Estou começando a achar que sou um pervertido! Se bem que... Por mais que sempre tenha sido um cara reservado, na cama, pelo menos, eu sempre gostei de ser assim!
Mas com o Rodrigo foi diferente, foi BEM diferente. Eu realmente gosto dele. Gosto de verdade. Enquanto ele está no banheiro, estou eu aqui, sentado, pensando nesses últimos acontecimentos. Ouvi o barulho da maçaneta girando e pude vê-lo saindo, rindo divertido.
- É... Você me pegou de jeito Dieguinho. - ele falou rindo.
- Rodrigo... Você não acha que as meninas vão desconfiar? - perguntei apreensivo.
- Totalmente! E isso me deixa preocupado, mas... Eu estive pensando... - ele começou a falar e fiquei atento às suas palavras. - Ei! Não me olhe assim! Mas... Sei lá... Por que não abrimos o jogo de uma vez? Pelo menos para as duas. O Murilo que é um filho da puta que fica te tarando sabe, por que a mulher que eu mais amo nesse mundo e sua melhor amiga não podem ficar sabendo? - ele perguntou.
- Você gosta mesmo da sua irmã. - falei caminhando até ele.
- Então... O que você acha? - ele perguntou e eu o abracei, enterrando meu rosto em seu pescoço.
- Por mim tudo bem, Rodrigo. O que você achar melhor. Para ser sincero, me preocupo apenas com você. Pouco me importa o que os outros pensam. Claro que não quero perder amizade da Stella... Eu gosto dela, mas tenho certeza que ela é muito mais importante para você do que é para mim. - falei sorrindo.
- É... É... Mas... Como eu conto? Digo... Sei lá... Você pode estar comigo? - ele perguntou sorrindo sem graça.
- Mas que pergunta. É claro! Não vou deixar essa bomba apenas para você. - falei rindo de leve.
- Ah, valeu por me lembrar que é uma bomba. - ele falou se sentando na cama.
Logo ouvimos batidas na porta.
- É... Rodrigo? Acho que precisamos conversar. - era a voz de Stella.
Ela estava apreensiva. Sua voz estava trêmula. Eu fui para a outra cama e Rodrigo se sentou na qual estava vazia, se cobrindo para esconder as marcas em seu corpo.
Eu me levantei e destranquei a porta. Nadir e Stella estavam lá. A face de Stella mostrava toda a sua insegurança. As duas entraram e ficaram em pé mesmo. Eu voltei a me sentar na cama onde eu estava.
- Rodrigo... Foi de propósito a bolada que você deu no Murilo? - Stella perguntou ainda um pouco apreensiva.
- E... E por que eu faria isso? - ele perguntou, sorrindo sem graça.
- É que... Eu sempre soube que você foi um cara estourado e... Bem, você podia estar bravo com ele por algum motivo. - ela falou.
- E qual seria o motivo? - Rodrigo perguntou.
- Bem Rodrigo. - quem falava agora era a Nadir. - Eu tive uma conversa séria com a Stella. Inclusive foi nesse quarto, quando vocês não estavam e... - Nadir começou.
- Nós ouvimos a conversa. - Rodrigo falou abaixando a cabeça.
- O... O... Ouviram? - Stella perguntou surpresa.
-Sim. - Eu falei, suspirando. - desde o começo.
- Então err... Então...
Stella estava nervosa demais, batia os pés ao chão assim como seu irmão fazia, e seus olhos não paravam de rolar de um lado para o outro.
- Então o que desconfiamos é mesmo verdade?
Nadir perguntou, mantendo a calma. Stella levantou a cabeça e ficou olhando diretamente para Rodrigo, esperando uma resposta.
- Err... Sim.
Di respondeu com as bochechas coradas. O rosto de Stella passou por uma transformação.
Primeiro ela havia ficado em choque e depois lágrimas invadiram seus olhos. Eu fiquei com vontade de abraçá-la, mas quem tinha que conversar com ela era o Rodrigo.
- Stella... - Rodrigo sussurrou.
- Eu... Eu devia ter desconfiado, como eu fui tão burra? Você bêbado chamando pelo Diego e ele indo lá te socorrer... No natal vocês dois indo sozinhos para o quarto, o DVD que ele te deu...
As lágrimas começaram a escorrerem por seu rosto. Rodrigo caminhou até ela e a abraçou.
- Desculpe. - ele falou.
