IDAS E VOLTAS [03] ~ Meu Sacaninha

O que aconteceu?

Nada, sai daqui!

Roger, o que está acontecendo com você? Comecei a chorar sem entender.

Vai embora, está tudo errado Sandro, eu não quero mais continuar te vendo.

Aconteceu alguma coisa? O que eu fiz?

Nada! Gritou, não aconteceu nada, simplesmente você existe.

Explica o que aconteceu, não estou entendendo nada, o que deu em você?

Vai embora!

Roger...

Vai.

Ele estava nervoso, resolvi não insistir. Sem saber o que fazer eu peguei minhas coisas e saí perdido. Andando pela rua apenas chorava e seguia sem rumo até que cheguei à parada de ônibus e peguei um que me deixou perto de casa.

Embaixo do chuveiro tentava entender a atitude de Roger, mas não conseguia compreender. Depois desse dia ele se afastou e nem apareceu mais no colégio.

No final de setembro fiz 16, ainda bem que era meio de semana, não estava para comemorações, mesmo assim, minha mãe fez um jantar com meus irmãos e além deles convidei Rafael e Fernanda.

Depois daquela conversa com Roger ele fazia de tudo para me evitar, não aparecia mais na escola. Eu não sabia o que na verdade aconteceu naquela tarde que de um momento para outro ele mudou totalmente comigo, era como se descobrisse algo que o levasse a se afastar de mim.

Ainda tentei ligar para ele, mas Roger evitava minhas ligações, não sabia qual atitude tomar, ninguém sabia do meu envolvimento com ele e à medida que os dias passavam estava ficando maluco.

Passou um mês e nada de Roger me procurar ou atender minhas ligações. Resolvi procurá-lo em sua casa para ver se conseguia falar com ele. Ao chegar, sua mãe me recebeu educadamente, mas ele pareceu não gostar de minha visita, pois assim que me viu foi para o seu quarto e me deixou plantado na sala com a mãe dele.

Vocês eram tão amigos, brigaram? Perguntou ela sem entender o que estava acontecendo.

Eu não sei o que aconteceu, por isso gostaria muito de conversar com ele.

O Roger anda muito nervoso, tenta entendê-lo e releva.

Não gostaria de perder a amizade dele.

Vamos fazer assim, vai pra casa que eu vou conversar com ele e depois prometo que Roger vai falar com você.

Está certo, vou aguardar então.

Saí da casa dele e fiquei aguardando seu contato que não veio. Resolvi dar um tempo para ele, não tinha noção do que o atormentava, mas sabia que era algo grave para agir daquela forma descontrolada.

O Final de ano chegou e junto às férias do colégio. Passava meu tempo trabalhando com meus pais e meu irmão no mercado. Iniciava 2008 de uma forma totalmente desanimadora, fazia mais de três meses que Roger simplesmente se afastou sem nenhuma explicação lógica.

Nadando na piscina de um lado a outro, fiquei pensando, que motivos o levaram a se afastar de mim de maneira tão repentina. Tinha algo errado por trás de tudo aquilo e eu tinha que descobrir, precisava saber, não ia abrir mão dos meus sentimentos por ele sem uma explicação lógica.

Neste período em que estivemos afastados ele não apareceu no Country, afastou-se inclusive dos jogos do campeonato, nem no mercado ele ia mais. Às vezes o avistava de longe quando passava em frente à oficina em que trabalhava, porém, em todas as vezes que me viu fingiu não me ver.

Era isso, pensei enquanto dava braçadas na água, eu tinha que procurar por ele mais uma vez e seria a última tentativa.

Saí da piscina tomei um banho e fui procurá-lo. Neste dia eu dei sorte, ele estava em frente a casa lavando o carro, porém, assim que me viu foi como se não estivesse diante de sua presença.

Oi! Será que podemos falar?

O que você quer? Perguntou e seguiu lavando o carro.

Quero conversar com você antes de me afastar em definitivo.

Ele ficou calado apenas me olhando sem esboçar nenhuma reação.

Eu só quero entender algumas coisas.

Tudo bem! Vou terminar aqui e conversamos.

Depois que terminou de lavar o carro, entramos e ele ainda continuava calado, sem dizer nada foi até seu quarto e depois retornou à sala me entregando uma foto.

O que a foto do primo do meu pai está fazendo aqui?

Você o conhece?

