Ele queria uma foto, eu dei mais que isso.

Era feriado prolongado e eu estava numa cidade histórica no interior do estado de Goiás, mais precisamente Pirenópolis. Eu havia conseguido hospedagem na casa de um morador. Garoto jovem, morava só e era muito comprometido com os estudos. Com as provas que se aproximavam, ele preferiu aproveitar o tempo livre para estudar e recusou meu convite de ir aproveitar a noite festiva da cidade. Tudo bem, sou gato preto da noite mesmo!
Uma feira de artesanato me chamou a atenção. Banquinhas coloridas, trabalhos com linhas, cerâmicas, flores douradas. Uma festa de cores e cheiros. Curioso que sou, parei em todas elas. Conferi cada penduricalho que me chamava a atenção. Entre as várias vozes que soavam ao redor, um clique familiar me chamou a atenção. Girei rapidamente e vi a lente de uma câmera apontada para mim. Sem jeito, o homem atrás dela sorriu e com uma mão atrás da nuca, denotando constrangimento ao ser flagrado, girou o corpo e fingiu caminhar. Eu tive que sorrir. Ora, não há problema em me fotografar. Até gosto desses cliques despreocupados. Ele só poderia ter esperado, afinal eu gostaria de ver aquele registro.

Continuei entre as barracas e pessoas, atento a cada detalhe. Muitos minutos se passaram. Uma coruja talhada em madeira me chamou a atenção. Após examinar o bichinho fofo levantei a cabeça e dessa vez a lente me mirava quase que descaradamente. Dessa vez eu estava com vergonha. Acanhado, sorri sem jeito e virei de costas.
- Não. Continue. Será a foto do dia! – Falou o homem, tão calmamente.
Girei sobre os calcanhares e encarei diretamente a câmera, exibindo um sorriso quase natural de surpresa e curiosidade. Ele me devolveu o sorriso enquanto clicava.
- Chega, né? Já possui a tal foto – falei, persuadido.
- Só a foto não basta. – Ele aproximou-se lentamente.
Eu não queria levar o que ele disse para outro caminho. Juro que não queria.
- Quê? Não entendi. – Resolvi passar a limpo.
- Eu preciso do seu nome também, não acha?
Eu praticamente suspirei.
- Ah, meu nome... Caio, anote aí! Aliás, deixe eu ver o estrago que fez. – Falei me referindo à fotografia.
Ele terminou de encurtar a distância entre nós e virou a tela de sua câmera robusta em minha direção. Nela, duas miniaturas estavam evidenciadas: numa foto eu sorria, visivelmente acanhado e na outra minha nuca é que estava em evidência.
- Minha nuca... – eu sussurrei.
- Tão linda... – ele sussurrou em resposta.

Obviamente ele estava tentando algo. Talvez quisesse algo mais que a foto. Não sei o que era, mas estava a um passo de conseguir. Vejam bem: ele me pareceu alto, um tanto mais alto que eu. 1,90 m talvez. Seu corpo era forte e proporcional ao tamanho, mas seu rosto tinha uma delicadeza quase jovial, mesmo aparentando passar da casa dos 30. O cabelo preto brilhava iluminado pelas luzes amareladas das barracas e o os lábios, úmidos, me sorriam tão simpáticos e convidativos. Eu já estava caído.
- Então é isso, você tem a foto e meu nome.
- E se eu quiser mais que isso? – Ele me provocou.
Ele desviou o olhar do visor da câmera para encontrar os meus. Eram pidões e convincentes ao mesmo tempo. Eu estava ferrado. Ah, como estava!
- Você só precisa sorrir. Eu juro! – Declarei sem cerimônias.
Inevitavelmente, ele sorriu um tanto sem jeito. Eu fiz o mesmo.
- Vamos ficar aqui parados, atrapalhando o fluxo? – ele indagou.
- Me indique o caminho, oras! – foi minha resposta.

