A ousadia de Samuel me chamou atenção. Ele realmente estava empenhado em defender André e confesso que eu já estava querendo voltar a ficar de boa com meu irmão, não aguentava mais ter que ignorar e tratar mal quem eu mais amava, as conversas com doutora Luciana estavam me fazendo repensar. Naquele momento eu pensei que talvez algo que Samuel falasse poderia me fazer pensar e ter um motivo pra perdoa-lo, tudo o que eu precisava era de um único motivo para André ter feito o que fez e eu estava certo. Como eu fiquei em silêncio Samuel já foi logo falando:
- Você não vai fazer merda nenhuma até ouvir tudo o que eu tenho para te dizer. Seu irmão está lá em casa, seu pai já foi para o bar e sua mãe está na igreja orando por você, a casa é nossa.
- Vai logo Samuel, fala tudo de uma vez. Eu tenho que trabalhar hoje ainda.
- Você está sendo muito injusto com seu irmão ... (Interrompi ele.).
- Olha, se for pra ficar falando isso pode esquecer, preciso dormir um pouco antes do trabalho. (Falei já fingindo me afastar, porém doido para ele ter argumentos.).
- Calma. Estou só começando. Nossa conversa vai ser longa. Vou começar falando dessa merda de estupro que você viveu. (Interrompi Samuel novamente.).
- Se for pra falar disso esquece.
- Vou falar disso sim, pois você só sabe seu lado da história e precisa saber que você não foi o único que sofreu na vida, não foi o único e nem o que mais sofreu. Só é o mais minado e covarde.
- É pra me ofender? Vai embora da minha casa agora.
- André também foi violentado pelo asqueroso do seu tio, que o capeta o tenha em um lugar terrível! Mas diferente de você ele não foi forçado a trepar com o monstro. Seu tio seduziu André e foi apenas passivo pra ele, já que André já tinha um pau bonito desde essa época.
- Não sabia disso.
- Calma que tem mais. André sofria coação por parte do seu tio, se ele recusasse transar seu tio ameaçava contar tudo pra Dona Ângela e Seu Rui. Mas nada disso abatia André, ele até gostava de comer seu tio, só não gostava de ser obrigado a isso, ele sentia que era errado. O que acabou com ele foi o que seu tio fez com você.
- Ele nunca me falou nada disso.
- Ele nunca contou nem pra mim, só quem ouviu isso dele foi minha irmã, ela me contou e agora estou te contando.
- Olha Samuel, o que André passou foi pesado, mas uma coisa é coação e outra é receber uma tora gigante te rasgando a força. Eu nunca aceitei as investidas de meu tio e isso me machucou tanto psicologicamente quanto meu corpo. Eu tive que fazer cirurgia no ânus. (A última frase quase não saiu.).
- Eu sei, e André se culpa por isso. Ele se culpa por não ter impedido o avanço de teu tio sobre você. Ele também acha que se não tivesse aceitado calado todas as investidas do crápula talvez o tio de vocês não tivesse coragem de ter investido contra você.
- Nada haver isso. Ele não tem culpa do que me aconteceu. O único culpado é meu tio. André foi vítima assim como eu. Não poderia fazer nada. Além disso nós dois sabemos que ele é meio burro, não teria uma ideia pra enfrentar nosso tio e se livrar dele.
- Eu bem sei disso. André não tem ideia pra nada nessa vida. Depende de mim pra tudo. Mas isso não foi tudo na história dele. Por acaso você sabe o motivo de seu pai brigar tanto com André?
- Não. Eu achei que era coisa de adolescente rebelde com pai agressivo. Painho descobriu que André também foi vítima de tio Jorge?
- Não, foi bem pior. Seu Rui pegou André comendo um ex namorado. Depois disso a vida de André virou um inferno nessa casa. Seu Rui quase matou André na porrada, o outro menino saiu da cidade com a família. O escândalo foi grande, como tudo nessa cidade maldita.
- Caramba... (Ele nem me deixou terminar.).
- Fica calado que tem mais. André foi obrigado a ir ao brega pela primeira vez ainda muito novo. Mas ele é totalmente gay, não sente atração por mulher. Então é claro que não funcionou de primeira. André começou a tentar fugir de casa. Foi pra rua, foi como nos conhecemos.
- Não sabia que você tinha morado na rua.
- Pois é, eu e minha irmã fugimos de uma tia louca que queria nos vender para velhos nos comer quando morávamos em São Paulo. Mas a gente não calculou o plano de fulga direito. Enfim. André nos ajudou muito nesse período. Nos defendeu dos bandidos da rua, apanhou muito por nós, teve que voltar pra casa com o objetivo de poder juntar dinheiro e dar uma vida boa pra mim e minha irmã.
