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Quando acabou a festa, os noivos e os convidados do casamento foram para um hotel, tudo pago por Daniel. O hotel era muito luxuoso, cada quarto era uma verdadeira suíte, banheiro com banheira de hidromassagem, frigobar no quarto, cama de casal, sala com sofá e televisão, ar-condicionado em todos os locais e sacada espaçosa. Daniel queria ficar nos mesmo quarto que Ricardo, mas Ricardo não quis, para ele ainda não era a hora dos dois voltarem, nem de transarem, em compensação, os dois se beijaram muito antes de cada um ir para seu quarto. Já no quarto dos noivos a conversa foi bem diferente, eles chegaram, tomaram um banho juntos, com direito a muitos e beijos e amassos, Geovani já estava preparado para ser o ativo, como em 95% das transas do casal, mas essa noite era diferente, Lucas queria inovar e viu a oportunidade perfeita para isso.
- Meu marido! - Lucas falou, chamando a atenção de Geovani.
- Fala, meu marido. - Geovani falou sorrindo.
- Não sei o que está me dando, mas estou com vontade de comer seu cuzinho hoje a noite todinha! - Lucas falou.
- Então quer dizer que meu marido quer ser ativo?
- Quero sim, quero te fazer gemer na minha vara! Fazer você acordar esse hotel de tanto gritar de prazer!
- Adoro esse seu jeito safado! E tô louco pra levar vara no cu.
- Sei bem do que você gosta, seu tarado!
Lucas mal terminou de falar e puxou Geovani para mais perto dele, fazendo seus corpos se chocarem, ambos ainda estava nus. Geovani se arrepiou inteiro quando sentiu o corpo do amado tocar o seu. O casal começou a se beijar apaixonadamente, as mãos de um percorria o corpo do outro, alisando e apertando com muito desejo. Lucas apertava a bunda do amado e brincava com o dedo na entrada do cu de Geovani, indicando o local que sua pica iria invadir. Ao sentir o dedo de Lucas, Geovani sentiu também o próprio pau começar a ganhar vida.
Lucas conduziu a boca do amado ao encontro do seu pau, que ainda estava meia bomba, mas, mal Geovani começou a chupar o pau de Lucas e já fez o marido delirar de tesão e o pau de ambos endurecer rapidamente. Geovani então começou a chupar com ainda mais vontade o pau do amado, engolindo, masturbando enquanto lambia a cabeça e chupava as bolas, deixando Lucas ainda mais louco de tesão.
Pra não gozar, Lucas mandou o marido deitar na cama com o rabo pra cima e foi chupar o cu do amado. Fazia um tempo que Geovani não tinha o cu chupado, o que fez ele gemer de prazer ao primeiro toque a língua de Lucas. O ativo da noite começou a intercalar entre lamber, dar beijos e enfiar o dedo no cu do passivo. No começo era somente um dedo, Lucas metia, girava e tirava o dedo para voltar a fazer o beijo grego, depois passou a ser com dois dedos e depois com três, fazendo esse mesmo processo até sentir que o amado estava bem relaxado, pronto para sentir prazer recendo um pau no cu.
- Marido, chegou a hora de consumar nosso casamento com minha rola entrando no seu cu.
- Estou pronto! Pode vir com tudo.
- Fica de quatro pra mim e se prepara, hoje não tem amorzinho, vou socar com vontade!
Geovani obedeceu a ordem do marido, ficou de quatro em cima da cama e abriu a bunda com as mãos. Lucas se aproximou, colocou uma camisinha e começou a pincelar o pau na entrada do cu do amado. O ativo fazia movimentos para baixo e para cima, movimentos circulares, pressionava um pouco, mas não metia.
- Amor, mete logo, por favor.
- Quer pau? Então pede!
- Mete em mim Lucas, por favor, enfia esse pau em...
Antes de Geovani terminar de falar, Lucas enfiou o pau no cu dele, fazendo o passivo gemer de dor e prazer.
- Ainda quer que eu enfie meu amor?
