- Vou embora. – dissera a mulher taxativamente para o homem que bebia lentamente sua xícara de café. Sentado em um sofá. Ouviu. Não olhou para ela que permanecia em pé com um agasalho nos braços e uma pequena maleta no chão. Havia no rosto uma expressão nervosa; um medo, talvez.
- ouviu que eu disse? Eu estou indo embora. – tornou insistir ela na frase. – Estou lhe deixando.
Pousando a pequena xícara na mesinha da sala. O homem olhou para ele e calmamente respondeu a indagação da mulher.
- Vá! Quem lhe impede? A porta sempre esteve aberta nesta casa. – Levantando-se com a xícara nas mãos. Olhou para aquela mulher, onde uma leve barriga de gestação se pronunciava por debaixo do vestido verde meio escuro.
- Que pena que não lhe pude dar um filho.
Ela olhou-o. Era um homem forte, cabelos pretos e com um pequeno topete que lhe emprestava um ar daqueles lenhadores americanos, e barbudo. Olhou-o. Teve ódio daquele homem alto, barba grande e que lhe olhava com indiferença, calças jeans quase colada nas pernas, camisa social branca, sobressaia-se na marca da calça um volume considerável, e aqueles suspensórios. Saia daquela casa definitivamente, cansada e suspirando de alivio, pois aquele homem não interessava mais.
- A culpa não é sua – respondeu ela – Não é de ninguém.
A mulher se abaixou para pegar sua pequena maleta e dirigiu-se para a porta, olhou mais uma vez para o homem que tinha sido seu marido e que estava parado como se estivesse avaliando-a. Tinha consciência do que tinha feito. Haviam casados alguns poucos anos atrás, mas pouco tempo depois o casamento se tornara um fracasso ao descobrir que ele, não poderia lhe dar um filho. Era estéril. Com tentativas e fracassos, este item pesou. De inicio sua esposa dissera que não haveria problemas, poderiam adotar uma criança se quisessem e quando pudessem. Com o passar do tempo, ela começara a sair mais, uma esticada com as amigas depois do trabalho. O marido não se importou, pelo menos ficava mais livre e sem pressão. Tinha uma loja de mecânica de carros em conjunto com outro amigo, e isto ocupava o seu tempo. Neste entremeio, onde a vida do casal ficava em suspenso, certo dia ela surgiu com uma novidade: estava grávida. Choque e revelação. Grávida do patrão. E separação culminava ali, naquela sala. Seria vergonhoso agüentar as fofocas naquela cidade. Mudou para outro local onde ninguém lhe conhecia. Ao se estabelecer por ali, montou uma oficina. Meses depois que havia inaugurado a dita oficina, seu locatário: um homenzinho todo forte que mais parecia uma pequena bola quando andava, lhe pediu um favor:
- Seu Elias! – chamara o homenzinho – O senhor bem que podia me fazer um favor aqui para o amigo, aqui na sua frente!
Voltando-se para o seu interlocutor e passando um gel nas mãos para tirar a graxa das mãos, uma coisa irritante, Elias olhava-o com um sorriso e imaginando que viria a ser pedido.
- Peça. Se puder atender o amigo.
- Um emprego, seu Elias! Um emprego para o meu garoto caçula. Ta muito vagabundo.
Elias disse que não poderia pagar muito, afinal, estava começando e a freguesia estava se formando. O homenzinho disse que não haveria problema. O importante seria inserir o rapaz no primeiro emprego e começasse a ter um gosto por uma profissão. Com isto tiraria um pouco da vagabundagem que estava querendo fazer parte de sua vida enquanto jovem.
- Traga o jovem – dissera Elias.
Noutro dia, como combinado, o homenzinho trouxe um jovem chamado Abel. Era um jovem franzino, alto, ruivo, nariz reto e pontudo, e os olhos: pareciam dois pedaços do céu claro, azuis. O que o pai tinha de “ogro”, o filho tinha de “anjo”. Um anjo meio descuidado, que não tinha noção de sua beleza, já que vinha apenas vestido com um macacão jeans e sem nenhuma camisa que o escondesse aquele torso nu, onde aparecia a barra da cueca branca quando se movimentava. Acertado o horário, salário e funções, Abel começou a trabalhar com Elias. O jovem era um desastre de tão estabanado. Era um verdadeiro derrubador de coisas, sempre se atrapalhando com o nome das ferramentas, parecia que tinha óleo nas mãos.
- Pô, Abel! – dizia Elias – Assim não dá!
