Desliguei o telefone sorrindo. Gostava muito da Brenda; ela sempre foi uma boa amiga, alguém com quem eu trocava confidências, e o melhor de tudo é que não havia julgamentos entre a gente. Além disso, no fundo, queria mesmo ver o Lucas de novo. Tinha algo nele que me deixava intrigado, embora, naquela época, eu nem soubesse exatamente o que sentia. Era tudo meio inconsciente, como se algo dentro de mim agisse por conta própria. Hoje, olhando para trás, consigo entender melhor o que fui sentindo e o quanto me deixei envolver. Mas na época, tudo parecia leve e sem consequências — mal sabia eu o que estava por vir. Esse envolvimento com Lucas foi diferente, uma atração que cresceu aos poucos e que, ao contrário da explosão que senti por Bernardo, foi mais sutil, porém intensa. Mas vamos por partes; muita coisa ainda precisa acontecer até chegarmos lá.
Sobre o Gustavo... tínhamos ficado antes, mas não foi pra frente, principalmente porque eu preferi manter a coisa só na amizade, até porque trabalhávamos juntos. Agora, com minha vida em outro rumo, talvez fosse uma boa hora para rolar algo entre a gente. Passei o resto do dia com Bruninho e Letícia, aproveitando as férias para dedicar o máximo de tempo ao meu filho, meu amor incondicional.
Quando anoiteceu, fui para casa me arrumar para o encontro que a Brenda tinha armado. Como o bar era perto de casa e eu não planejava beber muito, fui de carro — já com a ideia de talvez trazer o Gustavo de volta comigo. Dessa vez, eu tinha até comprado camisinhas, já que da última vez não rolou justamente por esse detalhe. É, estava preparado para qualquer possibilidade.
Cheguei ao barzinho e fiquei esperando. Eles demoraram uns 20 minutos a mais, mas quando finalmente apareceram, a entrada foi marcante. Brenda estava lindíssima, com seu cabelo loiro preso num rabo de cavalo, maquiagem simples e elegante, e um sorriso contagiante. Lucas, do outro lado, parecia ainda mais impressionante do que eu lembrava: usava uma bermuda e uma camisa polo que destacavam seus músculos de forma discreta, mas irresistível. E Gustavo, com uma camisa preta e bermuda jeans, cabelo escuro com algumas mechas grisalhas e olhos cor de mel, completava o trio com um ar charmoso e casual.
Gustavo se sentou ao meu lado, enquanto Brenda e Lucas se acomodaram em frente, com Lucas bem de frente pra mim. Começamos a conversar e, ao longo da noite, eu e Lucas acabamos descobrindo que tínhamos muito em comum — parecia que a conversa fluía naturalmente. Claro, também troquei algumas palavras com Brenda e Gustavo, mas, por algum motivo, eu e Lucas parecíamos amigos de infância, trocando risadas e opiniões sobre tudo.
Brenda, com seu jeito direto, logo comentou, rindo:
— Vocês dois parecem que se conhecem há anos! Vou até ficar com ciúmes aqui!
— Ei, vocês sabem que não tem ninguém que supere minha loirinha favorita — brinquei, lançando um sorriso para ela.
Quando o relógio já se aproximava das 23h, decidimos ir embora. Eu tinha tomado uma cerveja, estava leve e animado. Perguntei para Gustavo se ele queria carona, e ele aceitou de imediato. Brenda me deu aquele olhar maroto, quase comemorando em silêncio, e me despedi dela e de Lucas, que também me lançou um sorriso caloroso.
Assim que entramos no carro, um silêncio confortável se instalou entre a gente. Uma música suave e envolvente tocava baixinho no rádio, criando uma atmosfera gostosa, quase hipnótica. Olhei para o Gustavo ao meu lado, e ele me lançou aquele sorriso que eu conhecia bem — o tipo de sorriso que dizia tudo, sem precisar de palavras.
Cheguei mais perto, e nossos rostos ficaram a poucos centímetros de distância. Senti sua respiração quente misturando-se à minha, e o ar parecia carregado de expectativa. Com um leve toque na nuca dele, aproximei nossos rostos e o beijei, devagar, saboreando cada segundo. Ele me correspondeu, e logo senti sua língua encontrando a minha, em um ritmo lento e envolvente, como se explorássemos cada detalhe daquele momento.
O beijo era intenso, com uma mistura perfeita de suavidade e desejo. Suas mãos deslizaram até o meu rosto, e eu podia sentir a leve pressão de seus dedos enquanto aprofundávamos o beijo. A música no rádio parecia sincronizar-se com nossos movimentos, criando uma sinfonia só nossa, enquanto nos perdíamos ali, naquele instante, sem pressa de acabar.
