O Filho do chefe [30] ~ Penúltimo capítulo

Senti-me idiota porque acabei me empolgando com isso. Lembrei-me de quando conheci o Rodrigo, me lembrei de quando nos beijamos pela primeira vez, de quando o peguei bêbado numa casa de swing... Eu estava muito ansioso...

Logo cheguei ao meu apartamento.

Poderia começar a escrever, mas... Como eu escrevo? Começo me apresentando? Que tal um “Oi, sou Diego e vou contar como me descobri bissexual!”...

Não, não soa como se fosse eu escrevendo. Depois de um bom tempo consegui formar alguns parágrafos:

(...)

“Olá, chamo-me Diego e tenho 21 anos. Faço faculdade de publicidade e propaganda e trabalho numa conceituada empresa dessa área! Finalmente consegui comprar meu apê e morar sozinho, sem meu velho. Bem... Não sei direito como começar, mas eu sei que as palavras virão...

Sempre fui muito esforçado e consegui deixar de ser estagiário aos 20 anos. Entrei na faculdade com. Sempre batalhei muito por aquilo que eu quis. E não pensem que sou filhinho de papai, consegui por mim mesmo. Fui até o final naquilo que eu quis. Eu fiz colegial numa escola pública, assim consegui entrar numa faculdade sem ter que pagá-la. Meu pai não está muito bem de grana e minha mãe... Bem, faleceu quando eu era pequeno.”

(...)

É... Acho que ficou bom. Mas o que é cômico é que acabei me empolgando a escrever.

Durante uma semana escrevi muita coisa...

E o Rodrigo... Parece que ele tinha feito as pazes com o pai e tinha viajado para uma casa nas montanhas, que o pai havia emprestado. Stella me contou que ele disse que iria até lá para espairecer, e quem sabe até compor algumas músicas! Enquanto ele estava lá, e eu não podia vê-lo, fui escrevendo...

O Murilo lia! Sentia-me constrangido, afinal, acabei me empolgando e escrevendo até sobre noites de sexo. Mas o Murilo me falava que estava muito bom e me perguntava como eu me sentia.

- Ficou ótimo Diego! Não gostei de ter destaque apenas no final, mas tudo bem!

- E bem... Eu terminei de escrever.

- Terminou nada! Você acha que pode deixar a história inacabada?

- Como assim?

- Vá correndo na casa das montanhas meu amigo, encontre o Rodrigo e o agarre, trepe em tudo que é canto, declare-se, sei lá... E depois escreva que eu quero ler e...

- MURILO!

- Ok... Falando sério... Agora que você escreveu tudo isso... O que você acha que deve fazer? O que você sente?

- Acho que sou mais feliz com o Rodrigo ao meu lado... - confessei.

De fato... Escrever tudo me fez perceber que com o Rodrigo ao meu lado sou mais feliz, posso até parecer outro Diego, mas... Ele me faz muito bem.

- Então?

- Você sabe onde fica a casa? - Sim, eu tenho que ir até o Rodrigo! E quero chegar logo a algum lugar. Devemos ou não devemos ficar juntos?

- O Tio Beto tem até um mapa de como chegar!

- Deseje-me sorte!

- Boa sorte! Mas... Você vai agora? Vá amanhã de manhã! É melhor!

- ... Talvez você esteja certo... Peça o mapa e me entregue, vou assim que recebê-lo!

- Ah... Eu tenho no e-mail, uma vez pedi a casa emprestada para dar uma festa e salvei o mapa no meu e-mail. Durma e quando acordar você vai!

- Tudo bem... Valeu Murilo...

- Até mais Dieguinho. Não se esqueça de me enviar o desfecho depois!

- Se der certo eu escrevo né! Não vou escrever algo que me deprima!

- Ah... Como você está emotivo Diego!

- Ah, vá se foder!

O Murilo foi para a casa dele e eu fui tentar me concentrar para dormir. Não consegui, então acabei abrindo meu caderno mais uma vez.

Li muitas coisas e fiquei lendo por muito tempo.

E bem... Finalmente aqui estou eu, finalizando tudo o que aconteceu... Tudo para ver se vale à pena investir mesmo no Rodrigo. E depois de ter escrito tudo isso eu sei que ele vale à pena. Ter escrito como nos conhecemos. Ter me lembrado de como eu não o suportava e depois aprendi a suportá-lo, depois a gostar dele, depois a adorá-lo e finalmente a amá-lo!