- Foi mal. – sempre respondia Abel.
A vontade que Elias tinha era de despedir o rapaz, mas com todo aquele amontoado de asneira ou atrapalhadas, acabava-o ficando divertida, pois toda vez que fazia “merda”, os olhos já denunciava o ar de culpa. Com o tempo Abel foi se tornando uma companhia indispensável para o aparentemente carrancudo Elias. Já se entendiam melhor a cada dia que passava. A pesar de desajeitado, aprendia rápido, tinha uma boa memória e, em pouco tempo, já sabia o nome de todas as ferramentas, sabia fazer bem algumas coisa que Elias tinha ensinado. Mas tanta proximidade entre aquele homem maduro e o jovem, começava a incutir idéias estranhas em seus pensamentos. A falta de uma companheira fazia, talvez, sentir a necessidade de sexo que a masturbação solitária não resolvia. Um dia, em uma sexta-feira.
- Abel! Vamos tomar umas geladas depois do trabalho?
- Opa! – respondeu o jovem – Vamos sim. É sério?
- Se estou convidando. Claro que é sério.
A casa de Elias ficava em frente à oficina, bastava só atravessar a rua. Tinha esta casa para ajudá-lo em sua cabeça que um lar tinha que ser separado de local de trabalho. Abel, por sua vez, tinha por habito sempre aparecer com uma “jardineira” sem camisa. Aquela pele clara, limpa onde até podia contar as costelas, começava a fazer efeitos diferentes no mecânico maduro, principalmente quando o via inclinado, arrumando alguma coisa, deixando sua bunda virada para Elias. A impressão que o mecânico tinha era que o rapazinho olhava-o de uma forma diferente, algumas vezes flagrava olhando-o, mas isso era em uma fração de segundos, pois estes mesmos olhos azuis desviavam ou sorriam sempre acompanhados de uma frase boba. Elia pensava que eram meramente impressões da sua cabeça, pois estava carente já algum tempo, sedento de sexo e isto fazia despertar desejos até então desconhecido. Sentia o seu pau vibrar debaixo de suas calças como se fosse um garoto quando começa a sentir calores e fogos tão conhecido de qualquer macho.
“Preciso achar uma fêmea”- pensava Elias – “ Se não, vou acabar fazendo bobagens”
Quando estes pensamentos atacavam eram sempre no meio na noite, onde o sono faltava e a pica se revoltava ficando tesa. Acordava assim, corpo suado Eram calores que só aliviavam com uma boa masturbação. A ex-mulher já não freqüentava mais os seus sonhos eróticos, mas com prazer e desprazer depois, já via aquele seu ajudante por sobre sua pélvis,invadindo seus delírios eróticos, pegando aquele seu pênis meio mole e moreno e sacudindo diante de sua boca e os olhos? Aqueles olhos azuis sorriam demonicamente como se fosse sorver um sorvete e, acordava depois de uma boa gozada nas mãos calosas. O ruim da masturbação era levantar depois para se limpar no banheiro. Não gostava do cheiro de gala nas mãos e na virilha.
A noite de sexta chegou. A semana tinha rendido bem, pagou o salário de seu ajudante com prazer. Gostava de ver aquele moleque sorrindo, passando as mãos naqueles seus cabelos finos e ruivos que chegavam um pouco nos seus ombros.
- Bora pegar aquela “cerva”? – perguntou Elias.
- Demorou! Vamos. Pegar um banho e só trocar de roupa para tirar este cheiro de graxa.
- Vai a sua casa?
- Nada! Só pegar a roupa que já trouxe. – dizendo isto, Abel foi para o banheiro que tinha ao fundo da oficina.
Elias ficou olhando o rapaz ir ao banheiro, todo o corpo vendia juventude e aquela situação de desejo pelo rapazola começava a lhe incomodar, um rapaz e um homem mais velho e seu patrão, não poderia ter aquele tipo de pensamento e não poderia render boa coisa. Teve um desejo de ir atrás e espionar aquele jovem ir tomar banho, mas se achou ridículo e foi para sua casa também trocar de roupa. No encontro de dois camaradas, objetivava que haveria um dialogo de um maduro e um garoto sem juízo.