Atravessamos a cidade a passos lentos. Hora eu ficava preso em seu sorriso e totalmente hipnotizado por sua voz grossa e precisa, hora ele se perdia me admirando quando eu tentava, em vão, arrumar meu cabelo desgrenhado. Naquele momento éramos desejo, vontade, ânsia e mais um monte de coisas juntas. Porque a cidade precisava estar tão cheia? Eu só queria encostar nele, sem pressa, e aproveitar seu corpo bem ali, no meio da rua mesmo.
No final da via proibida para carros, estava o jipe dele estacionado. Era a cara dele. Grande, robusto e imponente. A esta altura, as luzes eram mais fracas e o movimento, visto que ali servia apenas de estacionamento, mais fraco. Ele encostou na porta do jipe, movendo seu corpo grande tão suavemente.
- Meu brinquedinho... – Ele não concluiu a frase, é claro.
Eu havia encostado meu corpo no dele com pressa. Impedi que a frase fosse concluída com um beijo. Toquei seus lábios úmidos e vermelhos com os meus. Se encaixaram perfeitamente. Parece que foram feitos para esse momento. Num movimento perfeito, nos beijamos dosando o desejo e a pressa. Com uma mão ele segurava cuidadosamente a câmera e com a outra laçava minha cintura com facilidade. O longo beijo só parou quando ele tomou ar e falou.
- Você não perguntou, mas eu me chamo Otto.
- Otto. Eu amo esse nome – eu disse ainda mirando aqueles lábios perfeitamente molhados – agora faz assim: porque não me tira daqui?
Ele riu e eu poderia morrer bem ali com o som daquela risada.


Ele abriu a porta do quarto da pousada onde estava hospedado enquanto ainda me beijava e a fechou atrás de nós. Não queríamos nos desgrudar. Ele me guiou até a cama e me fez deitar nela, foi o momento que tive para respirar. Ainda munido de sua câmera, ele sentou sobre minha cintura e direcionou sua lente curiosa em minha direção.
- NÃO! – Eu quase fui rude.
- Eu preciso desse rosto pra mim.
- Você me tem agora, larga isso. – Eu o puxei pela camisa e num riso ele se desvencilhou de minhas mãos.
- Por favor... eu prometo tornar isso meu maior segredo.
Ele sabia como conseguir algo. Ele sabia, porque além do pedido, ele apertava os olhos emoldurados pelas sobrancelhas grossas. Ele era esperto demais. E bonito demais. E gostoso demais. Droga!
Não o deixei esperando e tirei minha camiseta enquanto ele me clicava. Eu sorria e brincava com a lente, ainda um tanto travado. Ele levantou e apontou para a calça. Fui obrigado a levantar, mas virei de costas. Ele continuava me clicando e enquanto eu me despia lançava meu olhar por sobre os ombros, provocativo. Ele gostava. Ele estava excitado. Eu estava morrendo de tesão. De alguma forma, num segundo ele também estava apenas de cueca. Com delicadeza me fez deitar na cama, agora de bruços e se posicionou entre minhas pernas levemente abertas. A câmera já estava no canto da enorme cama e seus lábios estavam onde eu queria que eles estivessem: em minha pele. Seu corpo pesado estava sobre o meu, seu membro rígido e aparentemente grandioso forçava minha bunda por cima do tecido e seus lábios, incrivelmente molhados, se arrastavam por meus ombros. Eu já suspirava com meu rosto enfiado no colchão. Era impossível não assim ficar. Quando as mãos grandes de dedos fortes alisavam a pele da minha cintura, aí é que eu suspirava mais. Pelo visto ele estava gostando de me provocar.
Não demorou até eu sentir seus lábios caminharem por minhas costas e atingirem a minha bunda. Ele a mordia tão suavemente por cima do tecido que até meus órgãos internos deveriam estar arrepiados. Num movimento natural eu já estava completamente empinado para ele, que me deixou livre da cueca. Cheirava minha pele, roçava seu queixo nela e brincava de dar beijinhos em minha bunda. Ele sabia o que estava fazendo. Ah, sabia sim!
- Posso? – Ele perguntou fazendo seu hálito soprar em minha pele.
- Ahhh, você deve! – Obviamente falei num suspiro.
Ele me abriu e cravou sua língua em mim. Quente, molhada, rígida, precisa. Ele lambuzava minha bunda enquanto dava mordidas suaves. A essa altura eu já estava aos gemidos. Eu estava completamente molhado. Eu escorria!
Com uma mão ele massageava meu pau absurdamente duro e com a outra alisava, em movimentos circulares, a minha entrada. Ele estava me preparando. Girou meu corpo na cama e ergueu seu corpo, encaixando-se entre minhas coxas. Seu olhar encontrou o meu e num sorriso ele sussurrou.
- Você tem gosto liberdade.
- Use-a! – Eu sussurrei de volta.
Ele melou fartamente os dedos com saliva e os passou em seu pau. Agora também molhado, era hora de entrar em mim. Quando a cabeça exagerada do seu pau forçou em minha pele, senti que estava pronto para tudo que ele tinha a me oferecer. Prendi a respiração e o senti me invadir. Eu gemi alto e apertei os olhos. Ele tirou e enfiou diversas vezes até que eu acostumasse com aquilo. Ele estava completamente dentro de mim. E eu o queria assim.
Os movimentos se intensificaram. Um vai e vem gostoso ditava o ritmo que nossos corpos seguiam, sincronizados. Olhando minha expressão de pleno tesão e ardência, ele sacou a câmera e me clicava. Com uma mão segurava a câmera e com a apertava suavemente meu pescoço. Seus dedos grossos só estavam encostados em minha pele, ele não fazia força mas ainda assim o tesão duplicou atingindo níveis estratosféricos. Eu dei todos meus gemidos a ele. Eu entreguei tudo. Ele sorria enquanto gemia ao mesmo ritmo. Nessa altura seus dedos roçava meus lábios e eu os chupava com gosto. Aquele homem tinha um gosto tão próprio e tão memorável que não ouso descrever. Os cliques ainda eram disparados. Ele finalmente largou a câmera de lado e começou a enfiar seu pau em mim com mais força. Não tinha mais para onde ir. Nossos corpos batiam um no outro e se roçavam, totalmente suados. O senti pulsar com força e sabia que logo ele explodiria em meu interior. Não aconteceu, ele desatolou seu membro grosso das minhas entranhas e gozou em minha barriga. Praticamente urrava enquanto jorrava o líquido quente e absurdamente grosso sobre meu corpo. Eu estava banhado de porra.
- Caralho! – Ele bradou caindo para o lado.
- O que foi isso?
- Tesão, tesão... e tesão. – ele sussurrou em meio a respiração pesada.
- Eu não estou satisfeito. – Dito isso, num sorriso em sentei sobre sua cintura, sentindo seu pau ainda duro roçar a pele da minha bunda. – Me faça gozar! – Eu pedi usando um tom de voz quase manhoso.

