Tio Arthur



Saí da casa dos pais num domingo cinzento, com uma mala de rodinhas enferrujada e um vestido que cheirava a lavanda — o último presente da mãe. "Cuidado com os homens da cidade", ela disse, apertando meu rosto entre as mãos . Sorri, fingindo não entender a ironia de me enviar para a casa de um homem solteiro, meu tio Artur, um desconhecido de 34 anos que, segundo meu pai, "tinha modos decentes".

Quando a porta do apartamento rangiu pela primeira vez, eu ainda carregava o cheiro de terra molhada do interior de São Paulo. Minha mala, um relicário de infância, arrastava-se pelo chão de mármore frio enquanto Artur me observava da sala, imóvel como uma estátua grega esquecida no tempo. Seus olhos, cor de âmbar escuro, escanearam-me da cabeça aos pés, parando nas alças do sutiã que transpareciam sob a blusa de renda.

— O quarto é ali — apontou para o corredor estreito, a voz rouca como se não a usasse há dias. — Regras são simples: silêncio após as 23h, não traga estranhos, e mantenha a porta do banheiro fechada.

Sorri, deixando cair deliberadamente uma meia no chão ao me curvar.

— "Mantenha a porta fechada"... É um aviso ou um convite, tio?

Ele virou-se abruptamente, mas não antes de eu ver o rubor subir-lhe pelo pescoço.

— Piadas não cabem aqui, Ana.

— Quem disse que era piada? — sussurrei, passando por ele com um balanço suave de quadril.

Nos primeiros dias, transformei o cotidiano numa coreografia de insinuações. Artur acordava às 6h, eu às 10h, sempre aparecendo na cozinha com camiseta curta e shorts que deixavam marcas na pele.

— Café? — oferecia ele, evitando meu olhar enquanto eu me espreguiçava na cadeira.

— Adoro coisas *amargas* — respondi, lambendo os lábios ao pegar a xícara.

Ele cerrou a mandíbula.

— Você parece ter sede do que não entende.

— Entendo mais do que pensa — retorqui, cruzando as pernas lentamente. — Por exemplo: você folheia livros de filosofia, mas as páginas mais gastas são as do "Fausto" de Goethe. Aquele trecho em que Mefisto seduz a inocente... interessantíssimo.

Seus dedos contraíram-se na pia.

— Literatura não é manual de vida.

— Não? — Ergui-me, aproximando até sentir seu calor nas minhas costas. — Então por que sua respiração acelera quando eu leio em voz alta?

Ele virou-se de repente, encurralando-me entre seu corpo e a geladeira.

— Isso é perigoso, Ana.

— Só é perigoso se você *quiser* que seja — sussurrei, deslizando a mão sobre seu peito, sentindo o coração martelar sob o tecido.

Ele afastou-se como se eu o tivesse queimado.


Na segunda semana, descobri que ele ouvia. Comecei a cantarolar no banho, deixando o vapor escapar pela porta entreaberta. Certa tarde, saí apenas envolta em uma toalha úmida e encontrei-o paralisado no corredor, uma pasta de documentos esquecida na mão.

— Desculpe, tio... — fingi constrangimento, ajustando a toalha para que escorregasse um pouco mais. — Achei que você estivesse no escritório.

Ele engoliu em seco, os olhos presos à gota d’água que descia da minha clavícula até o vale entre os seios.

— Vista-se — ordenou, mas a voz falhou na última sílaba.

— Por quê? — inclinei a cabeça, inocente. — Você disse que família não tem segredos.

— Ana… — o aviso veio em um rosnado.

Avancei mais um passo, até nosso hálito se misturar.

— *Diga.* Diga que quer me ver nua. Que sonha com isso desde que cheguei.

Ele recuou como um animal acuado, mas não antes de eu notar o volume crescente em sua calça.

O ápice veio numa noite de temporal. A luz apagou, e corri para o escritório dele, fingindo pânico.

— Tio, os trovões… — entrei sem bater, de camisola transparente colada ao corpo pela chuva.

Ele estava sentado no escuro, o perfil iluminado por relâmpagos.

— Volte para o quarto.

— Não vou — sentei-me em seu colo, envolvi os braços em seu pescoço. — Me proteja.

Ele tentou empurrar-me, mas minhas pernas já o envolviam.

— Isso é loucura — respirou, as mãos tremendo ao me segurar pela cintura.

— Loucura é você resistir a isso — desci os lábios até sua orelha, mordiscando-a. — *Eu sei que me deseja.* Sinto seu olhooooor me seguindo… suas mãos coçando para me tocar…

Um gemido escapou-lhe, e então sua boca encontrou a minha com fúria. Beijou-me como um náufrago, as mãos rasgando a camisola, descobrindo meus seios.