O bar da cidadezinha estava lotado, a noite era um pouco fria, a praça onde todos se encontravam e ao redor, vários barzinhos, comércios e algumas residências, fervilhavam de pessoas, jovens, adultos, casais de namorados. Escolheram uma mesa onde foram atendidos por um atendente jovem, ali, quase todos se conheciam e não foi diferente. O jovem atendente com sorrisos no rosto, solicitamente os atendeu. Cerveja, tira-gosto, musiquinha ao fundo abafado pelas vozes e risos. A noite passou. Descobriu que o rapaz não era tão inconseqüente como imaginava. Tirava de letra as sacanagens da vida, tinha vontade de sair de casa, mas não era hora E acabaram entrando no tema sexo. Já haviam consumido bastante cerveja, a conversa já não encontrava mais barreiras, riam. Elias se soltava e olhava aquele rostinho claro a rir, o sorriso daquele garoto parecia de um anjo, se bem que os anjos ou querubins não exalavam desejos, mas aquele sim.
De repente:
- Você já transou com homem? – soltou num supetão.
Abel sorriu, levando o copo a boca e passando a língua pelo lábio superior, perguntou:
- O que você acha?
Elias percebendo a asneira que havia perguntado se retraiu, querendo achar um buraco para se enterrar.
- Desculpe, desculpe! Não, foi minha intenção. Acho que to de porre!
Abel sorriu, cruzando os braços por detrás da cabeça e falou:
- Meu velho diz que em mesa de bar; mentirinhas entram e verdades saem.
Elias sentiu o rosto ficar quente de vergonha e enquanto Abel continuava a sorrir ingerindo mais cerveja e o barulho de vozes ao redor de si, continuava:
- Vou lhe responder sua pergunta – continuou o jovem Abel – Já fiquei. Já fiz. E gosto!
Elias incomodado e ao mesmo tempo abismado, procurava disfarçar sua ousadia e espanto.
- Ta a fim de fazer a nossa noite ter um final feliz? – sorria o jovem, parecia que seus olhos azuis debochadamente penetravam a fisionomia do patrão embasbacado. Elias já havia se arrependido de ter consumido numerosa garrafas de cerveja e ao mesmo tempo tremia, parecia que os dentes batiam dentro de sua boca. O maduro chegou à conclusão de que Abel não poderia ser catalogado e definido de modo exato.
- Vou ao banheiro – dissera Abel. – Não sai daí.
E levemente cambaleante, atravessou entre as pessoas do bar e foi ao banheiro e sumiu para lá. Depois de alguns minutos, Elias achou que era melhor dar uma olhada. Não queria confusão e que muito menos acontecesse alguma coisa. Foi ao banheiro. O lugar era grande, havia um mictório grande de alumínio que permitiria varias pessoas a urinarem até separados, caso houvesse pouquíssimos elementos. Não viu o rapaz ali, devia estar em um dos “box” com vasos sanitários.
- Abel? – Chamou Elias – Você está bem?
Achou-o no ultimo. Com as calças arriadas até as coxas, olhos mais azuis que o céu e o rosto meio bobo e aquele pênis branquinho, grande e comprido para fora, querendo mijar, assim parecia, pois estava encostado na parede.
- Tudo bem garoto? – perguntara apreensivo Elias. – Acho melhor irmos para casa. Deixo você em sua casa. Você não está bem.
Abel riu. Os cabelos ruivos e grandes caiam um pouco sobre a testa e encobrindo um pouco os olhos.
- Entra aí! – intimou Abel. – Entra! – e ato contínuo, puxou o homenzarrão para dentro do “box”. Sob protestos em vozes bem baixa, o chefe do garoto dizia que era melhor irem embora.
- Deixa de ser frouxo! – disse Abel em voz baixa – To de dando o maior mole, e tu? Te faz de desentendido? Ou ta pensando que eu não te saco?
Elias iria falar alguma coisa, mas foi interrompido por um beijo rápido e meio agressivo. E ali aconteceu o estalo de um beijo entre homens. Agressivo, cheiro de álcool e bala de menta de hortelã e força. O jovem Abel enlaçava o pescoço do maduro Elias querendo sugar toda sua boca. O beijo feito de força era vasculhador na boca e lábios de Elias. O rapaz beijava-o com uma segurança que por breves momentos sentiu-se desfalecer, um prazer no céu da boca e o medo de ser flagrado faziam aquele momento único.
- Espera! – balbuciava Elias – Alguém pode nos ver.
