– Oi, Bernardo.
– E aí, tá livre ou não?
– Bernardo, tenho um churrasco agora com a turma.
– Deixa eu passar aí rapidinho. Quero te contar uma coisa.
– Bernardo, olha, não quero me envolver com você. Espero que isso esteja claro. Toda vez acabamos machucados.
– Relaxa, já tô chegando na sua casa!
Ele desligou antes que eu pudesse responder. Apesar de não saber exatamente o que ele queria, era fácil imaginar que estava tentando se reaproximar, talvez querendo que ficássemos de novo. Mas sinceramente, não estava com vontade. Depois do que eu tinha descoberto sobre ele e meu pai, aquela imagem que eu tinha dele estava manchada. Pensei em tocar nesse assunto, mas não queria uma discussão.
Pouco tempo depois, o interfone tocou. Era ele. Autorizei sua entrada, e logo Bernardo chegou. Abri a porta e lá estava ele, lindo como sempre. Ele sempre mexeu comigo, mas naquele momento, eu estava determinado a não me deixar levar. Eu podia simplesmente entrar no jogo e deixar rolar como das outras vezes, mas percebi que estava amadurecendo, e esse fogo impulsivo estava dando espaço para algo mais equilibrado.
– Oi – disse, abrindo a porta, e Bernardo me puxou para um abraço.
– Estava com saudades de você.
– Eu também, Bernardo. Mas veio aqui só pra dizer isso?
– Não… estava com saudades de ficar com você – disse ele, passando a mão pelo meu peito e me olhando com aquele brilho.
Afastei-me levemente e falei com sinceridade:
– Bernardo, nós dois não damos certo! Enquanto você agir do jeito que age e não formos sinceros um com o outro, não vai funcionar.
– Só quero ficar com você dessa vez.
– Bernardo, você já disse isso tantas vezes, e eu não quero mais cair nessa. Você quer voltar a namorar comigo? Acha que vai ser fiel? Acha que eu vou ser fiel? Eu não vou conseguir ser fiel, e vou acabar te machucando, e não quero estar com você sempre me perguntando se está em algum lugar de pegação ou ficando com alguém.
Suspirei e continuei:
– A gente precisaria de uma relação aberta, e eu não estou pronto pra dividir você com outras pessoas. Eu quero você só para mim. E também não quero me sentir preso a você, e no fim você vai se machucar e eu vou me machucar. Tô te falando isso de coração: gosto de você, te amo, mas hoje… acho que não dá mais certo.
Ele ficou em silêncio, processando minhas palavras. Eu também senti um alívio por finalmente abrir meu coração e colocar tudo para fora.
– Rafa, é tudo tão complicado. Eu também te amo e quero você, mas não consigo aceitar te dividir com ninguém, sou ciumento demais.
– Tá vendo, Bernardo? A gente se ama, mas não dá certo. Não adianta a gente fechar os olhos e se machucar mais pra frente. Hoje temos uma relação boa, somos primos, nossa família é unida, mas como namorados ou ficantes… simplesmente não funciona. Sinceramente, não consigo ficar com você como eu fico com meus amigos. Com eles, eu sei que é só curtição, mas entre nós existe um sentimento mais forte. Acho que você precisa se entender primeiro. Olha só: você namorava o Caio e o traiu, namorou comigo e fez o mesmo. Eu não ligo pra traição em si, nunca liguei, porque também errei. O que machuca é que você me julgou por algo que também fez. Acho que precisa entender o que quer da vida e dos seus sentimentos.
Bernardo suspirou, visivelmente afetado.
– Você tem razão, Rafa. Minha cabeça é uma bagunça. Gosto de você, do Caio, e também gosto de curtir com outras pessoas, mas é algo passageiro, não me envolvo sentimentalmente.
– Sim, eu entendo. Também sou assim. Mas o problema é que a ideia de te dividir com alguém não me desce, e você também não aceitaria. No final, a gente só iria se machucar. É isso que quero dizer: hoje não funcionamos como ficantes ou namorados. – Fiz uma pausa, escolhendo bem as palavras. – A gente podia tentar ser amigos, sair juntos, aprender a lidar com isso. Podemos começar aos poucos, experimentando estar próximos sem esse envolvimento. No início vai ser estranho, mas é um primeiro passo. Com o tempo, nossos sentimentos vão mudar, e quem sabe conseguimos construir uma amizade saudável. Mas se a gente se beijar agora, se a gente transar agora, tudo o que eu disse será em vão.
– Você tem razão – ele disse, e vi um brilho de esperança em seus olhos. Puxei-o para um abraço.