- Você é idiota? - ela perguntou olhando para os olhos igualmente azuis de seu irmão. - Você não precisa se desculpar! Eu sei que você não fez por maldade. Eu não sou mais criança mano. - ela falou o abraçando mais ainda. - E... E de certa forma é um alívio saber que... Saber que você é igual a mim. - ela falou. Rodrigo ficou corado e Nadir deu um leve riso.
- Então... Você não está brava?
- É claro que não. - ela falou forçando um sorriso a ele. - Claro que no momento não estou feliz, porque você sabe como eu me sinto em relação a... Ah... Você sabe. Mas não deixo de ficar feliz por você, mano. - ela falou. Rodrigo secou as lágrimas da irmã.
- Você é a melhor irmã do mundo, Stella. - ele falou e deu-lhe um beijo na testa. Ela apenas suspirou e se sentou na cama.
- É... Parece que tudo está bem então. - Nadir falou.
Rodrigo ficou em pé e Stella finalmente mirou seu irmão.
- Ro...RO...RODRIGO! Você... Você e o Diego brigaram?
Ela perguntou de olhos arregalados e eu não consegui controlar a minha risada.
- Stella! Como você é ingênua! - Nadir falou se sentando ao lado da irmã. - Isso não são marcas de agressão, são marcas de... - Nadir começou e Stella finalmente entendeu, ficando com as maças rosadas e rindo sem graça.
- Então... Então a coisa foi boa. –
Ela falou e Rodrigo nem sabia o que dizer.
- Você está quieto Diego. Sente-se aqui!
Nadir falou, me chamando. Eu a obedeci e fiquei ao lado dela. Só Rodrigo estava em pé agora.
- Você deve estar achando que sou uma idiota. - Stella falou para mim, envergonhada.
- Idiota? Você é a pessoa mais madura que eu já conheci nessa vida, Stella. É difícil eu fazer amizades, e pode acreditar que eu gosto muito de você. - falei afagando seus cabelos. Ela sorriu.
- Mas maninha, agora me conta... E sua ex-namorada?
Rodrigo perguntou se sentando ao lado dela.
Stella começou a nos contar tudo sobre ela. Chamava-se Megan e tinha dezenove anos. Ela e Stella ficaram juntas por três meses. O namoro terminou porque Stella sentia que não era mais apaixonada pela mais velha.
Começamos a conversar e assim ficamos até o sol começar a se esconder. Murilo estava no quarto com o pequeno, que dormia. E Murilo com certeza ia ficar um tempo sem nos atazanar... Depois da bolada que levou!
Descobrimos pela conversa, que Nadir era lésbica. A gente ficou conversando sobre isso durante muito tempo. Falamos do preconceito também. Já era noite quando Murilo apareceu com o pequeno na porta.
- É... Ele quer jogar videogame. - Murilo falou sem graça. Finalmente havia entendido que não era mais para colocar as asinhas de fora!
- Ah, venham jogar, então. - Rodrigo falou.
- Ah, bem que nós podíamos é sair hoje! - Stella falou.
- Verdade! - Nadir comentou.
- Querem ir para a cidade? - Rodrigo perguntou.
- Para alguma cidade grande, quero ver agitação! - Nadir falou, sorrindo.
- Ui, daí eu posso arranjar algum bofe! - Murilo falou animando-se com a ideia.
- Tem lugares que não podemos ir por causa do pequeno. - Rodrigo falou.
- Verdade! Só porque eu queria ir numa balada. - Nadir falou suspirando.
- Ah é... Eu tinha me esquecido disso. - Stella falou, visivelmente chateada.
- Podemos deixar a balada para quando irmos embora daqui. - Nadir falou.
- Então... O que querem fazer? - perguntei.
- Vamos dar uma volta pela cidadezinha então. - Stella falou.
Todos concordaram e foram se arrumar. Quando eu e Rodrigo ficamos sozinhos no quarto para nos vestirmos, tivemos que nos controlar para que nossos beijos não se transformassem em algo a mais e atrasarmos aos outros. Ele estava bem animadinho.
- Ah Dieguinho! Depois do que você fez estou louco para fazer com você. - ele disse sussurrando em meu ouvido e pressionando seu volume contra o meu.
- Como você é safado! - falei rindo empurrando-o de leve.
- Ó quem fala! Estou usando essa blusa de gola alta apenas para esconder as coisas que você fez, seu sádico! - ele falou rindo.
- Estão prontos? - era Nadir batendo na porta.
Saímos os dois e então partimos para a pequena cidade. Dava para ir a pé, pela praia mesmo. A noite estava muito bonita. A lua era cheia, iluminando qualquer coisa à nossa volta.
