O Mochileiro. #Sétima Parte - O começo do fim.

Os dias se passaram sem pressa. Eles praticamente se arrastavam. Eu estava adorando.
Vivíamos nossos dias fazendo o caminho da casa amarela para a praia. Às vezes saíamos a noite para conferir como andava o clima na vila, mas logo retornávamos. A cama era sempre mais confortável. O sexo melhorava a cada dia. Juca estava vez mais acostumado a ver os níveis sendo quebrados. Nada mais era estranho para ele.

Certo dia ele se deparou com vários problemas acumulados. Acreditei, afinal, há dias não fazíamos nada além de transar, provocar o riso um do outro e tomar banho de mar. Ele disse que precisaria ir até Porto Seguro. Não foi muito claro sobre o que precisava fazer. Na posição de visitante não poderia encher-lhe de perguntas. Não mesmo. Naquele dia ele tinha saído cedinho de casa. Eu estava só. Ou melhor, eu estava só com o cheiro dele pela casa.
Aproveitei para arrumar algumas coisas. Lavei roupas, as louças, limpei a casa e os móveis. Sobre a mesa uma pilha pequena de papéis me chamou atenção. Não queria bisbilhotar os tais papéis, mas somos humanos, não é mesmo? Numa carta, que parecia ser uma conta qualquer, constava um nome: Maurício Manarchi Junior. O Junior eu reconhecia, claro. Só poderia ser o real nome de Juca, mas porque ele esconderia essa informação de mim? Não demorei um minuto com a dúvida na cabeça. Me joguei sobre o computador dele. no Google procurei pelo nome que estava escrito na tal conta e todas as buscas me levavam para um único destino: o site dos escritórios imobiliários Manarchi. Era uma supremacia paulista do ramo imobiliário. O mais famosos e mais rico dos sobrenomes. Era essa a causa da nítida diferença de Juca para os outros moradores da vila. Ele era herdeiro de todo o império que seu pai tinha construído. Juca tinha sangue azul. E meus palpites estavam certos: assim como eu, ele estava fugindo do que ele foi um dia. Ele deixou o dinheiro para trás e adotou a Bahia como lar. Eu aposto que um sorriso se fez presente nos meus lábios ao pensar isso.
As horas passaram depressa. Estava sentado na mesa organizando um diário velho quando o vi atravessar a porta. Passando pela sala, jogou algumas sacolas no sofá e veio ao meu encontro. Beijou-me a testa, depois a bochecha esquerda e logo mais meus lábios.
- Cheguei. – Ele sentou-se ao meu lado.
- Com o entusiasmo e os tantos beijos, presumo que tudo se resolveu.
- Parece que sim. Aproveitei e comprei uns negócios bestas.
- Por acaso os tais problemas atendem pelo nome de Maurício Manarchi? – Eu falei com um sorriso curioso no canto dos lábios enquanto olhava para o diário.
- Como é que é? – ele me pareceu assustado. – Porque... Porque você tá falando isso?
- Seu pai. Eu sei quem é seu pai. Eu sei quem você é. Eu sei o peso que carrega seu sobrenome. E antes que fale qualquer coisa eu preciso dizer que acho sua atitude louvável. – Lancei sobre ele um sorriso confortável.
- Eu sabia que não deveria confiar em alguém que atravessa o país pedindo carona. Eu sabia!
Eu ri e dei um soco leve em seu ombro, da forma mais clichê possível. Ele continuou.
- Ok. Sim, eu sou filho desse homem aí que você falou. E sim, eu fiz exatamente o que você pensou: eu não quero carregar o peso desse nome e muito menos o da família. Vim parar numa vila quase isolada, mas sou praticamente obrigado a manter contato com eles, digo, minha família.
Eu não poderia acrescentar mais nada, apenas sorri pousando minha mão sobre o queixo marcado de Juca e puxei seu rosto para mais próximo do meu.
- Fique tranquilo. Eu conheço apenas o Juca. Os outros nomes não me importam.
O beijei com cuidado. Ele retribuiu meu beijo calmo e molhado. Ele havia saído há poucas horas e eu já sentia saudade de seus lábios quentes tocando os meus. Já sentia saudade de seu corpo inteiro me segurando.
Quando paramos o beijo ele inclinou o rosto sobre o diário.
- E o que é isso?
- Um diário – eu disse rápido.
- Um diário de viagem? É isso? – ele me pareceu entusiasmado.
- Exatamente isso. Tem até alguns relatos aqui.
- Ah, vai ter ler algo. Anda! – ele se endireitou na cadeira como uma criança pronto para uma história.
- Estou numa página um tanto... esquisita.
- Explique. – ele parecia mesmo muito curioso.
- Hmn.. Ér.. Eu falo de um rapaz que fiquei numa cidade do sul e... do quão sua bunda era maravilhosa. – Eu quase gelei de tanta vergonha.
Ele riu. Riu alto.
- Você fala do bunda alheia? É sério? Não quero o que vai falar de mim.
Dessa vez eu que ri.
- Ei, calma. Logo mais você estampa as páginas desse diário velho.
