ENTRE CAMINHOS E SEGREDOS [76] ~ Dormindo de Conchinha!

Fevereiro chegou trazendo o terceiro aniversário do meu filho, Bruninho. Fizemos uma comemoração simples, apenas com a família e alguns amiguinhos da creche e do condomínio. Foi uma tarde tranquila, cheia de sorrisos e brincadeiras. Ver a felicidade do meu filho enquanto cantávamos parabéns me deu uma sensação de paz e realização que há tempos eu não sentia.
Além do aniversário, fevereiro também trouxe mudanças importantes: passei a morar com meus pais. O apartamento que meu pai havia comprado finalmente ficou pronto, e a ideia de viver novamente em família se concretizou. Foi, sem dúvida, uma das melhores decisões que tomei. A proximidade diária com meu pai fez com que nos reaproximássemos de verdade, algo que eu não sabia o quanto precisava até acontecer.
Conviver com o Silas Jr., meu irmão mais novo, e com a Sofia, minha irmã, também foi um presente. Sofia estava animada para iniciar a faculdade de jornalismo. Embora meu pai não estivesse totalmente satisfeito com a escolha do curso – ele esperava algo mais "tradicional" –, eu tinha plena certeza de que ela seria uma jornalista incrível. Determinação e inteligência nunca faltaram à Sofia.
Meu antigo apartamento continuou sendo um refúgio para mim. Eu o usava quando queria ficar a sós com o Bernardo ou, eventualmente, com outra pessoa, como meu próprio pai havia recomendado. Às vezes, também me refugiava ali para estudar em silêncio ou organizar os pensamentos. A vida no apartamento dos meus pais era ótima, mas ter um espaço só meu me trazia uma sensação de liberdade que eu não queria abrir mão.
O estágio no Hospital do Câncer havia sido uma experiência transformadora. Janeiro foi um mês intenso, cheio de desafios e aprendizados. Cada dia no hospital reforçava minha paixão pela medicina. Eu me sentia no caminho certo e cada vez mais motivado a me tornar o médico que sempre sonhei.
Já minha relação com o Lucas... seguia no mesmo ritmo de sempre. A gente treinava juntos na academia, conversava sobre qualquer assunto e, nos dias em que não tínhamos muito o que dizer, ele ainda dava um jeito de inventar uma desculpa para falar comigo.
– E aí, já viu o treino de hoje? Tá puxado, hein! – ele mandava mensagens despretensiosas, mas que sempre me arrancavam um sorriso.
Por mais simples que fosse, aquilo me alegrava. Às vezes eu achava que ele fazia de propósito, que sabia exatamente o poder que tinha sobre mim. Mas, ao mesmo tempo, ele mantinha tudo no limite da amizade, e isso só deixava meus sentimentos ainda mais confusos.
Na terapia, o psicólogo com quem eu já havia criado uma conexão de confiança me encorajava a enfrentar o que eu sentia. Não havia mais vergonha ou receio de me abrir. Ele me ouvia pacientemente e dizia:
– Quanto mais você empurrar esses sentimentos para baixo, mais eles vão crescer. Vai chegar uma hora em que a bola de neve ficará grande demais para lidar.
Eu sabia que ele estava certo. A verdade é que os sentimentos que eu nutria pelo Lucas só cresciam, e ignorá-los estava começando a me sufocar.
Mas o que eu poderia fazer? Eu ainda não sabia como lidar com tudo aquilo. As incertezas, o medo da rejeição e a confusão entre amizade e algo mais me paralisavam. E assim os dias foram passando, cada vez mais cheios de dúvidas, mas também de pequenas alegrias – como as mensagens do Lucas, os treinos que fazíamos juntos e a esperança de que, talvez, ele sentisse o mesmo por mim.
Como eu disse anteriormente, o Lucas era a imensidão do mar, e eu navegava sem rumo. Não tinha bússola nem GPS, apenas o medo constante de me perder. Eu tentava, a cada dia, entender os meus sentimentos, e posso afirmar com todas as letras que sim: eu estava gostando do Lucas. Não era um simples tesão, não era só a atração física que me confundia. Era amor.
