– Porra, Rafael, esse fogo não abaixa, não? – ele resmungou, mas eu sabia que estava mais brincando do que reclamando.
– Você sabe como eu acordo... e conhece as regras aqui na minha cama. – Dei uma risada, provocando um pouco mais.
– Vai se ferrar! – Ele se virou, fingindo que ia dormir de novo.
Dei de ombros, rindo, e me levantei. – Careta! Vou lá ver como estão o Felipe e o Breno, já que você prefere enrolar.
Fui ao banheiro para a higiene matinal, e enquanto escovava os dentes, senti JP se aproximar por trás e me abraçar. O cheiro familiar e o toque inesperado no cangote me fizeram sorrir.
– Achei que ia voltar a dormir... – falei com a boca meio cheia de espuma, rindo pelo espelho.
– Já meti nesse cú mesmo ontem, um dia a mais um dia a menos não vai mudar a amizade – ao falar já foi posicionando seu pau no meu cú, e eu já empinando.
Enquanto o JP metia lentamente no meu rabo, escutamos a porta se abrir e, quando olhei pelo espelho, vi Felipe nos observando, com um sorrisinho malicioso no rosto.
– Num falei que eles deviam estar na putaria, Breno? – comentou Felipe, rindo e balançando a cabeça.
Breno apareceu ao lado dele, se espreguiçando, mas com os olhos despertos e o mesmo ar de brincadeira. – Tem espaço aí pra mais dois?
– Claro! – respondi, divertido. – Já estava indo acordar vocês mesmo.
JP, que ainda estava atrás de mim, só riu, e juntos fomos para a cama, Nos espalhamos todos na cama, puxei o Breno para um beijo, e o JP puxou o Felipe, já estávamos todos de pau duro, e o clima de putaria iria começar, pouco tempo depois puxei o Felipe pra um beijo e o JP puxou o Breno, coloquei meu pau para o Felipe mamar, que começou um delicioso boquete e me arrancando suspiros e gemidos, Breno já estava de 4 na cama, e o JP já estava metendo nele, e olhando pra mim, era uma cena linda, eu tinha pegado gosto de assistir o JP em ação, ele sabia meter de um jeito que eu achava o máximo. Coloquei o Felipe de frango, no pé da cama, e eu em pé comecei a meter, aproveitei eu dei um tapinha no rosto do Felipe e perguntei se ele tinha feito sacanagem com o Breno, ele de um sorriso safado, e então meti com mais força e meti um cuspe na sua cara, após chamei o JP e o Breno para um trenzinho de 4, e as posições foram, eu comendo o Felipe, o Breno me comendo, e o JP comendo o Breno, a medida que o Felipe rebolava no meu pau, eu ia rebolando no pau do Breno, e o JP metia com muita força, ficamos nessa por uns 5 minutos, ora eu puxava a orelha do Felipe e lambia, ora eu puxava o Breno para um beijo, não demorou e os leites começaram, o primeiro a gozar foi o Felipe, que gozou no chão, o JP leitou o Breno, e eu leitei o JP, e o Breno que era o último que faltava ficou de pé e eu e o Felipe chupamos seu pau, e dividimos a porra que ele tinha jorrado na minha boca. Fomos os 04 tomar um banho e nos limpar.
Depois da nossa suruba matinal o Breno foi o primeiro a sair, e rolou aquele beijo de despedida em clima de promessa, como se já soubéssemos que haveria uma próxima vez. Ele sorriu antes de ir embora, nos deixando ainda mais instigados com a ideia.
A tarde com o JP e o Felipe ficou mais tranquila, e a gente aproveitou o resto do dia comentando sobre o que tinha rolado. O Felipe ria bastante da cara do JP, que, apesar de ter entrado na onda, ainda estava meio envergonhado. Eu sabia que ele estava processando tudo, e a vergonha vinha mais pelo choque de ter quebrado tantas barreiras com a gente.
Passamos o resto do dia só entre nós três, aproveitando para relaxar e lembrar de tudo que tinha acontecido. Mas a semana passou rápido depois disso, com a rotina de estudos voltando ao normal.