É primo do meu pai, naquelas fotos que você viu lá em casa tinha uma dessas.

Sim, foi lá que eu vi essa foto pela primeira vez.

E o que tem isso?

Por acaso encontrei outra igual nas coisas de minha mãe.

Isso quer dizer o que?

Esse homem é meu pai.

Quer dizer então que você faz parte da minha família?

Infelizmente!

Por isso se afastou de mim?

Não quero proximidade com nada que me lembre desse canalha.

Que culpa eu tenho se o cara te abandonou quando nasceu? Isso é muito injusto, não sei nem por onde ele anda.

Esse cara acabou com a vida da minha mãe e ele não me abandonou quando nasci, ao contrário, pagou para ela me abortar. Como você quer que eu me sinta em relação a isso?

Eu entendo sua mãe e até dou razão a ela e também entendo você, mas não tenho nada a ver com isso, não é justo que pague pelos erros dele.

Onde anda esse desgraçado, Sandro?

Eu não sei nem o conheço direito, acho que em Ouro Preto ou Belo Horizonte, meu pai é que deve saber.

Se você gosta de mim descobre onde ele está e me fala.

O que você pretende fazer?

Não sei, só queria olhar nos olhos desse animal uma vez só na vida e mostrar que o dinheiro dele não Vale nada.

Esquece isso e vá viver sua vida.

Achei que você gostasse de mim e quisesse me ajudar?

Você nem sabe os motivos que o levaram a desejar que sua mãe fizesse o aborto?

Está a favor dele?

Não! Acho que você está deixando de viver sua vida em função de um cara que nunca te valorizou.

Eu quero ter o prazer de um dia chegar à frente dele e dizer “este aqui é o seu filho indesejado”.

Esse encontro é muito importante para você?

Neste momento é a coisa que mais quero na vida.

Não deixe a mágoa comandar seu coração.

Você vai ou não vai me ajudar?

Vou, porque eu gosto de você.

Obrigado! Eu também gosto muito de você, mas tenho receio do que pode acontecer se nos envolvermos

D e que você tem medo?

Essa cidade é pequena, qualquer coisa é motivo para falatório e você é menor de idade.

Eu não me importo com o que esse povo fala.

Não dá, entenda o meu lado, por favor.

Você não é a fim de mim?

O problema não é esse, não quero te machucar. Acho que eu me empolguei com seu entusiasmo e acabei alimentando esperanças em você.

Não é justo o que você está fazendo comigo?

Prefiro assim, sua família é influente na cidade e eu não sou nada.

Eu queria aprender muitas coisas com você.

Estou sem cabeça para enfrentar esse desafio, agora eu só quero encontrar o meu pai.

Você e Larissa voltaram?

Não, o que houve entre nós acabou em definitivo.

Você está com alguém?

Esquece essas preocupações e me ajuda a encontrar o meu pai.

Digamos que vocês se encontrem. O que pretende fazer?

Provar para ele que não sou tão indesejável assim, mas para que isso aconteça, preciso que você me consiga o endereço dele.

Como vou conseguir isso? Meu pai vai querer saber qual o meu interesse?

Com esse jeitinho esperto você consegue e vai me ajudar

Só me responde uma coisa?

Diga?

Você vai continuar me evitando como fez até agora?

Não, eu fiz isso porque precisava pensar no que fazer, mas agora já sei o que quero e não pretendo me afastar, porém não posso me envolver com você da maneira que deseja.

Não estou entendendo?

Continue me ajudando que logo você entenderá.

Isso quer dizer que nós podemos continuar nos vendo?

Sim, mas não como antes.

Como assim, Roger?

Você vem aqui em casa, eu vou à sua, vai com seus amigos ao clube, eu vou sozinho ou acompanhado e até podemos nos encontrar lá, mas sem compromisso de levar e buscar. Algumas vezes, até posso oferecer uma carona para você e seus amigos, entendeu?

Entendi e compreendo a sua atitude.

Será melhor para nós e assim vai evitar desconfiança e falatórios indesejados.

E a nossa situação?

Vamos com calma, você é muito afobado, se empolgou porque trocamos àquele beijo?

Na verdade fiquei sem entender porque você agiu daquele jeito e praticamente me expulsou de sua casa.

Eu me empolguei e avancei o sinal, mas isso não vai acontecer novamente, não assim, como você está pretendendo.

E agora? Eu posso te abraçar?