– Você é importante pra mim, Bernardo. Gosto muito de você, mas hoje vejo que não estamos em sintonia. Quem sabe um dia?
Ele me apertou mais uma vez.
– Você está certo, preciso me descobrir, organizar essa bagunça de sentimentos e parar de agir só pela emoção.
– Acho que essa é a melhor coisa que você pode fazer. Vou estar sempre aqui, como amigo ou primo.
– Obrigado! – disse ele, com um sorriso aliviado.
Nos despedimos com a sensação de que, pela primeira vez, estávamos dando um passo na direção certa sendo sincero um com o outro.
Depois de me arrumar, fui direto para o churrasco. Ao chegar, o clima estava ótimo: uma banda de pagode tocava e a animação já tomava conta do lugar. Encontrei meus amigos — JP, Felipe, Breno e outros — e nos reunimos para conversar sobre o fim do semestre e os planos para as férias. Eu me sentia numa nova fase, vivendo uma vida renovada, cheia de mudanças. Era impossível não pensar no quanto minha vida tinha dado um giro completo, e só me restava agradecer cada passo dessa trajetória.
Conforme a tarde avançava, fomos bebendo e ficando mais descontraídos. E foi aí que o professor Márcio apareceu — o mesmo que esteve no primeiro churrasco lá em casa e fizemos uma suruba. Não resisti à oportunidade e resolvi provocá-lo.
– E aí, professor, hoje teremos um after daqueles? – falei com um sorriso sugestivo.
Ele me lançou um olhar sedutor e respondeu:
– Por mim, sim. E os meninos, topam?
Ri, dando um gole na minha cerveja.
– Acho que o Felipe e o Breno estão fora. O Felipe anda com ciúmes do Breno – brinquei.
– Ele não sabe o que perde… mas hoje eu queria aproveitar sozinho com você – murmurou o professor no meu ouvido.
– Por mim, então, pode ser.
A festa continuou e, em algum momento, puxei JP para o lado e perguntei, em tom de brincadeira:
– E aí, o professor vai lá pra casa depois. Anima de ir também?
Ele riu, mas balançou a cabeça, meio envergonhado.
– Acho que não, amigo. Não tô nesse clima... tô apaixonado pelo seu tio – disse ele, sem jeito.
Revirei os olhos.
– Ai, JP, já te falei que se envolver com ele é complicado. Meu tio é casado, e as coisas dificilmente vão sair do jeito que você espera.
– Eu sei… mas sinto que ele também tá se envolvendo.
Suspirei, tentando alertá-lo:
– João Pedro, não fica criando coisas na cabeça, você pode acabar se machucando.
– Enfim, não quero falar sobre isso. Quero só aproveitar o momento, afinal, estamos de férias.
Com o passar da noite, eu já estava mais solto, dançando e me divertindo, sempre trocando olhares com o professor Márcio. Perto das oito, ele me chamou num canto e disse:
– E então, vamos?
– Bora. Acho que já deu o que tinha que dar por aqui. Vamos sair de fininho. Vai na frente que eu saio logo em seguida – pisquei para ele.
E, assim, fizemos o combinado.
Quando o professor entrou no apartamento, fechei a porta e o observei por um instante, notando cada detalhe — os olhos intensos, o sorriso misterioso e aquele jeito seguro que sempre me deixava sem palavras. Márcio me olhou com uma intensidade que deixava claro que ele estava aqui pra fuder, pelo menos por essa noite.
Ele se aproximou, e eu senti o cheiro fresco e amadeirado do perfume que ele usava. Aquilo mexia comigo. Quando nossos olhares se encontraram, não houve mais hesitação; eu sabia o que queria, e ele também. Encostei-o contra a parede, o beijo veio firme, cheio de desejo, como se cada um quisesse sentir o outro ainda mais, a medida que nossas línguas iam se tocando, fui puxando seu corpo pra ele sentir meu pau duro, e ele pressionava meu corpo contra a parede, onde eu sentia também seu pau duro, era um beijo com sarro.
– Sabe que pensei nessa cena desde que te vi hoje a tarde, você é um aluno muito do gostoso? – ele sussurrou, interrompendo o beijo, com um leve sorriso nos lábios.
– É? E o que exatamente você imaginou? – respondi, encarando-o, desafiador.
– Que você ia me encurralar exatamente como está fazendo agora – ele disse, com as mãos descendo pelas minhas costas, pegando na minha bunda e arrancando a minha camisa, e depois ele me puxou para ainda mais perto.