Fizemos a prova da liga do hospital São Vicente, onde queríamos tanto entrar, estava nos deixando ansiosos. Só havia dez vagas, e a competição era enorme. Toda a turma se inscreveu, e a tensão aumentava enquanto esperávamos os resultados. Eu sentia o peso de não só passar, mas fazer valer o esforço e garantir que estivesse preparado para aquele tipo de compromisso.
Em meio a essa espera, recebi uma ligação do tio Alysson. Ele disse que viria à capital na sexta-feira e queria me ver. Fazia um bom tempo que a gente não se encontrava pessoalmente, então fiquei realmente animado. Nossa comunicação tinha se limitado a ligações e mensagens rápidas, mas eu sabia que ele também estava com saudade. E foi durante essa quarta-feira, num intervalo qualquer entre uma aula e outra, que o JP chegou perto de mim, com aquele jeito meio misterioso.
Ele se inclinou, tentando disfarçar o tom de malícia, mas eu logo saquei.
– Afim de fazer algo diferente hoje? – ele perguntou, tentando ser casual.
Eu sorri, já entendendo o que ele queria dizer.
– Opa, sim! Afim de caçar alguém no Grindr, é? – provoquei, com uma risada, só para ver a reação dele.
– Não, nada disso – ele disse, mantendo o tom baixo, mas com um brilho nos olhos. – Que tal a gente ir num canto de pegação? É lá na praia, de noite.
Fiquei intrigado. Aquilo era novidade.
– Como é isso? – perguntei, curioso.
– Ah, os caras vão lá pra... você sabe – ele respondeu, rindo. – Rola um clima, só que é meio na sorte. Vai todo tipo de gente, então tem que estar preparado para o que vier.
A ideia me pegou de surpresa, mas ao mesmo tempo acendeu uma curiosidade.
– Bora, quero conhecer e já estou animado – concordei, rindo, e ele deu aquele sorriso de quem já esperava a minha resposta.
Nos encontramos depois do jantar e seguimos para o lugar de carro, já com aquela expectativa no ar.
A última aula do dia finalmente terminou, e eu e o JP seguimos nosso plano de sempre, indo direto para a academia. A gente tinha começado essa rotina juntos há pouco tempo, dando tempo para trocarmos ideia sobre os planos mais inusitados. Quando terminamos o treino, o JP já estava pronto para colocar a ideia da praia em prática. Eu fiquei meio apreensivo, mas confiava nele, então segui junto.
Dirigimos até a praia, e ele parou o carro de frente para um hotel meio afastado. Descemos, e logo de cara ele me deu algumas instruções sobre como as coisas funcionavam nesses encontros mais discretos. A primeira regra era clara: “não” era “não”. Além disso, era importante deixar as coisas acontecerem naturalmente e observar o ambiente.
Era cerca de 20h, e o lugar estava escuro, mas já se via alguma movimentação. De longe, parecia deserto, mas, ao descer as escadas e me aproximar, notei que não era nada disso. Com o JP ao meu lado, comecei a perceber que havia grupos espalhados, caras encostados na parede, conversas discretas e um clima de curiosidade mútua. Alguns trocavam olhares e se aproximavam de forma direta, outros preferiam só observar, como eu estava fazendo.
O JP me deu um tapinha no ombro e disse que, nesses lugares, era melhor dar uma volta sozinho. Era um jeito de “não espantar” possíveis interessados, segundo ele. A princípio, fiquei observando de longe, apoiado na parede, tentando me acostumar com o ambiente enquanto tudo parecia novidade e mistério. Algumas pessoas olhavam na minha direção, e um ou outro se aproximava com uma troca de olhar mais direta, mas eu me mantive ali, quieto, só sentindo o clima do lugar.