Ele sorriu, aproximou e me abraçou apertado.

Desculpa pelo ogro que eu fui com você, não queria ter te magoado.

Tudo bem, vamos esquecer isso e começar novamente.

Roger desfez o abraço, mas não me soltou.

Esse abraço foi um pedido de desculpas pela forma que agi naquele dia e esse agora será pelo seu aniversário que eu perdi e já está atrasado.

Roger me abraçou novamente, fiquei feliz que estava voltando a ser o mesmo de antes apesar de seus receios.

Parabéns Sandro! No dia do seu aniversário pensei muito em você.

E porque não me procurou?

Precisava desse tempo para organizar meus pensamentos.

Fiquei de cara com sua atitude não sabia o que fazer.

O importante é que agora você está aqui, ele disse rindo gostoso.

Então me dá uma chance, o abracei e tentei beijar sua boca, mas ele se afastou e ficou sorrindo.

Eu disse vamos com calma.

Não sei se consigo, sinto tesão por você.

Não me provoca desse jeito, por favor, eu gosto de você, mas quero ir devagar.

Eu só quero um beijo, acho que mereço.

Roger ficou pensativo sem dizer nada, de repente, vi desejo em seus olhos, não conhecia muito da vida, mas o pouco que sabia dava para perceber o quanto ele lutava para se afastar.

Só um beijo?

Um beijo.

Roger acariciou meu cabelo com a mão, foi chegando sua boca perto da minha, abrindo devagar e colocando sua língua. O beijo era terno, nossos corpos foram se aproximando e nos entregamos ao desejo. Perdi o tempo em que permanecemos abraçados e envolvidos pelo sentimento, até que ele foi se afastando, carinhoso segurou em meus ombros e disse:

Vamos com calma, tá?

Não consigo ficar perto de você sem demonstrar carinho.

É difícil pra mim também, mas está perto de minha mãe chegar e já imaginou se ela pega a gente se beijando?

Você está certo, concordei, tenho que voltar pra casa, mas antes quero saber quando vamos nos ver novamente?

Eu ligo pra você e combinamos algo.

Está certo, mas não demora.

Desculpa mais uma vez, me abraçou carinhoso e beijou meus cabelos.

Saí em direção à porta de saída, porém antes de sair senti um puxão em meu braço e novamente um abraço de Roger.

Não se esquece de descobrir o endereço daquele safado.

Fique tranquilo, eu vou descobrir, mas não quero que meu pai desconfie

Ele me deu um beijo rápido e voltei pra casa. No caminho fiquei pensando o quanto esse mundo era pequeno, Roger era filho do primo do meu pai, quem diria? Que ironia do destino, mas porque papai nunca nos falou nada sobre o passado desse primo? Eu não lembrava nem o nome dele, pois nunca tive contato com esse parente distante. Também pensava, como conseguir o endereço sem que alguém na minha casa desconfiasse, teria que agir com calma para não por tudo a perder.

Oi filho, já chegou? Perguntou minha mãe.

Sim, eu fui à casa de Roger fazia tempo que não ia lá.

É verdade, ele sumiu daqui.

Ele vai voltar novamente.

O que aconteceu? Está feliz!

Não é nada, apenas fiquei contente que ele vai voltar a frequentar nossa casa.

Fico feliz que você está arranjando novos amigos, isso é bom para o seu desenvolvimento e para o seu futuro também.

Mãe, eu posso te fazer uma pergunta?

Claro que sim.

Como é o nome daquele primo do papai que tem nas fotos que estão ali na sala?

Paulo, mas porque a pergunta?

Apenas curiosidade, você sabe onde ele mora?

Não sei ao certo, mas acho que em Ouro Preto, seu pai é que deve saber.

Porque ele nunca nos procurou?

Não sei filho, o Paulo nunca foi de procurar ninguém.

Eu nem conheço ele, bem que gostaria de conhecer, porque vocês não o convidam para passar um final de semana aqui em casa?

Não estou entendendo qual o seu interesse repentino no Paulo.

Queria conhecê-lo afinal é nosso parente.

Você tem razão, vou falar com seu pai e ver o que ele acha.

Seria uma boa, eu gosto de ver a família reunida.

Sim, e agora vá tomar banho, que seu pai está quase chegando.

Hoje ele vem mais cedo?

Sim, seu irmão e a Paula ficarão no mercado até a hora de fechar.

