O psiquiatra

O psiquiatra
Por J. J.
Junho de 2020

Já fazem mais de um mês que eu fui deslocado de local de trabalho, do prédio em que eu trabalhava no centro da cidade para um condomínio fechado na região da Serra do Cipó no meio do cerrado mineiro.
Não está sendo fácil porque estou ficando muitos dias fora de casa, longe de tudo: das pessoas, dos hábitos e agitos normais de uma cidade metropolitana, ainda mais nesse período de isolamento social em que todo mundo se distancia, obedecendo às regras internacionais de cuidado. para proteção contra o contagio da covid.
Os corpos não se tocam, as pessoas têm medo do contato físico, da respiração, do afago. Mas não acho errado, pois o momento é crítico. Temos mesmo que nos cuidar,
Nessa mudança de comportamentos, em meio a esse isolamento social imposto por causa do avanço da pandemia, o que estava difícil ficou quase impossível. Atualmente, em meu novo local de trabalho eu fico numa guarita, doze horas no turno da noite, na segurança do condomínio, vendo cada homem lindo entrar e sair nos seus carrões a todo instante.
A mim, só resta imaginar coisas, fantasiar maravilhas com alguns deles e, nas horas de folga, no meu quarto, me masturbar imaginando aquelas beldades entrando em mim e me fazendo loucuras. Finalmente, no penúltimo fim de semana do mês de maio, de folga em casa, eu tive o que precisava e de que tanto sentia falta.
No sábado, fui visitar um amigo em Vespasiano. Quando cheguei lá, havia um coroa amigo dele, da cidade de Conselheiro Lafaiete, visitando-o. Ele já havia me falado desse cara. Trata-se de Um psiquiatra casado, que vem a Vespasiano, de vez em quando só pra comê-lo. Às vezes ele também vai até Congonhas e lá se encontram em campo neutro pra ele dar pra esse médico, sem coloca-lo em risco já que além de casado ele é muito conhecido na sua cidade.
Por mero acaso, eu decidi ir visitar meu amigo e o macho estava lá. Coroa lindo, de uns 55 anos, moreno claro, grisalho, um pouco calvo, barba cheia e mesclada de preto e branco, linda e muito bem delineada. Alto. Quase 1.90 e uns 85 kg. Sua silhueta até me fez me lembrar de um homem por quem trago guardado um eterno amor no fundo do meu peito em silêncio e às vezes em solidão, saudade e dor.
Ele já estava bem à vontade quando eu cheguei. Estavam tomando cerveja, comendo tira- gosto de azeitona e palmito e ouvindo uma cantora de MPB, no bluethooth, de camiseta e bermuda, deixava à vista o peito com pelos grisalhos e densos, os braços peludos e uma barriguinha não muito acentuada, mas bastante sedutora; as pernas peludas me deixaram louco imaginando o que havia por dentro daquela bermuda. Imaginei que teria lá dentro, uma mata fechada de pelos, com aquele cheiro delicioso de macho, daqueles que nos vira do avesso e nos faz delirar e, como diz a música de Zé Ramalho, “gemer sem sentir dor”.
Devo dizer que amo baixar uma cueca e encontrar uma mata de pelos à minha frente. Imediatamente, esfrego minha cara, pra o cheiro ficar impregnado em mim enquanto exploro os caminhos que se abrem para o prazer. Faço isso desde que conheci meu primeiro homem. É uma delicia e quase um vício.
Na minha chegada, meu amigo nos apresentou e ele educadamente, puxou minha máscara de proteção ao COVID até o queixo, me ofereceu uma azeitona na boca e, com um beijo no rosto, me ofereceu álcool em gel e me disse seu nome.
Ele me perguntou se estava tudo bem e me olhou fixamente, com um olhar meio malandro, aparentemente um pouco cínico ou talvez irônico. Eu fiquei um pouco sem graça, mas fixei meu olhar no dele, marcando minha presença naquela cena. Foi o que faltava pra ele começar a me acariciar. Ele foi me tomando junto ao seu corpo e se apossando de mim como um brinquedinho seu. Meu amigo apenas observava sorridente a descarada investida.
Ele me levou pra um puff roxo enorme, redondo num canto da sala e lá começou a me beijar a boca, o pescoço, morder minhas orelhas e cravar suas unhas na minha nuca e nas minhas costas, me fazendo perder todo o domínio de mim. Eu me tornara um mamulengo em suas mãos fortes e lizas. Meu corpo todo só obedecia aos seus comandos quase telepáticos, tamanha a sua capacidade de me induzir. Ele puxou minha camiseta deixando meu tórax à vista e com mordidas nos meus mamilos me deixava alucinado e bolinava meus peitos como se fossem seios fartos de uma prostituta bem avantajada de filmes italianos.
Sua língua descia pela minha barriga até chegar ao meu umbigo e ele o chupava com tanta força e me deixava sem ar. Novamente, me beijava a boca, mordia meu pescoço como um vampiro ávido do sangue de sua vítima indefesa numa noite escura em qualquer beco de qualquer país.
A música ao fundo dizia: “Ele olhava minha boca, ele olhava meu corpo, ele olhava em meu seio, olhava no meio, bem dentro de mim, No princípio o perigo, depois eu olhava eu olhava, Não tinha receio. Desejava queria no precipício, abrir minhas asas desvendar o segredo. Seu olhar penetrante invadia ofegante no meio de mim, Rasgava o meu ventre o meu corpo inteiro, me vendo por fora, me vendo por dentro, do principio ao fim. Depois me olhou, me olhou, Me olhou de baixo para cima, Em cima, embaixo, dentro de mim, Me queimando, queimando. o céu o inferno, o paraíso é assim...”