O que recebeu de resposta foi sentir suas mãos serem direcionadas para pegar na bunda daquele rapaz que sorria numa mistura de ousadia e deboche. As picas de ambos estalavam de tão duras. Neste momento ouviram entrar no grande banheiro, pessoas, vozes risos e barulhos de jatos de urinas que alguns homens emitiam naquele grande mictório de alumínio. Elias sentiu o coração bater mais acelerado, a impressão que tinha que iria sair-lhe pela boca. E o demônio do rapaz, sorrindo, ajoelhou-se diante de si e colocou o grande pau moreno de cabeça que parecia um cogumelo e enfiou de uma vez só na boca. Foi preciso cerrar os lábios para não dar um urro de prazer. Nunca havia sentido uma chupada em sua pica como aquela que o garoto lhe aplicava. Sentia suas coxas tremerem, seus testículos ficarem pequenos de tamanho prazer. Abel, o rapaz, se comprazia em ver aquele homem maduro fazer caretas de gozos com se fossem gozar ali, na sua cara.
- Vamos sair daqui! – quando ouviu aquelas pessoas saírem do banheiro.
Saindo com os devidos cuidados para que ninguém os visse. Elias saiu primeiro do banheiro e chamou o rapaz que os atendia e quitou a conta enquanto Abel chegava ajeitando-se.
- Já vão? – perguntara o atendente.
- É! O parceirinho não agüenta beber tanto e passou mal. Vou entregá-lo na sua casa.
O atendente do bar era também um rapaz bonito e um pouco mais encorpado, cabelos cortados e penteados para trás. Parecia atencioso e sorridente para Abel que passava de quando em vez, seus pelos cabelos.
- Nunca mais apareceu lá no campinho da igreja? Apareça.
- Tó trabalhando com ele aqui – e apontou Elias – Meu patrão.
Montaram em uma motocicleta e no qual haviam chegado ao bar antes. Abel e Elias durante o trajeto não trocaram nem uma palavra, o rapaz apenas encostava cada vez mais seu corpo em Elias. Deixou o rapaz em sua casa. Era melhor. Estava muito perturbado com aquelas pequenas coisas que haviam acontecido. Sábado, Abel não apareceu, devia estar de ressaca e talvez arrependido das bobagens que andaram fazendo dentro do banheiro. Mas eram lembranças que não saiam da sua mente. Elias sentiu falta daquele rapaz, das asneiras que o jovem fazia. Aqueles olhos azuis e a cara de safado ao chupar seu pau e isto, era o que mais instigava. Masturbara-se algumas vezes ao lembrar-se daquela cena. Trabalhou sozinho. Domingo resolveu dar-se folga, mas compreendera que não tinha amigos, alguns conhecidos. De vez em quando olhava para o celular na esperança de alguma coisa. Pensou em ir à casa dos pais de Abel, para saber alguma coisa. Mas... Era ridículo. Não iria virar “viado” só porque um moleque atrevido havia beijado a sua boca e chupado o seu pau. Ali, onde vivia, era uma cidade pequena, qualquer coisa fora do normal poderia virar uma grande fofoca. Já não bastava ter sido feito de corno e agora; ser taxado de gay? Era melhor deixar pra lá. No final da tarde onde na televisão nada lhe agradava nem tampouco saia do tédio, resolveu passar no campinho de futebol que ficava um pouco fora da cidadezinha. Na verdade era um descampando que algum fazendeiro fizera para os homens e moleques se divertirem. Foi para lá. A bola rolava solta no campinho. A clientela toda ao redor eram homens de varias idades, alguns cumprimentos. Era bem melhor assim. O campo ficava bem perto da estradinha de terra. Conversou com alguns homens e foi quando avistou do outro lado do campinho: Abel entre outros rapazes de sua idade. Esse o olhava fixo. Elias achou melhor ignorar, acabou entabulando uma conversa com alguns conhecidos de meia idade sobre carros ou algo que sempre lembrasse sua profissão de mecânico. Com o coração disparado por dentro do peito, fingia que ouvia, mas, como aprendera ser controlado, se conteve. Depois de uns trinta minutos que a pelada já anunciava quase o termino e que o pálido sol já esmaecia no poente. Elias sentiu um toque nos ombros:
- Oi!
- Oi, Abel! – Fingira Elias um espanto para disfarçar uma emoção que lhe tremia todo o corpo – Tu por aqui?
- Você finge mal pra caralho – falou bem baixo – Mas to contente de te ver por aqui. Tinha acabado de jogar quando chegaste. Precisamos falar.
Afastara-se do grupo de senhores para ter um particular com jovem que estava suado e sem camisa. O maduro mecânico replicou que tivera dois dias para comentar alguma coisa e não lembrava o que pudesse ser. Os olhos azuis de Abel olharam-no com um leve deboche e ao pé do ouvido disse:
- Fica aqui depois do fim da bola. Vamos acabar com aquela conversa.
