A Marília estava do meu lado e o Daniel (que não devia ter muito o que fazer no estande dele) estava por lá sentado atrás da gente.
Eu tinha que admitir que o cara era até simpático, além de bonitinho... Mas como todo mundo sabe que o bonitinho é o feio arrumadinho, continuei me perguntando se não havia mais ninguém na escola para quem ela poderia dar uma chance.
O Carlos estava fazendo um experimento bem difícil em outra bancada, deixando o professor boquiaberto.
Mesmo palhaço e meio safado, esse garoto era um pequeno gênio.
Para mim era difícil me concentrar na minha própria reação química, e vez ou outra eu me pegava o espiando.
Era inacreditável como aqueles óculos de laboratório e o jaleco branco davam a ele um ar de seriedade sem conseguir esconder a sua beleza.
Não preciso dizer que duas ou três vezes eu derramei os produtos químicos fora das vidrarias porque estava distraído.
Quando a feira estava quase no fim, eu, Marília e os demais membros da banda fomos liberados para irmos até o palco que havia sido armado no fundo do ginásio, onde todos os nossos instrumentos estavam preparados para serem tocados.
O Diretor subiu no palco também e anunciou a turma vencedora da feira, premiou os melhores alunos de cada série (o Carlos foi o melhor do 1ENM) e depois de um breve discurso, ele declarou a feira de ciências encerrada e apresentou nossa banda para o público que tinha começado a se formar em frente ao palco.
Nós então, tivemos nosso tempo para tocar “três ou quatro músicas” como dissera o diretor para mim minutos antes do show.
A gente achou legal começar com a mesma música que abrimos o outro show... Então, assim que a Celyne tocou as primeiras notas de Shining Light, todo mundo reconheceu a música e começou a pular no ritmo do rock do Ash.
Foi muito legal. Depois a Celyne cantou Torn, e a plateia respondeu com muitas palmas. Em seguida eu toquei Alibis.
Antes de tocar a última canção eu convidei a todos os presentes para comparecerem na Árvore das Luzes no dia seguinte, para a minha festa de aniversário, onde nós daríamos um show de verdade.
Então eu toquei e cantei a música “Ana e o Mar” do teatro mágico, que para minha surpresa era conhecida por uma parte da galera presente.
Nós fomos aplaudidos por toda a escola e foi muito legal.
A Tsubasa é um projeto meu e da Marília que estava dando certo.
Era incrível para mim, que até pouco tempo atrás era completamente invisível, de repente me ver sendo alvo dos aplausos de toda a escola.
Mas nem todos os aplausos eram iguais.
As palmas de um certo rapaz de jaleco branco e óculos de laboratório no cabelo, eram mais especiais para mim.
Dali do palco, quando eu olhei para ele, sorrindo e aplaudindo, eu senti meu coração saltitar no peito...
Ele mexeu nos cabelos para tirar os óculos e as mechas castanho claro sacudiram no ar...
Minha respiração ficava a cada segundo mais acelerada... Eu havia tomado a decisão certa.
Era ele, o meu escolhido... A pessoa mais importante para mim. A pessoa por quem eu estava realmente apaixonado... Sem dúvida, eu queria muito mais do que amizade.
Eu desci do palco com meu violão e ele veio me abraçar.
Ele tinha um cheio muito bom... Eu me senti tentado a me declarar pra ele ali mesmo, mas resolvi fazer isso direito.
O Carlos era uma pessoa muito especial, ele merecia a melhor declaração de amor que eu poderia fazer.
Eu arrumei minhas coisas rapidamente e voltei sozinho para casa.
Procurei uma música bem legal na internet e que falasse mais ou menos da minha história como Carlos.
Achei uma bem legal e simples de tocar. Enviei letra, cifra e partitura para o pessoal da banda, avisando que essa música seria o encerramento do meu show de aniversário.
Dormi cedo naquela sexta-feira.
E acordei ansioso no dia seguinte. Esse dia prometia muitas alegrias!
Quando você está ansioso para que alguma coisa aconteça, logo o tempo se arrasta.
Nesse dia não foi diferente. Eu fui ainda pela manhã para a árvore das Luzes, ajudar nos preparativos. Uma decoração bem simples que minha mãe alugou.
A pista de dança estava sendo montada. O palco ficou no mesmo lugar que da outra vez e bem debaixo da copa da árvore, uma cúpula metálica completava a estrutura.
Depois de muito trabalho eu voltei para casa e a mamãe foi para um salão dar um “up” no look.
Eu fiquei em casa ensaiando as músicas que eu ia tocar.