Acho que esse tempo que eu conheço o Rodrigo foram os meses mais turbulentos da minha vida!

Mas... Foram esses meses turbulentos os que mais me... Os que mais me importam hoje em dia! Eu amo o Rodrigo de verdade, não posso pensar que não damos certo e pronto! Eu sei que tenho que tê-lo novamente! Por isso... Bem... Desejem-me boa sorte!

(...)

Acordei bem cedo naquele dia. Na verdade, nem ao certo sabia se tinha dormido. Pisquei e quando abri os olhos senti que o tempo havia passado. Eu estava ansioso demais para me encontrar com o Rodrigo. Tentei escrever tudo mostrando como me senti em cada momento e... Depois de ler e reler, percebi que tenho que lutar pelo Di, afinal... Foram muitas coisas, não é mesmo?

Descobri-me bissexual com ele. Fiquei por livre e espontânea vontade com um rapaz dentro de um quarto escuro e senti-me bem... No fim das contas este cara era o Rodrigo.

Depois fomos a um grande show juntos. Começamos a trabalhar juntos. Trocamos socos e no mesmo dia acabamos trocando beijos também. Eu me apaixonei pelo Rodrigo, cuidei dele bêbado, o vi frágil como uma criança escondendo segredos de mim. Ele chamou pelo meu nome quando estava embriagado. Dei o melhor presente de aniversário a ele, passamos natal e ano novo, juntos.

Descobri o que é amar com o Rodrigo. Ele me mostrou o que é essa coisa que eu tanto ignorava.

Passamos momentos difíceis sendo descobertos. Fomos chantageados, entregamos o jogo e eu ali sempre ao lado dele e ele sempre ao meu lado.

Descobri sobre seu passado, ajudei-o a se vingar, brigamos novamente. Conheci os integrantes da atual banda dele, junto com ele! A irmã dele tornou-se uma grande amiga. O primo dele tornou-se um amigo leal. Meu pai e o dele estão juntos!

Eu não acredito muito que recebemos sinais do universo, mas... Como depois de ver tudo, não acreditar que eu e ele fomos feitos para ficarmos juntos?

Antes mesmo do sol nascer imprimi o bendito mapa da tal casa nas montanhas. Nem tomei um café, nem nada. Apenas lavei meu rosto e coloquei uma roupa decente antes de pegar a chave do meu carro e partir. Ah, não podia também me esquecer do perfume. Dei uma ajeitada no cabelo enquanto estava no carro mesmo, meu cabelo é curto, então nem há muito o que fazer. Eu vestia uma calça jeans e uma camiseta preta com algumas estampas.

Eu havia pedido para o Murilo me arranjar as músicas que a banda do Rodrigo já havia gravado. Ele que era o vocalista, então cantava todas, eu queria ouvi-las.

Stella conseguiu passar tudo num CD para mim, já que Murilo apenas mandou as músicas no e-mail dela, pedindo para que ela me mandasse. Não era seis horas da manhã e eu já estava vendo os prédios sumirem.

Fui com os vidros abertos sentindo o vento em meu rosto para me manter desperto. A voz do Rodrigo era muito bonita, ainda mais quando ele cantava. O céu começou a clarear e quando tomei a estrada que me levaria à tal casa, podia-se ver um sol tímido já atrás de algumas nuvens.

As músicas acabavam e eu colocava-as para tocar de novo. Stella me contou que eram cerca de quatro horas de viagem, então eu ainda teria tempo de ouvir todas pelo menos umas quatro ou cinco vezes. Se bem que quatro horas dirigindo nem me incomodam.

A estrada estava vazia, afinal, não estávamos numa época de férias. Era um sábado comum e ainda bem cedo por sinal. Era só eu, meu carro e a estrada. E ah, as músicas também.

Antes mesmo do relógio marcar oito horas da manhã, ouvi um barulho em meu celular. Era uma mensagem. Reduzi um pouco a velocidade, afinal estava a 120 hm/h.

Era a Stella desejando-me boa sorte. E antes mesmo de eu terminar de ler, recebi outra.

