Caminhei até a minha sala, fechando a porta. E lá estava Rodrigo, já sentado frente ao computador. Sorri-lhe e sentei em minha mesa, ligando o meu PC.
- Nem um beijo de bom dia eu ganho? - ele falou rindo debochado.
Acabávamos nos zoando por sermos namorados, o que é meio ridículo, mas era engraçado.
Pois, imagine que antes de nos conhecermos éramos convictamente heterossexuais, e agora éramos um casal gay!
- Vai se ferrar Rodrigo. - falei rindo, mas mesmo assim acabei não resistindo. Caminhei até sua mesa e dei um estalo em seus lábios, sentindo sua língua lamber-me os lábios de modo bem esperto. - Animadinho logo de manhã, né? - perguntei voltando para a minha mesa.
- Depois de cinco dias seguidos de sexo a gente fica acostumado. - ele falou já desviando atenção para a tela do computador.
Apenas ri de seu comentário e comecei a trabalhar também.
O tempo passava rápido quando eu estava trabalhando. É tão gostoso você gostar de trabalhar. Eu estava concentrado quando ouvi o Rodrigo me chamando nervoso.
- Diego! - ele exclamou. Olhei para seu rosto. Ele parecia surpreso e irritado.
- O que foi? - perguntei calmo.
- Vá ver seus e-mails! - ele falou.
- Agora não Rodrigo, eu estou...
- Agora! - ele falou, me cortando.
- O que aconteceu para você estar assim? - perguntei ainda calmo indo até a caixa de entrada. - Se não for nada Rodrigo, você vai ver. - falei e ele respirava pesado. Vi que tinha uma mensagem com o seguinte assunto:
“Caros Rodrigo e Diego”.
Fiquei curioso e abri a mensagem. Li atentamente a primeira frase:
“É bom os pombinhos tomarem mais cuidado ao trocarem beijos nos cantos da empresa.”
Senti meu coração acelerar cada vez mais rápido e assim que desci mais a mensagem havia uma foto onde eu e o Rodrigo nos beijávamos luxuriosamente. Eu me lembrei do dia, não lembro de ter visto alguém perto de nós. Meu coração estava acelerado.
- O que significa isso? - perguntei surpreso.
- Desce mais!
Ele falou, batendo a mesa. Eu via a raiva em seu olhar. Desci mais a mensagem e estava escrito:
“De agora em diante, vocês farão tudo o que eu quiser e pararão de me tratar como se eu não existisse. Assim que virem essa mensagem, por favor, comuniquem-me para conversarmos pessoalmente. Ah, é mesmo um desperdício, dois homens gostosos assim gays! Mas tudo bem, não são os únicos do mundo!
Beijos queridos! Larissa ;D”
- O... O que ela quer? - ele perguntou furioso.
- Isso só pode ser brincadeira! - falei ainda chocado com tudo.
- E agora Dieguinho? E agora?
- Vamos... Vamos chamá-la aqui! - falei.
- Ah, não vamos fazer isso! Não sou de bater em mulher! Acho isso uma tremenda covardia! Mas estou com tanta raiva, tanta raiva que é capaz de eu perder a cabeça com essa puta! - ele falou ficando vermelho. Estava muito irritado.
- Se acalme Rodrigo. Vamos ver o que ela quer.
Falei e mandei uma mensagem de volta para ela, chamando-a até a nossa sala. Eu nem tentei acalmá-lo porque estava muito abalado também com isso. Muito mesmo! Não gosto de chantagens, não gosto de ser exposto, não gosto de fazer coisas que eu não quero e não queria que descobrissem sobre mim e o Rodrigo! Passaram-se cinco minutos e estava aquela vadia ali, em nossa sala, sorrindo vitoriosa.
- Queridos! Tudo bem com vocês? - ela perguntou, cínica.
- Não, sua puta! - Rodrigo falou batendo na própria mesa, fazendo um estrondo.
- Vou ignorar essa, gatinho. - ela falou e caminhou até ficar mais perto de nós dois. - Escute aqui, Rodrigo, melhor você me tratar melhor agora, pois... Vocês sabem, né? Quem está no comando sou EU agora. Se vocês não quiserem que a empresa inteira fique sabendo disso é melhor se comportarem! Diego, eu sei que você adora essa empresa, não gostaria que os outros vissem que você ‘brinca’ em serviço. E Rodrigo com todo esse jeito macho de ser... Ah, adoraria ver a cara do seu pai descobrindo que você e o melhor funcionário dele têm um caso!