Foi então que um cara chegou perto, com um sorriso meio contido, mas com um olhar que mostrava exatamente ao que ele estava ali, ele começou a pegar no meu pau, e eu deixei, o carinha era gostoso, ele sussurrou no meu ouvido se podia mamar, eu disse que sim, ele se ajoelhou na areia, e começou a me chupar, e aos poucos foram chegando alguns caras e ficaram observando e tocando punhetas de leve, eu estava adorando aquela sensação de ser “palco” outro cara chegou próximo e colocou o pau pra fora, e o carinha que estava me mandando começou a chupa o outro cara, e ficava alternando entre uma pica e outra, não demorou e ele gozou, após gozar com nossas picas em sua boca, ele largou as picas e foi embora, foi aí que entendi que nesses locais, a pessoa só queria saber de gozar, e não espera a outra pessoa gozar, é literalmente cada um por sí, guardei meu pau e resolvi então andar mais um pouco e ver, outras coisas, até que teve duas cenas que me chocaram ,a primeira foi o JP comendo um carinha bem mais velho porém gostoso, andei mais para frente e vi uma cena que dificilmente vou esquecer, era o Bernardo dando para um carinha, e chupando outro.
Ter visto o Bernardo naquela situação foi um choque total. Eu poderia ter encontrado qualquer pessoa naquele lugar, mas nunca imaginaria que seria ele. O instinto de me esconder veio na mesma hora, então me afastei para não ser notado e fui voltando rapidamente pelo mesmo caminho. Quando encontrei o JP, ele estava finalizando o que tinha com o carinha. Respirei fundo, tentando manter a calma, e pedi, bem sério:
– JP, vamos embora, por favor.
Ele notou meu tom e, sem questionar, seguimos para o carro em silêncio. Assim que pegamos a estrada de volta, ele tentou quebrar o gelo.
– E aí, não curtiu? Tá tudo bem?
Suspirei, ainda processando a cena.
– Curti, sim… mas… aconteceu uma coisa. Vi o Bernardo lá.
Ele fez uma pausa, tentando processar o que isso significava.
– Seu ex?
– Sim, meu ex. O mais bizarro é que, pelo que entendi, ele tá praticamente namorando o Caio. Vive pregando moralismo, dizendo que o que eu fiz foi imperdoável, me crucificou por ter traído ele… mas frequenta esses lugares sem dizer nada. Sério, é muita hipocrisia. Tipo, não tô exatamente com ciúme, mas ver ele fazendo isso... parece tão… sem noção, sabe?
JP assentiu, com um sorriso meio amargo.
– Sei bem como é… muitos julgam, mas na primeira oportunidade estão fazendo a mesma coisa ou pior.
Assenti, concordando. Aquela situação estava mexendo com a minha cabeça de um jeito que eu não esperava.
– Exato. A real é que minha vontade é ligar pro Caio e perguntar pelo Bernardo. Tenho certeza que ele não conhece esse lado do Bernardo, mas... só quero ir embora, sinceramente.
O caminho de volta foi em silêncio, cada um de nós mergulhado nos próprios pensamentos. Quando chegamos ao meu prédio, JP me perguntou se eu estava bem de verdade. Ele se ofereceu para dormir lá, preocupado com o que eu pudesse estar sentindo. Mas, naquele momento, eu só queria processar tudo sozinho.
Nos despedimos com um abraço. Entrei e subi para o meu apartamento, ainda tentando entender o que aquilo significava, e por que ainda me afetava tanto.
Fiquei deitado, os pensamentos a mil, mas logo decidi: não ia me deixar abater pelo que tinha visto. Bernardo fazia o que queria, e o que ele escolhesse fazer agora era problema dele. Nossa história já estava no passado, e não fazia sentido ficar preso a algo que não tinha mais volta. Respirei fundo, tentando seguir em frente.
Para distrair a cabeça, passei um tempo estudando, me focando em algo mais produtivo. Foi aí que o celular tocou, e vi que era a Letícia.
– Oi, gatão, boa noite! Nem apareceu aqui hoje – ela começou, num tom carinhoso.
– Oi, minha linda. Pois é, tive um dia cheio. Mas como tá o Bruninho? Amanhã passo aí antes de ir pra faculdade.