O apito soou no ar e dando como encerrada a “pelada”. Aos poucos, todos iam tomando o rumo para fora daquele espaço onde só havia arvores ao longe e na frente do campinho; a estrada e pastos. A sós. Elias encostado na moto. Abel, sem camisa, tirava suas chuteiras e enfiava em uma espécie de mochila. Levantou-se e encarou seu patrão que o olhava curioso.
- Tu disseste que queria falar. Estamos a sós!
Abel sorriu e se aproximou do “coroa” e pressionando no assento e beijou-o. Um beijo másculo onde sugava toda a língua. Os corpos de ambos tremiam: um por desejo e outro medo do inusitado. Abel comandava todo o ato de sedução, desabotoava a camisa do patrão assustado, via meio inerte suas roupas serem retiradas com certa rapidez. Abel descortinava diante de si, a nudez viril de Elias que possuía as coxas mais grossas e peludas que já tinha visto. Todo corpo de Elias era trabalhado com um abdome e um peitoral avantajado. Abel, abaixando diante de si, passeava a língua e as mãos e apertava a bunda do “coroa” onde pareciam ser uma fartura de massa rígida e peluda, e ali, na frente; aquele pênis moreno, com a cabeça em forma de cogumelo, mas parecia ser bastante grosso, com veias que reaçalva. Elias só sentiu sua pica ser engolido até a raiz ou talo. Soltando um pequeno grito rouco e baixo, via o garoto virar a cabeça e olhar bem safado. Sua pica parecia um picolé sendo saboreado. O rapaz já estava totalmente nu. Seu corpo magro e despido brilhava com os pingos de suor que brotava sob sua pele branca. A lua brilhava e a noite já tomava conta do campo. Recobrando os sentidos, Elias levantou aquele moleque e encarando, falou com a voz rouca...
- Então... Tu quer a pica do mecânico?...É?
- Tu sabes – respondeu com desejo – E depois... é depois.
- Então... Vais agüentar a vara – e passou a boca no pescoço daquele garoto e pela primeira vez, segurou a “vara comprida” e punhetou e em seguida, mandou sentar na moto e retirando a calça arriada, se postou por detrás. Quem os visse de longe, veriam duas sombras montadas em uma motocicleta se movimentando agoniado. Elias, sem traquejo, tentava colocar a pica na bundinha branca do jovem que empinava cada vez mais para ser sodomizado. Abel sentia a barba de o mecânico roçar seu cangote, a boca molhada e umas palavras desconexas e sua pica duríssima, e, com o cuspe que lhe inundava o seu buraco, sentiu a cabeçorra ir rasgando o seu interior como um ferro em brasa. Realmente, não era fácil dar o cu, e, Elias conseguia enfiar a pica. A bundinha do rapaz era miúda, pele lisa onde sentia prazer em apertar e o gemido prazeroso instigava a arremetida violenta. E Elias comia com violência bunda do moleque que dançava de prazer e dor e aquela dor meio ardida ou quente lhe atiçava a querer ser mais fodido
- Me... Fode... Porra!
Elias acelerava cada vez mais a sua pica dentro do jovem. Era diferente, era animal e de repente... Uma inundação de sua pica saia em formas de jatos naquele cu. Sentia Elias, o corpo sacudir em espasmos. Tombou sobre o corpo nu a sua frente. Abel se acabava numa punheta a sua frente, esfregando seu corpo, queria gozar.
- Coloca mais a pica – balbuciava.
O pau do mecânico ainda estava rígido, enfiou mais e Abel correspondeu pegando a mão direita do parceiro e gozando com um grito rouco. E deitou-se para frente do guidon e descansou, arfando, coração acelerado. Com muito custo e depois de algum tempo conseguiram se levantar da motocicleta. Nus diante de um e outro se olharam.
- Você? É gay?
Abel sorriu e passando a mão pelos cabelos revoltos, falou:
- Gay? Uma andorinha. Uma borboleta. – riu sarcástico – Te dou meu cu e, você me pergunta obvio? Ah! Me mira mais me erre.
Saíram, se limpando com uma toalha pequena, vestiram-se e foram para o bar. Lá o amigo “garçom” de Abel olhava-os com um ar meio sisudo. Estava de folga e tomava uma bebida.
- Ele parece meio aborrecido? Que o seu amigo tem? Ta com raiva?
Abel sacudiu os ombros como não lhe interessasse o assunto.