A cada pausa, nossos olhos se encontravam, e um sorriso surgia em nossos rostos antes de nos entregarmos a mais um beijo, ainda mais intenso. Era como se o mundo lá fora deixasse de existir, e tudo que importava fosse a sensação das nossas bocas unidas, das línguas explorando-se com desejo e do toque que incendiava a pele.
A noite apenas começava, mas aquele beijo já fazia valer tudo.
— Quer dormir lá em casa? — perguntei, já sabendo a resposta.
Ele assentiu, e fomos para o meu apartamento, onde a noite prometia continuar de uma forma ainda mais interessante.
Assim que chegamos no apartamento, não perdi tempo. Assim que a porta se fechou atrás de nós, puxei Gustavo para perto, e nossos lábios se encontraram de novo, com a mesma intensidade do carro, só que agora com mais liberdade. Sentia o calor do corpo dele contra o meu, as mãos explorando, tocando, enquanto nossos beijos se aprofundavam, mais lentos e provocantes, e aos poucos fomos arrancando nossas peças de roupas.
fui guiando-o até o sofá, fizemos uma pausa breve, apenas o suficiente para nos olharmos, e então soltei um sorriso.
— Dessa vez, não vai ter imprevisto, viu? Comprei camisinhas, tô preparado pra qualquer coisa — disse, segurando uma risada.
Ele riu junto, e o brilho nos olhos dele me deixou ainda mais animado. Voltamos a nos beijar, e a sensação de ter ele ali, tão próximo, me deixava tonto, enquanto as mãos dele deslizavam pelo meu pau, ele começou a me masturbar, enquanto me olhava com cara de sacana, fiquei arrepiado a cada toque. Era tudo numa sintonia perfeita, e o clima foi esquentando, até que ele começou a chupar meu pau, ficou chupando por uns 5 minutos, e então ele ficou de 4 no sofá e pediu pra eu meter, fui buscar a camisinha que estava no quarto, encapei meu pau, e comecei a meter, enquanto o Gustavo gemia e falava, “finalmente você ta me comendo.. seu macho gostoso” eu metia cada mais forte, e ele sempre rebolando no meu pau, não demorou muito e acabei gozando, tirei a camisinha, puxei ele pra um beijo, e depois fui lambendo seu pescoço, peitoral, abdômen, e cheguei no pau, fiquei de joelhos e comecei a mamar, e pouco depois ele goza na minha boca. Fomos tomar um banho e depois fomos deitar na minha cama já deitados no meu quarto, ficamos mais tranquilos, deitados de conchinha, o corpo dele encaixado no meu. Gustavo acariciava minha mão, e a sensação era de uma paz boa, enquanto trocamos beijos leves, estalados, como pequenos selinhos, entre risos e olhares que diziam mais do que qualquer palavra. Com a respiração dele leve no meu pescoço e o aconchego dos nossos corpos, adormecemos ali, confortáveis e em perfeita sintonia.
No dia seguinte, acordei ao lado de Gustavo, e após um café rápido, me ofereci para levá-lo em casa. Ele precisava trocar de roupa e ir direto para a fábrica. Assim que o deixei, segui para a academia e fiz um treino pesado para começar o dia. Ao fim do treino, tirei uma foto, ainda suado, e postei nos stories com uma legenda simples.
Quando estava de volta ao carro, recebi uma notificação no celular. Era Lucas que tinha comentado meu strory. Abri, já sorrindo, e li o comentário dele:
— Temos que marcar um treino juntos, hein? Se bem que você tem cara de frango não deve pegar pesado como um macho hehe.
Ri, balançando a cabeça, e logo respondi:
— Frango nada, parceiro. Pego pesado, viu?
Alguns segundos depois, ele respondeu:
— Quero só ver. Você costuma malhar esse horário? Eu geralmente vou à noite.
Expliquei que, como estava de férias, tinha aproveitado a manhã para treinar depois de deixar o Gustavo em casa. Ele não perdeu a chance de alfinetar:
— Eita, passou a noite “treinando” com o Gustavo, hein?
Soltei uma risada e mandei de volta apenas um “kkkk”. Por dentro, estava me divertindo com a provocação. Algo me dizia que a amizade com Lucas estava prestes a ficar mais interessante, aos poucos ele ia se soltando e eu também. Eu me apaixonei perdidamente pelo Lucas, mas isso não foi do dia pra noite, foi algo que foi aos poucos, hoje escrevendo e olhando para trás e voltando todas essas memórias, e vejo como foi a construção desse amor, para vocês que estão lendo, pode já me julgar de diversas formas, devido ao meu passado, mas toda a história com o Lucas foi algo muito lento, e demorado, e foi aos poucos, como eu disse no capítulo em que o conheci, eu tinha acabado de conhecer o cara que ia fuder com meus sentimentos, naquele dia eu não tinha ideia de nada, eu estava conhecendo um namorado de uma amiga, óbvio que a beleza dele me chamou atenção, mas não foi algo que eu desejei rapidamente, que eu quis ter ele para mim, como já disse, foi algo que foi aos poucos, que pouco a pouco a gente foi construindo uma amizade, e pouco a pouco o amor foi acontecendo.