Só assim mesmo para o Tiago ficar até tarde, ao lado da namorada até eu ficaria.

Isso é fácil, basta você arrumar uma.

Por enquanto estou bem assim mãe, disse rindo, ela nem imaginava que jamais arrumaria uma namorada e sim um namorado.

Tomei meu banho e quando desci as escadas meu pai já estava em casa, ouvi sua conversa com minha mãe na cozinha, senti um cheiro bom de comida. Estava faminto!

Oh meu filho, hoje você não quis me ajudar?

Tive que sair pai, mas amanhã prometo que vou ajudar.

Estou faminto, o que tem de bom para comer?

Sua mãe está preparando aquele espaguete com couve que você adora.

Humm... O cheiro está ótimo.

Filho prepara o suco para a mãe.

Tinha que sobrar pra mim, falei rindo e papai me acompanhou.

Vou fazer suco de abacaxi, pode ser?

Tá ótimo filho.

Fiz o suco e misturei uma folha de hortelã ficou muito gostoso. Jantamos os três, Tiago estava trabalhando chegaria mais tarde e Aline era difícil de encontrá-la em casa, vivia na casa das amigas quando não estava na faculdade ou dando aula.

Lembrei-me de comentar com papai sobre o primo dele, queria ajudar o Roger, mas estava complicado, não tinha nem conhecimento com o cara para demonstrar tanto interesse sem que minha família desconfiasse.

Pai, hoje mais cedo eu falei com a mãe sobre seu primo Paulo.

Sua mãe me falou, bem lembrado filho, faz tempo que não vejo o Paulo ele sempre viveu afastado de todos.

Você sabe o motivo desse afastamento?

Acho que ele sofreu uma grande decepção com uma moça no passado, mas não sei os detalhes. Paulo sempre se manteve afastado de todos na família, o pouco que sei dele é que depois disso nunca mais se envolveu com ninguém.

Que estranho!

Sim, depois disso ele foi embora para Ouro Preto e nunca mais soube dele.

E o tio Carlos? Por acaso não sabe dele?

Talvez saiba meu filho, mas faz tempo que não converso com ele.

Nossa família é muito desunida, bem que poderíamos visitar o tio Carlos em Belo Horizonte, sinto saudade dos meus primos.

Você tem razão, as preocupações e os afazeres diários nos afastam da família.

A última vez que vi meu tio.

Até me deu saudade do meu irmão, quanto tempo não o vejo. Disse meu pai pensativo.

Por isso que é bom morar perto da família disse minha mãe.

Ainda bem que na família da senhora não ocorre esse problema.

Graças a Deus, moramos todos perto, quando um quer visitar o outro vai e visita sem programação.

Era como eu já imaginava meu pai não sabia do Paulo, mas eu precisava ajudar o Roger nem que para isso precisasse me aproximar de meus familiares em Belo Horizonte sem ao mesmo saber se meu tio sabia do paradeiro dele.

Liguei para o tio Carlos em Belo Horizonte fazia mais de 05 que meu tio não via o Paulo, mesmo assim pedi para ele ver se conseguia o endereço dele. Aproveitei o contato e convidei-os para nos fazer uma visita e meu pai também aproveitou a ligação para matar a saudade do irmão.

Passaram alguns meses e meu tio não dava retorno, até achei que havia esquecido o meu pedido por não ter dado muitos detalhes sobre o motivo de reencontrá-lo, apenas disse que queria reunir a família novamente.

Roger e eu seguíamos nos encontrando na frente das pessoas como bons amigos, quando estávamos sozinhos rolava alguns beijos, mais nada, além disso. Ele levou a sério o fato de não se envolver comigo, seu maior desejo era conhecer o pai e toda vez que nos encontrávamos perguntava por informações.

Em meados de 2008, papai recebeu uma ligação de tio Carlos, dizendo que havia encontrado o Paulo. Dei pulos de felicidade, finalmente conseguiria ajudar o Roger.

Segundo meu tio, o Paulo estava em Belo Horizonte, havia casado com uma advogada e tinha um enteado, nos passou o endereço e os fones de contato. Na mesma hora meu pai ligou e falou com ele, aproveitaram para matar a saudade.

Neste mesmo dia liguei para o Roger.

Oi Sandro!

Oi, tenho ótimas notícias.

Conseguiu alguma informação?

Consegui o endereço dele em Belo Horizonte, inclusive o telefone, papai até já falou com ele.