- Quero, mete vai, me come... me faz sentir prazer, meu marido!
Lucas não esperou mais nada, meteu o pau mais fundo no cu do amado e ficou rebolando, proporcionando prazer aos dois. Mais eles queriam mais, Lucas queria ouvir o marido gritar de prazer, então começou a entrar e sair mais rápido, atingindo o mais fundo que conseguia atingir no cu de Geovani e tirando o pau novamente.
Eles começaram a suar muito e gemer de prazer, Geovani gemia e pedia mais, Lucas metia rápido e dava tapas na bunda do marido. Não demorou pra Lucas gozar e cair na cama, de barriga para cima. Geovani tirou a camisinha do pau de Lucas e começou a chupar o pau do marido novamente, não deixando nem ele ficar de pau mole.
- Posso sentar? - Geovani perguntou.
- É todo seu, faz o que quiser. - Lucas respondeu.
Geovani colocou outra camisinha no pau do marido, sentou de frente para o amado e começou a cavalgar, enquanto se masturbava. O passivo cavalgava de olhos fechados e com a cabeça jogada para traz, ao mesmo tempo que gemia alto, sentindo muito prazer e proporcionando prazer ao ativo. Lucas, mesmo quase sem forças, por ter gozado fartamente, passava a mão pelo peitoral do marido, apertando os bíceps e tríceps dele também. Não demorou pra Geovani gozar gostoso sentindo o pau de Lucas em seu cu. O esperma de Geovani foi parar no peito e no rosto de Lucas.
- Caralho amor, você ama mesmo dá o cu. - Lucas disse.
- Amo tudo com você. - Geovani respondeu.
- Vamos tomar mais um banho.
Eles tiraram o lençol da cama, que estava todo molhado de suor, mesmo com o ar-condicionado ligado, jogaram as duas camisinhas usadas fora e foram tomar banho. Durante o banho os dois fizeram muitas juras de amor e deram muito beijos carinhosos. Geovani deu um banho caprichado em Lucas, limpando todo esperma que tinha jorrado sobre o marido. Foi um banho longo, durou quase uma hora. No final um enxugou o corpo do outro, mas Lucas ainda sentia falta de algo e falou:
- Amor, agora me come? Por favor! - Lucas disse e olhou pra Geovani com cara de pidão.
- Com todo prazer! Fica de frango assado pra mim. - Geovani respondeu com um sorriso safado.
Lucas ficou de frango assado sobre a cama, o ativo encapou o pau, mas antes de meter, Geovani se abaixou sobre o amado e começou a beija-lo intensamente, aumentando o nível de prazer dos dois e fazendo o pau de ambos endurecer novamente.
Só então Geovani posicionou o pau na entrada do cu de Lucas e enfiou de uma vez só, arrancando um gemido alto do passivo e gemendo de prazer também.
- Aí meu cu! Seu safado! Quer me arrombar é? Pois arromba! Mete com força, não precisa ter pena de mim. - Lucas falou.
E logo teve sua resposta, em forma de metidas, pois Geovani passou a comer o marido ainda mais rápido, tirando o fôlego dele e o fazendo pedir mais.
- Isso, vai amor, mete com força, me arromba, vai, mais forte, mete em mim amor...
Geovani tentava meter cada vez mais rápido, sem deixar o pau sair de dentro do marido. Lucas gemia de prazer e começou a se masturbar, não demorou pra Lucas gozar na própria barriga e Geovani começar a meter mais forte, querendo gozar também. Alguns segundos depois Geovani gozou metendo no marido.
- Amor, não tem jeito, eu nasci mesmo pra dá o cu. Quando mais forte tu mete, mais eu sinto prazer. Minha próstata adora sofrer. - Lucas falou.
- Ainda bem que sou eu que te dou esse prazer todo. Te amo muito, meu príncipe, meu marido! - Geovani respondeu.
- Eu tava aqui pensando: nossos amigos tem poderes... a gente pode pedir pra eles fazer nós dois gostarmos de dar e comer na mesma medida, assim ninguém saí perdendo. - Lucas falou.