— *Você vai me destruir* — rosnou, mordendo meu ombro.

— Destruir? — arquejei, guiando sua mão entre minhas pernas. — Vou te *libertar*, Artur.

Ele enterrou os dedos em mim, ásperos, urgentes, enquanto eu ria contra seus lábios.

— *Isso… isso é pecado* — gemeu, mas já me empurrava contra a mesa, derrubando livros.

— Pecado é você ainda vestido — retorqui, desabotoando sua calça com dedos ágeis. — Mostra-me esse corpo que esconde como um segredo sujo.

Quando o penetrei, sentindo-o pulsar dentro de mim, seus gemidos misturaram-se aos trovões.

— *Ana, pelo amor de Deus…*

— Deus está ocupado — sibilei, cavalgando-o com ferocidade. — Hoje você é *meu*.

Na manhã seguinte, ele fumava na varanda, o olhar perdido. Aproximei-me por trás, nua, e envolvi-o com meus braços.

— Vai me jogar fora agora? — perguntei, mordendo-lhe o ombro.

Ele virou-se, e pela primeira vez vi o animal por trás da máscara:

— Jogar fora? — puxou-me pelo cabelo, forçando meu olhar ao dele. — Você é minha agora. *Minha culpa. Minha obsessão.*

Riu, baixo, quando o beijei, sabendo que a guerra apenas começara.

Foto 1 do Conto erotico: Tio Arthur

Foto 2 do Conto erotico: Tio Arthur

Foto 3 do Conto erotico: Tio Arthur

Foto 5 do Conto erotico: Tio Arthur


Faca o seu login para poder votar neste conto.


Faca o seu login para poder recomendar esse conto para seus amigos.


Faca o seu login para adicionar esse conto como seu favorito.


Twitter Facebook

Comentários


foto perfil usuario eddiesilva

eddiesilva Comentou em 21/04/2025

que conto delicioso...

foto perfil usuario coroa55bh

coroa55bh Comentou em 21/04/2025

Parabéns!! importante é ser feliz.




Atenção! Faca o seu login para poder comentar este conto.


Contos enviados pelo mesmo autor


233886 - A babá e o monstro parte 2 - Categoria: Coroas - Votos: 1
233856 - Tio Arthur parte 2 - Categoria: Incesto - Votos: 5
233556 - Um caso de incesto qualquer (meia irmã ) - Categoria: Incesto - Votos: 9
233209 - A babá e o monstro - Categoria: Coroas - Votos: 14
233206 - Tia Gilda parte 5 - Categoria: Incesto - Votos: 11
232981 - Tia Gilda parte 4 - Categoria: Incesto - Votos: 18
232980 - Tia Gilda parte 3 - Categoria: Incesto - Votos: 13
232977 - Tia Gilda parte 2 - Categoria: Incesto - Votos: 19
232203 - A Sogra que todo genro quer ter parte 6 - Categoria: Coroas - Votos: 21
232141 - A Sogra que todo genro quer ter parte 5 - Categoria: Coroas - Votos: 18
232071 - A Sogra que todo genro quer ter parte 4 - Categoria: Coroas - Votos: 20
232055 - A Sogra que todo genro quer ter parte 3 - Categoria: Coroas - Votos: 31
232037 - Tia Gilda parte 1 - Categoria: Incesto - Votos: 18
231981 - A Sogra que todo genro quer ter parte 2 - Categoria: Coroas - Votos: 33
231914 - A Sogra que todo genro quer ter - Categoria: Coroas - Votos: 58
231905 - CURTAS, Irmã Abandonada - Categoria: Incesto - Votos: 11
230297 - Uma trágica história de incesto (AVÓ E NETO) PARTE 5 - Categoria: Incesto - Votos: 16
229942 - Dona neiá a coroa BBW - Categoria: Coroas - Votos: 23
229873 - Uma trágica história de incesto (AVÓ E NETO) PARTE 4 - Categoria: Incesto - Votos: 24
229832 - Uma trágica história de incesto (AVÓ E NETO) PARTE 3 - Categoria: Incesto - Votos: 27
229825 - Uma trágica história de incesto 2 (AVÓ E NETO) Parte 2 - Categoria: Incesto - Votos: 30
227544 - Uma trágica história de incesto (AVÓ E NETO) - Categoria: Incesto - Votos: 57

Ficha do conto

Foto Perfil mamaegordelicia
mamaegordelicia

Nome do conto:
Tio Arthur

Codigo do conto:
233854

Categoria:
Incesto

Data da Publicação:
21/04/2025

Quant.de Votos:
5

Quant.de Fotos:
4