Morava bem em frente à minha casa, chamava-se Alan.
Era branco, com o sol ficava com as bochechas coradas. Em seus ombros havia sardas, o que lhe dava um certo charme.
Era mais velho que eu uns cinco anos.
De vez em quando conversava comigo pela grade do portão ou pela janela. Como meus pais trabalhavam o dia todo, a babá não nos deixava brincar na rua, nem que estranhos entrassem para brincar conosco. Adorei quando mudamos para apartamento. Por incrível que pareça ficamos mais livres. E foi no condomínio, anos mais tarde, que uma vez peguei o elevador e vi aquele cara familiar, mas com um corpo bem definido, vestido de personal.
-André?
-Sim?
-Sou eu - Alan, lembra? Morava na frente da tua casa.
Por um momento um turbilhão de lembranças passou na minha cabeça - aquele menino loirinho, vermelhinho e de quem eu gostava até do cheirinho suado estava na minha frente e , melhor, lindo.
- Cara, tá diferente, fortão!
-Ah, é que me formei em Educação Física e agora sou personal. FAz parte!
- Legal te encontrar, moro no 1604.
- Ah, to passando dois meses no 1602. Amiga viajou e pediu para eu ficar aqui e tomar conta da cadelinha dela.
- Ah, a pincher barulhenta!
- É, todo mundo conhece.
- Pô, passa lá amanhã, sexta, tipo 21h, vamos tomar uma gelada e ver um filme, lembrar da infância.
Aquele convite me deixou ouriçado. Eu já tinha 19 anos, tinha rolado pegação com alguns amigos, mas até namorada eu tinha. Que porra eu estava sentindo, algum trauma de infância?
Sexta-feira, pontualmente eu fui lá. E ele abriu a porta com uma samba canção azul marinho, mas que deixava ver o tamanho e a liberdade da mala.
- Entra aí! Senta , fica à vontade. Vai beber o quê?
-Cerveja mesmo, mas sou mole pra bebida.
Antes de sair não disse para onde iria, mas disse que talvez não dormisse em casa. Sei lá, precisava ficar com aquele cara.
-Conversamos, bebemos, lembramos de vizinhos engraçados e bebemos mais. E de repente o assunto:
- Você era bem presinho quando pequeno, né? Teus pais não te deixavam brincar na rua.
-Era, preocupação exagerada.
-Sabe que eu achava que você ia ser gay?
-Porra, só porque não brincava na rua?
-Sei lá, o jeito como me olhava, como pegava na minha mão.
-Já bebeu muito, tá falando besteira, acho que vou dormir.
-Não, não, desculpa aí. Deu fome, vamos fazer alguma coisa na cozinha pra comer?
-Vamos lá.
Cozinha de apartamento o espaço é pequeno e às vezes a gente acabava se esbarrando e se esfregando sem querer.
Numa dessas eu me abaixei para ver o forno e ele se encaixou atrás de mim e pegou na minha cintura e deu um puxão como se estivesse me comendo.
Levantei assustado e ele me olhando bem no olho disse falando bem pertinho da minha boca.
-Pena que você não é gay... sua bunda é linda!
Sem responder, ri desconfiado. E ele entendeu como uma permissão.
Segurou minha cabeça com força e me deu o beijo mais molhado e gostoso de língua que eu já recebi na vida.
Ainda inebriado com a situação, meio sem vontade de reagir , quando abri os olhos tentei criar uma reação.
-Ê, bebeu muito, hein. Nada a ver.
-Nada a ver é o caralho, você gostou que eu sei. Desde criança era doido para beijar tua boquinha. A gente tá bem crescidinho para fingir.
E me tascou outro beijo e a mão já foi trabalhando, tirando a minha blusa, apertando a minha bunda, me puxando para sala e me jogando no chão , no tapete bem macio.
Deitou por cima de mim e me beijava como se quisesse realmente matar a saudade, realizar o desejo de criança.
-Cara, como você ficou gostoso. Criança eu sentia uma atração por você, mas com o tempo achei que era tipo o fruto proibido, mas quando te vi no elevador, tive certeza, era tesão mesmo.
