Depois de uma noite turbulenta que eu passei em um quarto motel. Cheguei a minha casa quase ao meio dia. Tinha andado a toa pela cidade e com meu estado moral em baixa. Não queria conversar ou trocar ideia com ninguém. Só esquecer. Eu havia transando com o meu melhor amigo em uma jogada que não tinha sido muito honesta de minha parte. Eu havia o enganado. Ainda sentia o gosto da pica do amigo na boca, o gozo e o beijo e no final: um ódio naqueles olhos que traduziam também um desprezo.
Ao abrir a porta do apartamento, encontrei minha irmã com os olhos meio aflitos, agoniados e que me perguntava onde estava até uma hora daquelas.
- Estava por ai. – respondi com cansaço e interiormente pedindo aos céus que não me fizesse mais perguntas. Fui diretamente para o meu quarto e me tranquei por lá. Tomei um banho e só de toalha enrolada na cintura, deitei-me na cama e como um filme, fiquei rememorando tudo o que havia acontecido comigo e Diego nas ultimas horas, desde a noite passada até aquele momento onde eu me encontrava: meu quarto de solteiro.
Diego era um homem que despertava minha excitação. Alto, branco, corpo forte esculpido em academia era o tipo do cinquentão que não aparentava a idade que tinha. Os cabelos meios grisalhos e com aquela barba branca, incendiava o meu imaginário. Era atraente para homens e mulheres. Ao ensinarmos na mesma faculdade, entre inúmeros colegas, consegui me transformar no melhor amigo dele. Até aí, nada demais. O mais, é que sempre fui gay, um esclarecido e assumido gay para mim mesmo. Quem sabia disto era minha irmã; Teresa. Uma assistente social que não se decidia a ficar ou assumir um compromisso com o namorado dela. O problema era dela. Já tinha os meus. Os meus; era ser apaixonado por uma cara que não me via. Extremamente o típico macho que devorava todas as mulheres que passavam a sua frente. E, o típico homem que todos os recalcados como eu, gostaria de ser: bonito,viril e extremamente atraente. E o cardápio de possibilidades se fez dentro de mim. Paixão, raiva – de ter o que não podia ter – desejo e sexo. Tudo isto escondido num rosto másculo e sereno que eu tinha. Minha mãe que dizia que eu era sonso.
E assim eu levava a vida. Rendia punhetas homéricas em homenagens ao corpo nu de Diego que um dia eu vira no vestiário masculino. De costas debaixo de um chuveiro, o meu amigo estava a lavar-se, completamente distraído e cheio de espuma, a espuma expunha o torso, com uma cueca branca e transparente caída até aos rins, as suas delicadas costa curvavam-se pra a frente onde lavava uma das pernas, a sua bunda era um pedaço do seu corpo que chamava a atenção, grande, alva e lisa, e, para o meu espanto e prazer, ele tirou aquela pequena peça e se mostrou todo desnudo – sempre de costa para mim que ficara ali parado e observando em um mudo prazer. Meu pau inflamava na altura dos meus rins, choques de desejo, O amigo era daqueles homens que possuía um certo “quê” de beleza masculina inatingível. Esfregava-se em um movimento rápido, erguia os braços fortes e brancos para tirar a espuma dos ouvidos e cabelos, lembrava aqueles bichinhos a brincar com a água, completamente só. Recuei até chegar à entrada, não podia entrar com o pênis duro, mais rígido que um pedaço de madeira. Aquela visão mexeu comigo. Precisava ter aquele homem na minha cama nem que para isso precisasse usar de astucia. O desejo de transar com ele me consumia. Aquela cena do banheiro fora umas das primeiras vezes que eu o vira, e, de vez enquanto eu tentava vê-lo nu. Esquadrinhava discretamente o seu corpo todo, os bicos rosado de seu mamilo, e o “pau.” O pau era grosso, comprido e uma cabeça que talvez lembrasse um formato de tomate no qual eu tivera oportunidade de ver. É! Estava cada vez mais obcecado. Cabeça ocupada por desejo insatisfeito é pior do que uma masturbação sem gozo. Assim estava. Um dia tomando um café sozinho no restaurante da faculdade, se aproximou Barbara. Era minha colega e professora da faculdade onde, eu e Diego trabalhávamos.
- Oi! – sorrira ela e sentando-se à mesa – Rui! – pronunciou devagar e carinhosa - Sempre solitário e misterioso.
- Impressão sua.
Ela pediu ao garçom um sanduíche e um suco e logo em seguida começou a me atacar com uma série de perguntas e observações.
- Estamos organizando uma comemoração de fim de ano em um bar qualquer aqui da cidade. Você está intimido a ir.
- Barbara. Não to com animo.
- Por quê? – ela tinha a mania de arregalar aqueles enormes olhos castanhos – Ta doente?
Respondi que não estava animado. Detestava pessoas quando estava deprimido. Lembro que teve uns instantes de silencio enquanto o garçom a servia. Depois de tomar alguns goles do seu suco e morder seu sanduíche. Para terminar com o assunto, decidir ir na maldita confraternização.