Treinei só no violão porque não queria forçar minha voz antes do show.
Eu consegui dormir depois do almoço e tive um sonho muito bonito com o Carlos.
Nós estávamos namorando sentados em um banco na praça dos ipês e o chão estava coberto de folhas amarelas.
Quando acordei já estava na hora de ir para a praça.
E quando eu cheguei lá, o lugar já estava mais movimentado que o habitual.
Encontrei os meninos da banda no palco arrumando os instrumentos.
O Carlos ainda não tinha chegado.
Quando tínhamos terminado de arrumar os instrumentos, olhei para a praça e fiquei impressionado com o número de pessoas que tinha ido ao meu aniversário.
É claro que eu não conhecia nem metade daquelas pessoas... Elas estavam ali por causa do show gratuito e da festa.
Pelo visto a campanha de divulgação foi muito bem feita.
Eu reconheci na plateia quase todo mundo da escola e que morava por ali. Havia muitos vizinhos e gente que eu não tinha nunca nem visto na minha vida!
Na hora marcada o show começou, sob o peso dos aplausos da galera.
Eu nunca imaginei que um dia viveria uma situação como essa... Logo eu que sempre fui invisível.
Mas agora era diferente... Agora ali, no centro daquele palco, eu era a estrela!
(...)
Era incrível ver as pessoas pularem ao ritmo das músicas que a gente tocava. Eu olhei para o lado e a Marília estava radiante... E na plateia, bem na minha frente estava ele, o meu escolhido.
Eu peguei o microfone e disse:
- Mais uma vez obrigado a todos vocês que vieram aqui prestigiar a nossa apresentação. Muito obrigado a todos que cantaram parabéns para mim há alguns minutos! Mas agora está na hora da gente encerrar o show e liberar a pista de dança. Só que antes disso eu gostaria de dedicar a última música a uma pessoa muito especial que sempre esteve do meu lado e que nem sempre eu enxerguei. A uma pessoa que vem ocupando cada vez mais espaço na minha mente. Eu quero dedicar essa canção a uma pessoa por quem eu estou apaixonado...
Eu ouvi um hoohhooo da plateia e alguns assovios.
Foi então que eu surpreendi a todos. Eles imaginaram que eu ia tocar alguma música chorante ou um balada bem romântica, mas quando a banda tocou os primeiros acordes de “Crush” do David Archuleta, a galera começou a entrar na batida e acompanhou com palmas.
https://www.youtube.com/watch?v=6J1-eYBbspA
Tradução – “Paixão”
“Eu desligo o telefone nesta noite
Algo aconteceu desde primeira vez, lá no fundo.
Foi rápido, muito rápido.
Porque a possibilidade de que você um dia sentiria
o mesmo por mim
Era coisa demais, simplesmente demais.
Por que eu continuo fugindo da verdade?
Tudo em que eu penso é você
Você me hipnotizou, tão fascinado, e eu só tenho que saber
Você já pensou, quando está sozinha,
Tudo o que podemos ser, onde isto pode ir?
Estou louco ou me apaixonando?
É real ou apenas uma outra paixão?
Você suspira quando olho pra você,
Você está se segurando do jeito que eu estou?
Porque eu estou tentando, tentando fugir
Mas eu sei que esta paixão nunca irá embora...
Já passou pela sua mente quando estávamos saindo,
Passando tempo, garota, éramos só amigos?
É algo mais, é algo mais?
É uma chance que temos que agarrar,
Porque eu acredito que nós podemos transformar isso
Em algo que dure para sempre, para sempre.
Você já pensou, quando está sozinha,
Tudo o que podemos ser, onde isto pode ir?
Estou louco ou me apaixonando?
É real ou apenas uma outra paixão?
Você suspira quando olho pra você,
Você está se segurando do jeito que eu estou?
Porque eu estou tentando, tentando fugir
Mas eu sei que esta paixão nunca vai ir embora...
Por que eu continuo fugindo da verdade?
Tudo em que eu penso é você
Você me hipnotizou, tão fascinado,
E eu só tenho que saber.”
O Carlos estava com o sorriso mais lindo que eu já vi quando eu acabei a música.
Ele sabia que de agora em diante eu pertenceria somente a ele, o meu mais novo amor.
Depois de sermos aplaudidos, a galera que estava assistindo ao show se deslocou para a pista de dança e eu e os meninos da banda ficamos arrumando os instrumentos.
Eu cumprimentei o pessoal pela ótima apresentação. Eu ia dar o meu tradicional abraço na Marília, mas ela já estava beijando aqueles encosto que ela passou a chamar de namorado, desse dia em diante.
