Naquela manhã que corria meio preguiçosa pelas ruas da cidade, o rapaz magro de camisa xadrez vermelha e com um casaco por cima dos ombros, corria tranqüilo em seu skate e de sobrepeso; sua mochila. Um tipo tão comum e tão em moda dos dias atuais. Boné com abas para trás, um fone de celular aos ouvidos, com certeza ouvindo uma musica qualquer de algum conjunto musical da moda. Pensava que as pessoas passavam o tempo todo, a procura de alguma coisa para realizar e sem nunca ter de fato a precisão do que realmente o que queriam para serem felizes. Filho único de um casal de classe média alta, seu pai se aposentara e ficava o tempo todo ali no sofá vendo televisão, saindo algumas vezes para a rua. Sua mãe no sentido oposto de seu pai, sempre procurava alguma coisa para fazer, limpando,coordenando alguma diarista para limpar, arrumar e enfim: alguma coisa para compensar alguma frustração de algo que talvez não tenha realizado quando jovem. A sua casa cheirava a limpeza, organização e agonia de duas pessoas insatisfeitas com elas mesmas e isto lhe dava uma aflição nos nervos. Duas pessoas velhas e derrotadas. Acelerou mais o movimento em suas pernas e logo o seu skate com sua pessoa chegava naquele local cheio de pessoas jovens, cada qual com a cara enterrada no celular ou confabulando entre si. Um festival de alegria e risos por todos os lados. Riu consigo mesmo, gostava de estar lá. Entre tantos rostos conhecidos e desconhecidos, um rapaz veio sorridente ao seu encontro gritando o seu nome:
- Fabio!
- Fale brother. – cumprimentou.
- Beleza? Começar as aulas?
- Pois é. Se formar para ter emprego, trabalhar, bla... bla...bla e depois, pegar uma maluca pra casar,curtir...
- Que amargo é você Fabiozinho.
Riu.
- Bem vamos subir? A mesma turma?
Sim. Era a mesma turma com algumas pessoas novas, talvez novos professores. Tudo igual... Subiram para um andar qualquer do prédio do curso de Belas Artes, ambos faziam Arquitetura e Urbanismo.
- Vou ali tirar “água do joelho” – E foi para o banheiro enquanto o colega se dirigia para a sala de aula. Pensou em Nina, a menina que fazia curso de teatro. Fazia dias que fugia dela. Não queria se agarrar a ninguém. Mas precisava dar um tempo e um “alô”. Nina! Tão esperta tão descolada e segura de si, com seus cabelos negros e curtos, sorriso largo e aqueles olhos negro e um modo límpido de encarar qualquer pessoa. Pensando assim, entrou no enorme banheiro masculino para urinar. Não havia quase ninguém, esse quase consistia que havia um rapaz num mictório bem distante. Olhou-o. Sem nenhuma curiosidade, abriu o seu zíper da calça jeans e começou a urinar com certo barulho que chamou a atenção do outro homem que mijava, o único, eles dois e o banheiro vazio.
- Você estava apertado mesmo – comentou o outro homem encarando-o pela primeira vez. Fabio sorriu sem jeito. O desconhecido era o que se poderia chamar de um homem “presença”. Alto, rosto redondo com uns espetaculares olhos verdes e cabelos todo encaracolados e castanhos ou uma cor que lembrasse este tom, e uma barba meio mal feita, os ombros eram largos acompanhando o corpo forte. Fabio ficou sorrindo para o estranho enquanto o outro sorria tentadoramente.