- Não conhecia esse André caridoso.
- Você não conhece nada dele. Quando ele retornou pra dentro de casa, depois de ter saído do hospital quase morto após uma das brigas de rua, seu irmão começou a nos ajudar financeiramente como podia, nos ajudando com alimentação, depois conseguindo uma casa pra gente morar de favor.
- Que bom.
- Isso não é tudo Miguel. Seu pai continuou obrigando André a ir para o brega e fingir ser hétero, teu irmão tirou de letra. Teu pai também tinha obrigado André a trabalhar no bar do podre do Carlos, com o dinheiro que André juntava lá ele pretendia ter a liberdade financeira dele. Mas quando ele estava quase completando 18 anos o desgraçado do teu pai começou a suspeitar de tua sexualidade, com o dedo de Carlos nisso é claro.
- Como assim?
- André te protegeu de sofrer com tudo isso. Ele não te contou, pois o motivo da suspeita de teu pai era o estupro que você sofreu. Não tinha como você saber de uma coisa sem saber de outra.
- Nossa! Agora entendi porque ele não me contou sobre as suspeitas de painho. Eu teria que saber da história toda e a história toda acabaria comigo, assim como quase acabou.
- Mas não parou por aí. André desistiu de ter a liberdade dele pra você não sofrer. Teu pai levou anos tentando te levar para o brega e te obrigar "a ser homem" na raça, se não fosse os meus planos durante esse tempo teu pai tinha feito muito antes o que fez no teu aniversário de 18 anos. Teu irmão sofreu muito pra tentar não te ver passar pelo que ele passou.
- Nossa! Eu tô tão envergonhado pelo que fiz com André esse tempo todo. Ele só tentou me proteger do louco do nosso pai. (Eu já falava quase chorando.).
- Ainda tem mais. Na sua primeira vez no brega André fez questão de ir pra ver como você iria se sairia e você foi péssimo para alguém hétero. Se você tivesse esse mesmo desempenho na frente de Rui você tomaria uma surra, no mínimo. Por isso ele fez você sentir outros prazeres, para você poder focar nessas sensações enquanto estivesse lá. Foi tudo ideia minha, mas foi pra não fazer você sofrer.
- Agora tudo faz sentido. Desculpa. Eu fui um ingrato. Mas isso não muda o fato de vocês terem me escondido o relacionamento de vocês. Vocês não precisavam me esconder tudo. Qual sua intenção em me ajudar?
- Olha, vou ser sincero. No início eu não estava nem aí pra seu pai descobri sua sexualidade ou te forçar a transar com mulher, é a vida de muitos gays, difícil ir contra esse sistema preconceituoso maldito, eu sabia que uma hora ou outra você iria sofrer e sou da filosofia que é melhor sofrer de vez.
- Muito obrigado pela parte que me toca. (Falei na ironia.).
- Calma, você é muito apresado. Nessa época eu não te conhecia. Continuando. Eu devo minha vida a André, por muitas vezes ele me salvou de ser espancado e de morrer de fome ou frio. Então resolvi te ajudar pra não ver André sofrendo. Fui eu que disse pra André te colocar pra mamar a primeira vez, depois incentivei ele a te comer e tal. Tudo pra ver teu irmão bem, mas depois da primeira vez entre vocês eu não precisei falar mais nada.
- Você ama meu irmão ou sente gratidão por ele?
- Já superei essa fase de confusão dos sentimentos. Por muito tempo fiquei pensando se o que eu sinto por ele é amor ou não. Hoje eu sei que o amo sim, mas não é um amor forte igual o de vocês, é mais desejo, paixão e amizade, que se misturam e nos fazem bem. Amor é o que ele sente por você e você por ele. Mas eu não troco André por nada, a não ser que eu encontre um amor como o de vocês. Eu e André a gente se entende muito bem em tudo.
- E se eu não aceitar viver um trisal com você?
- Eu rodo a baiana, como vocês falam. Você pode até não me amar, mas não pode impedir André de me comer. (Ele ficou nervoso de verdade.).
- Relaxa. Pelo visto você faz bem pra gente, graças as suas ideias que André começou a ter algo a mais comigo. E é gostoso te comer também, não vejo problema em dividir André com você. Só queria saber mesmo.
- Acho bom. Eu sei que a partir de agora vou ser o outro sempre, mas fico feliz por ver vocês dois felizes. E acho bom você parar de palhaçada e voltar a ficar de boa com ele. Se eu ver André sofrendo novamente por desprezo seu eu te cubro de porrada. Por favor devolve meu André gostoso e fodedor, essa versão cachorro abandonado é péssima. Pode ficar com todo sentimentalismo pra você, eu só quero o sexo intenso e selvagem.