Eu tive ânsia de avançar nos dois, mas isso passou em menos de um segundo. Logo me ocorreu que o Carlos estava esperando por mim em algum luar para trocarmos o nosso primeiro beijo apaixonado.
Eu procurei por ele e o vi em um ponto afastado da praça. Foi complicado chegar até lá; muita gente estava me cumprimentando pelo aniversario e pelo show.
Quando cheguei onde ele estava, ele me puxou e me deu um abraço apertado.
Nossa! Como o abraço dele era quente... Como o perfume do pescoço dele era gostoso. Eu podia sentir os músculos dele por debaixo da camisa encostando no meu tórax.
Ele sussurrou no meu ouvido: “vamos embora daqui!”
- Eu não posso, é minha festa.
Ele me abraçou mais forte e depois me soltou.
- Me encontra aqui em duas horas.
Eu não questionei. Só concordei com a cabeça e dei meia volta.
Curti o que pude da festa. Tinha muita gente diferente; havia vários casais se formando pelos cantos da praça e por alguns segundos eu pude jurar que vi o pai do Alex dançando na pista. mas com certeza foi só uma impressão.
Depois de dançar bastante, beber um pouco, as duas horas se passaram e eu me dirigi ao mesmo ponto de antes, onde o Carlos tinha me encontrado.
Nós nos abraçamos e ele praticamente me arrastou dali.
Nós caminhamos em silêncio, por uns minutos, até chegarmos na casa dele.
- Não tem ninguém aí?
- Não. Todo mundo vai dormir fora hoje. Providencial não acha?
- Muito.
Ele abriu porta e quando entramos, ele me abraçou novamente e dessa vez tocamos no rosto um do outro.
Olhamos dentro dos olhos um do outro. Os olhos dele eram castanho claro, como duas bolas de mel.
Eu encostei minha bochecha no rosto dele e nós ficamos assim por uns segundos até que eu me deslizei até os lábios dele e nós finalmente nos beijamos.
Foi um dos beijos mais lindos da minha vida.
Eu pude sentir, com aquele beijo, o quão apaixonado ele era por mim.
A gente sentou no sofá e ficamos abraçadinhos trocando carícias e beijos por um longo tempo.
Nós não tínhamos pressa, queríamos aproveitar ao máximo a paixão.
Depois ele me levou pra cama dele e me despiu lentamente enquanto beijava todas as partes do meu corpo.
Eu tirei a roupa dele com muito carinho.
Aquela foi uma situação muito diferente das outras... Nos deitamos na cama completamente nus e continuamos a nos beijar e a fazer carícias cada vez mais quentes.
Ficamos excitados rápido e nossos paus roçavam um no outro, enquanto nos beijávamos.
Ele começou a meter em mim pouco depois.
Ele não estava mentindo quando disse que sabia amar. Ali ele estava usando toda habilidade que ele tinha na cama com a calma e o carinho de um garoto apaixonado.
Foi lindo!
Eu realmente vi estrelas, de tanto prazer...
Ele também se entregou a mim e eu o penetrei com o mesmo carinho que ele fez comigo.
Eu o beijava enquanto colocava meu cacete cada vez mais fundo dentro dele.
Eu percebi que as bochechas dele ficavam coradas quando ele estava quase gozando...
E eu soquei fundo mesmo. Meti a vara até rasgar as pregas dele. Ele babava e gemia feito louco. Nem eu sabia que meu pau era tão gostoso assim...
Eu o penetrei e o masturbei até que nós dois gozamos juntos.
Ainda com o pau dentro dele eu continuei beijando seu rosto, sua boca...
Nós dois transamos mais duas vezes naquela noite.
Na última vez ele fez a melhor chupeta da minha vida e eu gozei como se fosse um chafariz de praça!
Dormimos pelados, juntos, de conchinhaO dia seguinte, quando cheguei em minha casa, levei a maior bronca da minha vida... Mamãe me disse que sempre houve confiança demais entre nós para que eu fizesse qualquer coisa sem nem mencionar para ela. E passar uma noite fora de casa depois da minha festa de aniversario foi um abalo bem forte nessa confiança que ela sentia por mim.
Eu me senti meio culpado, mas não me arrependi de ter passado a noite com o Carlos.
Acabei prometendo para mim mesmo que nunca mais daria um susto daqueles na minha mãe.
Quando deitei na minha cama, pensei na noite maravilhosa que eu e ele havíamos tido e no sexo maravilhoso que fizemos de manhã cedo.
Ele me acordou com sexo oral e foi tudo de bom.
E o beijo de despedia na porta da casa dele...