Eu queria desvendá-lo, descobrir os mistérios daquele mar profundo que ele representava. Queria pular do barco em que navegava e me jogar, sem medo, no mar que era o Lucas, mesmo que não soubesse nadar. Eu queria me deixar afundar na intensidade dele, explorar tudo o que ele podia me oferecer. Mas não era tão simples. Não poderia ser.
Cada passo precisava ser calculado. Fora isso, ainda existia o meu relacionamento com o Bernardo. Um relacionamento que, aos poucos, eu começava a entender que era uma mentira. Não porque o Bernardo não merecesse ou porque ele não fosse importante para mim, mas porque, no fundo, eu estava com ele para não ficar sozinho.
Admitir isso para mim mesmo foi um choque. Eu estava enganando o Bernardo e, pior ainda, me enganando. E hoje eu assumo: fui moleque fui covarde. Eu deveria ter pedido ajuda, deveria ter contado ao Bernardo sobre as minhas confusões desde o início. Talvez as coisas tivessem tomado um rumo diferente, e eu não estivesse tão perdido agora.
Mas, por mais errado que tudo tenha sido, eu acredito que nada acontece por acaso. Que, de alguma forma, tudo isso estava acontecendo por um propósito maior. Talvez para que eu entendesse melhor quem eu sou, ou para que finalmente tivesse coragem de mergulhar de verdade nos meus sentimentos, sem medo de me afogar.
Eu só não sabia quando ou como eu teria forças para fazer isso.
Na metade de fevereiro, teve um bloquinho pré-carnaval. Fui com meus amigos da faculdade, e o Lucas apareceu por lá com a turma dele. Como era de se esperar, acabamos nos encontrando, e logo os grupos se misturaram, formando uma turma só. O clima era leve e animado, como costuma ser nesses blocos. O Lucas bebia calmamente, assim como eu. Trocar olhares já tinha virado rotina, mas, naquela noite, parecia que a tensão entre nós estava mais forte. Era algo que eu não sabia descrever, mas conseguia sentir.
Em um momento, o Lucas começou a ficar com uma menina, a Sandy, prima de uma colega da minha sala. Aquilo mexeu comigo mais do que deveria. Tive que assistir, meio que sem querer, os dois se beijando. A sensação foi como um soco no estômago. O ciúme que senti foi o golpe final para me fazer entender o que, no fundo, eu já sabia: meu interesse pelo Lucas era real, e não era pequeno.
O JP, sempre atento, percebeu minha mudança de humor. Ele me observou de longe e não demorou para vir puxar conversa:
– Tá tudo bem, cara? Parece meio distraído.
– Nada não, JP. Só cansei um pouco, tô de boa. – respondi, tentando disfarçar.
Ele me olhou desconfiado, mas não insistiu. Eu não queria entrar naquele assunto, não com ele, não ali. Aquilo era algo que eu ainda guardava para mim, como se fosse um segredo que nem mesmo eu sabia como lidar.
Enquanto isso, o Bernardo estava no Alto. Lá também aconteciam festividades pré-carnaval, e meu tio, como sempre, exigia a presença dele. Bernardo fazia o papel de “bom filho” com perfeição, e isso só o afastava ainda mais da capital. Sempre que podia, eu também dava um jeito de ir para lá. Mas, com meus estágios e a rotina corrida, era complicado encarar horas de carro frequentemente.
Para piorar a situação, meu tio tomou uma decisão de fechar as operações da fábrica de queijos na capital. Ele alegou que, como não conseguia vir com frequência e queria o Bernardo focado no Alto, o melhor seria concentrar tudo por lá.
Enquanto eu tentava lidar com todos esses sentimentos embaralhados, o mundo ao meu redor seguia girando – com o Lucas, com o Bernardo, e comigo no meio, tentando encontrar o meu lugar.

