Andávamos pelo campo, simplesmente a passear despreocupados e mais atentos a toda a paisagem que nos rodeava do que, propriamente a nós, a vista era deslumbrante. Ali, nas fraldas do Alvão, tendo por pano de fundo a cascata das Fisgas de Ermelo, eu e meu marido, entre caminhadas e pequenas corridas andamos, talvez mais que o previsto. Tirando a cascata, que permanecia visível de todos os pontos já percorridos e continuava a ser a nossa grande referência, estávamos completamente perdidos e já nem mesmo o nosso "farol" das Fisgas nos conseguia dar uma direção certa. Sentamo-nos à sombra de um imponente carvalho, para descansarmos um pouco e decidirmos que direção tomar. O marido, pedindo que eu ficasse ali, disse que iria dar uma volta e ver se encontrava alguém ou se reconhecia algum sítio que servisse de referência. Havia partido há mais de meia hora quando vislumbro um pastor com algumas cabras e outras tantas ovelhas, acompanhavam- no ainda dois soberbos cães. Fiz-lhe sinal e ele pachorrentamente foi -se aproximando ao ritmo do rebanho. Era um homem jovem, talvez nos trinta e poucos anos. Nada tinha a ver com a imagem que eu tinha de pastores, vagueando pela serra orientando seus animais para os melhores pastos. Para mim, um pastor era um homem de mais idade, barba por fazer, não tanto pelo descuido mas mais pelo acumular de dias sem descer ao povoado. Dias passados com o rebanho, comendo, ao ritmo dos animais, uns nacos de presunto ou queijo, cortados habilmente com sua navalha. A acompanhar, um pedaço de pão endurecido com os dias. As noites eram passadas em abrigos de montanha. Vestes escuras e mal cuidadas completavam o quadro fantasiado pela minha imaginação. Este, para além de jovem, apresentava-se vestido de uma maneira diferente de todos os figurinos de pastores. Calças de ganga de marca, t-shirt da FEUP, numa clara alusão de lá andar ou por lá ter passado. Umas botas de meio cano seriam, talvez, os elementos mais aproximados aos de um pastor no meu imaginário. Chegado até mim e, indagando do porquê de eu estar só e um pouco afastada do que seria esperado. Contei-lhe de nossa desdita e a tentativa do marido em encontrar alguém que nos pudesse orientar. _ Agora têm quem vos oriente mas, não tem marido. _ Pois! Espero que ele volte rápido. O senhor também não pode ficar aqui indefinidamente à espera, tem os animais e eles já começam a querer ir embora. _ Não se preocupe, os cães não as deixam afastar-se muito. Sentou-se à minha beira, oferecendo água para que eu bebesse e me acalmasse, para além de me hidratar, pois estava tensa com toda aquela situação. Primeiro a nossa desorientação, agora o desaparecimento de meu marido, Após as apresentações e dada liberdade a cada um para um tratamento menos formal, falamos de nós. Ele era engenheiro civil e trabalhava numa conhecida empresa no Porto, tinha trinta e dois anos, chamava-se Diogo e era natural destas paragens. Desde muito novo, sempre andou com o gado da família, nas férias, fins de semana e até intervalos das aulas (manhãs ou tardes). Agora que trabalhava no Porto, aproveitava todos os bocados para fazer aquilo que mais gostava. Sentir a natureza, viver nela, dela e para ele. Tudo que se faz aqui está interligado com a natureza e dá-nos muita paz de espírito. Falamos de meu marido e de namoradas(?) de Diogo. Tinha amigas mas nada de namoros sérios. Num impulso irrefletido deixei meus lábios colarem-se aos dele, o meu gesto deixou-o surpreso e a mim embasbacada. _ São gostosos os teus lábios! Podemos repetir. _ Foi sem pensar, desculpa. O meu marido não pode tardar muito. _ A pensar ou não, eu gostei e se quiseres repetir... o teu marido pela direção que dizes que ele levou, vai demorar a voltar. Depois, os cães darão sinal quando alguém se aproximar. Sorri e ele percebeu a dica. Com uma mão num ombro meu e outra na minha nuca beijou-me de uma forma intensa. Um pouco envergonhada deixei-me levar e não era uma forma de agradecimento por ele ter aparecido em hora tão crítica para nos salvar, mas antes um desejo que ainda não conseguia explicar. Beijamo-nos e rolamos pelo chão como se eternos namorados. Aquela erva húmida servia-nos de cama e nossas mãos iam aligeirando a roupa um do