Aquela conversa ainda durou um bom tempo, falamos muito sobre cada detalhe das coisas que meu irmão tinha feito por mim. Não concordava com tudo é claro, tinham coisas que ele poderia ter me falado, como que ele gay por exemplo, algumas coisas poderiam ter ido me preparando aos poucos ao invés de tomar aquele choque todo de uma vez, mas entendi muito mais sobre tudo o que aconteceu e precisava conversar com meu irmão urgente, precisava dizer que perdoava ele e pedir seu perdão.
Mas essa conversa ficou para a noite. Combinei com Samuel para segurar André em sua casa aquela noite sem contar nada, que quando eu saísse do trabalho iria direto pra lá. As horas no bar pareciam não passar nunca, conversei bastante com Clarice sobre tudo o que eu descobri e ela ficou feliz, ainda prometeu me ajudar a derrubar painho quando eu quisesse.
Quando cheguei à casa de Samuel encontrei meu irmão e o irmão de Andrea assistindo filme romântico na sala, eu sabia que Samuel detestava aquilo. André estava visivelmente triste. Assim que Samuel me viu ele já foi saindo e eu perguntei:
- Você não vai ficar Samuel?
- Não. Esse é um momento só entre irmãos, o amor de vocês é forte, se for pra gente virar trisal isso vai acontecer naturalmente. Ah Miguel, ele está de tanque cheio, não transamos faz tempo. Pode esvaziar, mas me devolve ele feliz pelo menos.
André parecia meio chocado, seu olhar variava entre feliz e receoso. Ficamos nos olhando até ele falar:
- O que você quer comigo? Quer transar e me jogar pra escanteio novamente? (A fala dele era carregada de dor.).
- Não. De forma nenhuma. Me perdoa? Por favor. Eu não sabia de tudo e te julguei, mas Samuel já me contou tudo. Eu fui um idiota com você. Me perdoa.
- Miguel, você fez comigo a mesma coisa que você disse que eu fiz contigo Você não quis saber quem eu era, não quis saber os meus motivos, só me julgou e condenou, sem nem me ouvir. Nesse tribunal eu não tive chance de defesa. Lembra que você me acusou de fazer o mesmo? Só que eu tinha medo de perguntar as coisas pra você e as perguntas te fazerem lembrar da pior fase de nossas vidas, da fase em que eu fui covarde e não te defendi. (Ele falava já triste.).
- Não pensa mais nisso. Nós dois fomos vítimas, nenhum de nós poderia fazer nada pelo outro. Eu tenho aprendido muito na terapia semanal com a doutora Luciana, uma das coisas mais importantes que estou trabalhando é a não me culpar por coisas que estão além do meu alcance. Vamos seguir daqui pra frente, nos amando.
- Tudo o que você fez durante esse tempo me machucou muito. Todas as suas palavras me reduzindo a um objeto sexual e suas postagens agarrando outras pessoas me fizeram mal. Eu não vou negar que te amo e quero ficar perto de você. Não vou ser burro a ponto de me fazer de difícil, mas estou magoado e muito, preciso de um tempo pra me reerguer e reerguer minha confiança em você. Podemos ser apenas amigos por um tempo?
Por quase um mês foi assim, a gente não transou, ele transava com Samuel, eu também transava com Samuel. A gente se conhecia melhor, passávamos bastante tempo juntos conversando, assistindo filme, jogando futebol com os amigos dele e viajando. Algumas poucas vezes eu roubava um beijo dele e a gente se pegava gostoso, mas ele interrompia antes do sinal avançar.
Mudei novamente meus dias de folga no bar de Dona Clarice, deixei minhas folgas no Domingo e na Segunda-feira. Assim eu ia com Fernando e Samuel para Salvador na madrugada do Sábado, André ia na madrugada do domingo, passávamos a madrugada do domingo os quatro juntos e na segunda-feira pela manhã Samuel e Nando voltavam para seus afazeres em nossa cidade enquanto eu e André aproveitávamos a segunda-feira juntos na casa do tio de Nando, já que era o dia da folga de meu irmão.
Durante esses dois meses após meu aniversário de 19 anos painho e mainha também mudaram o tratamento comigo. O jogo passou a ser psicológico. Mainha não falava comigo e não lavava minhas roupas, mas todos os dias eu encontrava textos bíblicos, dos mais variados, sobre a minha cama, nos primeiros dias eram textos sobre obediência aos pais ou sobre homem não se deitar com homem, mas depois foram variando.