Bom garoto!

Passei as informações para ele e Roger ficou muito feliz

O que pretende fazer agora?

Vou atrás das informações.

Vai ligar para ele?

Não, vou procurar por ele.

E quando vai fazer isso?

Por enquanto eu não posso, preciso tirar férias no trabalho.

E nós? Quando podemos nos ver?

Vem aqui amanhã, minha mãe vai estar no trabalho e precisamos conversar.

No dia seguinte fui a casa dele, nem parecia o Roger de tempos atrás, estava feliz. Assim que cheguei fui recepcionado com um belo abraço bem apertado quase fiquei sem fôlego.

Estava com saudades de mim? Ele perguntou.

Muita saudade!

Você foi muito legal comigo, disse ele acariciando meu cabelo.

Acho que agora nós podemos evoluir mais um pouquinho, o que você acha?

Eu disse para irmos com calma.

Só um beijo

Roger ficou calado e dessa vez foi eu que tomei a iniciativa, abracei-o e beijei seus lábios o surpreendendo, mas logo ele me afastou.

O que deu em você?

Saudades, respondi rindo.

As coisas não podem ser assim, me sinto mal me envolvendo desse jeito e ao mesmo tempo tenho um desejo incontrolável de ter você pra mim.

Esquece esse medo, eu quero tanto quanto você.

Queria ter essa mentalidade e ver a vida de forma simples como você vê.

É simples, você só precisa perder esse medo.

Talvez tenha razão.

Já não sou tão inocente assim, vou fazer 17 daqui alguns meses e sei muito bem o que quero.

Daqui alguns meses, meu Deus! Eu me sinto tão culpado por tirar sua inocência.

Também tenho meus receios, mas me sinto preparado para avançarmos

Vamos com calma, não quero te machucar, acho que já deu para notar que sou um cara complicado.

E eu já estou começando a entender esse cara.

Roger estava sentado no sofá, aproximei e sentei em suas pernas, o abracei e fui beijando seus lábios, ele suspirou e começou a beijar meu pescoço, minha nuca, levantou minha camiseta, colocou sua mão em minha barriga e ficou alisando ela por toda sua extensão, à medida que acariciava, meu pau deu sinal de vida, era a primeira vez em todo tempo que nos conhecemos que avançava em seus toques.

É melhor pararmos agora, ele falava com dificuldade, seu pau também estava duro.

Eu quero, sussurrei baixinho.

Roger me olhou de um jeito tão gostoso, seus olhos eram puro desejo, beijei seus lábios e aproximei ainda mais nosso contato.

Não me provoca desse jeito.

Fui beijando seus lábios e seu rosto, ele fechou os olhos e suspirou forte.

Eu queria que fosse bem diferente.

Nós queremos e não tem mais como adiar.

Danem-se as convenções e o resto do mundo eu também quero você

Ele me abraçou forte contra seu corpo, beijou meus lábios com desejo e seguiu acariciando minha barriga. Desceu sua mão e foi passando por cima da minha bermuda em contato com minhas pernas, quase tocando em minha virilha. Fechei os olhos, suspirei e me entreguei aos seus carinhos até que ele sussurrou em meu ouvido.

Você é muito gostoso, quer brincar um pouquinho?

Quero!

Quer mesmo?

Quero! Sou louco por você.

Com voz trêmula Roger mordeu minha orelha e soltei um gemido.

Eu também gosto muito de você fica difícil controlar meus impulsos.

Então não controla mais.

Você é safadinho hein?

Eu só quero você, há muito tempo, acho que até já perdi o meu medo.

Roger sorriu e retirou sua camiseta. Em seu abdômen tinham alguns pelinhos, não eram muitos, mas o deixavam muito charmoso. Depois retirou a minha e quando me abraçou, senti cócegas nas costas em contato com seus pelos, era uma sensação muito agradável.

Esses pelos são um charme.

Gostou?

Muito, fazem cócegas.

Ele sorriu sedutor, beijou meu pescoço e segurou minha cintura contra seu corpo, pude sentir seu pau duro e latejante em contato com minha bunda. Estava sentado encima dele, abri minhas pernas e deitei em seu ombro, ele deu um suspiro tentando lutar contra seus impulsos, mas não resistiu, beijou meus cabelos e acariciou com sua mão por todo meu abdômen, passou ela por cima de minha bermuda e apertou meu pau de uma forma tão gostosa que eu quase gozei.