- E quem é que saí perdendo? - Geovani perguntou.
- Ah, para, eu sei que tu também gosta de ser passivo e eu só faço ativo de vez em quando, quase nunca. - Lucas falou.
- Amor, é verdade que eu gosto de ser passivo, comecei minha vida sexual dando, você bem sabe, mas eu gosto muito mais de te ver sentindo prazer e saber que sou eu que te faço gozar. Eu não reagiria bem se soubesse que você está sentindo prazer em ser ativo por causa de poder do meninos. Nossa vida sexual é muito boa! Você vai sendo ativo quando sentir vontade, sem pressão. Volto a dizer: amo te ver gemendo de prazer no meu pau, isso me faz gozar. Te ver feliz me faz bem, te ver gozar me faz gozar. - Geovani falou.
- Por isso que te amo! - Lucas disse.
- Por que eu te como gostoso? - Geovani perguntou sorrindo.
- Besta! Também, não dá pra negar que você é um bom ativo, mas te amo porque você me ama, porque você se importa comigo, porque você me respeita e respeita meus sentimentos e vontades...
- Sempre, meu amor. Sou muito feliz ao seu lado, em todos os sentidos, inclusive na cama.
O casal dormiu abraçado, pelados e sem lençol forrando a cama, pois depois de toda aquela foda eles não tiveram forças para mais nada e rapidamente pegaram no sono.
*** *** ***
Assim que o dia clareou Dona Maria não esperou nem para se despedir das pessoas, saiu do hotel, foi para um local sem câmeras e chamou Thiago, retornando para Dradon. Nos últimos tempos ela se sentia muito melhor em Dradon do que na Terra. Dona Maria estava ansiosa para vigiar a terra, o equipamento de monitoramento já estava preparado para ela e configurado em português. Como era segunda-feira pela manhã, ela decidiu vigiar Dona Ana, a mãe de Ricardo.
Dona Maria viu todo o trajeto que Dona Ana fazia de casa até a empresa. Ex missionária vestiu um vestido, colocou um salto alto, deixou os cabelos soltos e penteados para trás, colocou um colar, pegou sua bolsa e saiu de casa, ela não queria que os vizinhos a vissem vestida de faxineira, por mais que todos já soubessem. Dona Ana pegou um ônibus lotado, não achou lugar para sentar e foi em pé, sendo espremida pelas pessoas que também estavam de pé no ônibus, alguns ali já conheciam a história da ex missionária estelionatária e por isso não sediam o lugar para ela sentar.
Ao chegar na empresa, Dona Ana foi direto para o vestiário dos funcionários e trocou de roupa. Dona Maria passou o dia observando a vida de outras pessoas, fez alguns telefonemas para polícia, indicou os locais de alguns cativeiros e salvou a vida de uma pessoa que apanhou bastante e foi deixada para morrer, mas que graças a Dona Maria a ambulância conseguiu chegar a tempo. Todas as ligações que Dona Maria fazia eram anônimas e por um sistema especial de Dradon, que não era possível identificar de onde veio a chamada, afinal não era utilizado nenhum sistema de ligação da terra.
No final do dia, Dona Ana teve uma reunião de funcionários que foi bem longa. Quando a reunião terminou já passava das nove da noite. Nesse momento Dona Maria voltou a observar Dona Ana e ouviu a conversa entre a mãe de Ricardo e outra faxineira, no vestiário:
- Ana do céu, não sei por qual motivo você não pede para seu filho te colocar em uma posição melhor nessa empresa, ele é o amor da vida do senhor Daniel, nosso patrão faria tudo por ele, mesmo que eles digam que não estão namorando, os dois só vivem juntos nos últimos meses. - Falou uma colega de trabalho de Dona Ana.