Dessa vez era meu velho desejando-me boa sorte.

Como ele sabia? Com certeza Stella deve ter contado para o Roberto que contou ao meu pai... Estranho como meu velho sempre acaba descobrindo as coisas.

Será que o Rodrigo ainda me queria? Será que ele realmente me amava? Será que ele estava mesmo sozinho naquela casa? Será que voltaríamos de vez ou brigaríamos?

São respostas que só posso ter quando chegar ao lugar. Minha mão suava só de ficar pensando.

O sol foi tornando-se cada vez mais forte até que cheguei ao quilômetro onde deveria ter uma entrada à direita. Enxerguei a pequena entrada. A estrada ali não era asfaltada. Podia sentir o cheiro de mato já.

Os troncos das árvores estavam cobertos de musgo. Havia ali muitas árvores, e depois de muitas árvores, algum sítio ou casa muito grande.

Meus ouvidos já sofriam com a altitude do lugar. Olhei o mapa e a casa era a última, depois de subir um pequeno morro naquela estrada de terra, que estava um pouco molhada. Com certeza havia chovido.

Assim que cheguei ao morro pude ver a casa. Era muito bonita se fosse mesmo aquela casa. Fui me aproximando e acabei por me deparar com a casa perfeita. Era um lugar tranquilo e não se podia ouvir um barulho sequer.

As músicas pararam de tocar pela quinta vez e eu fiquei a admirar aquela casa que deveria ter uns três andares. A estrada havia acabado para formar um grande espaço na frente dela.

Logo pude ver a moto do Rodrigo ali.

A casa era decorada por várias plantas, possuía pedras estilizadas nas paredes que era toda feita por pedras decorativas. Parte da parede, já que grande parte da casa era de vidro. Via-se quase tudo ali.

Saí do carro e pensei se o chamava ou se entrava na casa. Ele deveria estar dormindo a uma hora dessas, então resolvi entrar.

A porta, que era de vidro, estava destrancada. Adentrei a gigante casa.

Era tudo bem decorado.

Assim que eu entrei, havia uma sala de televisão e uma escada de três degraus levando para a mesa de jantar, umas estantes com livros e ao lado uma lareira.

Dei uma olhada em tudo. Onde seriam os quartos?

Caminhei em direção à porta que se encontrava à minha frente, mas parei para ver as fotos que estavam numa estante.

Tinha fotos da falecida mãe de Rodrigo, dele e da Stella pequenos, e as fotos eram organizadas numa ordem.

Logo se via o Rodrigo na formatura do ensino médio e o tempo ia passando. Quando cheguei à última foto não pude evitar sorrir. Eu estava com ele na foto. Se não me engano foi tirada na viagem que havíamos feito de fim de ano.

Fiquei meio bobo ao ver essa foto. Mas logo algo chamou minha atenção. Um barulho. Abri a porta à minha frente que era a porta da imensa cozinha.

Era bem decorada, aparelhos modernos. E o barulho intensificou-se. Era a voz do Rodrigo. E o som das cordas de um violão também. Pelas paredes de vidro pude vê-lo de costas para mim no quintal da casa.

Ali havia uma piscina. Encontrei-o sem camisa com os pés dentro da piscina tocando seu violão. Saí da cozinha e fui chegando perto. Queria ouvir a música que ele estava cantando. Ao lado dele havia uns papéis e uma caneta. A música não me era familiar. Ele havia composto nesta viagem?

“Here I am

Aqui estou

And I been thinking about you lately

E eu tenho pensando em você ultimamente

Hold my hand

Segure a minha mão

'Cause I been missing you like crazy

Porque sinto sua falta como um louco.”

Ele às vezes parava do nada, anotava alguma coisa no papel e voltava a tocar a música. Estranho como ele não havia notado a minha presença ali. Ele estava muito concentrado no que estava fazendo. Será que aquela música era... Era autobiográfica e falava sobre mim?

“Come and hold me tight,

Venha e me abrace forte

We don’t need to fight

Nós não precisamos brigar

Wanna spend my life with you,

Quero passar minha vida com você

Every night

Todas as noites.”

Ele às vezes trocava a melodia da música, parava, suspirava e voltava a tocar e cantar do começo.