Ahh!

É bom?

Muito.

Quer mais?

Sim!

Ele sorriu e beijou meu pescoço perto da nuca e meu corpo se arrepiou.

Sabia que estou me sentindo um pervertido, disse ele baixinho em meu ouvido.

Não é não, eu quero, sempre quis.

Você não tem receios?

Não, quero você Roger, mais do que tudo.

Seu jeitinho me deixa louco, sabia?

É?

E ainda me provoca desse jeito seu sacaninha.

Não me tortura mais. Eu quero ser seu falei em seu ouvido.

Ele deu um sorriso lindo e foi beijando meu pescoço e suas mãos foram em direção ao cós de minha bermuda, levantou o elástico colocando sua mão. Fechei os olhos dei um suspiro e um tremor pelo corpo ao sentir pela primeira vez ele segurando meu pau entre seus dedos, era uma sensação inimaginável

Fala alguma coisa, ficou tão caladinho.

Não tenho muito que falar, está muito bom.

Pode ficar mais gostoso ainda, falou baixinho em meu ouvido passando sua língua em meu pescoço perto da nuca e beijava minhas costas.

Eu quero.

Vou tirar sua bermuda, disse ele num sussurro.

Como resposta beijei seus lábios seu pescoço e desci até seus mamilos. Nem sabia direito como fazer aquilo, mas senti vontade e fui beijando cada parte de seu abdômen adorava o contato de meus lábios com seus pelos achava muito sexy.

Que loucura! Eu quero mais disse ele de olhos fechados, sua mão segurava minha cabeça e acariciava meus cabelos.

Roger me pôs no chão, levantou do sofá e foi logo abaixando sua bermuda sem cerimônias, pude ver seu pau duro apontando para cima, cabeça rosada. Nada exagerado devia ter seus 17 ou 18 cm, suspirei ao vê-lo, era a primeira vez que via alguém nu na minha frente que não fosse eu. Mordi meus lábios e sorri para ele que se aproximou e sem cerimônias me beijou para que minha timidez fosse embora.

Está com medo?

Não tenho medo, mas é tudo muito novo pra mim.

Não precisa ter receios. Nós vamos apenas brincar um pouquinho.

Ele aproximou e foi abaixando minha bermuda sem cerimônias, em seguida voltou a me beijar e me conduziu até seu quarto. Apesar de nervoso eu queria muito e confiava nele, Roger mordia minha orelha levemente fazendo de tudo para acalmar meu nervosismo e minha tensão.

Deita na cama, pediu calmamente.

Deitei meio receoso, porém curioso e na expectativa. Ele ficou de joelhos e pude sentir o contato de seu pau entre minhas pernas que roçava ao meu, abracei seu pescoço com meus braços e puxei seu corpo contra o meu. Roger tomou meus lábios e beijou por alguns segundos, foi até meus mamilos e com seus movimentos de língua e chupadas senti muito prazer e gemi baixinho.

Quero te dar muito prazer, eu sei que você está gostando de tudo isso embora esteja caladinho.

Está bom demais por isso estou calado.

Você é todo quentinho, gostosinho, tímido, eu ficou louco.

Puxei-o contra meu corpo mais uma vez e beijei-o como sinal positivo para continuar.

Ele pegou meus braços, prendeu-os com suas mãos no alto da minha cabeça e chupou minha axila, lambeu uma demoradamente e depois a outra, senti muito prazer, foi como uma corrente elétrica percorresse meu corpo, lacei minhas pernas em suas costas e nosso contato foi maior ainda.

Assim você me deixa doido, falou baixinho em meu ouvido.

Eu quero ser seu.

Calma meu sacaninha, vamos devagar e brincarmos mais um pouquinho, disse rindo.

Ele foi beijando minha barriga até chegar à minha virilha, beijou e mordeu levemente, em seguida pegou meu pau, deu uma apertada, e passou a língua na cabecinha colocou em sua boca e começou a chupar. Quase fui ao delírio, que sensação maravilhosa. Começou uma punheta, fechei os olhos de tanto prazer que estava sentindo, sua mão estava me levando ao delírio, era bom demais.

É gostosa essa brincadeira, né?

Fiquei calado e apenas gemi forte com seus movimentos.

Vai, responde pro seu homem, falou ele e seguia com sua mão em movimentos firmes, porém leves.

É muito gostosa.

