois de suas palavras. Era aquela risada gostosa de homem. Aquele homem puro. Contudo, senti uma pitada de como se fosse uma ordem seu tom de voz. – Vou te esperar lá embaixo.

Fiquei sem entender, mas fui assim mesmo. Estava saindo do quarto pela primeira vez. O corredor se estendia até outro quarto. Na metade do corredor, tinha uma escada do lado esquerdo e um banheiro do lado direito. A escada era antiga, mas muito bem conservada. Comecei a descer por ela e vislumbrar uma porta logo no final da escada. Do lado direito tinha uma sala de estar, no outro tinha uma sala de janta. Do lado da sala de janta, ficava a cozinha. Ele me esperava lá sentado numa banqueta numa pequena mesa de cozinha.

- Vamos começar o trabalho!

Literalmente, ele sabia como mandar de uma forma diferente. Era curioso como também acatava tudo a que falava.

O Leonardo começou a passar pela porta quando percebo um leão esculpido na madeira logo na ponta de uma estante e uma foto dele. O leão demonstrava ser um trabalho de detalhes e a foto dava a entender que ele era o leão.

Depois de ter visto a foto, fui para fora e comecei a acatar a tudo que o Leonardo falava. Era novo na área de agricultura e estava ali para ajudá-lo. O dia inteiro permanecia calado e só balançava a cabeça quando ele pedia algo. Meu trabalho era recolher o que era maduro e separar cada produto em caixa especifica. O Leonardo trabalhava no cuidado e recolhimento dos frutos, vegetais e legumes podres. No meio de todo processo, ele começou a suar muito. Via de longe sua camisa toda ensopada de suor.

Já não aguentando mais, o vejo tirar a camisa e joga num galho de uma árvore. Todo movimento com seus braços fortes e sua barriga me fizeram ter uma ereção rápida. Tratei de virar para o outro lado e imaginar tudo, menos o Leonardo sem camisa. Só que era difícil fazer isso. Só voltei a olha-lo quando terminamos o dia e voltamos para dentro da casa. Fui para meu quarto. Sentei na cama e tentei organizar meus pensamentos. Repetia várias vezes, “não acredito que tô ficando apaixonado pela pessoa que me algemou”.

No dia seguinte, eu estava todo quebrado. Meus músculos doíam de tantos movimentos que tinha feito. Estava querendo dormir o dia todo.

- Vamos levantar. – O Leonardo abria a porta muito rápido, resultando num susto meu na cama. – Bom dia.

A porta ficava aberta, a fim de indicar a hora de trabalhar. Estava completamente cansado ainda. Estava preocupado até quando isso duraria. A guerra demoraria muito para acabar? Será que conseguiria voltar pra meu país? Ou até mesmo ver meus pais de novo? Essas perguntas circulavam pela minha mente.

Levantei e caminhei logo para tomar banho. Assim que abri a porta do banheiro, dou de cara com Leonardo mijando. Parei. Observei. Olhei da cabeça ao pau dele. Era maravilhoso. Era lindo aquele mastro. Veias marcando no percorrer do pênis, uma cabeça rosinha e grande. Ele ficou me olhando. Senti que queria privacidade. Fechei a porta novamente.

Fiquei do lado de fora olhando para o nada e pensando no que tinha acabado de acontecer. Minha ereção era visível e precisa acalmar-me. Respirava devagar, pois meu coração estava agitado. A porta abria. Ele passava pela porta me olhando. Olhou diretamente nos olhos por uns três segundos enquanto caminhava para seu quarto. Meu coração estava em “desespero”.

O banho me acalmou. Voltei para o quarto e estava separada uma peça de roupa. Era pequena e a camisa quase não entrava em mim. Ouço baterem na porta. Sabia que era o Leo.

- Você precisa de roupa e esse é o último par de roupas que tinha menor. – Ele me olhava diretamente nos olhos entregando o par de roupas. Eu ficava sem jeito com isso. – A tarde vamos sair para comprar algumas coisas para você. Enquanto estiver aqui, sei que vai precisar.

-Não preciso da sua generosidade.

- Não estou sendo generoso. Estou sendo sensato. – Ele começou a caminhar em direção a escada. Antes de colocar o pé no primeiro degrau, parou. Girou a cabeça. – Eu falei que cuidaria de você.   


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Ficha do conto

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Nome do conto:
Em outro lugar, Leão. - parte 3

Codigo do conto:
139143

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
26/05/2019

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