Deslizei minhas mãos por baixo da camisa dele, sentindo o calor da pele e o contorno dos músculos. Retirei a camisa dele lentamente, e ele me olhava como se cada movimento fosse um convite para continuar. Márcio era absurdamente bonito, de uma maneira que me deixava sem reação. A pele levemente bronzeada, os ombros largos, aquele olhar decidido tudo parecia um detalhe pensado para me deixar ainda mais à vontade, e ao mesmo tempo, desarmado.
– Você é gostoso demais professor – sussurrei, um pouco sem fôlego, enquanto passava as mãos pelos braços dele.
Ele sorriu, inclinando-se para me beijar de novo. Entre beijos e risos, cada peça de roupa foi sendo retirada. Fomos para o banheiro, e logo estávamos debaixo do chuveiro, onde a água escorria quente sobre nós, criando um ambiente ainda mais íntimo. Ele se virou para mim, olhos intensos, e encostou as mãos nos meus ombros, como se estivesse lendo cada pensamento meu.
– Você não faz ideia de como eu esperei por isso – ele disse, a voz baixa, quase um murmúrio, enquanto deixava um beijo leve em meu pescoço e me virava de costas.
– Acho que faço sim – respondi olhando para trás, me entregando ao momento.
Ele então posicionou seu pau que estava duríssimo, e começou a meter, e eu fui soltando gemidos, que eram abafados enquanto ele me beijava e metia, a medida que ele ia metendo, ia aumentando ainda mais as estocadas, logo eu já estava rebolando em seu pau, ficamos nessa posição por quase 7 minutos e então fomos para a minha cama, onde ele me botou de frango assado mais com a minha perna em seu ombro, ele começou a meter me olhando com aquele olhar safado e me chamando de um aluno sacana, de aluno putinho, eu estava a loucura, meu pau estava muito duro e o tesão era enorme, não demorei e eu gozei com seu pau atolado no meu cú.
– Isso putinha goza com o pau do seu professor atolado no seu rabo, seu sacana – Disse ele me dando um tapa na cara.
Ele então me virou de costas, me colocou de quatro e começou a meter com uma certa rapidez e pouco tempo depois leitou meu cú, com um grande urro de um macho que sabia comer um cú como ninguém. Ficamos jogado na cama por um momento, e então puxei ele para um outro banho. Aproveitamos cada segundo daquele banho, o vapor aumentando o calor entre nós, enquanto nossos corpos se moviam juntos, sem pressa, mas com um desejo tão palpável que quase podia ser sentido no ar.
– Você acha que eu consigo sair daqui? – ele sussurrou ao pé do meu ouvido, com um leve sorriso provocador.
– Não – respondi, rindo. – E acho que você também não quer sair.
O banho terminou, saímos do banheiro, e ele segurou meu rosto nas mãos, me olhando nos olhos como se estivesse gravando cada detalhe e me puxou para um beijo calmo. O professor Márcio era um tesão, e naquele momento, não precisávamos de palavras. Ele vestiu suas roupas e nos despedimos com um beijo quente.
– Sempre bom fuder com você
– Digo o mesmo, professor, até outro dia.
– Até.
Deitei-me ainda com um sorriso no rosto, revivendo os momentos intensos com o professor. Olhei o relógio e vi que já passava da meia-noite. Peguei o celular para ver as mensagens que tinham chegado — alguns amigos comentando sobre a festa, nada muito importante. Quando abri o Instagram, notei que Lucas tinha respondido meu stories, onde eu tinha postado uma foto segurando um copo, com a legenda: “Comemorando o fim do semestre, finalmente férias.”
A resposta dele veio com um toque de preocupação e humor: “Não vai beber muito, hein? Pra não fazer besteira.”
Sorri ao ler a mensagem, e na mesma hora respondi com uma provocação: “Acabei de fazer uma besteira…”
Em poucos segundos, ele respondeu: “O que você fez?”
Olhei a mensagem por um segundo, pensando se deveria mesmo contar. Resolvi ser direto: “Fiquei com meu professor.”
Ele visualizou, mas não respondeu de imediato. Fiquei esperando por alguns minutos, pensando se ele ia dizer algo, mas nada veio. A ausência de resposta ficou ecoando na minha cabeça enquanto me preparava para dormir. Aos poucos, o cansaço do dia e da noite com Márcio foi tomando conta, e acabei adormecendo, ainda com o celular na mão e um leve sorriso, entre a expectativa e a satisfação do momento.
Eu imagino cada palavra dessa em minha mente. História viciante…
Eu imagino cada palavra dessa em minha mente. História viciante…