Fiquei observando-o por mais de dez minutos. Era bom ouvir a voz dele, saber que ele estava tão próximo. Mas o que tirou um peso das minhas costas, o que me fez deixar de estar inseguro foi ouvi-lo dizer:

- Ah Dieguinho... Que merda eu fiz? - e logo depois de falar isso ele cantou o que achei ser o refrão da música.

“ This bed

Essa cama

Is too lonely without you baby

É tão solitária sem você amor

Don't wanna hold my pillow,

Não quero abraçar meu travesseiro

I wanna hold you

Eu quero abraçar você.”

Assim que ele terminou fiz um barulho qualquer para anunciar minha ‘chegada’.

- Quem está aí? - ele virou-se assustado e seus olhos arregalam-se mais ainda ao ver que era eu.

- Oi Rodrigo. - falei me espreguiçando, afinal... Havia sido uma longa viagem.

- O... O que está fazendo aqui? - ele perguntou. Havia se levantado já. Deixou o violão ali mesmo e se espreguiçou também.

- Vim conhecer este local agitado. Coincidência te encontrar aqui, não? - perguntei exibindo um sorriso. Ele acabou rindo.

- Idiota. - ele disse em voz baixa.

Era estranho conversar com ele. Ele parecia desconfortável com a minha presença. Eu não contaria a ele que havia escutado a música e não contaria que estava ali quando ele perguntou a mim que merda havia feito.

Ficamos em silêncio apenas nos encarando por um tempo. Meu estômago roncando acabou por cortar o silêncio. Eu fiquei sem graça. Imaginem que na hora H do filme romântico o estômago do mocinho ronca.

- Haha, pelo jeito não comeu nada hoje ainda, né? - ele perguntou rindo.

- Na verdade não. - falei.

A Bermuda preta que ele usava, se não me engano, era a mesma do dia em que eu o conheci. Ele estava exatamente igual.

- Vamos para a cozinha. Vou fazer um chocolate quente para mim. Já está frio, ainda fico sem camisa! Bem... E... Tem pão também. - ele falou.

Ele não falaria nada para mim? Da última vez eu... Eu que liguei para ele... Ele passou ao meu lado e entrou na cozinha. Mostrou-me onde estavam os pães e ficou de frente para o fogão esquentando o leite.

Eu fiquei fitando as costas dele novamente. Por que eu que tenho que tomar a iniciativa? Ele estava mudo. Cansei-me de esperar, já havia viajado até ali para ficar esperando alguma reação. Já sabia que ele ainda pensava em mim por causa da música. Levantei-me e enquanto ele ainda estava de costas eu o abracei. Passei meu braço direito por sua cintura e recostei minha cabeça em seu ombro. Uni nossos corpos.

- Estava com saudades. - sussurrei no ouvido dele. Ele colocou uma mão sobre a minha.

- De verdade?

- De verdade. - falei dando um beijo no pescoço dele.

Ele suspirou e logo tirou o leite do fogo, desligando o fogão. Assim que o desligou virou-se para mim.

- Desculpa Diego... Acho que eu tenho que te pedir desculpas, não é mesmo? Eu agi como um idiota, você tinha todo o direito de ficar bravo e... E... Aquilo que eu disse... Não é como se eu fosse jogar o que tínhamos pela janela daquele jeito, eu simplesmente queria fazer você ficar... Não achei que você fosse mesmo descer... - ele falava nervosamente.

- Rodrigo... Eu viajei quatro horas, saí de casa antes do sol nascer. Vim até aqui... Você acha mesmo que tem que se desculpar? - puxei-o para mais perto. Ele sorriu para mim.

- Então nós voltamos? - ele perguntou enlaçando minha cintura também.

-Não. Nunca estivemos verdadeiramente separados. - falei e grudei meus lábios aos dele.

Foi um beijo calmo. Deslizei minha mão pelas costas dele e ele grudou uma mão em meu cabelo e deixou a outra em minha cintura. Dei passagem à língua dele para ele explorar a minha boca. Eu sugava o lábio inferior dele como eu adorava fazer. O beijo estava cheio de saudade. Antes que se tornasse algo a mais separei minha boca da dele e olhei fundo nos olhos dele.

- O que foi? - ele perguntou.

- Bem... Você sabe que vamos brigar muitas vezes, né Rodrigo?

