Relacionava-me bem com todos e era querido pelos professores. Sempre fui muito educado e gentil, resultado de uma boa educação familiar.
- Lucas!!! – ouvi gritar bem alto no pátio no portão de saída da escola.
Virou-se, era um rapaz que nunca vira na escola, mas que como estava com a camiseta de uniforme só podia ser aluno.
- Oi. Tudo bem ? Eu não te conheço – disse eu.
- Não conhece mesmo. Meu nome é Marcos. Vim transferido de outra escola na segunda-feira. Foi minha primeira semana aqui no LG.
LG era como todo mundo chamava nossa escola.
Já era sexta-feira, a semana havia se encerrado, todos os alunos aflitos para iniciarem seus “FDS”, inclusive eu. Não via a hora de embora até que Marcos apareceu e estranhamente minha pressa de chegar em casa terminou.
Marcos era muito simpático, um lindo sorriso no rosto, mais ou menos o mesmo tipo físico que eu. Mesma altura e peso, cabelos também castanhos, entretanto estava bem mais moreno que eu. Um moreno bronzeado. Era um rapaz bonito, pra se dizer pouco dele. Ou melhor, prá se dizer muito pouco dele.
- Seja bem vindo “rapa”. E eu posso ajudá-lo em alguma coisa?
Fiz esta pergunta não de forma mecânica como qualquer pessoa educada diria. Queria mesmo que ele precisasse alguma coisa de mim. Aquele moleque lindo me atraia de alguma forma. Não sabia o que era, mas gostei de estar conversando com ele. E queria continuar.
Os demais alunos que saiam velozmente da escola, atropelando a tudo e a todos, nos empurravam como se fossemos sacos de lixo jogados ao corredor que atrapalhavam suas passagens. E de fato estávamos atrapalhando-os mesmo.
-Vamos saindo – disse Marcos – lá fora converso com você, senão seremos esmagados. Disse isso e me segurou pelo braço me puxando levemente. Foi uma sensação nova e deliciosa. Aquele menino lindo me tocando. Senti um arrepio que nunca tinha sentido.
Enquanto caminhávamos ate a frente da escola, para longe daquela muvuca, Marcos se colocou a minha frente e ia abrindo caminho na multidão como se fosse um batedor (aqueles policiais de motocicleta que vão na frente abrindo caminho para os carros de autoridades). Eu seguindo-o não tirava o olho de si. E de repente me deparei reparando cada detalhe de seu corpo. Costas largas, pernas bem torneadas e uma bunda linda que se desenhava por baixo de uma bermuda bem justa, azul marinho, do uniforme.
Fecheis os olhos e chacoalhei a cabeça. Pensei quase falando: Meu Deus!! Que estou fazendo? Reparando a bunda de um homem!
Eu ficava direto com meninas. Não me faltavam mulheres. Tinha tido alguns namoricos nada sérios com meninas. Não era mais virgem, pois a última ficante havia me tirado do “mundo dos virgens”. Mesmo que eu quisesse continuar virgem, não teria conseguido, pois ela tinha um fogo e uma rodagem de muitos kilometros.
Paramos em uma pracinha que se localiza bem na frente da escola. Por mais que eu tentasse me concentrar em outra coisa, meus olhos subiam e desciam pelo corpo de Marcos, que agora de frente fez com que eu pudesse notar uma mala bem cheinha e que me fez ficar fixado nela.
- Cara! Tudo bem com você? – disse Marcos.
- Oi. Que foi? - respondi
Dando um imenso sorriso, Marcos, me chacoalhou pelo ombro e disse:
- Acorda cara!! To falando com você e você ficou paradão e nem parecia me ouvir. Ta tudo bem?
Como eu poderia dizer que estava parado olhando prá sua mala? Fiquei com um misto de vergonha e medo que ele tivesse reparado que eu o estiva secando.
- Ahh... Não foi nada... Me deu uma tontura. Acho que é fome.