Vou fazer você gozar como nunca gozou antes.

Enquanto movimentava freneticamente, sentia algo maravilhoso, bem diferente de quando era eu mesmo que me punhetava. Com a outra mão mexia no meu saco apertando levemente e soltando, que loucura. Meu prazer foi maior ainda quando passava seu dedo na entradinha do meu cu, eu gemia a cada acelerada, um calor foi tomando conta de minhas pernas, minha respiração foi acelerando e Roger percebendo intensificou os movimentos. Senti uma tremedeira e de repente gozei um jato forte caindo em meu peito seguido de outros.

Fiquei meio zonzo, porém ele continuava mexendo no meu pau até sair toda goza.

Caralho Sandro, você é tão gostosinho.

Que loucura! Suspirei recuperando o fôlego.

Foi tão bonitinho ver suas reações e você é todo tímido fica mais lindo ainda.

Idiota, disse rindo.

Isso ai foi só o começo, disse ele rindo e me abraçando

Fiquei bobo quando ele disse que era só o começo, estava louco para sentir todas as sensações causadas por uma transa, embora com receio morria de curiosidade, também tinha vontade de proporcionar prazer a ele como fez comigo. Apesar de muito curioso não me sentia preparado para tal.

Roger, eu… tentei falar algo e ele me interrompeu.

Shiii!! Não precisa dizer nada eu entendo ele disse.

Desculpa! Falei acanhado.

Tem uma coisa que você pode fazer por mim, disse ele se aproximando e ficando de joelhos na cama.

O que é?

Posso gozar em você?

Achei estranho, mas não tinha feito nada para ele gozar, pensei bem e resolvi aceitar.

Tudo bem!

Maravilha! Disse ele rindo gostoso

Roger aproximou um pouco mais e ficou na altura de meu peito, pegou minha mão, levou até seu pau e colocou a sua por cima começando uma punheta, foi movimentando minha mão no seu ritmo. Senti seu pau pulsar e sem pressa foi manipulando seu cacete devagar, ele gemia baixinho a cada movimento e assim seguiu-se por longos minutos. À medida que o tempo passava intensificava a velocidade, sua respiração foi acelerando entrecortada por gemidos, estava prestes a gozar, seu pau estava bem lubrificado saía líquido na ponta que lhe dava mais prazer ainda. Rapidamente retirou minha mão e seguiu se masturbando, fechei os olhos e alguns minutos depois senti seu gozo quente em meu rosto seguido de seus gemidos intensos.

Depois do gozo, ele se ajeitou na cama e beijou meus lábios. Ainda tinha um pouco de seu esperma, mas não teve nojo e agiu naturalmente.

Vamos tomar um banho? Você precisa voltar pra casa.

Já está na hora de ir?

Se você quiser ficar, não tem problema, mas já está tarde.

Quando ele me disse a hora me assustei, já deveria estar em casa.

Nem vi o tempo passar.

Eu percebi, gostou da nossa brincadeira?

Gostei sim, você é uma pessoa muito tranquila e está sabendo respeitar o meu tempo, obrigado!

Apesar de você ser afobadinho eu sei que não está preparado e nem eu estou pronto para isso.

Às vezes acho que você pensa demais, ele sorriu e levantou da cama.

Eu quero muito que as coisas evoluam, mas também desejo que seja algo marcante em sua vida.

Depois de hoje já me sinto preparado para evoluirmos.

Vamos com calma, tudo há seu tempo e agora vamos tomar banho. De repente ele parou, ficou pensativo e falou.

Sandro, não comenta com ninguém o que está acontecendo entre nós.

Fica tranquilo, não sou tão maluco assim.

Unidos, nós podemos ir longe, disse ele acariciando meu cabelo.

Posso te fazer uma pergunta?

O que é?

Quando você descobriu sobre o seu pai?

Naquele dia que passei mal.

E porque só depois resolveu se afastar de mim?

Achei que podia conciliar essa informação, mas não consegui.

Tirando o fato de você se afastar de mim até foi bom.

Foi sim, porque você me ajudou e agora tenho condições de ir atrás dele.

Porque não me pediu ajuda logo que descobriu? Teria evitado tantos aborrecimentos.

Eu tava possuído de raiva.

E agora?

Ah Sandro, já não sei mais nada, uma coisa é certa, eu preciso desse encontro.

Se precisar de ajuda pode contar comigo.