No fim do bloquinho, fomos todos lanchar numa lanchonete que ficava aberta 24 horas. Já eram quase 3 da manhã. Eu tinha bebido, mas não o suficiente para me descontrolar – estava normal. O Lucas, por outro lado, estava um pouco alterado, embora nada exagerado. Depois de comermos e pagarmos a conta, começamos a nos despedir.
A Sandy voltou para casa com a minha colega, o que, para ser honesto, me deixou aliviado. Achei que ela e o Lucas fossem dormir juntos naquela noite – e talvez o próprio Lucas tivesse pensado o mesmo. O JP, sempre com um contatinho, também foi embora e ainda me chamou para ir junto. Antes que eu pudesse responder, o Lucas se adiantou:
– Eu volto com ele. Vamos no mesmo Uber.
Pedi o carro e coloquei o endereço da casa dele, seguido pelo apartamento do meu pai. Enquanto esperávamos o Uber chegar, ele olhou diretamente nos meus olhos e perguntou:
– Você vai pra sua casa ou pra casa do seu pai?
– Vou lá pro pai mesmo. – respondi de maneira automática.
Ele hesitou por um segundo, coçou a nuca e, então, soltou:
– Bora pra sua casa. Tô bebaço. Não queria chegar assim em casa.
A forma como ele me olhou fez meu coração disparar. Era aquele olhar dele, profundo, que parecia atravessar qualquer máscara que eu tentasse manter.
– Pode ser! – respondi, tentando soar despreocupado enquanto rapidamente alterava o endereço no aplicativo.
Quando o Uber chegou, demos boa noite para o restante do grupo e o Lucas foi direto para o banco da frente. Ele puxou assunto com o motorista, como sempre fazia, perguntando sobre como era trabalhar à noite, se pegava muita gente chata ou bêbada. Eu fiquei no banco de trás, ouvindo tudo com um sorriso bobo no rosto. Amava aquele jeito espontâneo do Lucas, a maneira como ele conseguia conversar com qualquer pessoa, como se já fossem amigos de longa data. Tinha algo de cativante nele – o jeitão meio "hétero top", descomplicado, e, ao mesmo tempo, cheio de pequenas nuances que eu ainda queria desvendar.
Enquanto o carro seguia pelas ruas vazias da cidade, minha mente trabalhava a mil. Será que finalmente iria acontecer alguma coisa entre a gente? A situação parecia perfeita – ele ali, comigo, voltando para o meu apartamento. Eu sabia que aquela era uma oportunidade, talvez a melhor que já tive, para abrir o jogo, para confessar o que estava sentindo e desejando há tanto tempo. E, se desse errado, poderia até culpar a bebida.
Mas eu não tinha planejado nada disso. Não sabia como começar, não sabia o que dizer. E, acima de tudo, tinha medo. Medo de estragar tudo, de ouvir o que não queria, de perder o Lucas até mesmo como amigo. Respirei fundo e decidi não forçar nada. Se algo tivesse que acontecer, aconteceria. Deixaria as coisas fluírem naturalmente.
Quando chegamos ao apartamento, o Lucas já foi logo entrando e perguntando:
– Tem cerveja?
– Acho que não. Dá uma olhada na geladeira.
Fui direto para o meu quarto, liguei o ar-condicionado e, pouco tempo depois, o Lucas apareceu na porta com uma cerveja na mão.
– Porra, só tinha uma cerveja. Você nem pra estocar, né?
– Uai, não moro mais aqui. Venho muito pouco pra cá. Só venho mais com o Bernardo.
Falei aquilo de forma natural, mas ele fechou a cara, tomou um gole da cerveja e voltou para a sala sem dizer nada. Será que aquilo era ciúmes? A dúvida martelou na minha cabeça. Era o momento perfeito para puxar assunto, perguntar o que ele tinha contra o Bernardo, ou até mesmo confessar o que eu sentia. Mas, como o covarde que eu sou, resolvi ficar quieto.
Pouco tempo depois, o Lucas reapareceu no quarto.
– Me empresta um short pra dormir? Posso tomar um banho?
– Empresto sim. Claro que pode, né.
Ele parou, me olhou firme e disse:
– Vou dormir aqui com você, viu?
Aquelas palavras, ditas com tanta naturalidade, fizeram meu coração disparar.
– Toma. Acho que esse cabe em você.
Entreguei um dos meus shorts de futebol e o Lucas foi para o banheiro tomar banho. Aproveitei para ir ao outro banheiro e tomei o meu banho também, tentando não pensar demais. Quando voltei para o quarto, encontrei o Lucas sentado na cama, os cabelos ainda molhados. Ele me olhou com aquele sorriso de canto e soltou:
