Depois do pôr do sol

Como fora parar ali naquele lugar? Não soube dizer de imediato para si mesmo, só a cabeça que doía. Foi tudo tão rápido, surreal e inacreditável. Só o convite lhe martelava no cérebro:
                “VENHA VER O PÔR DO SOL COMIGO”
E assim foi. O rapaz subiu a tortuosa ladeira e à medida que avançava modestas casas iam ficando cada vez mais espaçadas uma das outras, sem simetria, sem ordem e perdidos em terrenos grandes, alguns com planta de bananeiras e arvores de goiabas e outras casas eram feitas de madeira onde alguma dona de casa humilde e zelosa, plantara algumas plantas de roseira ou jasmim. No meio da rua sem asfalto, cobertos aqui e ali, pequenos montículos de mato rasteiro havia naquela rua, resistindo no meio desta que parecia ser de areia onde era marcado de muitas passadas de pessoas. Algumas crianças brincavam de cantigas de rodas, outras de bolinha de gude ou futebol, com bola pequena, mas isso eram meninos apenas vestidos de short, sem camisa. Nessa subida, onde este rapaz passava de vez enquanto um lenço pela testa, pois o suor teimava em brotar pelos poros da testa. Alguma pessoa ou outra viravam a cabeça para olhar aquela figura. No mais era um silencio que era quebrado pelo barulho das crianças. O rapaz sabia que chamava a atenção. Era um homem bonito, alto, maxilar que destacava; dando um ar viril, corpo forte, cabelos levemente encaracolados, onde o chapéu tipo “panamá” não conseguia esconder alguns cachos pequenos que caiam sobre a testa. Também nesta subida lenta, já havia colocado o paletó sobre os ombros, pois o calor daquela tarde fazia qualquer ser vivente cansar. Por fim; encontrou a pessoa. Ele estava encostado em uma arvore. Metido em uma camisa larga de algodão azul. Cabelos pretos e lisos em desalinho e um cavanhaque que dava um tom de um homem que não dava importância à aparência e isto o fazia parecer jovial.
- Porra, Luccas! Não tinha outro lugar para marcar encontro? O carro parou lá embaixo, por que aqui não vem. Olha só meu sapato! – reclamou o rapaz olhando seu sapato bicolor
Luccas se desencostara da arvore e sorrindo, olhava o jovem bem vestido a sua frente.
- Olha só! Todo nas elegâncias! - exclamava Luccas admirado. - Queria te ver. Muito. Mesmo que seja pela ultima vez. Todo almofadinha. Anda comendo muitos velhotes ricos lá pela zona sul?
-E que te interessa isso? Por que não marcou num bar ou até mesmo em um lugar mais reservado?
- Por que aqui ninguém poderá nos ver meu caro Flavio. Ou tu queres que teu bacana acabe com sua boa vida de michetão de luxo?
Foram andando mais um pouco. Realmente era um local deserto, as casas ficavam mais para trás. Crianças já ao longe cantando aquelas cantigas de rodas e pequenos gritos de moleques também de um joguinho de bola. E viu: um cemitério com o gradeado todo carcomido pelo tempo, muro que um dia fora pintado de branco, mas que o limo já se encarregara de sumir. Se os vivos já tinham abandonado aquele lugar, os mortos com certeza há muito não estavam mais lá.
- Isso é um cemitério? – perguntou o rapaz – Você me fez andar para visitar um cemitério Luccas? Porra. Tu e tuas idéias! – tirou do bolso da calça um maço de cigarros e com uma experiência de um exímio fumante tirou um, acendeu e fumou,soltando largas baforadas.
Irritado com a idéia estapafúrdia de Luccas olhou mais uma vez para aquele velho cemitério. – Você me chama pra isso? Sabe Luccas? Tenho impressão que você na regula muito bem da cabeça.