- Me dá isso daqui, seu Mané. – Falou tomando o diário de mim e logo lendo as primeiras palavras que achou na página aberta. – “Nunca provei homem igual. A pele macia, o cheiro doce, as mãos firmes. Contrairando minhas expectativas, o homem forte me queria dentro dele. Que homem!”
Ele me olhou surpreso e de boca aberta. Falou com um misto de julgamento e brincadeira.
- Ei, no diário se fala de viagens e não de homens fáceis a você.
Eu só conseguia rir.
- Não vou ler mais isso. Vou começar a me assustar. – Ele empurrou o diário sobre a mesa até minhas mãos.
Aproveitei o tom brincalhão, levantei e aproveitei que sua cadeira estava um pouco de lado para sentar em seu colo. Automaticamente ele pousou suas mãos sobre minha cintura quando eu encaixei minhas em seu colo.
- Que foi? Tá com medo que eu toque na sua área proibida. – Eu o provoquei.
- Proibida? Eu não criei delimitações aqui, não.
- Não? Tem certeza? – Eu continuava provocando Juca.
- Absoluta! – Ele me respondeu um tanto indeciso.
Eu segurei seu pescoço com minhas mãos de forma leve e rocei meus lábios nos seus, falando quase num sussurro.
- Deixa? Deixa eu tocar seu corpo por inteiro?
- Eu sou inteiro seu, já disse. – Ele também sussurrou, entrando em meu jogo.
- Não brinque comigo, Maurício Manarchi Junior. –
- Peço o contrário: brinque comigo! – Ele mirou meus olhos. Eu podia perceber a curiosidade e o medo exalar de sua pupila, circundada pela sua iria cor de mel.
- Anda, vem comigo, seu danado.
Saí de seu colo e o arrastei pela mão até o quarto. Estava louco para acabar logo com todos os níveis e avançar todas as casas desse jogo.
Ao chegarmos ao pé da cama, o virei de costas para mim e abracei seu corpo por trás. Ele me sentiu levantar sua blusa e me ajudou, jogando-a no chão. Colei meu peito em suas costas e comecei beijando sua nuca macia e sempre cheirosa enquanto descia minhas mãos por seus short jeans. Senti o tecido grosso proteger seu volume. Apertei com força sentindo seu membro já mostrar presença e logo desabotoei a peça, novamente recebendo a ajuda de Juca. Também o jogou longe.
Afastei alguns centímetros e olhei sua cueca branca apertada e o tecido marcando o espaço entre suas nádegas. Do seu volume, arrastei minhas mãos até sua bunda e apertei, ainda suavemente. Ouvi Juca suspirar. Encostei o volume marcado do meu short fininho na bunda de Juca e falei em seu ouvido, quase sussurrando.
- Eu prometo não ir com pressa. O tempo parou só pra gente agora.
Segurei seus ombros e mostrei que queria vê-lo deitado na cama, de costas pra mim. Para evitar qualquer insegurança deitei junto dele, deixando meu corpo cair sobre o seu. Não demorei muito e logo iniciei uma linha de beijos que seguiu da nuca de Juca até o cós de sua cueca. Ele afundou a cabeça no colchão ao sentir minha respiração próxima de sua bunda. Desci sua cueca tão levemente que parecíamos agir em câmera lenta. Joguei a peça junto das outras. Levantei minha cabeça um tanto e avistei sua bunda inteiramente minha. Lisa, clara e dura. Era linda e bem definida. Não esperei e logo rocei meus lábios na linha bem marcada da cintura de Juca. O cheiro quente de sua pele era sempre inesquecível. Fazendo-o suspirar mais forte e mais profundo, fui escorregando meus lábios por sua nádega. Dei uma mordida de leve e o vi apertar o lençol ao puxar o ar com força entre os possíveis lábios apertados. Com uma mão em sua cintura fiz que empinasse sua bunda um pouco. Ele me obedeceu. Segurei suas nádegas com firmeza e abri sua bunda pra mim. Sem cerimônias arrastei minha língua na abertura delas. Juca gemeu abafado. Eu não poderia mais parar: enfiei meu rosto em sua pele, fazendo minha língua molhada roçar sua entrada. Ele gemeu mais forte agora. Senti seu gosto marcante e ainda mais quente. A medida que arrastava minha língua entre suas nádegas com firmeza deixava-o ainda mais molhado. Num movimento involuntário ele abriu as pernas, aproveitei para enfiar uma de minhas mãos por baixo de seu corpo e agarrar seu pau completamente duro. Visivelmente cheio de tesão, Juca não segurou a sequência profunda de gemidos. Sua voz abafada revelava o quão entregue estava. Comecei uma masturbação leve a medida que mostrava querer penetrar minha língua em seu corpo. Parei a masturbação um momento para molhar meus dedos com minha própria saliva e tocar sua entrada ainda molhada. Lentamente penetrei meu dedo do meio em Juca. Seu corpo inteiro se contraiu e me impediu de continuar. Entendi que já tinha o suficiente dele até ali, não precisaria avançar mais nada. Fiz com que virasse seu corpo e deitasse corretamente na cama. Ele me olhou exibindo uma expressão de frustração. Já completamente nu, agora seu pau estava ao alcance de meus lábios. Duro ao máximo e já babado por si próprio, o enfiei na boca com gosto. Não demorei e já estava o chupando com força. Minha intenção era deixá-lo o mais duro possível e o mais melado que eu conseguisse. Engoli até senti-lo em minha garganta, quase engasgando, e o tão esperado gemido de Juca se fez presente novamente. Não havia tempo para frustrações.