Naquele dia, meu pai me convidou para almoçar. Ele queria combinar os detalhes para o Natal e o Ano Novo, e eu sabia que era o momento certo para pedir um dinheiro a ele — mas, honestamente, estava um pouco envergonhado. Nunca tinha pedido dinheiro para ele, e só de pensar no assunto já sentia um frio na barriga.
Cheguei ao restaurante primeiro, e ele ainda estava um pouco atrasado. Escolhi uma mesa mais ao fundo e fiquei mexendo no celular, tentando relaxar e distrair a mente. Alguns minutos depois, meu pai chegou apressado, com o jaleco ainda meio amassado e uma expressão de cansaço. Ele se desculpou pelo atraso, explicando que tinha aparecido um paciente de última hora que ele não podia deixar de atender. Sorri, tranquilo:
— Sem pressa, pai. Estou de férias, então não tenho nenhum compromisso urgente.
Ele sorriu de volta e, após pedir nossos pratos, a conversa fluiu de forma leve. Falei um pouco sobre as férias e ele compartilhou algumas histórias do trabalho, os casos que estavam surgindo, o quanto a rotina no hospital estava puxada.
— E então, filho, quais seus planos para o Ano Novo? No Natal vamos todos para Alto. Esse ano você vai conhecer outra parte da família: minha irmã, Dayane, vem passar as festas de fim de ano aqui, e vamos nos reunir lá na fazenda. Pensei em desistir, já que o Júnior ainda é recém-nascido, mas ele toma as vacinas na próxima semana, então acho que vai dar certo — disse meu pai, com um sorriso animado.
— Estou ansioso para conhecer minha tia! Será que ela vai gostar de mim? — perguntei, sorrindo.
— Claro que vai. Você também vai conhecer suas primas. Elas são mais novas que a Sofia, mas são um amor de meninas. E, a propósito, meu primo Raul também vai estar lá com a esposa e o filho — ele completou, mas parecia levemente hesitante.
— Raul? O primo que foi o motivo daquela “vida secreta” entre você e o tio Alysson? — brinquei, vendo meu pai ficar visivelmente sem graça.
— Ele mesmo — respondeu, tentando disfarçar o rubor. — Mas acredito que ele deve ter mudado.
— Nossa, já fiquei curioso para conhecer o famoso Raul! — sorri, provocando.
— Rafael, Rafael... só não quero você com muita conversa com ele. Não sei por quê, mas ainda não confio nele — meu pai falou sério, mas com um ar protetor.
— Relaxa, pai, estaremos todos em família. Não vai acontecer nada, mas claro que quero conhecer o Raul — respondi, rindo.
— Pois vou ficar de olho, viu? — ele disse, com uma expressão divertida, mas de leve desconfiança.
— Para com esse ciúme, pai! — brinquei.
— E sobre o Ano Novo? Você vai passar com a gente também?
— Então, pai... é sobre isso que eu queria falar com o senhor — comecei, hesitando um pouco. — Minha turma da faculdade alugou uma casa em Pipa para o Ano Novo, e pensei em ir com eles… Só que, este mês, gastei bastante com o Bruninho, então estou com pouca grana. Queria saber se você poderia me ajudar com um dinheiro extra… Fico com vergonha de pedir, mas, se não der, tudo bem.
Meu pai olhou para mim com compreensão e disse:
— Rafa, para com isso! Você não precisa ter vergonha de pedir ajuda. Sempre te disse isso. Quanto precisa?
— Então... o rateio da casa e as despesas de comida ficaram em torno de 600 reais. E eles também vão para uma festa com bandas e open bar. É uma festa mais cara, uns 1.500 reais o ingresso.
— Certo, filhão, vou te mandar três mil, para cobrir tudo e ainda um extra para qualquer urgência. Quero que aproveite sem preocupação — disse, com um sorriso, e senti o alívio imediato.
— Obrigado, pai. De verdade.
Ele assentiu, contente, e então perguntou:
— Então, vamos para Alto no dia 22 e você volta dia 29, certo?
— Isso! Queria passar o Ano Novo com vocês, mas também quero aproveitar esse momento com a turma, sabe? É o nosso primeiro ano juntos, e ainda estamos bem unidos.
— Claro, você está mais que certo. Natal é com a família, Ano Novo com os amigos. Aproveita, filho.