Agora está explicado aquele DVD no aniversário! Naquele dia minhas suspeitas começaram. Primeiro o presente, vocês tão amiguinhos que até estranhei, e no fim da festa... Os dois sumidos! Eu segui vocês dois durante uma semana inteira, meus gatinhos, e não sabem como fiquei realmente feliz com o flagra que dei! - ela falava, rindo vitoriosa.
- O que você quer? - perguntei antes que o Rodrigo falasse qualquer coisa.
- Simples. Vocês falarão com o Sr. Martins. Digam que sou muito competente e querem dividir a sala comigo. Aqui dentro quero ser tratada como rainha, vocês nem se olharão, não se tocarão. Se quiserem beijos ou qualquer outra coisa, viadinhos, terão que ver com a titia aqui. Ah como eu queria mostrar para vocês o que é bom de verdade!
- Não esquece que eu já te comi, vaca! - Rodrigo falou, visivelmente irritado.
- E sem esses apelidos carinhosos também, gayzinho. - ela falou. - Aposto que quem dá a bunda é você! - ela falou e Rodrigo se levantou rapidamente. Eu o segurei antes que ele fizesse qualquer coisa.
- Calma Rodrigo, calma. - sussurrei em seu ouvido.
- Isso, acalma seu bofe, acalma. - ela falou.
- Isso que você está fazendo é desumano, Larissa. - comentei. - É realmente triste que não consiga ser boa por próprios méritos e ainda seja carente ao ponto de implorar por alguns beijos. Realmente Larissa, tenho dó de pessoas como você. Você não ganhará nada com isso. Eu e o Rodrigo conseguiremos fazer você vir para esta sala, mas nada além disso.
Você não é competente o suficiente para subir mais e com essa atitude apenas está provando isso. Pessoas que conseguem coisas através de chantagens não ganham nada. Isso é apenas uma dica. E você vai parar com os insultos Larissa. - falei, calmamente.
- Cala a boca Diego! Eu os tratarei como quiser! - ela falou.
- Está bem então. - falei.
Droga! Merda! Caralho! Eu tenho que pensar num jeito de acabar com isso! Mas como? Antes que pudéssemos digerir tudo isso ela resolveu trancar a porta.
- O que você vai fazer? - perguntei. Rodrigo estava concentrado no trabalho, mas eu via toda sua raiva em seu olhar.
- Eu e você Dieguinho. - ela falou retirando a própria blusa. - E você, Rodriguinho, vai olhar tudo! - ela falou isso e se sentou no meu colo.
- Você é mesmo uma puta maldita! - Rodrigo gritou. - Eu juro que ainda te mato! - ele falou.
- Ainda bem que você é mais obediente Dieguinho! Sabe do que sou capaz! - ela falou isso e se sentou em meu colo. Eu fiquei olhando-a. Estava com nojo dessa situação. Muito nojo, mas o que eu faria? Não tenho escolha!
- Rodrigo... - sussurrei. Ela ria insanamente.
- Faça logo! - ele falou, irado.
Ela usava saia. Logo ela abaixou a calcinha e pegou uma camisinha do meio de seus vastos seios. Achei isso repugnante. Ela desabotoou minha calça e começou a apertar meu volume por cima da calça. Senti seus lábios sobre os meus.
Ela beijava mal, para ajudar! Eu não conseguia ficar excitado com aquilo. Sentia-a passar a língua por meus dentes e tudo o que eu sentia era nojo!
Meu pênis não dava sinal de vida e então ela o apertou com todas as forças, o que me machucou e muito.
- Aah! - acabei gritando.
- Desisto! Rodrigo, vem cá estimular seu namoradinho! - ela falou, debochada.
- Como é que é? - ele levantou furioso.
- Olha a foto! - ela falou.
- Você quer que eu excite o MEU namorado para você foder com ele? Você está merecendo apanhar sua vadia!
- Isso, me bate! Isso que estou fazendo é por ter parado de me procurar depois de transar comigo, seu filho de uma puta!
- Você se insinuou que nem uma piranha, implorou por meu pau, teve o que queria!
- Continua! Continua que eu espalho a foto por aí!
- Desconta... Desconta em mim então, coloca o Diego fora dessa. - ele pediu um pouco menos agressivo.
- É divertido envolver vocês dois! E eu quero te ver mal e para te ver mal só mexendo com o Diego! Parece que você gosta dele de verdade, hein Rodrigo! - ela falou lambendo meu pênis que não dava sinal de vida.
- Rodrigo... Faz logo para acabar logo. - pedi com desespero em meu olhar.