- É... Acho que somos bem diferentes, né?

- Sim, somos muito diferentes. - falei. Ainda estávamos abraçados.

- Onde... Onde você quer chegar com isso? - ele perguntou inseguro.

- Eu queria falar que estou disposto, Rodrigo, a continuar com você, por mais que sejamos diferentes, por mais que quando brigarmos eu possa te odiar por alguns segundos...

- Me odiar?

- Por poucos segundos! - falei e ele riu de leve.

- Pode continuar. - ele falou e eu acabei rindo.

Tinha me perdido nos olhos azuis dele.

- Bom... Por mais que eu possa te odiar por alguns segundos, o que sinto aqui dentro é muito maior do que qualquer ódio. Eu te amo Rodrigo, de verdade. Sofri estando longe de você. Eu estou disposto a ficar junto de você, por mais que eu saiba que nós vamos brigar... Eu acho... Eu acho que valemos à pena. Então Rodrigo... Se você me falar que está disposto a continuar comigo eu fico, agora... Agora se você achar que não vale à pena e que somos muito diferentes... Eu... Eu saio por aquela porta e prometo que nunca mais nos veremos.

Ele olhou-me seriamente e depois grudou nossos lábios. Beijamo-nos por mais algum tempo até que ele falou:

- Então se prepare para conhecer a casa inteira, Dieguinho... Ainda viremos muito aqui e você só saíra por aquela porta se for comigo, porque estamos indo embora. Eu te amo Diego, você pode ser A e eu B, você pode ser preto e eu branco, você pode ser bom e eu mau, você pode ser água e eu fogo... Seja o que for Diego... Eu quero você assim como você é. Podemos ser diferentes sim, mas eu te amo por você ser quem você é, e no fim das contas, acho que os opostos realmente se atraem, né? - ele perguntou sorrindo.

Fiquei imensamente feliz ao ouvir isso. Então eu e o Rodrigo continuaremos juntos depois de tudo!

- Mostre-me a casa então. - falei rindo.

- O único lugar que interessa agora é o quarto! - ele falou já me puxando para fora da cozinha.

Fomos para a sala e subimos a escada. Ele me arrastava praticamente. Subimos duas levas de degraus até ele me apresentar o quarto onde estava dormindo.

Estava com a cama bagunçada, algumas roupas jogadas pelo chão, mas já era de se esperar. O quarto era simples, porém bem grande. Havia uma imensa cama de casal, portas de vidro para a sacada, uma porta para o banheiro, dois sofás, alguns quadros nas paredes e uns armários. Antes que eu pudesse reparar nos detalhes do quarto, fui atirado naquela imensa cama. O Rodrigo vinha sedutoramente por cima de mim.

- Está mesmo com vontade hein! - falei rindo.

- Cala a boca! - ele falou sorrindo malicioso me dando um beijo em seguida.

Ele estava com o corpo inclinado em cima de mim. Passei minhas mãos pelas costas dele, sentindo cada músculo. Antes que pudéssemos aprofundar tudo, resolvi fazer um jogo.

- Rodrigo! - falei cessando o beijo.

- E Caralho, que foi? - me perguntou impaciente.

- Vamos fazer um jogo?

- E isso lá é hora pra jogo?

- Deixe-me falar primeiro, depois reclama! - falei sorrindo.

- Diga então. Mas ande logo porque senão eu te agarro e não deixo você terminar.

- Bem... Vamos continuar o que estávamos fazendo. Só que sem usar as mãos.

- Mas... Diego, você tem problema? Como sem usar as mãos?

- O primeiro que usar as mãos perde. E quem ganha pode fazer o que quiser com o outro e o outro não poderá reclamar. - falei.

Com certeza eu ganharia e eu estava com vontade de fazer uma coisa com ele desde que havia assistido um... Bem... Um vídeo.

- Ah gostosão, quer fazer isso só porque acha que vai ganhar. Bem, vamos jogar então! - ele falou ajoelhando-se à minha frente.

CONTINUA


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Comentários


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ksn57 Comentou em 05/06/2024

Votado ! História tão incrivelmente Romântica...




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Ficha do conto

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Nome do conto:
O Filho do chefe [30] ~ Penúltimo capítulo

Codigo do conto:
214452

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
05/06/2024

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5

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