DE TODAS AS MANEIRAS

“De todas as maneiras que há de amar, nós já nos amamos”
Já nos amamos como bichos famintos e sedentos matando a fome no corpo
A sede na boca.
Nos amamos nas escadas
Nas praças
Nos hotéis...
As vezes ferozes e as vezes de mansinho no compasso da emoção.
Nos amamos perdidos em brigas inúteis
Em chuvas incessantes
Em madrugadas a raiar.
Fomos amantes selvagens, entre entradas e saídas
Gozos e feridas
Chegadas e partidas.
Já nos amamos como forças da natureza
Chuvas torrenciais e furacões devastadores
Nosso gozo já acordou vizinhos
Já nos deixou sem ar.
Nosso embate já estremeceu camas e abalou estruturas
Um amor quase sem medidas
Um caminho que parecia não ter saída
Um prazer que chegava a incomodar.
De todas as maneiras a mais prazerosa era te ver gozar!
O brilho dos teus olhos e um sorriso bobo nos lábios:
O sorriso dos amantes!
Ainda me pergunto onde foram parar nossos desejos?
O tesão e as promessas
As nossas maneiras de amar.
“De todas as maneiras que há de amar” Acho que nos faltou a principal:
A Verdadeira...
“Agora já passa da hora”
Preciso ir lá fora pois o meu coração se ilumina “E desanda a bater desvairado quando entra o verão”...

Salve Chico!!!

MAIS UM POUCO DE POESIA!!! HOJE UMA REFERÊNCIA A UMA MÚSICA LINDA DE CHICO BUARQUE.