Eu nunca o vi com uma expressão tão odiosa assim. Ele veio até mim e me beijou enfurecidamente, passando a mão por todo o meu corpo, um pouco agressivamente. Comecei a me excitar com seus toques, e quando comecei a corresponder senti-o saindo de mim bruscamente e a boca de Larissa envolveu meu pênis. O boquete dela era razoável. Eu já estava excitado e fechei os olhos, tentando imaginar outra situação.
Ela sentou em cima de mim e o cheiro de seu perfume barato entrava em minhas narinas. Senti meu pênis entrando naquela cavidade e ela logo começou a se movimentar. Arranquei-a bruscamente dali com minhas mãos.
- A camisinha, estúpida! - falei.
Ela colocou sensualmente a camisinha em meu membro. Isso não despertou nada em mim. Ela me deu um tapa na cara repentinamente.
- Me xingue de novo e você vai ver.
Fiquei com o mesmo rosto de paisagem, mas estava sentindo um grande ódio dentro de mim!
Continuamos naquele vai e vem até que chegamos ao orgasmo. Ela chegou, aliás. Porém ela forçou o sexo até eu gozar na camisinha. Ela se levantou e me deu um beijo, muito mal dado.
Eu olhei para o Rodrigo, que estava com os olhos brilhantes. Eu me senti muito mal, ela saiu de cima de mim, ajeitou a roupa, passou pelo Rodrigo e lambeu a boca dele.
- Bem rapazes, já sabem! Amanhã quero receber a notícia de que fui promovida! - ela falou. Não falamos mais nada e ela fechou a porta.
- Rodrigo... - sussurrei para ele.
- Foi boa a foda? – ele perguntou, irado.
- E você acha que a culpa é minha? - perguntei e caminhei até ele, alisando seu rosto. Seus olhos brilhavam excessivamente.
- Você aceitou... Nós... Nós podíamos ter dado um jeito! - ele falou.
- Eu não quero conversar com você assim, Rodrigo. Eu pensarei em algo, mas, por favor, não fique bravo comigo, eu não tenho culpa alguma, estou tão bravo quanto você, não seja egoísta!
Falei e dei um beijo na testa dele. Vi uma lágrima escorrer por seu rosto, porém não trocamos mais nenhuma palavra até o fim do dia.
Enrolamos para sair, pois não queríamos nos encontrar com aquela filha da puta da Larissa!
- Rodrigo, temos que conversar! Entra no meu carro. - falei. Ele apenas assentiu com a cabeça. Entramos no banco de trás.
- Diego... O que nós faremos? - ele perguntou.
- Nós não estamos em condição de pensar em algo. Eu realmente não sei o que fazer... Acho que primeiro temos que dar a ela o que ela quer, Rodrigo... Você pode falar com seu pai? Fale que fui eu que sugeri e você gostou da ideia.
- Não sei se consigo. Não consigo ser frio como você, vou demonstrar minha raiva ao falar dela! - ele falou.
- Rodrigo... Por mim cara, você sabe que adoro o meu trabalho. Adoro o que tenho com você e vai que seu pai não aceita e... Enfim. - comentei dando um beijo em seus lábios.
- Ok. Assim que chegar em casa eu falo com ele. Mas pensa em algo para nos tirar dessa, por favor! - ele falou. - Logo agora que começamos a namorar! Isso não é justo Diego!
- Realmente não é. Estou me perguntando por que existem pessoas como ela nessa porra de mundo!
- Foi bom ver que com ela você broxou e comigo... - ele falou, sorrindo ao mesmo tempo safado e melancólico.
- Acho que agora além de olhos, tenho pinto só para você! - falei tentando descontrair, embora eu mesmo estivesse arrasado.
- Como você é romântico! - ele falou. - Bem, agora eu tenho que ir.
Eu o segurei e o puxei para mim, deitando-o no banco. Juntei meus lábios ao dele e aos poucos intensificamos nosso beijo.
CONTINUA….
___ estamos já na reta final, do em dúvida de qual próximo conto eu posto! Vocês preferem um romance ensino médio? Ou um romance na faculdade? Tenho duas história muito boa! E uma dessas me fez chorar por quase dois dias, e me fez parar de ler o conto na metade! Eu só terminei depois de um ano, que eu fui ler de novo já esperando acontecer certa coisa e mesmo assim ainda chorei muito e terminei de ler kkk! Porém me fez crescer muito! Enfim :~
Votado ! Há coisas, que não se deve fazer, em publico, mas...