Não preciso dizer que transamos mais algumas vezes. Na cama, no chão, no banheiro. Eu gozei várias vezes. Ele era uma máquina de esperma. Não consigo colocar em números quantas vezes aquele homem me levou ao êxtase. Em cada transa novas fotos foram feitas. Eu estava entregue.
Adormecemos nus sobre a cama, já banhados. Ele estava esgotado e eu completamente saciado. Acordei primeiro com a cabeça ancorada em suas largas e seguras costas. O brilho do sol atravessava a janela e iluminava nossa pele nua sobre o tecido claro. Beijei e cheirei seus ombros quentes e macios. Haviam pintinhas tão lindas ali. O admirei por alguns minutos. Ele não dava sinal de acordaria tão cedo. Aproveitei para dar uma última olhada em sua bunda. Linda, redonda, firme e saborosa. Sim, eu havia experimentado dela na noite anterior.
Vesti minha roupa com pressa e cuidado, beijei seu pescoço uma última vez e atravessei a pousada com um sorriso brincalhão.
Sob a bancada, deixei um bilhete irônico:

“As fotos são suas, fique com elas. Já seu sabor... bom, este carrego comigo.
Se o destino nos juntar novamente, lembre-se de começar fotografando minha nuca. Eu gostei daquela foto.

Com tesão, a liberdade! .”


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Comentários


foto perfil usuario gabizammar

gabizammar Comentou em 12/06/2016

Eu simplesmente amo seus contos!! Ja li todos! Vc escreve muito bem, parabens e por favor nos de a oportunidade de ler mais deles! Abraço




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Ficha do conto

Foto Perfil omochileiro
omochileiro

Nome do conto:
Ele queria uma foto, eu dei mais que isso.

Codigo do conto:
84638

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
09/06/2016

Quant.de Votos:
8

Quant.de Fotos:
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