- Deus me livre de depender ainda mais da aberração que se apossou sobre meu filho, eu oro a Deus todos os dias para que meu filho se liberte desse capeta que se apossou dele, eu ainda creio que meu Ricardo vai escolher deixar de ser gay um dia, a prova disso é que ele não quer namorar com Daniel, mesmo Daniel sendo podre de rico, eu acredito que são minhas orações que impedem os dois de namorarem. - Dona Ana falou animada, deixando tanto a faxineira, quanto Dona Maria irritadas com a resposta dela.
- A senhora me dá pena, poderia ser amiga de seu filho e levar uma vida melhor, mais calma, mas escolhe ter essa vida de faxineira, só por seu filho ser gay. É muito triste. - Falou a colega de Dona Ana.
- Pois não fique triste, de minha vida cuido eu, eu sei o que é melhor pra mim e para meu filho. Estou passando por um deserto, mas minha vitória logo vai chegar e vai ser grande. Espero que você tenha a oportunidade de ver quando meu marido sair da prisão, meu filho deixar de ser gay e eu voltar a ter minha família comigo. "Quem me viu passar na prova e não me ajudou, quando me ver na bênção vai se arrepender, vai estar entre a plateia e me ver no palco..." - Dona Ana falou e saiu cantando.
Dona Maria se entristeceu muito com o que ouviu e não deixou aquilo barato, vestiu uma luva de cozinha na mão direita, esperou que Ana chegasse em um rua deserta e escura, sem câmeras de monitoramento, e pediu para que Thiago fizesse ela aparecer nessa rua. Quando Dona Maria estava de frente com Dona Ana, ela já foi descendo o tapa na cara da mãe de Ricardo e falando:
- Isso é o que você merece por chamar seu próprio filho de aberração. E não se dê ao trabalho de falar, quem fala aqui sou eu. Sua bíblia é a mesma que a minha e até onde sei você também acreditam no amor incondicional. Que tipo de amor incondicional é esse que acaba quando o filho é gay? Ter suas convicções de que isso é errado não impede da senhora amar e respeitar seu filho. Ricardo é um filho de ouro, um menino maravilho que ajuda as pessoas, mesmo que elas não mereçam. O coração dele é enorme, se ele não está namorando oficialmente com meu filho não é por falta de amor entre os dois, mas também isso não deveria lhe interessar, com quem seu filho namora não deveria ser problema seu, seu problema deveria ser ver seu filho feliz, mas a senhora preferia ver seu filho triste, como ele era na época que namorava com Debora. Isso aqui foi só um recado, Ricardo é como um filho pra mim, eu chamo ele de sobrinho, se eu souber que a senhora anda falando mal dele por aí não vai ser apenas um tapa que a senhora vai levar. Ah, e se for me denunciar lembre que estou de luvas, a rua é escura e não possui câmeras.
- Quem a senhora ... - Dona Ana começou a falar, mas recebeu outro tapa na cara.
Dona Maria aproveitou que Dona Ana estava com a cabeça baixa e fez sinal para Thiago leva-la de volta para Dradon, deixando Dona Ana com medo por não conseguir ver para onde Dona Maria tinha ido. Quando Dona Maria chegou em Dradon, Thiago falou:
- Adoro te ver como justiceira, esse momento de hoje vai direto para aquele seu fã que está escrevendo um revista em quadrinhos sobre a senhora, se a senhora permitir, é claro. - Thiago falou sorrindo, ainda eufórico com a cena que viu.
- Claro que permito. Acho que não faço nada demais, mas se ele quer transformar em quadrinhos não vou impedir. - Dona Maria falou, também eufórica por tudo o que viveu nos últimos minutos.
- Ele vai ficar feliz por ter mais material.
- Thiago, me diz uma coisa: como estão Rodolfo e Sara?
- Eu não sou autorizado a falar sobre eles, mas pra senhora não tem como não falar. Eles estiveram doentes semana passada, falta de algum alimento, segundo nosso médico, mas já pesquisamos e mudamos o cardápio deles. Fora isso, continuam na mesma, presos, sem contato com outros seres humanos e sem saber de nada sobre a terra. Sara até poderia saber informações sobre a terra uma vez por ano, mas ninguém em Dradon quer manter ela informada. Quem olha pra eles falam que eles estão em depressão por causa do isolamento, mas não sei se é verdade, pois eu não tenho coragem de ir visitá-los. A senhora quer ir visitá-los? - Thiago perguntou.