Já painho fazia questão de gritar dentro de casa que quem mandava ali era ele, que filho dele não "virava" gay, que gay merecia morrer ... Coisas desse tipo, que eu sempre ignorava e passava batido. Também ouvi piadas desse tipo vindas de Seu Carlos algumas vezes quando eu passava pela rua, mas eu fazia questão de encarar sorrindo e seguir meu caminho.
Mas o que me fazia seguir mesmo era meu tratamento com a doutora Luciana, ela era minha âncora enquanto eu não conseguia ser minha própria âncora.
Após esse tempo em que eu e André ficamos nos conhecendo e namorando apenas de beijinhos e abraços André finalmente resolveu deixar rolar entre a gente. Nunca vou esquecer a forma como ele chegou pra mim naquela segunda-feira em Salvador. Eu fui levar Nando e Samuel na rodoviária e o tio de Nando foi trabalhar. André ficou na casa do tio de Nando alegando estar com muito sono.
Quando retornei e abri a porta vi um caminho de pétalas de rosas vermelhas no chão que direcionava ao quarto de Augusto, não sei como o tio de Nando tinha permitido aquilo, mas eu estava amando.
Meu coração acelerou muito e minhas pernas tremeram, era muita emoção. Em minha cabeça só se passava que eu iria ter André inteiro pra mim novamente, poder me entregar sem limites.
Fui seguindo as pétalas que estavam no chão e cheguei ao quarto. No quarto tinham mais pétalas pelo chão, ao redor da cama, e uma garrafa de vinho com dois copos em cima de uma cômoda. Mas meu irmão não estava lá. Depois que entrei ele entrou com um buquê na mão, se ajoelhou me falando:
- Miguel, amor da minha vida, aceita namorar comigo? (Ele me entregou o buquê e tirou uma caixinha de alianças do bolso. Nada muito caro, tudo simples, mas tudo muito lindo.).
- Claro que aceito meu amor. Quero viver o resto da minha vida ao seu lado.
Ele se levantou e começamos a nos beijar. Os beijos dele são sempre incríveis, cheios de desejo, paixão e carinho. Enquanto nos beijávamos uma mão dele estava na minha nuca e a outra na cintura. Nós dois chorávamos muito de alegria durante o beijo. Nunca imaginei meu irmão tão romântico.
- Mi, a gente vai precisar ser muito forte, o mundo não vai nos aceitar, mas eu estou disposto a lutar contra tudo e contra todos pra viver esse amor.
- Eu também meu amor.
- Vamos brindar com esse vinho. Eu queria te dar tudo do bom e do melhor, mas esse é o meu melhor. Ah, e dessa vez eu pensei em tudo sozinho. Assisti os vídeos de pedido de namoro mais românticos e fiz desse jeito. Não é original, mas organizei tudo sem pedir opinião a ninguém, como você gosta.
- Está tudo lindo André. Eu tô nas nuvens. Feliz demais.
Eu e André bebemos um pouco, brindamos e voltamos a nos beijar. A gente tinha muito tempo que não transava, mas naquele momento só queríamos nos beijar. Ficamos um bom tempo nos beijando e fazendo juras de amor. Até que resolvemos fazer amor.
André começou a beijar todo meu rosto, beijou minha testa, meus olhos, minha orelha e foi descendo pelo meu pescoço. No pescoço ele deu uma atenção maior, me arrepiando inteiro. Depois foi tirando minha roupa, sem parar de beijar meu corpo, e tirou a própria roupa também.
- Eu te amo muito.
- Eu também te demais irmãozinho.
Ele deitou sobre mim e voltou a beijar minha boca. Nosso pau estava duro como pedra se roçando. Ainda me beijando ele ergueu minha perna, se posicionou e começou a enfiar em meu cu. A cabeça foi entrando aos poucos, parecia que ele queria fazer aquele sexo durar o máximo possível.
André metia fundo em mim, mas bem lento. A cada estocada ele dava uma reboladinha quando atingia o mais profundo, tocando suas bolas em mim. Nossos gemidos se misturavam naquele quarto. Receber a pica de meu irmão no cu era muito bom.
Decidi sentar na rola do meu homem, depois de algum tempo dando o cu naquela posição. A nossa conexão é tão boa que bastou eu me mexer diferente para meu irmão entender o que eu queria e me deixar conduzir os movimentos.
Passei a sentar no pau de André de frente pra ele, podendo beijar aquela boca deliciosa. Comecei quicando devagar e fui aumentando a velocidade. O tesão era tão grande naquele momento que eu tinha que parar um pouco pra ele não gozar rápido.