Ouvindo isso, também me senti solto para falar:
-Também te desejava e nem sabia,mas tudo isso é novo para mim, já sarrei com outros caras, mas vai devagar, nunca cheguei nos finalmentes.
- Caralho, meu. Vou tirar o cabacinho dessa bundinha grande????
Eu só conseguia rir do jeitinho bêbado lindo dele e simplesmente não conseguia resistir. E se aproveitando dessa minha inércia, ele me deitou de bruços e veio beijando da minha orelha, nuca, coluna todinha, arriando a minha bermunda (frouxa de propósito), jogando minha cueca longe depois de dar aquela cheirada, até que chegou no meu reguinho e começou a brincar devagar com a língua. E eu subindo pelas paredes já.
-Quer mais? quer? o que você quer? Pede vai...
-Quero você!
-Mas como? como amigo, como vizinho, como brother, ou como macho?
-Macho, macho, quero que você seja meu macho.
-Então macho come o outro, falow? Val liberar essa rosquinha pro macho, não vai?
-Calma, não sei, ahhhhh, vou liberar, vou liberar.
Então fala - vou te dar minha bunda, meu cuzinho... fala?
-Vou te dar minha bunda, meu cuzinho.Ahhhhhhh
-Pede para eu meter logo, pede
-Mete, mete, por favor, tô todo melado, cara. Não aguento mais de tesão.
Ele meteu o dedo médio na minha boca, salivei bastante e ele meteu devagar no meu rabo.
-Ah, mete vai, mete.
-Mete o quê? Dedo, pau, língua?
-Mete tudo, porra, vou acabar gozando.
-Vai levar pirocada, já já.
Colocou uma almofada embaixo de mim, que já estava de bruços e deitou por cima, penetrando devagar. Seu pau não era grande, mas era grosso, e eu senti, afinal era a primeira vez.
-Ai, tá doendo!
-Dar o cu dói mesmo, mas você gosta. Aguenta, aguenta que já vai entrar todo.
-Ainda não entrou?!?!!?
-Calma bebÊ, só metade. (E dizendo isso socou de uma vez e eu dei um grito.)
-Pára, pára, tira, tira, me rasgou porra.
-Agora só depois que eu gozar. Você não é mais aquele menininho preso no portão. Relaxa, aproveita, rebola na minha caceta, vai, cuzinho gostoso.
Aquelas palavras tiveram sentido libertário para mim. Acho que ali eu me senti impulsionado a realizar o desejo de infância e da vida. Queria ser comido sim, era viado sim, e passivo! E uma força se apoderou de mim. Fiquei de quatro e me comportei como uma fêmea tarada. Eu rebolava, falava putaria, gemia, chorava um pouquinho com aquela pica entrando e saindo, esquentando meu cuzinho.
-Vira de frente, quero um franguinho assado.
E eu, obediente, virei. Ele abriu bem minhas pernas, apoiando-se nelas e encostou bem no meu peito, de forma que conseguia me comer e me beijar e por vezes, não me pergunte como, até chupar meu pau!
Naquela posição não tem muito como opor resistência. E eu sentia aquele pau grosso entrando e saindo, me afrouxando todo.
As estocadas ficaram mais rápidas e ele me apertava forte até que gozou e gritava:
-Caralhoooo, sonho realizado, comi o gostosinho da rua. Só eu, só eu, ninguém mais.
-Eu comecei a rir e também ali senti que ele resolveu um problema da infância, o desejo reprimido.
Gozou muito e se deitou do meu lado, suado, cansado, esgotado, não sem antes me beijar bem gostoso.
-Sua vez de gozar - e pagou um boquete maravilhoso, brincando com os dedinhos na entrada do meu cuzinho e depois metendo e massageando a minha próstata.
Eu disse que queria comer ele,mas ele não reagiu bem.
-Quer não, quer não. O macho aqui sou eu. Eu mando. Goza, gostosinho goza.
E eu gozei litros.
Praticamente me mudei para o 1604 o tempo que ele ficou lá. E mesmo depois que a amiga voltou a gente continua se encontrando e, acho que namorando. E sabe como ele me apresenta pros amigos?
-Esse aqui é o cara que te falei. Que eu queria comer desde criança e consegui.
Ele é lindo e estou apaixonado.