– Achei que você ia tomar banho comigo.
– Não sabia se podia.
Ele riu baixo e respondeu:
– Você sabe que não sou viado, né? Eu só falo isso tirando onda.
– Claro que sei. Você é um hétero top desconstruído.
– Então finalmente vou dormir na cama onde você traz todos os seus machos.
– Uai, você fala como se fossem milhões de machos.
– E não é? Tem o Bernardo, o JP... fora os outros que eu nem conheço.
– Minha cama é grande, cabe todo mundo.
Ele riu e se jogou na cama. Deitamos lado a lado, conversando sobre a festa, sobre a Sandy e outros assuntos aleatórios. Eu tentava parecer tranquilo, mas a presença dele ali, tão próxima, bagunçava meus pensamentos. Depois de um tempo, o Lucas se virou de lado, fechando os olhos.
– Rafa, alisa minha cabeça? Gosto de dormir com alguém fazendo carinho.
Fiquei em silêncio por um segundo, olhando para ele. Como sempre, o Lucas parecia dizer as coisas sem nem perceber o efeito que tinham em mim. Toquei suavemente sua cabeça e comecei a fazer carinho nos cabelos dele.
Enquanto ele se entregava ao sono, eu ficava ali, admirando cada detalhe do Lucas. A pele branquinha, a barba bem-feita, os mamilos rosados. O short que ele usava – o meu short – realçava perfeitamente a mala dele. Senti um desejo avassalador de tocar aquele corpo, mas logo me repreendi. Não. Não era certo.
Me senti sujo por sequer pensar em me aproveitar daquele momento, em querer mais do que ele podia ou queria me dar. Então me contentei em observá-lo. Seus olhos fechados, o jeito sereno como ele respirava, a expressão calma no rosto. Fiquei assim por um bom tempo, tentando entender o que éramos e o que eu queria daquilo tudo. Até que, finalmente, adormeci.
Pela manhã, acordei com uma sensação estranha. Algo duro pressionava minha bunda, e só então percebi que o Lucas estava abraçado a mim, de conchinha. Ele se mexia suavemente, pressionando seu pau na minha bunda (estávamos de short ok?) como se ainda estivesse no meio de um sonho, e o contato do corpo dele com o meu fez o calor subir pelo meu rosto.
Antes que eu pudesse reagir, senti o rosto dele se aproximar e ele sussurrou no meu ouvido, com a voz ainda rouca de sono:
– Acorda, dorminhoco.
Um arrepio percorreu meu corpo quando ele deu um cheiro demorado no meu pescoço, aquela respiração quente despertando cada centímetro de mim. Lucas continuou se mexendo, fazendo movimentos sugestivos e brincando como sempre fazia.
– É assim que seus machos acordam você, é? Seu safado.
Eu não sabia o que responder, meu corpo estava em alerta e minha mente em caos. Ele se afastou um pouco, sentando-se na cama com aquele jeito despreocupado, e eu me virei para encará-lo, tentando disfarçar o nervosismo.
– Uai, por que parou? – perguntei, meio no impulso.
Lucas arqueou uma sobrancelha, me lançou um sorriso malicioso e, sem dizer nada, me virou novamente de costas. Ele voltou a se aproximar, pressionando o corpo contra o meu, como se simulasse que estava metendo em mim, mas tudo ainda em tom de brincadeira. Mesmo de shorts, o calor do contato era quase demais para mim, e eu sentia seu pau duro me deixando completamente excitado.
Ele se inclinou novamente, falando baixo no meu ouvido:
– Você é muito gostoso, sabia? Qualquer dia, não vou me segurar... aí você vai ver o que é um homem de verdade.
Minha respiração falhou. Aquela frase ficou ecoando na minha cabeça, como um desafio.
– Uai Mostra agora, já que você é tão confiante. – falei, me surpreendendo com minha própria ousadia.
Lucas parou. Por um segundo, achei que ele fosse realmente responder ao meu desafio, mas então ele riu baixo e se afastou. Levantou-se da cama e ficou de pé, me encarando com aquele olhar provocador que me tirava do sério.
– Vou me ajeitar e vou pra casa.
Deitado, eu o observei enquanto ele se alongava e ajeitava os cabelos. A luz da manhã entrava pela janela, realçando o contorno do corpo dele, e aquele volume evidente no short, pois ele estava sem cueca, e por alguns segundos, tive a melhor visão possível: o Lucas despreocupado, bonito e tão naturalmente sensual que me deixava sem reação.
