O Marmoreiro

Já estava carente a um bom tempo, a solicitação de meu filho para que acompanhasse as obras de sua casa, enquanto estivesse viajando, me serviu de incentivo à realização de desejos, taras, ainda mais depois que conheci Alan, um moreno, forte, atleta na rotina de trabalho esculpido em academia, tatuagem tribal tomando todo ombro, camiseta regata delineando seu tórax definido, calça de moleton, que em alguns momentos em movimentos exibiam seu dote; depois de assentar as pedras maiores, em um dos cômodos da casa, ficamos sozinhos, pois seu companheiro de labuta teria que fazer outro serviço em outro lugar, ficamos eu e ele somente, e pude sem rodeios, elogiar a performance dele ao lidar com o mármore, polindo, rejuntando, delineando os contornos, uma verdeira obra de arte, segundo ele, adquirida nos cinco anos que trabalhava naquela profissão.
Na mesma intensidade que esculpia aquelas peças, seu corpo em movimentos, pareciam esculpir em mim desejos, todo movimento esboçava uma visão excitante daquele garotão tatuado, parecia uma dança, que me atraia e me fazia proferir perguntas já no intuito de excita-lo também.
Seus dedos sujos de uma substância preta, rejuntando os locais, imperceptível à visão, porem segundo ele, a áqua encontraria uma maneira de infiltrar, defini ali, a estratégica de abordagem, mencionando que a água, tanto esculpe, quanto descobre fendas, onde não imaginamos; perguntei sobre a possibilidade de uma alergia, por sua mão ter contato direto com aquela substância, ele respondeu, que suas mãos já estavam calejadas, alem de ser a melhor maneira para tatear e encontrar possíveis imperfeições.
Meus elogios passaram a ter um grau de persuasão maior, pois me me utilizei de recursos simbólicos, com frases de dupla interpretação para induzi-lo ao que queria.
Dei a Alan a certeza de que a amizade e reciprocidade pode proporcionar prazeres e bem estar a quem não tenha preconceitos , afirmativa aceita e compartilhada por ele. As pessoas gostam de quem gosta delas, as semelhanças positivas com pessoas influentes, fez o ego do garoto inflar, e se desarmar a qualquer abordagem mais incisiva. Comentei com ele sobre a reciprocidade, que costumo dar o troco na mesma moeda, já que estávamos ali, conversando francamente, eu poderia ser bem explícito; se me der prazer, eu dou prazer, se vier com ferro quente, queimarei também.
Alan executava suas tarefas em sintonia com que eu falava, sua percepção sobre o que poderia rolar ali, foi imediata, tanto que ele foi incisivo ao afirmar que era assim também, quem fosse amigo dele, teria o que quisesse dele, só não daria a bunda, porem comeria.
A poeira era generalizada, tanto no cômodo quanto no corpo daquele rapaz, necessitava de um banho ao terminar a tarefa, ofereci a ducha da área de lazer para banhar-se, falei que ali poderia ficar à vontade, sem receios de ser visto por mais alguem, porem eu não saí de perto, observando a retirada da regata, da calça encardida de pó de mármore, a surpresa daquele corpo juvenil sem cueca e exibindo um exemplar dote cavalar, me arrancou suspiros.
O exibicionismo nada muito sutil e com uma certeza de que era senhor da situação, a partir daquele momento, o fez dar mais ênfase nos movimentos, me provocando um prazer tão submisso, quanto ao grau dominador dele.
Maravilhado e boquiaberto com tamanha desenvoltura na arte da sedução, elogiei sua performance, oferecendo-o uma toalha, para secar-se, ele porem, olhando nos meus olhos, que se abaixaram na encarada, me "pediu" ajuda, a excitação explícita e visível, me fez contornar todos os músculos daquele macho com a mão envolta na toalha, caí aos seus pés literalmente para seca-los, ficando a milímetros de sua pica já totalmente tesa, o contato inicial com ela, foi uma dança de mãos e boca, saboreei aquele gosto, aquele calor, sorvendo todo prazer proporcionado naquele momento.
Ele me falou uma frase, que não me sai da memória; " Os cavalos fogosos, conhece-se pelo porte, os submissos pelo olhar"!!!!
Ele me queria mais submisso, eu o queria como meu dono, Alan sabia conduzir minha submissão à ponta de minha lingua, me oferecendo todo aquele dote a ser desbravado.
Me ofereci de quatro, entreabrindo as nádegas e clamando por uma cobertura, que veio na cadência necessária, para se alojar por inteiro dentro de mim, ir e vir, até se desfalecer em gozo; engatados, em êxtase, ficamos imóveis, debruçados sobre a mesa de madeira, utilizada de base, a excitação permanecia, o que nos levou a mais um coito no qual, gozaríamos juntos.

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Comentários


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ethiel Comentou em 22/11/2019

É gratificante ler com esse nível de refinamento o que comumente encontramos de forma tão vulgar.. Que privilégio esse dom para a escrita e para o erotismo. Parabéns!

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engmen Comentou em 10/06/2016

Que belo texto! Erotismo com sensibilidade e intensidade.

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jorge brito Comentou em 20/12/2014

Nossa... excelente seu conto! Foi o melhor do dia!

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fcfs Comentou em 19/12/2014

Gosto dos contos por contextos eroticos; porem esse conto foi alem da sexualidade nele contido, e um poema por sua belissima escrita e uso das palavras. Parabens

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ian55 Comentou em 19/12/2014

da hora ... da uma lida nos meus tbm !




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Ficha do conto

Foto Perfil edmarborsato
edmarborsato

Nome do conto:
O Marmoreiro

Codigo do conto:
57934

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
19/12/2014

Quant.de Votos:
15

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