Achamos que daríamos apenas uma volta. Mas estavam tendo muitas festas nos pequenos estabelecimentos. O povo dali era muito animado. A cidade se baseava numa grande avenida e pequenas ruas. Era bem pequena, mas todos pareciam muito animados e a grande avenida que desbocava na praia estava bem lotada.
Na cidade havia muitas crianças também, Caio se enturmou com um grupo de pequenos bem rápido, uma mulher cuidava de todos eles, que eram três irmãos pequenos e ela era a babá deles. Ficamos tranquilos e nos divertimos a noite toda, perto do pequeno, mas mesmo assim nos divertimos em meio àquela festança toda.
Retornamos para o hotel e já era mais de meia noite. Fomos cada um para o respectivo quarto.
Tranquei a porta e fui me deitar com o Rodrigo que havia se jogado na cama. Acho que finalmente poderíamos fazer algo. Deitei-me atrás dele para chamá-lo, porém ele já estava quase dormindo. Não acreditei a principio, mas... Até eu estava cansado.
- Então quer deixar para amanhã? - dei-lhe um beijo no pescoço.
- Tenho que estar com energia para te dar um trato. - ele falou se virando lentamente para mim.
Ele já estava com o sono visível em sua face. Eu dei um leve estalo em seus lábios e ele sorriu.
- Adoro quando você me dá esses beijos. - ele falou e eu fiquei envergonhado. O sorriso dele se alargou mais ainda. - Mas nada é melhor do que ver você sem graça. - ele falou isso e passou os braços em volta do meu corpo, me puxando para perto dele.
- Vou cobrar. - falei e ele sorriu, já com os olhos fechados.
- Então você quer também. Bom saber, não vou te decepcionar. - ele falou e finalmente desistimos de conversar. Adormecemos e dormimos tranquilamenteDia 31.
Finalmente, o último dia do ano. Eu acordei e fitei aquele rosto à minha frente. Ele ainda dormia. Respirava tranquilamente e mantinha um leve sorriso nos lábios. Passei a pensar em como esses três últimos meses tinham sido definitivos para fazer esse ano ser um dos melhores da minha vida.
Sim. Eu estou apaixonado. Acho que estou apaixonado como nunca estive em toda a minha vida. Eu... Eu... Eu me sinto estranho com isso porque... Eu... Eu não sei, mas eu queria que o Rodrigo soubesse disso.
Passamos a manhã e a tarde normalmente, na praia. Pouco antes de anoitecer fomos todos para a cama cochilar, pois queríamos estar com bastante energia para a virada. Vamos para uma cidade perto de onde estávamos, porém era bem mais agitada. Uma meia hora de carro. O Rodrigo ainda não havia tentado nada comigo! Eu achei estranho, mas também nem tentei algo.
Assim que acordamos começamos a nos arrumar. Apenas eu, o Rodrigo e a Stella fomos de clichê. Tudo branco. Nadir usou um vestido vermelho, Murilo uma calça jeans escura e uma blusa listrada e colocaram uma roupa colorida no pequeno. Eu levei os três irmãos no meu carro e Stella foi com Rodrigo de moto.
A cidade era incrível. Assim que chegamos pudemos ver a agitação de todos. Eu estava realmente feliz.
Eu reconheço agora que quero algo sério com o Rodrigo, mas... Eu não tenho coragem de pedir nada, sei lá! É estranho pensar em ter um namorado...
Muito estranho.
Enquanto curtíamos a noite fiquei pensando em como abordar o assunto. Tecnicamente nós dois já estávamos juntos, mas eu queria ter essa certeza.
Já era mais de dez da noite quando estávamos já na areia juntos com várias pessoas. Todos felizes. Alguns já pulavam as sete ondas para os sete desejos para o ano seguinte. Todos riam animados. Eu me sentia assim, eu me sentia feliz. Só de olhar para o Rodrigo eu percebia como eu estava feliz.
Ele não dava muita atenção para mim por causa do pequeno Caio, mas eu nem me estressei. Reconheci que era ridículo ter ciúmes de uma criança.
Enquanto Murilo caçava homens e o Rodrigo ficava com o pequeno sentei-me na areia ao lado daquelas duas belas garotas.
- Como está se sentindo, Di? - Stella me perguntou, sorridente.
- Ah... Estranho. - falei. - Mais um ano, meu aniversário chegando. - sorri.
- Ah, você está é estranho porque está apaixonado! Pode me contar tudo aqui! - Nadir falou e eu fiquei vermelho! Essa menina é muito direta.