Ele me lançou um último sorriso, pegou suas coisas e foi em direção ao banheiro. Quando a porta se fechou, soltei o ar que nem percebi que estava prendendo. Minha mente estava uma bagunça e meu pau estava extremamente duro. O Lucas sabia o que estava fazendo? Ou será que aquilo tudo era só mais uma brincadeira sem importância pra ele?
Fiquei ali, perdido nos meus pensamentos, tentando entender onde aquilo ia parar – se é que ia.
Assim que Lucas saiu, o silêncio voltou a dominar o apartamento, mas minha mente continuava agitada. O toque dele, o cheiro no meu pescoço e os movimentos que ele havia feito ainda estavam frescos demais na memória. Meu corpo reagia ao simples pensamento de tudo aquilo, e era impossível ignorar a excitação que aquilo me causava.
Eu me sentei na cama, tentando me acalmar, mas sabia que não conseguiria sozinho. Não naquele momento. Só uma pessoa era capaz de apagar o fogo que o Lucas tinha deixado em mim. Peguei o celular e, sem hesitar, procurei pelo nome do Caio.
– Bom dia – falei, tentando disfarçar o entusiasmo na voz.
– Bom dia, amigo! A que devo a honra da sua ligação logo cedo? – ele respondeu, com aquele tom leve de sempre.
– Estou com saudades. Tá de bobeira?
Caio riu do outro lado da linha.
– Tava indo pra academia agora. Bora?
– Vem aqui pra casa. Tô afim de matar a saudade.
Houve uma pausa curta antes da resposta, e então ele perguntou:
– É o que estou pensando? E o Bernardo?
– Tá no alto, tô sozinho. Vem logo.
– Chego já.
Desliguei o telefone e soltei um suspiro pesado. Pronto. Eu sabia que o Caio não iria me deixar na mão e o pau grosso do Caio era tudo o que precisava para apagar todo o meu fogo que o Lucas havia deixado. Levantei-me rapidamente, fui até o banheiro e me preparei fazendo a famosa chuca, e logo depois entrei no chuveiro, enquanto a água caía pelo meu corpo, eu só conseguia imaginar como seria quando Caio chegasse. Ele sabia exatamente o que fazer para me fazer esquecer qualquer outra coisa. E naquele momento, era exatamente isso que eu precisava.
Me sequei depressa, passei um perfume leve e escolhi algo simples para vestir – não precisava de muita preparação para o Caio, já que ele me conhecia como ninguém.
Com tudo pronto, me sentei no sofá da sala, esperando o toque da campainha que anunciaria a sua chegada. Meu coração batia acelerado, não de nervosismo, mas de ansiedade.
A campainha finalmente tocou, me arrancando daquele turbilhão de pensamentos. Levantei rápido, ajustei a camiseta que tinha colocado e fui abrir a porta. Assim que girei a maçaneta, Caio apareceu na minha frente, com aquele sorriso de canto que sempre me deixava fora do eixo.
Ele usava uma regata colada no corpo e uma bermuda esportiva. Os músculos dos braços estavam visíveis, e o cheiro do perfume misturado ao suor leve de quem estava prestes a ir para a academia me atingiu em cheio. Era irresistível.
– Nem esperei o elevador direito. Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou, entrando sem cerimônia.
Eu fechei a porta e, antes mesmo de responder, ele se virou. Nossos olhares se encontraram. A intensidade naqueles olhos dizia tudo. Caio não precisou de mais nada. Em um segundo, ele encurtou o espaço entre nós, segurou meu rosto com firmeza e me puxou para um beijo cheio de urgência.
O choque do toque me fez estremecer. Sua boca quente encontrou a minha, e tudo ao redor deixou de existir. As mãos dele desceram pela minha nuca, me puxando ainda mais para perto, enquanto meus dedos já procuravam os contornos do seu corpo firme sob a regata.
A respiração de ambos ficou acelerada. Caio sorriu entre um beijo e outro, como se soubesse exatamente o efeito que tinha sobre mim. Sem quebrar o contato, ele puxou a própria regata e a lançou para o chão da sala. A peça caiu perto do tapete. Instintivamente, fiz o mesmo com minha camiseta, que logo foi parar em outro canto.
Ele me encarou de cima a baixo, os olhos brilhando, e então segurou minha cintura, me puxando até que nossas peles se encontrassem.
– Você tá com fogo hoje, hein? – ele murmurou, com aquela voz rouca que só tornava tudo pior.