Chegado o dia da bendita confraternização, fomos todos para o local. Entre muitas rodadas de bebidas, brindes,gargalhadas e mais o que houvesse de comum em reuniões com esta, Diego fez e foi fazendo, uma mistura alcoólica onde ficou impossibilitado de saber o que estava fazendo. Entre a paquera ou vontade de querer levar a professora Barbara para o motel, acabou que ambos estavam mais doidos que perus embebidos na cachaça. Coloquei os dois no carro e deixei a colega em sua casa e sendo recebida por uma senhora. A tão fina e elegante Barbara, acabou nocauteada com uma série de drinks. Ao voltar, prossegui com um plano que havia surgido na minha cabeça. Levei-o ao motel. Seria eu e ele,doido com estava não se daria conta do que estaria acontecendo. Assim o fiz. Levei-o ao melhor motel da cidade. Para tira-lo de dentro do carro foi como se eu fosse um estivador retirando duas sacas de cimento, o colega pesava e ainda falava besteira me confundindo com Barbara. Desejo é uma lei foda, toma conta do corpo e da mente e eu estava subjugado a lei do meu desejo. Iria ter aquele homem, custasse o que custasse. Dentro do quarto com o teto espelhado, joguei-o na cama redonda e me escorei na parede olhando Diego estendido,totalmente ébrio. Me deu um calafrio, uma agonia, duvidoso do que eu queria fazer e de repente, me deu a doida comecei a despi-lo, comecei pelos sapatos,meias, e ele falava palavras que não fazia sentido e eu andando de uma lado para o outro. De repente avancei com uma das mão por cima da calça e fui desafivelando a braguilha e tirando as calças. Aquelas pernas era um espetáculos de musculosas, me deitei e comecei passar o rosto por cima do membro sob o tecido da cueca, emanava um cheiro de suor, de mijo e de tesão, nervosamente, não acreditava na “vagabunda” que estava me tornando. Arriei a barra da cueca e pus para fora o cacete de Diego e escalei puxando aquela pele. Era rosado, branquinho e cheirei a cabeça rosadinha, passando a ponta da língua e enfiei na boca, estava mole,mas não importava, chupava-o assim mesmo, aspirando aquele cheiro dele, virilha, testículos e as coxas que poderiam rivalizar dignamente com as coxas de Absalão.
Com o movimento de minha boca, aos pouco aquele pênis foi criando vida na minha boca gulosa, suas pernas se movimentavam inquietas na cama e eu, o chupava como bezerro faminto. Senti quando suas mãos pousaram na minha cabeça para comandar os movimentos... Mas, sabiamente prendia-as ambas as mãos, por mais bêbado e louco que ele estivesse, notaria minha cabeça calva em contraste da cabeleira de Barbara. Não poderia correr este risco. Tirei aos poucos toda a roupa, cuecas, camisa e vi; todo aquele monumento na cama, nu, somente para mim. A luz do quarto eu diminuí, para que ele não percebesse claramente com toda aquela profusão de luz forte que ao invés de mulher, era eu, um homem tirando um “lascão” dele. Virei-o de bruços e enfiei minha cara naquela bunda musculosa e chupei-lhe todo.
-- Sua puta! – balbuciava – Chupa teu macho! – e fiz sua vontade e a aminha.
Não sei como uma puta se sente, não dizem que elas só dão por dinheiro? Mas eu me senti um vagabundo, uma cadela querendo muita rola daquele cara no meu cu. À medida que eu me sentia seguro, ia ousando cada vez mais. Determinado momento, de costa para ele, sentei na jéba grossa que pinotava de tão dura.
- Fode, minha filha!... Abusa deste corpo! – gemeu ele. Meu cu sentia a pica dele rasgar todo o meu interior, mas não importava. Era aquilo que eu queria levar aquele ferro em brasa que fazia meu pau ficar mais duro ainda. Era o supremo ter aquele homem deitado e, quicava o mais safado possível, eu olhava para aquele teto espelhado e via um reflexo de um homem cuja pele brilhava de suor sentado sobre um grandão, aquela barba cheia e branca dele era o componente que fazia o rosto dele adormecido me dá mais gana. Não me contive, quando minhas mãos pousavam sobre as musculosas pernas,molhei um dos meus dedos de saliva e fui brincando na entrada do cu dele e, aos poucos fui introduzindo tudo, era a minha vingança sobre a sua decantada virilidade, enfiei naquele cu apertado.
- Epa! Aí, não meu bem! – acho que foi isso que ele disse. Ignorei. Toquei-lhe até próstata e senti um grito rouco e jatos de gala no meu que eu gozei instantaneamente.
- Ai!...Sua puta! – e virou-se para o lado e dormiu
Arfando de cansaço e prazer, desfaleci e ele roncava. Não acreditei no que fiz. Cheirei seu cabelo e tentei dormir.
De manha pedi um café farto e fui para o banheiro. Devo ter demorado. Amanhã já ia adiantada e quando sai, foi que ele descobriu que não transou com Barbara nenhuma e sim comigo. Não sei se levei um tapão na cara, só sei que com esta história acabei fazendo sexo. Ódio, decepção e desprezo.
Tenho medo do que virá pela frente. Fiz o que queria, mas pagaria de bom agrado o preço a ser cobrado e assim passaram-se os dias até eu me reencontrar, por que fatalmente iria acontecer. O resto; deixei a cargo dos dias.
Espero um dia ter a sua maturidade. O jeito que você escreve é muito interessante.
Sim meu caro Ksn57.Pretendo fazer. a terceira parte.O tempo é escasso como professor.Obrigado.
Votado - Muito bom seu conto, é quando o consciente bate, é foda, mas não deixou de ser bom para ambos, certo ?