- Tenho saudades suas. Saudades dos tempos que nós dois andávamos juntos, que aplicávamos nossos golpes juntos e depois comemorava lá no Cassino Atlântico lembra? E depois agente fazia nossa festa particular no meu apartamento...
- Que você me comia até a exaustão né? – respondeu como um garoto emburrado ao lembrar de algo que lhe desagradava. – Porra. Se queria ter algo era só ir pro teu apartamento.
- To sem dinheiro, to pobre “my baby” e o quarto onde moro ali pela Lapa, a mulher é uma hiena, espia pelo buraco da fechadura. Não dá.
- Eu pagava. – respondeu Flavio – Tenho dinheiro.
- Com o dinheiro dele? Prefiro beber formicida. Escolhi este passeio porque é de graça e muito decente, não pode haver passeio mais decente, não concorda comigo? Até romântico.
- Não sei por que eu vim. Não sei onde estava com a cabeça para aceitar vir ter contigo Luccas.
Passaram pelo portão carcomido pelo tempo e seguiram uma imensa estrada feita de pedras, onde havia sepulturas e estatuas já coberta de ervas daninhas como se quisessem com toda sua fúria acabar com os últimos vestígios de restos mortais que estavam enterrados por lá. Luccas que antes havia passado as mãos pelos ombros do rapaz, agora descia com as mesmas e descaradamente passava pela bunda do rapaz, apertando-as. Sim, apesar do contato do tecido, sentia sob o mesmo aquelas nádegas maravilhosa de homem, que lhe dera muito prazer, que se fartara um dia de tanto come-las quando brincavam em qualquer beco escuro das ruas da cidade do Rio de Janeiro.
- Quer dizer que aquela maricona tem muito dinheiro? – perguntara Luccas.
- Sim e muito ciumento. Ta farto de saber que tive os meus rolos, sabe do meu passado, enfim...
- Da tua vida de “puta” – respondeu Luccas tipo garoto espicaçado por uns ciúmes de garoto de colégio.
- Vai ofender, é? A final, o que é que viemos fazer aqui? Esse lugar me é desagradável.
- Pôr do sol maravilhoso, quer lugar mais interessante do que este?
- E se chegar alguém ou algum enterro?
-Isto aqui está abandonado há séculos. Conheço isto aqui. Afinal minha família toda ta aqui. Ate um primo meu que era bonitinho, mas nunca tive nada com ele.
Flavio olhava para toda aquela extensão, o mato rasteiro se espalhava por toda a parte algumas arvores ao longe balançava e o sol brilhante dava um ar de quietude... De repente sentiu sobre si um olhar de Luccas como se fosse maluco, desvairado sobre si, mas logo desapareceu e um beijo voraz lhe invadia boca.
- Vem cá – disse Luccas com uma voz rouca e foram os dois para uma cripta onde os mármores há muito havia perdido o branco...
Entraram e Luccas fora arriando as calças de Flavio, roçando por trás o seu pau que estalava de tão duro, esfregava com fúria sua barba mal feita no pescoço do rapaz cujo chapéu caiu no chão sujo.
- Te desejo – balbuciou Luccas e ato continuo se agachou e abriu ambas banda da bunda branca e lisa e enfiou a língua, chupando,aspirando o cheiro daquele macho que mexia com seus brios.O mesmo Flavio se entregava,gostava daquele macho e sentiu aquela mostra,grande,grossa que sempre babava e sentiu a dor, uma dor lhe bater a cabeça e percebeu num sonho que o outro ia pra fora de pau duro e lhe trancava naquela cripta e lhe olhava como um cão raivoso e em seguida desmaiou. Luccas virou as costas e foi embora...ouviu um grito mas não olhou para trás.( continua)

Foto 1 do Conto erotico: Depois do pôr do sol


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Comentários


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Comentou em 27/09/2021

É o segundo conto seu que leio, e de novo estou agradavelmente surpreso... Que bom que você descreve ambientes e personagens com vagar, para o meu gosto isso torna qualquer envolvimento deles mais excitante, ainda mais com passado conjunto... Esta estória me está dando vibes do filme Orfeu de Carnaval...

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marcelinhobundinha Comentou em 02/09/2020

Então vou ler a continuação amanhã para descobrir, hein?

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morsolix Comentou em 02/09/2020

Não era para ser isso....😂😂😂😂

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marcelinhobundinha Comentou em 02/09/2020

Buuuuu... Conto erótico com ares de conto de terror. De quem será o grito ouvido no cemitério depois do Flávio dar a bundinha gostoso para o Luccas??? Fica o mistério para o próximo capítulo




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Ficha do conto

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Nome do conto:
Depois do pôr do sol

Codigo do conto:
109791

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
02/12/2017

Quant.de Votos:
6

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