Fábio estranhou que aquele pedaço de homenzarrão ali, sorria. Nunca mais achara homem bonito e nem tampouco lhe atraia, mas aquele sujeito totalmente desconhecido lhe sorria de um modo cínico e perturbador. Nunca o tinha visto pela faculdade. E assim ficaram por breves segundos se olhando e até que o sujeito desconhecido se dirigiu para um box no final do corredor do banheiro. Como um autômato, Fábio o seguiu com as mãos úmidas e parou em frente e ficou olhando. O homem de braguilha aberta mostrava pra fora da calça um protuberante membro grosso, pele clara, onde a cabeça vermelha tinha um formato fina e que engrossava para base. Pêlos não havia, todo depilado e isso tornava aquela pica do desconhecido mais interessante. Entrou rápido no reservado e encarou o homem belo e desconhecido que cheirava algo que lembrava um odor almiscarado com tabaco, cheiro de macho e Fabio com um tremor que percorria seu corpo se deixou tocar com um beijo que só falta lhe arrancar a língua e seu cérebro rodopiou entre sensações de medo e tesão, do proibido, da iminência de chegar alguém,mas isso não importava porque o homem desconhecido avança com as mão por dentro de suas calças e apertava suas nádegas e passeando o dedo médio bem no buraco sagrado que se contraia,seu pau também estourava de rígido. Era tudo uma agonia, uma dança de mãos e bocas percorrendo os corpos e até que Fábio foi empurrado para baixo e encarar bem diante de seu rosto, aquela pica de cabeça fina e vermelhe e abocanhou como se fosse um animalzinho que chupasse alguma teta de vaca. Sentindo um gosto salgado misturado com suor, chupou, abocanhou com uma sofreguidão que nem as putas mais veteranas conseguiria fazer e as mãos do homem empurrava-o com uma cadência de vai e vem,lhe arrancando baixíssimos gemidos em que os olhos fechados sinalizavam o tesão que estava curtindo. Não pensava, só chupava a pica daquele desconhecido que, de vez em quando, parava e retirava da boca e dava pequenas pancadinha em sua cara e aquele olhos verdes imperiosos cheio de tara dizia silenciosamente como; “ chupa mais,vai, chupa...shhissz...isso chupa seu viadinho...” e Fabio abocanhou aquele saco todo depilado em sua boca arrancando movimentos involuntários da cabeça daquele homem que se portava como um macho que dominava o jovem que sentado no vaso sanitário, o chupava desesperadamente como se fosse a única. De repente o estranho se abaixou e fez Fábio se levantar e virou de frente para a parede do box e arriou-lhe as caças juntamente com a cueca, descobrindo uma bunda lisa e carnuda e segurando com duas mãos e enfiou-lhe uma língua molhada e dardejante...
- Que... Você tá fazendo? – balbuciou em tom baixíssimo – Não! Não faça isso!... To... sujo...
Mas os protestos se tornaram inúteis diante do prazer escabroso que invadia seu “buraco”. O diabo daquele homem “enviado de satanás”, chupava o seu cu com avidez,apertando toda sua musculatura glútea,deixando marcas dos dedos na pele branca e lisa de Fabio que por sua vez comprimia a cabeça deste para que lhe sugasse todo e começou a se masturbar. Mandava para os diabos toda a censura, machismos, o que interessava era aquele momento único e inusitado. O desejo sexual pelo novo era o que importava. Queria fuder, falar palavrões e assim, começou a rebolar com sua bundinha grande e branca na boca daquele sujeito bonito e indecente...
-Safado – murmurava – você é safado... – e logo, com sua pica rígida experimentava algo inédito, seu pau começava a dar sinais de orgasmos, esquentando todo o seu corpo e arrepiando todos pelos de seu corpo e em ondas de espasmo pelo corpo, sua pica expelia jatos e mais jatos de espermas, grosso, branco e gozava louco empurrando mais sua bundinha para a boca lasciva daquele homem misterioso que apertava com uma mão sua bunda e outra se masturbava e gozando, com uma rouquidão abafada, sujando o chão também com o néctar da sacanagem. Ambos tremiam, suavam e fechavam os olhos ainda sentindo todo o ardor do gozo que haviam experimentados. Com as roupas meio arriadas, se levantavam escorando pelas paredes, recobravam o fôlego.
-Louco. - sussurrava o homem misterioso – Muito louco.
O outro jovem se recompunha, tremendo e sorria debilmente, não conseguia falar, seu corpo tremia e se limpava.
- Como é seu nome? Perguntou Fábio com um sorriso vago tipo cachorro olhando agradecido para o seu dono. O outro não respondeu, pois se tratava de se recompor para sair dali. A realidade se impunha e o medo de ser flagrado por alguém também. Ficaram ambos calados e carinhosamente o desconhecido com aquele seu cheiro de almíscar lhe deu um beijo terno nos lábios.