Tudo estava traduzido na música como se a cena no puff no canto da sala fosse um clipe da maravilhosa interpretação de Maria Bethânia para a música “Um estranho rapaz”.
Eu tentava fazer algo, reagir, lhe dar algum carinho, tocar seu corpo, mas eu estava entregue e sem forças, só conseguia olhar fixo pra ele que me dominava completamente, me consumindo totalmente. Ele desabotoou a presilha do meu cinto, baixou minha bermuda e cueca e me abriu as pernas, introduzindo a língua no meu cuzinho e eu a sentia lá dentro do meu buraquinho pulsante se movendo ágil e úmido me deixando pronto para a sua completa invasão.
Ele sugava, dava mordidas que me fazia viajar por mundos distantes e desconhecidos em segundos e minha mente desenhava imagens e cores psicodélicas em constante mutação e de formas das mais delirantes e abstratas. Eu só queria gritar e sentir e desejava que tudo aquilo não tivesse fim. Eu então implorei. Preciso de você. Sou seu escravo. Cumpra em mim seus desejos. Então foi a que me dei conta do volume daquela rola enorme e úmida, de cabeça rosada, vindo ao encontro dos meus lábios. Ele meteu a rola na minha boca, me fodendo a garganta e me fazendo “vomitar e lambuzar a vara dele na minha boca. Eu tossia, soluçava, meus olhos lacrimejavam e ele metendo tudo o que podia em minha boca me sufocando, me deixando sem ar, e eu numa mistura de pavor e excitação finalmente tive forças e o afastei com as mãos e ele obedeceu, retirando a jeba e me beijando com força.
Ele abriu minhas pernas, postou duas almofadas sobre minha coluna, empinando minha bunda e abrindo-a com cuidado, foi se aproximando e senti a cabeça melada procurando meu buraquinho. Eu estava tão enlouquecido que quase suguei aquela rola pra dentro de mim.
Ele foi metendo, me abrindo e me beijando, e me bolinando até meus mamilos ficarem doloridos. Quando a cabeça foi engolida pelo meu cuzinho, eu gemi fundo e ele começou a socar, segurando minhas pernas abertas e empurrando a jeba até entrar toda. Eu remexia, gemia, sentia dor, mas queria mais. Então eu pedi mete mais, mete mais, me fode, me rasga.
E ele metia, me olhando nos olhos, toda aquela tora no meu cu. Assim ficamos nessa entrega, nessa mistura de corpos, nesse total desmazelo. De repente ele me virou de quatro e meteu de uma vez. Senti que ele alcançava outros espaços nesta posição e ele metia, metia e eu gemia, sentindo o peso daquele homem no meu corpo, as mãos fortes a me dominar pela cintura enquanto sua rola me fodia com força.
Eu só queria que não acabasse. Minha mente viajava em um prazer infinito. Mais uma vez numa atitude dominadora, ele deitou-se de barriga pra cima, puxou-me até encaixar meu cu na sua rola numa cavalgada intensa. Eu rebolei na sua rola eu o vi dar um gemido longo, rouco e alto, enquanto seu corpo se movia todo no puff. Eu então intensifiquei a cavalgada, rebolando mais e mais, como uma amazona sobre um garanhão. Eu senti sua rola dentro e fora, à medida que eu subia e descia, quicando no seu mastro.
Então foi que ele me segurou e eu senti explodir dentro de mim uma onda quente e sem fim. Ele estava gozando, me enchendo de sua porra quente. O cheiro inundou a sala. Eu também explodi sobre sua barriga e seu peito, a minha porra quente e viscosa. Eu Me deitei sobre seu corpo e ele me acolheu sem retirar de mim a sua jiromba. Em paz e cansados, felizes e completamente desfalecidos de prazer, ficamos ali deitados sobre nossos corpos e pude perceber as vozes de Alcione e Bethânia que cantavam
“O meu amor, Tem um jeito manso que é só seu, de me fazer rodeios, de me beijar os seios, me beijar o ventre e me deixar em brasa; desfruta do meu corpo como se o meu corpo fosse a sua casa, ai...”
Ali permanecemos por algum tempo, eu sobre seu corpo, ele abraçado ao meu. Eu senti sua rola se recolher e naturalmente ir saindo de mim. Em um em longo e carinhoso beijo ele disse no meu ouvido: Foi mágico.

Belo Horizonte, Junho/2020.


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Comentários


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gostodafruta Comentou em 07/08/2024

Dominado pelo olhar dele, foi usado e abusado, mas como foi gostoso ser abusado pelo macho ...

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ksn57 Comentou em 02/09/2022

Votado - Delicia de conto !

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negro40bh Comentou em 20/08/2022

Belo conto, trilha sonora magnífica, trepada espetacular!!!

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engmen Comentou em 29/07/2022

Erotismo envolvente, intenso, sensitivo. Um conto digno de palmas!

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fmike Comentou em 23/07/2022

Conto , sedutor e transgressor. Narrado de maneira “extremamente erótica , deliciosa . O personagem entrega ao sexo sem restrições, Votadissimo




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Ficha do conto

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jjdiasdias

Nome do conto:
O psiquiatra

Codigo do conto:
204943

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
22/07/2022

Quant.de Votos:
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