Numa manobra rápida e inesperada, Juca levantou-se, saiu da cama e aproveitou que eu estava debruçado sobre a borda dela para pedir, quase em tom de ordem.
- Fica de quatro pro seu homem!
Prontamente me levantei, apoiei os dois joelhos sobre o colchão e senti Juca, por trás de mim, segurar meu corpo. Já senti seu pau molhado roçar minha bunda.
- Desculpe ser tão travado.
- Não me peça desculpas. Faça o que você sabe fazer de melhor.. – de costas para Juca, o olhei provocativo – me fode inteiro, do jeito que só um homem pode aguentar.
Ele esboçou o sorriso mais safado que eu veria em seus lábios e sem pedir licença me penetrou num suspirar. Senti minhas pernas perderem a força com a dor imediata. Ele segurou minha cintura e antes mesmo que eu pudesse soltar um gemido, tirou o pau de mim e me penetrou novamente. Meu gemido saiu feito um grito, num misto de dor e tesão.
- Geme mais. Ainda não é suficiente.
Novamente ele tirou o pau completamente duro de dentro de mim e logo senti seus dedos molhados se arrastarem por entre minhas nádegas. Sem me dar tempo para respirar, já o senti me penetrar novamente. Com força, ele socava cada vez mais rápido e mais fundo. Suas bolas batiam em minha bunda e o estalar de nossas peles ditavam o ritmo. Não aguentei e caí sobre a cama. Juca caiu sobre meu corpo, desta vez abrindo minhas nádegas com as mãos e metendo seu pau ainda mais fundo. Meus gritos saíam abafados pelo colchão, mas eu ouviu os suspiros fortes de Juca com nitidez. Ele delicioso senti-lo gemer enquanto me fodia. Eu pedia para que afundasse seu membro em mim e ele se mostrava ainda mais fero, me fodendo como um animal faminto.
De olhos fechados, senti ele me virar na cama. Quando abri os olhos ele estava totalmente encaixado entre minhas pernas pronto para me penetrar novamente. Quando assim fez, com uma de suas mãos segurou meu queixo com força, me forçando mirar meus olhar no seu. Eu sorri, provocando, e ele entrou em mim o mais fundo que poderia. Meu ar sumiu e ele gostou de me ver totalmente sem voz. Quando recuperei o fôlego, soltei um gemido alto.
Na intenção de senti-lo ainda mais, o puxei pelo braço, fazendo-o cair sobre minha barriga. Nossos corpos completamente suados se grudaram e ele continuava rebolando, afim de me deixar completamente fodido. O beijei com força e chupava sua língua igualmente feroz. Seu pau começou a pulsar dentro de mim e eu sabia o que se aproximava. Agarrei seu corpo com força, queria seu gozo dentro de mim. Juca afundou seu rosto em meu pescoço, mordendo com força minha pele quanto explodia sua porra dentro da minha bunda. Senti ele me preencher por dentro e nossos gemidos se misturavam. Eu não parecia parar de gozar nunca. Seu líquido grosso escorreu por minhas nádegas, mas seu pau ainda estava guardado dentro de mim. Ele parou se me foder e deixou seu corpo mole sobre o meu. Ainda estávamos abraçados, completamente selados.
Após alguns segundos de puro êxtase, Juca ergueu seu rosto e esboçou o mais puro sorriso do dia.
- Eu acho que precisamos de um banho. E lençóis limpos.

No minuto seguinte estávamos no banho e minutos depois estávamos aninhados um ao outro, como acontecia todas as noites. Juca adormeceu com o sorriso estampado no rosto, mas meus pensamentos não me deixariam dormir tão cedo. Contraditoriamente, minha segurança não estava nos braços firmes de um homem. Nos dias em que, enfim, conseguia dormir, a sedutora estrada e a vida livre me chamava em meus sonhos e eu não sou de recusar seus chamados. Nenhum deles.


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Comentários


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rednave Comentou em 15/03/2016

NÃO CREIO QUE CE VAI FAZER ISSO, mds queria os dois juntinhos casados, felizes :/

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kralegal Comentou em 14/03/2016

Verdade, pq fugir?

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sergiorj Comentou em 13/03/2016

Ah seu cretino, você vai partir? Fugir do paraíso? Malvado, malvado consigo mesmo. Por que fugir do Eden?




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Ficha do conto

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omochileiro

Nome do conto:
O Mochileiro. #Sétima Parte - O começo do fim.

Codigo do conto:
80318

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
13/03/2016

Quant.de Votos:
8

Quant.de Fotos:
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