- Eu sabia que você gostava bastante do Rodrigo, mas... Não sabia que era apaixonado. - Stella falou rindo.
- É Stella... Eu acho que sou mesmo apaixonado pelo seu irmão... - confessei. - Mas isso soa muito estranho para mim.
- Ele foi seu primeiro homem, então, né? - a mais baixa das duas perguntou rindo. Ela é muito observadora.
- Exato. - falei.
- Ah Diego... Eu acho que você não deve se sentir estranho com isso. Para mim foi difícil, mas... Quando me entreguei... Sei lá, é uma sensação tão boa. Você já falou para o meu irmão que gosta dele?
- Uma vez, quando estava bêbado, mas não com todas as palavras. Digo, não falei: “estou apaixonado por você”.
- Você ama meu primo? - Nadir perguntou e meu coração acelerou com sua pergunta repentina.
- Amar? Amor... Amor é uma palavra muito forte, Nadir. Nunca amei ninguém que não tivesse laços sanguíneos comigo. Eu acho que o amor nasce com o tempo. - falei não tendo certeza das minhas palavras.
Paixão é desejo Diego, desejo com um pouco mais. Algo que você não consegue controlar. Quando você vê a pessoa, seu coração e seu corpo se incendeiam.
Amor... Amor é você olhar para a pessoa e ficar feliz. É você saber de todos os defeitos da pessoa e mesmo assim aceitá-la. Quando você ama você é amigo, é irmão e amante, é protetor e protegido. Você é tudo. Você sente segurança. - Nadir falava. Stella apenas concordava.
- Você Di... Quando olha para o meu mano você... O que você sente? - ela perguntou. Eu sorri envergonhado.
- Ah... Eu... Eu sei lá. Eu fico feliz. Pronto, é isso. Eu gosto de estar com seu irmão, Stella. No começo eu ansiava por tê-lo, agora eu já anseio vê-lo. - falei derrotado. - Será que... Será que eu AMO o Rodrigo? - perguntei mais para mim mesmo do que pra elas.
- Pelo que você falou meu amigo... Tenho que lhe dizer que sim. - Nadir falou e eu fiquei pensativo.
Continuamos os três conversando, mas isso não saía da minha cabeça.
Eu... Eu... Eu nunca amei alguém na minha vida! Eu... Eu... Não! Não é possível. O pior é que... O pior é que eu já estou começando a aceitar isso, eu... Eu acho que é verdade sim, mas... Ah merda!
Não vou ser infantil. Eu amo, amo, amo e amo e pronto!
Depois de alguns assuntos banais as duas garotas perceberam que eu estava um pouco tenso.
- Eu acho que você deveria contar para o meu irmão o que sente. - Stella comentou. - Eu nunca... Eu nunca o vi tão feliz com alguém. Eu o invejo por isso, porque... Você sabe. - ela falou sorrindo melancolicamente. - Então eu... Eu quero que vocês sejam felizes e... Desde que você e ele se tornaram ‘amigos’ ele anda cada dia mais feliz, Diego... - ela falava.
- Você acha que eu devo dizer ao Rodrigo que eu o amo? - perguntei e ela acenou positivamente com a cabeça.
Err... Não consigo nem falar para mim mesmo e vou falar para ele? E se ele rir da minha cara, ou então, como naqueles filmes, dizer apenas ‘obrigado’?
- Amigas e amigo! Falta meia hora!
Murilo falou aparecendo de mãos dadas com um rapaz, nem prestei muita atenção nele, pois Rodrigo logo veio com o pequeno Caio em seu colo dando-o para Nadir.
- Diego... - ele falou sorrindo. - Vem cá.
Ele falou me puxando. Eu me deixei ser puxado. Estávamos nos afastando do grupo. As meninas acenaram para mim, sorridentes.
Paixão é desejo Diego, desejo com um pouco mais. Algo que você não consegue controlar. Quando você vê a pessoa, seu coração e seu corpo se incendeiam.
Amor... Amor é você olhar para a pessoa e ficar feliz. É você saber de todos os defeitos da pessoa e mesmo assim aceitá-la. Quando você ama você é amigo, é irmão e amante, é protetor e protegido. Você é tudo. Você sente segurança. - Nadir falava. Stella apenas concordava.
- Você Di... Quando olha para o meu mano você... O que você sente? - ela perguntou. Eu sorri envergonhado.