outro. A minha blusa já totalmente desapertada era agora algo que prendia os meus braços na zona dos ombros, acabei de a tirar e como não trazia soutien, meu peito estava agora à mercê seus olhos que se iam deliciando com a visão mas, também de suas mãos e boca. Ia acariciando um enquanto beijava outro e mordiscava meus mamilos rijos e arrebitados pelo desejo. Num gesto repentino tirou a t-shirt expondo seu tronco de peitorais acentuados, condizente com seus braços musculosos. Minhas mãos não paravam e suas calças já não escondiam o que de momento, eu considerava mais apelativo. Seu pénis grande e ereto, dizia bem do seu desejo em me ter. Com a tarefa facilitada pela minha saia rodada e pequena, suas mão corriam minhas pernas em busca de algo, não muito longe mas ainda escondido por umas cuequinhas que apesar de serem pequenas eram sim discretas. Fez menção de as tirar, levantei um pouco o rabo, facilitando. Eu manuseava agora seu pénis enquanto ele me massajava vulva e vagina. Sentia já a humidade aflorar e notava que estaria para breve a entrega incondicional de meu corpo àquele pastor que a providência fez cruzar o meu caminho. Amamo-nos naquela erva húmida à sombra de um majestoso carvalho tendo ao fundo a imponente cascata das Fisgas de Ermelo qual juiz, julgando mas não condenando a nossa entrega. Testemunhas, também as havia em quantidade, tida por suficiente, À nossa volta ouviam-se os balidos das ovelhas e cabras que resolveram criar um círculo à nossa volta como que aprovando tudo quanto tinham presenciado. _ Por o pastor estar em descanso (?), recolheram para junto dele para que as levasse para novas pastagens, os balidos traduziam a impaciência dos animais. Vestimo-nos ainda beijando-nos e promessas de troca de contactos para, quem sabe, uma repetição. Os cães ladraram e Diogo pôs-se em pé, perscrutando o horizonte na direção que os cães lhe indicavam. Levantei-me apressadamente, seria sem dúvida meu marido. Ciente, mas não arrependida do que fizemos, procurei dar um jeito quer à roupa quer ao cabelo. Sim, era meu marido que se arrastava, cansado de tanto calcorrear em busca de auxílio para me salvar e eu tive a minha salvação ali tão perto. Faltariam talvez umas duas a três horas para o crepúsculo. Foi a minha vez de apresentar o Diogo e o marido, realçando a ajuda prestimosa que nos havia dado ao parar os seus afazeres na condução do rebanho e quedando-se à minha beira até meu marido chegar para então nos orientar. _ Depois do que passaram, não será aconselhável irmos à procura do vosso carro do qual vocês não fazem a mínima ideia de onde esteja, vamos por minha casa para descansarem e comerem, pois pelos vistos nem almoçaram. Vamos andar devagar pois as ovelhas gostam de ir comendo enquanto andam e a minha casa é perto. _ Pois!! Para quem conhece estas montanhas. Eu nunca mais chegava lá. Pusemo-nos em marcha, o marido ainda ofegante, pouco falava. Deixava para mim o diálogo com o nosso salvador. Íamos os dois chegados, por momentos apoiando meu braço no dele e sentindo, mesmo que só por um pouquinho, o calor que ele ainda não há muito tempo me fez sentir. Iria levar comigo a força daquele braço onde eu me apoiava e o que com ele tinha hoje vivido. Chegados a casa de Diogo, vieram os seus pais receber-nos e acharam, por bem, que seria melhor tomarmos um banho para nos recompormos, enquanto a senhora preparava algo para comermos. Depois estaria a noite a cair. E ou o marido ia com o Diogo tentar encontrar o carro e trazê-lo para cá, ou dormíamos e íamos no dia seguinte. Foram os dois procurar o carro, isto depois de termos saboreado uma bela refeição ligeira preparada pela Dona Teresa, mãe de Diogo. O Diogo, pelas indicações que o marido conseguiu dar, tinha já uma ideia de onde poderia estar o carro. Embora o pai se disponibilizasse para se juntar à busca, indo noutro carro, o Diogo declinou a oferta dizendo que as hipóteses de ele estar muito longe eram reduzidas. Voltaram, perto das dez horas e aceitamos a hospitalidade da Dona Teresa que fez questão que lá dormíssemos. É claro que ficamos amigos dos pais, de Diogo, a Dona Teresa e o Sr. Carvalho e eu especialmente amiga do filho.
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