– Ele tá bem, só me dando trabalho com as milhares de fraldas pra trocar, como sempre! – Ela riu, e depois fez uma pausa. – Escuta, ele já tá com as vacinas em dia, e eu queria ver se você consegue ficar com ele no domingo. Que acha de passar o dia com ele? Vou confessar que tô precisando de uma folga…
Sorrindo, concordei imediatamente.
– Vou adorar passar o domingo com ele, e você merece um descanso. Vou aproveitar que meu tio vai estar por aqui e combinar de almoçarmos juntos. Ele ainda não conhece o Bruninho, então vai ser ótimo.
– Perfeito! – Ela respondeu animada. – Te espero amanhã, então, e combinamos direitinho pro domingo. Vou aproveitar pra ver umas amigas e descansar um pouco.
Desligamos com tudo acertado, e de repente, o peso do dia foi ficando mais leve.
Conversei com minha mãe sobre a ideia de fazer um almoço no domingo e chamar o tio Alysson e a Sofia. Achei que seria uma ótima oportunidade para que eles passassem mais tempo com o Bruninho, que eles só tinham conhecido rapidamente no hospital. Minha mãe adorou a ideia e, animada, disse que ia preparar um almoço mineiro caprichado. Combinado isso, era sexta-feira e resolvi ligar para a Sofia para convidá-la.
— Oi, maninha linda, boa tarde!
— Oi, irmão! Lembrou que eu existo? – respondeu ela, em tom de brincadeira, mas eu sabia que ela realmente sentia a minha falta.
— Ah, para de drama, vai! – respondi, rindo. – Mas falando sério agora, tô ligando pra te convidar pra um almoço lá em casa no domingo. O Bruninho vai passar o dia comigo, e achei que seria legal você vir pra conhecer melhor seu sobrinho e passar um tempo com a gente.
— Ai, que tudo! Vou amar, irmão! – ela respondeu, empolgada. – Tava mesmo querendo ver o Bruninho de novo, só não tive chance ainda. Vou me organizar pra ir sim, tô ansiosa.
Hesitei por um segundo, mas achei que já era hora de quebrar certas barreiras. Suspirei e continuei:
— Então, já que vai vir, combina com o Silas pra ele te deixar lá... e, bom, se ele não tiver nada pra fazer, diz pra ele subir e conhecer o Bruninho também – disse, tentando soar casual, embora ainda fosse um pouco complicado pra mim.
Ela ficou em silêncio por um instante, mas logo respondeu com a voz leve:
— Certeza que ele vai gostar de ir. Vou falar com ele. Ah, e já aviso que provavelmente vou levar a Zoe também, aquela pirralha.
— Combinado então! Vai ser legal, já estou ansioso – respondi, tentando esconder um sorriso. – Até domingo, maninha. Beijo.
— Beijo, até!
O tio Alysson chegou à capital e me ligou para saber se eu estava livre. Como estava sem planos, ele me convidou para jantar, dizendo que queria conversar sobre algumas coisas e aproveitar para matar a saudade. Ele me passou o local e o horário, então voltei para casa, tomei um banho caprichado, me arrumei e fui ao encontro dele.
Quando cheguei ao restaurante, ele já estava lá, me esperando. Pedimos um chope e começamos a conversar sobre tudo: a fábrica, a faculdade, meu pai, até Bernardo. A conversa fluiu com facilidade. Eu sempre tive uma afinidade enorme com o tio Alysson, e não faltava assunto entre a gente. As horas passaram rapidamente, entre chopes e risadas, até que percebi que já eram quase dez da noite.
Foi então que ele me lançou aquele olhar sacana e, com a voz baixa e um sorriso provocador, perguntou:
— Que tal a gente matar a saudade de verdade essa noite, tô afim de passar a madrugada metendo no seu cú.
Retribui o sorriso, sentindo a antecipação, e respondi, com um brilho no olhar:
— Vou adorar. - disse lançando um olhar safado, e bebendo o chopp de um gole só.