- Ah... Eu... Eu sei lá. Eu fico feliz. Pronto, é isso. Eu gosto de estar com seu irmão, Stella. No começo eu ansiava por tê-lo, agora eu já anseio vê-lo. - falei derrotado. - Será que... Será que eu AMO o Rodrigo? - perguntei mais para mim mesmo do que pra elas.
- Pelo que você falou meu amigo... Tenho que lhe dizer que sim. - Nadir falou e eu fiquei pensativo.
Continuamos os três conversando, mas isso não saía da minha cabeça.
Eu... Eu... Eu nunca amei alguém na minha vida! Eu... Eu... Não! Não é possível. O pior é que... O pior é que eu já estou começando a aceitar isso, eu... Eu acho que é verdade sim, mas... Ah merda!
Não vou ser infantil. Eu amo, amo, amo e amo e pronto!
Depois de alguns assuntos banais as duas garotas perceberam que eu estava um pouco tenso.
- Eu acho que você deveria contar para o meu irmão o que sente. - Stella comentou. - Eu nunca... Eu nunca o vi tão feliz com alguém. Eu o invejo por isso, porque... Você sabe. - ela falou sorrindo melancolicamente. - Então eu... Eu quero que vocês sejam felizes e... Desde que você e ele se tornaram ‘amigos’ ele anda cada dia mais feliz, Diego... - ela falava.
- Você acha que eu devo dizer ao Rodrigo que eu o amo? - perguntei e ela acenou positivamente com a cabeça.
Err... Não consigo nem falar para mim mesmo e vou falar para ele? E se ele rir da minha cara, ou então, como naqueles filmes, dizer apenas ‘obrigado’?
- Amigas e amigo! Falta meia hora!
Murilo falou aparecendo de mãos dadas com um rapaz, nem prestei muita atenção nele, pois Rodrigo logo veio com o pequeno Caio em seu colo dando-o para Nadir.
- Diego... - ele falou sorrindo. - Vem cá.
Ele falou me puxando. Eu me deixei ser puxado. Estávamos nos afastando do grupo. As meninas acenaram para mim, sorridentes.
- Aonde você está me levando?
Perguntei sorridente ao ver que estávamos nos distanciando das pessoas e caminhando para uma mata no final da praia, cheia de rochas. Era uma trilha. Ali estava menos iluminado.
- Err... - Ele parou e me olhou. - É que dizem que com quem você passa a virada você passa o ano seguinte inteiro. - ele falou rindo envergonhado e começou a entrar naquela trilha. - Você... Você quer vir comigo? Quero ver os fogos mais de perto, ali em cima daquela pedra, é mais perto do céu, você não acha? - ele perguntou sorrindo feito uma criança, criança que ele é!
- Ah, vamos.
Eu falei e caminhei com ele por meio daquele mato. Não havia ninguém ali. Por sorte achamos a pedra, facilmente. Alguns mosquitos insistiam em me atacar, mas nem liguei muito.
Chegamos à pedra e ficamos a observar o mar, que estava um pouco agitado.
- Se no dia que te conheci me dissessem que passaria a virada do ano com você eu... Eu realmente não acreditaria. - ele falou se sentando. Eu me sentei de frente a ele. Fiquei de joelhos, na verdade. A pedra estava muito suja.
- Pois é. - falei. Eu estava nervoso... O meu coração batia mais rápido.
- Você está estranho. Quer ir lá para baixo? - ele perguntou se levantando. Eu segurei seu pulso e o impedi de ir embora.
- Não é nada disso. - falei fazendo-o se sentar novamente.
- É o que parece. - ele falou aborrecido.
- Para de drama Rodrigo. É só que... - suspirei longamente.
-Que? - ele perguntou me encarando de perto.
- Eu... Eu nunca gostei de alguém como eu gosto de você... Pronto, é isso. - falei. Ele ficou sem graça.
- Assim... Assim você me deixa sem graça Dieguinho. - ele falou sorrindo.
- Err... - eu não sabia o que falar. Ele não falou nada de volta. - Acho melhor descermos agora, devem faltar poucos minutos.
- Eu queria passar a virada aqui. - ele falou chegando mais perto. - Só com você, porque você é tudo que preciso para o meu ano ser bom, Dieguinho. - ele falou sussurrando em meu ouvido. Eu fiquei totalmente sem graça com isso. Ri nervoso e logo em seguida falei:
- Está me pedindo em namoro Rodrigo?
- Estou sim, Diego. - ele falou olhando-me nos olhos.
- De verdade?
- Não. De mentira idiota! Deixa de ser sonso Diego! - ele falou cruzando os braços.
- Como você é romântico. - falei.
CONTINUA....
Votado !