- Vou sair – ajeitando sua roupa – E depois você sai. – com cuidado abriu a porta do box ou reservado do banheiro e saiu. O rapaz ficou lá, ouvindo os passos se distanciarem e lentamente, passando as mãos pelos cabelos se sentava no vaso sanitário para sentir o susto, a excitação acalmar todo o seu que tremia.
- Que louco! – murmurava baixinho para si mesmo – Que louco! – Depôs se ajeitou, se certificou que ainda não havia ninguém no banheiro e nem funcionário, saiu. Se olhou em um grande espelho, passou um pouco de água pelo rosto e cabelo e foi para fora. Estava impressionado com aquele homem estranho e sorrindo com um ar sonhador, chegou na sua sala. Sentou lá atrás com o colega que falara anteriormente. A sala já estava repleta de colegas.
- Pow,Fabiozinho! Derreteu-se em merda lá no banheiro? – brincara o colega – Senta aqui.
- Não. – riu o rapaz sentando-se perto do colega – Tava batendo uma punheta pensando em ti.
- Comédia você. Sem graça. Pensei que tava homenageando a Nina.
A turma fervilhava para o primeiro dia do semestre. A algazarra tomava conta da sala e dos corredores, gritinhos, gargalhadas de colegas e promessas de festa para comemorar o inicio dos estudos. Tudo ecoava pelo ar, dando um toque festivo. Até que Fabio perguntou com os olhos distraídos em seu celular:
- Marcio, o professor não vem? Ta atrasado.
- Sim, respondera o outro. Já devia ter chegado. Ouvi dizer que ele tava doente. Por quê? Deve mandar outro. Vai ta estudioso é Fabinho?
Não respondeu. Na verdade seus pensamentos não estavam lá. Queria estar só, queria gozar aquilo que havia acontecido no banheiro e com os olhos baixos, passeava pelo display do celular. Lia mensagens de sua namorada e não percebeu que a sala emudecera de repente. Sentiu a mão de Marcio lhe tocando o ombro.
- Olha o cara! É professor novato que ta na área.
Foi então que o jovem levantou os olhos e estremeceu quando viu o professor de costas ajeitando sua espécie de bolsa e de onde retirava um notebook e virava-se para encarar a turma que o olhava curiosa para o belo homem.
- Puta que pariu! – exclamou baixinho passando as mãos pelos cabelos e arriando-se na cadeira para que o outro não o visse e como inicialmente não vira. Era o carinha do banheiro. O homem que chupara sua pica e bunda alguns minutos antes
O belo homem de olhos verdes sorriu e se apresentou:
- Olá! Para quem não me conhece; Sou Thiago, professor substituto do professor de vocês. Doença impede de ele...
E por ai foi falando, se apresentando e pedindo que cada um se apresentasse...
CONTINUA
Vou me repetir, mas acho sua imaginação FENOMENAL! Abrir um texto seu é não saber que tipo de personagens ou periodo do tempo ou estilo encontraremos, mas sempre qualidade e imaginação! Já li tantas coisas diferentes e originais suas! Adoro! Gostei muito também como você apresentou os personagens no início, inclusive a família! Votado!
Não importa o tema. A qualidade do texto tem de se impor. Esse inicio já dá sinais de um texto bem elaborado bem escrito e bem pensado. Li as 4 partes de uma vez e me pergunto sempre que leio seus textos: Porque nesse site só se valoriza as porcarias com erros de português e ideias sem pé nem cabeça. Um texto desta qualidade e sem o devido valor. Mas a gente que escreve tem a necessidade de falar e de expor e é isso que conta. Parabéns pelo texto e continue sempre escrevendo. Votadíssimo!!!!
O Fabinho curtiu uma brotheragem de banheirão na escola com um desconhecido que viria a ser seu novo professor... Pelo menos as boas notas estão garantidas, né? Aluno preferido do profe taradão. Vou descobrir lendo a continuação amanhã. Votei
Muito bom parabéns .
Escrita perfeita, personagens reais e loucos, adorei, votado.