Eu ri baixo, sem responder. Não era preciso. Já estava claro o que eu queria. As mãos dele desceram pelas laterais do meu tronco, enquanto caminhávamos – ou melhor, tropeçávamos – pela sala, sem nos soltarmos. Minhas costas bateram contra a parede ao lado do sofá, mas nem me importei. Caio aproveitou para desabotoar minha bermuda e deslizar o tecido para baixo.
Fiz o mesmo com a bermuda dele, e logo mais duas peças de roupa foram jogadas pelo chão, formando um rastro que nos levava até o quarto. Caio me empurrou levemente, e fui andando para trás até cair na cama. Ele veio logo em seguida, o corpo se encaixando no meu com perfeição, e o peso dele sobre mim trouxe um arrepio que percorreu cada centímetro do meu corpo.
– É disso que você gosta, né? – ele sussurrou contra o meu ouvido, enquanto beijava o meu pescoço lentamente, e eu sentia seu pau grosso pela cueca.
Eu fechei os olhos e sorri, minhas mãos explorando suas costas.
– Me fode com força Caio, é tudo o que preciso é do seu pau grosso me arrombando.
– Nossa, como você tá um puto safado hoje, posso saber quem acendeu esse fogo e não teve coragem de apagar?
– Para de palestrinha e me fode, como só você sabe fazer
Ele riu baixinho, sua boca voltando para a minha, e nos entregamos àquele momento, em meio aos lençóis amarrotados e ao cheiro de desejo que pairava pelo quarto, ele tirou sua cueca, e logo em seguida rasgou a minha cueca, me virou de costas, onde eu empinei minha bunda, e ele caiu de cara linguado meu cú, e apertando minhas nádegas com bastante força, ele chupava e falava, que iria me fuder com força, e eu empinava mais e mais minha bunda, então o Caio cuspiu no meu cú, e cuspiu em seu pau, e meteu em mim sem um pingo de dor, a dor era grande, o pau do Caio era muito grosso, mais eu precisava sentir dor e prazer, era uma forma de me punir pelos sentimentos que eu tinha pelo Lucas, eu queria esquecer o Lucas por alguns segundos e o pau do Caio era tudo o que precisava naquele momento. Centímetro por centímetro ia entrando, e quando entrou tudo, e Caio não esperou meu cu se acostumar, e ele começou a acelerar as metidas, e rebolava como uma cadela no cio, e o Caio aumentava mais e mais as estocadas no meu rabo, e sempre falava putarias, que eu era um safado, que eu era um gostoso, que meu cú era o melhor de todos, eu só fazia gemer, rebolar e pedia que ele metesse mais e mais. Ele me colocou de frente, puxou minha perna e colocou no seu ombro, e ficou metendo olhando na minha ca cara, enquanto eu tocava uma punheta admirando seu rosto e seu corpo, ora o Caio cuspia na minha cara, e dava uns tapas na minha cara também, e me chamava de puta safada, e eu pedia sempre pra ele bater mais forte. Eu estava ali sendo fudido pelo Caio, porem pensava no Lucas, queria que fosse ele me fudendo. Passamos o resto do dia transando, o Caio me comeu em varias posições, e eu ainda comi ele uma vez, ele ficou um pouco assustado com todo o meu fogo, mas eu diisse que estava sem sexo a um tempo, eu que tinha acordado com tesão devido a bebida da noite anterior. O Caio foi embora, eram quase 16h e eu estava completamente arrombado, e satisfeito. Quando peguei meu celular tinha umas mensagem do Lucas mas optei por não abrir. Estava precisando de um pouco de paz com os meus pensamentos.

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Espero que tenham gostado desse capitulo, o próximo capítulo será narrado pelo Lucas, onde vamos entender algumas coisas.
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Comentários


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danlopes2017 Comentou em 20/12/2024

Provocou e não fez nada, ainda bem que tinha Caio pra salvar ele.

foto perfil usuario sigilofortaleza26

sigilofortaleza26 Comentou em 17/12/2024

Já quero o próximo!!! Ansioso por essa historia deles




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Ficha do conto

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Nome do conto:
ENTRE CAMINHOS E SEGREDOS [76] ~ Dormindo de Conchinha!

Codigo do conto:
225694

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
17/12/2024

Quant.de Votos:
4

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