NOVINHO LINDO PORTEIRO DA NOITE – parte 1

Alucinante! Não tem outra palavra para descrever a surpresa que me assaltou quando vi o NOVO porteiro da noite, em meu prédio.
Estava eu subindo a rampa da garagem do meu prédio quando sou parado, já na parte plana, por um alerta: OI! ESPERA!
O que vejo faz meus olhos quase saírem das órbitas: um garoto magrinho, quase imberbe (tinha 23 anos, soube depois), lindo, loirinho, vestindo uma calça jeans colada no corpo, mostrando uma malinha deliciosa, correndo em minha direção, a partir da guarita. Uma distância razoável e suficiente para que pudesse fotografar cada detalhe daquele corpo.
Queria me entregar um pacote, algo que eu tinha comprado online, pela internet. Com um sorriso lindo, mostrando os dentes maravilhosos, me entregou a encomenda se apresentando:
- Boa noite! Encomenda para o senhor. Sou o Pedro (fictício), novo porteiro da noite. Se alongou dizendo que teria o enorme prazer de me atender quando fosse necessário.
Peguei o embrulho na dúvida se a entrega seria o pacote da compra ou o “pacote” dele saliente na calça justa. Juro que meu coração quase parou. Não podia acreditar que tanta beleza e delícia existissem! Um volume que mesmo mole, creio, já mostrava PERSONALIDADE PRÓPRIA.
Não sabia eu se pegava a encomenda ou se tirava os olhos daquele garoto, lindo e gostoso. Demais para quem ama NOVINHOS como eu. Meus olhos, petrificados, me paralisaram momentaneamente. Me forcei a sair da hipnose, estiquei meu braço para fora para pegar o que me entregava e, nesse instante, nossas mãos se roçam. Uma pele leve e macia tocou minha mão. A hipnose aumentou. Retribui o sorriso simpático dele com uma malícia que jamais imaginei, e lhe disse:
- Bem-vindo, Pedro. Seja feliz no seu novo trabalho. E fique esperto que, na portaria, o perigo corre solto.
- Não se preocupe, Sr. Caio (fictício também). De perigo eu sei me livrar.
- Você já me conhece? Me chamou pelo meu nome?
- Sim. Quando o senhor saiu o porteiro do dia disse seu nome, sabendo que o senhor iria voltar logo.
- E sabe se livrar de perigos? Como assim?
- É que moro num bairro lá no centro e, já viu, né, convivo com muitos perigos.
Abestalhado com tamanha surpresa e beleza, manobrei o carro como um robô de “Guerra nas Estrelas”. Subi os elevadores como uma máquina petrificada, com dificuldade para tirar de minha cabeça todo aquele desejo que, natural, saltou de dentro de mim. A partir daquele dia não perdi uma oportunidade sequer de me encontrar com Pedro. Mudei até minhas rotinas. Agora, tudo aconteceria apenas depois das seis da tarde (viado é foda, né?). Toda tarde era aproveitada para inventar algo e sair. Voltava, sempre, depois das seis. E eu puxava um assunto qualquer para aproveitar melhor a presença daquele menino ao lado do meu carro. Nos tornamos mais próximos e mais ‘chegados’. Conversávamos muito.
Descobri muita coisa dele: suas maneiras, suas gírias, seus gostos, seus amigos, se namorava ou não, enfim, criei uma biografia do Pedro em minha cabeça. Uma das descobertas foi a preferência dele por comida árabe. Jamais poderia imaginar isto: comida árabe? Amo de paixão.
Passadas algumas semanas desta minha TEORIA (prática?) DA CONSPIRAÇÃO, eis que descubro que a torneira da pia da cozinha estava cotejando, pouco, mas sem parar. Comento com ele sobre isto e ele me responde que este problema é pequeno, que tirava de letra. O calor me subiu pelo corpo todo. Eis que me cai dos céus uma oportunidade rica. Pergunto a ele se poderia arrumar aquela goteira. Responde que sim e que poderia fazer o conserto numa folga dele (outra oportunidade que, ele imaginar, jogava nos meu colo). Pergunto quando seria esta folga e o que eu precisaria comprar para a recuperação da “bendita” torneira. Respondeu que tinha uma caixinha de ferramentas onde tinha de tudo um pouco, e que na próxima folga dele viria ao prédio para consertar. Fiquei exultante e babando como um lobo a espreita de sua presa.
- E quando, Pedro, é sua folga?
- Terça-feira que vem, pode ser? Por volta de 7 da noite eu interfono e subo lá!
Eu ia responder que não? Confirmei que estava tudo bem e que semana que veria tudo resolvido na minha cozinha. Simpático, ele agradeceu e saiu gingando aquele corpo gostoso, bundinha linda, de volta para a guarita.
Tem algo diferente neste rapaz! Eu acho-o muito resoluto, confiante, sabe o que faz. Algo me diz que vou me surpreender!?
Por estar muito longo, por ter muito que contar – e ponha MUITO nisto – me sinto mais à vontade dividindo por dois. Mesmo para evitar cansaço em quem lê.
Na segunda parte ficou o melhor da aventura. Aqui finda uma espécie de aperitivo. Peço desculpas mas, com esperança, espero que gostem, ao final.
Após ler, comentem. E critiquem. Suas sensações são maravilhosas e alimentam a inspiração.
As fotos são ilustrativas, apenas. Dão uma ideia da maravilha do garoto. Não houve tempo nem espírito para fazê-las ao vivo.