Você foi muito legal conseguindo o endereço dele e quanto ao que falei sobre a família, foi na hora da raiva, já passou.

Tomei um banho antes de sair da casa dele e depois voltei pra minha, fiquei assustado pelo horário, minha mãe ia complicar, mas dei sorte, estava tudo vazio.

Quando minha mãe chegou estava em meu quarto pensando em tudo que tinha acontecido naqueles últimos meses, foram tantas coisas que aconteceram, minha vida já não era mais como antes. Ela sempre chegava por volta das 19:00 e a primeira coisa que fazia era ir direto ao meu quarto ver o que estava fazendo.

Oi filho! Falou ela da porta.

Oi mãe! Tudo bem com a senhora?

Poderia estar melhor, hoje teve muito movimento no mercado e você poderia ter nos ajudado.

Eu sei mãe, mas é que hoje eu tinha que fazer um trabalho para segunda-feira.

Onde você estava que eu liguei e a empregada disse que tinha saído?

Na hora não sabia o que dizer, não tinha pensado que ela ligaria para saber de mim e acabei inventando a primeira coisa que me veio na cabeça.

Fazendo o trabalho na casa do Rafael.

Era a primeira vez que mentia para minha mãe, fiquei mal.

Tudo bem filho, estude bastante, isso é o mais importante, mas assim que terminar esse trabalho eu te quero no mercado nos ajudando.

Está certo mãe.

Ela saiu e voltei a colocar meus pensamentos em ordem novamente

À noite antes de dormir o Roger me ligou.

E ai Sandro? Tudo certo com sua mãe?

Tudo certo, mas tive que mentir para ela pela primeira vez na vida.

Isso faz parte

Eu me senti mal.

Não fica assim que eu fico triste e me sinto culpado.

Você tem razão.

Ela me cobrou que preciso ajudá-los no mercado.

Eu entendo sua mãe, mas ela também tem que te deixar com tempo para curtir sua adolescência.

Sempre tive esse espaço, é que ultimamente tem muito movimento no mercado.

Já estou com saudades.

Eu também.

Durma bem e amanhã a gente se fala.

Beijos!

Beijos!

No dia seguinte ajudei meus pais no mercado conforme tinha combinado com minha mãe. No meio da tarde Rafael apareceu lá e eu gelei com medo de minha mãe descobrir que na verdade não estava com ele no dia anterior, mas tive sorte, ele a cumprimentou e logo se dirigiu para onde estava colocando preço nas mercadorias e organizando as prateleiras.

Oi Sandro, tudo bem com você?

Tudo ótimo e você?

Estou bem, disse ele desanimado, vai trabalhar até que horas?

Até as 17:00, mas porque?

Eu queria te convidar para damos uma volta pela cidade.

Pode ser depois do meu horário?

Claro que sim! Vou dar uma volta e depois eu te encontro na saída.

Rafael saiu e minha mãe não falou com ele, fiquei com o coração na mão, louco de nervoso.

Depois que saí do mercado o encontrei na saída.

E ai? Aonde vamos?

Vamos dar uma volta pela praça, quero falar com você.

Seguimos caminhando até a praça conversando e colocando nossos assuntos em dia, na escola nem sempre era possível.

E então Rafael? O que você queria me dizer?

Preciso te contar uma coisa que aconteceu comigo e estou meio assustado.

O que você andou aprontando?

Vou te contar porque é meu amigo e confio plenamente, mas gostaria que ninguém soubesse. Posso confiar em você?

Você pra mim é como um irmão. Pode confiar!

Ai amigo, eu me meti numa enrascada.

O que houve?

No final de semana passado meus pais foram visitar meus tios lá do interior, acho que você os conhece.

Acho que sim, são aqueles que têm plantação de café?

Eles mesmos.

E o que têm eles?

Ah Sandro, não gosto nem de lembrar, mas depois do fato ocorrido não tem volta. Eu fui com meus pais e você sabe, nós estamos numa fase de muitas descobertas com nosso corpo e aconteceu algo que me deixou assustado.

Foi algo tão grave assim. O que aconteceu?

CONTINUA...


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Ficha do conto

Foto Perfil contosdelukas
contosdelukas

Nome do conto:
IDAS E VOLTAS [03] ~ Meu Sacaninha

Codigo do conto:
217171

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
30/07/2024

Quant.de Votos:
3

Quant.de Fotos:
0