Tudo começou em meados de Novembro de 2017, quando João Inácio (nome fictício, claro) começou a trabalhar na empresa. Fui no setor que ele trabalhava logo cedo para conversar uns assuntos com o encarregado e enquanto estava lá ele entrou na sala.
Moreno claro, pouco mais de 30 anos, cabelo na máquina 1, cara de lutador de MMA... Aliás não era só a cara... Ele parece um lutador mesmo, com antebraços e bíceps bem desenvolvidos, peito largo, tatuagens. A camisa da empresa parecia estourar naquele corpo e deixava antever um peito nu, depilado por completo. Na hora meu “outro lado” se agitou, mas não deixei transparecer e o cumprimentei com um aperto de mão firme. O cara, marrento, não esboçou um sorriso mas foi educado.
Esperei ele conversar com o chefe dele observando-o discretamente (escaneando, na verdade...rs) e quando ele saiu, o chefe o elogiou, dizendo que era muito sério e focado no trabalho. Ouvi isso pensando em quanto ele deveria ser focado metendo aquele cacete, que percebi no volume entre suas pernas, em alguém... kkkkk
Passaram-se dias e eu o via na empresa, realmente sempre sério, falava pouco, não o via em rodinhas e almoçava no mesmo horário que eu, porém comia compenetrado e seguia direto para seu posto de trabalho.
A coisa começou a mudar em um dia chuvoso no qual, ao sair da empresa, ofereci carona para ele e outro funcionário. Foi a única vez que ele conversando com alguém. Agradeceram, entraram no carro e deixei o colega dele em um ponto de ônibus. Ele seguiu comigo pois por sorte descia num ponto que era caminho de minha casa. Claro, eu comecei a puxar papo com ele no carro e aos poucos ele foi se soltando mais. Falamos de musculação, pois hoje eu também treino; de rock, que é gosto musical em comum e do trabalho na empresa. Papo de homens mesmo. Só que ao falar de musculação ele se empolgou com o fato de eu também treinar e isso acabou estabelecendo um vínculo. A partir desse dia, ele me cumprimentava com um sorriso ou aceno de cabeça e eu passei a dar carona para ele com mais frequência para papearmos sobre academia no mais das vezes. Até aí, eu sentia atração mas não deixava transparecer...
Aos poucos o papo foi ficando mais íntimo... Falávamos de relacionamento, descobri que ele era separado, tinha dois filhos e namorava outra mulher... E aos poucos começou a reclamar do ciúme dela e também da anterior... Eu expliquei que elas deveriam ter seus motivos e ele ficou curioso.
- Ah, cara... Você é um sujeito que se cuida, treina bastante, tem um corpão... A mulherada deve cair matando e por isso a que está contigo deve ficar insegura.
Ele riu e retrucou:
- Você acha meu corpo bonito?
- Não foi isso que eu disse. – tentei corrigir – Mas todo cara que treina e tem um shape desses chama atenção da mulherada né?
- Você também treina e tem um corpo muito legal para sua idade cara... E sua mulher não fica no seu pé.
- kkkkkkk. Claro que fica... Mas meu ritmo é outro. Você passa mais tempo na academia e é mais novo, nem tem pinta de cara casado. E obrigado por me chamar de velho, ok?
- Não foi isso que eu disse! – agora foi a vez dele dar risada e corrigir – Você está um cara inteirão e é assim que eu quero ficar quando tiver sua idade.
Entendi isso como um elogio... A partir daí nossos papos começaram a girar em outros temas. Mulher e sexo... Já viu onde isso pode parar, né?
Dias depois, também na carona, eu dei uma investida...
- Cara, outro dia no treino eu levei uma cantada! De um cara, acredita?
- Sério? – perguntou ele, espantado, e riu.
- Sério!... (aqui, começou meu plano...) E você? Nunca levou uma cantada de homem, não?
Ele riu e em seguida ficou sério. Mas não respondeu. Ficou olhando para a estrada e deu uma ajeitada no pau que parecia meia bomba. Dei o tempo dele e fiquei calado.
- O que você fez, Ronald? Errr... quero dizer... Como reagiu?
- Ah, cara... Eu levei na boa. Prá mim não tem tempo ruim não... O que você faria? Ia agredir o cara?
- Não, meu! Sou de boa, você sabe! Mas estou surpreso de você não ter feito nada! Você curte ficar com homem?
- Acabei de dizer... Para mim não tem tempo ruim não... Entenda como quiser, Inácio... Mas você, com esse jeitão de go-go boy aí, não deve negar fogo pra ninguém... kkkkkk
Ele novamente ficou sério e perguntou:
- Você acha que eu pareço garoto de programa?
- Pow cara... Todo macho malhado tem pinta de GP. Nunca te disseram isso?
- Já... – outro silêncio constrangedor no carro e eu torcendo que o engarrafamento na BR deixasse o papo ir longe... – Olha cara... Vou te contar um segredo... Eu já fiz programa.
- Sério cara? Que coisa!... Assim... Na boa, não critico. Mas fez com homem já?
- Já... E você? Já transou com homem?
- Olha meu... Não vou mentir, mas fica aqui entre nós.... Já, sim... E digo mais. Eu curto. Tô falando isso pra você porque você me inspira confiança e eu acho que esse papo morre aqui, heim! Além disso, você confiou em mim primeiro dizendo que já fez programa com homem, né? Mas e aí? Você curtia, Inácio?
- Na verdade não... (isso foi um balde de água gelada prá mim...) Eu fazia pela grana mesmo, e precisava tomar um azulzinho para encarar. E você, cara? Fica excitado com homem igual com mulher?
- Cara, acho que tesão não tem sexo. Se você estiver com alguém que você tá afim, o tesão vem do mesmo jeito, seja homem ou mulher... Desculpa dizer, mas você parece que está excitadão aí com essa conversa. Acho que deve curtir também independente da grana.
- Não, meu negócio é mulher mesmo... Parei por isso, achava errado ficar com homem.
- Desencana cara. Se você já ficou, mesmo com ajuda do azulzinho, é porque te deu tesão. Agora, vou te dizer mais uma coisa: Eu tô afim de ficar com você, se você quiser também.
Continuo depois, que está ficando longo, né? Se estão gostando, votem e comentem que eu conto mais dessa aventura...
O papo estava ótimo!
Conto excelente, votado!
Adoro seus contos cara... Esse em especial cria um clima bem gostoso! Que tesão
Que beleza de conto, me fez gozar
Conto maravilhoso!
começou bem!
Pessoal, obrigado pelos votos... Mas é pelos comentários que fico sabendo a opinião de vcs... Comentem aí, né?rs
Já tem a parte 2, ok?