- Aceita um cachorro quente? - disse Marcos super gentil – eu também já ia comer um.
- Não, já to indo prá casa e vou almoçar. Muito obrigado. Mas, afinal, o que você queria conversar comigo?
- Conhece o João, do terceiro D ?
- Sim é meu primo.
- Então, sou da classe dele e conversamos bastante nesta minha primeira semana. Achei a escola de vocês um pouco parada. A escola que eu vim não era assim. Aqui não tem festa, não tem campeonatos, não tem jornalzinho, não tem teatro. E o João me disse que você é um cara muito dinâmico e inteligente que se interessaria em agitar a escola.
- É verdade sim. Inteligente e dinâmico não sei se sou – disse com uma falsa modéstia – mas me interessaria muito em fazer alguns agitos na escola sim, principalmente com você ao meu lado.
Aquelas palavras saíram da minha boca sem pensar. Que fui dizer? Meu Deus! Estava cantando-o na cara dura.
- O que!!??! – disse Marcos surpreso.
- Quis dizer que sozinho não se é possível fazer nada, mas que com outra pessoa que também esteja disposta a agitar o LG fica bem mais fácil.
- Ótimo então. Somos parceiros a partir de agora – e me estendeu a mão para um aperto.
Estiquei a minha para cumprimentá-lo.
- Nossa cara. Sua mão ta suada e quente.
- Acho que to com febre – respondi.
- Onde você mora?
- A três quadras daqui, na Avenida Brasil mesmo.
- Moramos perto, moro na rua debaixo da sua. Vou te acompanhar até em casa. Vai que você passa mal. Primeiro tontura. Agora, febre. Deve estar gripando.
- Não cara. Não precisa não.
- Deixa de ser bobo é meu caminho. Vamos lá
Na realidade eu adorei que Marcos me acompanhasse até em casa. Afinal, poderia ficar mais tempo ao seu lado. Eu só não poderia deixá-lo perceber que eu não estava doente coisa nenhuma. Meus sintomas eram resultado de meu nervosismo em relação a tê-lo ao meu lado.
Fomos conversando banalidades e como eu morava bem perto da escola, logo chegamos.
Agradeci a companhia.
- Cara, você é muito gente fina. Gostei muito de te conhecer e das suas idéias. Moramos bem perto e poderemos ser camaradas – disse isso e ofereci meu telefone. Disse ainda para ele ligar e aparecer quando quisesse. Ele também passou o telefone da casa dele. Despedimo-nos e ele com aquele sorriso lindo no rosto ainda falou:
- Tem MSN?
- Sim.
- Pode me passar.
- Claro. E passei meu MSN que ele disse que adicionaria para podermos “trocar idéias”.
Entrei. Em casa não tinha ninguém. Fui para o meu quarto. Larguei a mochila sobre a cama. Fui ao banheiro, do meu quarto, urinar, pois estava apertado. Fiz o xixi. Balancei meu pau como todos os homens fazem ao terminarem de urinar. E de repente me veio à cabeça a imagem de Marcos. Seu sorriso, sua voz, seu corpo, sua bunda, sua mala. Eu comecei a fazer um vai-e-vem incessante em meu pau. Iniciava uma punheta pensando em Marcos.
Parei assustado e pensei no que estava fazendo. Bater punheta imaginando um cara!!! Mas eu não sou veado. Não sou mesmo. Já fiquei com várias meninas. Já comi boceta. Mas não conseguia parar de pensar em Marcos.
Parei a punheta. Sai do banheiro. Logo em seguida o telefone tocou.
CONTINUA….
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Esse foi o primeiro conto que eu li e me fez me apaixonar por comtos eróticos tipo seriado / longos!
Espero que gostem, e se alguém já leu, por favor lei de novo, está sendo uma experiência muito boa reler esses contos novamentes!
Nova série. Já comecei a ler, vamos ver quais e quantas aventuras teremos. Parabéns escreve muito bem.