Sai de cima dele e fui chupar um pouco seu pau, sentia o pau dele pulsar muito na minha boca e resolvi parar de chupar também, pois eu queria que a gente gozasse juntos. André pegou em meu pau e chupou um pouco.
A chupada dele estava muito melhor, ele me fez uma garganta profunda que fui a loucura. Tirei meu pau da boca dele pra fazer algo que eu amo: bater com meu pau no rosto dele, colocar fundo e rápido na boca e voltar a bater.
Depois voltei a sentar no pau dele novamente, quicava com vontade, aumentava a velocidade e diminuía, rebolava e voltava a quicar.
A sensação de prazer era indescritível e saber que eu estava fazendo amor com o homem da minha vida me fez gozar sem encostar no meu pau. André também gozou sentindo as piscadas do meu cu.
Após nos recuperarmos e arrumarmos a bagunça da casa de Augusto, já era mais de meio dia, sentamos no sofá pra conversar e André falou:
- Miguel, precisamos falar sobre o Samuel.
- Eu sei que vocês namoram e não vou me opor a isso. Também gosto de transar com ele.
- Então, eu conversei com Samuel e chegamos a conclusão de que eu e ele não nos amamos pra namorar. Somos amigos e gostamos de transar. Então pensamos no seguinte: ele fica sendo apenas nosso amigo, mas uma amizade colorida, ele não abre mão de dar pra gente. O que você acha?
- Acho perfeito, mas o que vai mudar?
- Vai mudar tudo né amor, não tenho mais obrigação de bater ponto na casa dele, nem de outras coisas de namorados. A gente não precisa da aprovação dele pra mais nada no nosso relacionamento, somos apenas eu e você. E a gente chama ele quando quiser sair em grupo ou transar com ele.
- Você pensou nisso tudo sozinho?
- Hahaha, besta. Pensei sozinho sim. Só conversei com Samu antes de te falar por respeito a ele e pra não te encher de coisas na cabeça que no fim não se realizariam.
Os dias se passaram, mais um mês se acabou e nossa rotina não mudava muito. Enfrentávamos as mesmas coisas com nossos pais, eu ia à psicóloga, éramos livres em Salvador, conseguimos arrastar Andrea pra capital baiana com a gente por duas vezes, estava tudo ótimo.
Até que em um final de semana Seu Carlos e painho precisaram viajar juntos pra resolver um problema de Seu Carlos e André ficou impedido de viajar com a gente pra cuidar do bar. Então decidimos que ninguém iria sem André.
Com isso chamei Samu lá pra casa no domingo pela manhã, achando que não tinha ninguém, já que mainha estava fazendo campanha de oração na igreja todos os dias desde que eu saí do hospital. Começamos a transar, Samuel era incrível na cama, fazia de tudo. Quando terminamos aquele momento de prazer vejo mainha parada na porta do quarto nos observando.
- Mainha? O que a senhora está fazendo aqui?
CONTINUA!!!
Esse capítulo foi muito importante para história dos irmãos. Muitas coisas foram definidas nele. A montanha russa subiu até seu ponto mais alto e a partir do próximo capítulo vai começar a despencar ainda mais rápido. A gente vai conhecer, finalmente, a história de Ângela e ter mais detalhes sobre o estupro que desencadeou toda série de sofrimentos. Teorizem por favor, amo ler as teorias.
jeffbran, eu também amo esse conto. Fico com um aperto no peito só em pensar que em pouco tempo estarei me despedindo dele.
Obrigado vamps23, o próximo capítulo vai ser focado em Ângela e vai explicar tudo sobre ela, inclusive a intimidade entre Rui e a dona do brega quando ele esteve lá pra levar Miguel.
Muito obrigado jrzinho, eu também sinto muitas emoções diferentes ao escrever, só escrevo o que eu enquanto leitor gostaria de ler.
Esse conto é viciante não tem como não amar cada episódio
Como sempre nunc decepciona, ansioso para o próximo conto, será que vamos finalmente ver o que Carlos tem com Ângela e sobre a participação dela nas armações do irmão
Seus textos são viciantes. A história dos irmãos faz nós leitores a sentir um mix de emoção, junto com muito tesão, parabéns!
Muito obrigado passivo3020, seu comentário alegrou meu coração de uma forma que você não imagina. Ainda vai demorar um pouco pra acontecer algo com Carlos. Vi que você postou seu conto também, vou ler antes de dormir.
Cada conto uma caixinha de surpresa, quando pensamos que tudo vai ser resolvido outra bomba recai sobre as nossas cabeças, o melhor conto e já tá na hora desse Carlos se ferrar