- Não, também não tenho coragem de olhar para cara deles, quem sabe um dia eu vá ver Sara, ela participou dos crimes do pai, mas pode ter salvação ainda.
- A senhora tem total liberdade aqui. Todo mundo aqui te ama, ninguém iria se opor a nada que a senhora quiser.
- Eu que agradeço, amo estar em Dradon, aqui é meu verdadeiro lar. Somente aqui eu me sinto feliz.
Após aquela conversa, Dona Maria foi se deitar em seu quarto localizado em Dradon e sonhar o sonho dos justos.
*** *** ***
Lucas e Geovani aproveitaram para viajar em lua de mel. A viagem do casal foi linda, durou 15 dias, eles realizaram o sonho de conhecer vários cantos do mundo. E, após o período de lua de mel entre Lucas e Geovani, eles precisavam voltar para suas realidades.
Geovani e o pai de Lucas, seu Robson, passavam o dia resolvendo os problemas da empresa, afinal, uma loja de departamentos do porte da que eles comandam sempre surgem muitos problemas, como no dia que o contador descobriu um erro nos cálculos da empresa e precisaram passar por uma auditoria interna. Essa auditoria levou quase um mês, e no dia que Geovani retornava ao trabalho eles tinham o resultado da auditória:
- Seu Robson, Seu Geovani, descobrimos o problema. Foi lançado no sistema um projeto chamado Vidas, mas esse projeto não foi colocado em prática, isso provocou uma série de irregularidades nos cálculos dos últimos meses. - O auditor falou.
- Nossa meu filho! O projeto pra ajudar os desabrigados, como que não foi colocado em prática? - Seu Robson falou.
- Não sei meu sogro, Era o Jorge que tinha ficado responsável por esse projeto, mas o erro foi nosso em não conferir o trabalho dele. - Geovani falou.
- Mas esse setor de projetos beneficentes eu sempre confiro todos os detalhes, nos relatórios o Jorge colocava como se tivesse tudo certo. Vamos nos reunir com ele. - Seu Robson falou.
Alguns minutos depois Jorge foi chamado à sala da presidência da empresa e a conversa não foi tranquila:
- Jorge, te chamamos aqui porque percebemos que o projeto Vidas não está sendo posto em prática, mas você tem feito os relatórios como se estivesse. - Geovani disse.
- Geovani, o projeto tem o mesmo objetivo de um projeto antigo que existe na empresa, o projeto Ajudar é preciso, então eu fiz um projeto só. - Jorge disse.
- Mas você me entrega sempre dois relatórios, um do projeto Vidas e outro do projeto Ajudar é preciso, e são relatórios diferentes. - Seu Robson falou.
- Mas Seu Robson, as diferenças são pequenas, é porque o projeto Vidas é mais centrado em único propósito, burrice de Daniel, então não entra tudo o que entra no projeto Ajudar é preciso, pois esse projeto é mais amplo, tem mais ações. - Jorge falou.
- Eu não acredito que você tem feito isso! Então está sendo lançado o mesmo valor duas vezes no sistema? - Seu Robson falou.
- Aí o erro não é meu, o senhor que deveria ver que são os mesmos valores e as mesmas descrições, talvez o senhor esteja velho para o cargo. - Jorge falou ao senhor Robson.
- Jorge, sua obrigação era relatar isso em seus relatórios, primordialmente nos informar sobre a semelhança nos projetos, pois os projetos eram sua responsabilidade. Passe no RH, por favor. Você está sendo demitido por justa causa. - Geovani falou.
- Isso que dá trabalhar em uma empresa de bichas, dirigida por uma bicha e um velho senil. - Jorge falou.
- Pois agora esse velho senil vai entrar com um processo contra você e exigir que a bicha do meu genro também lhe processe. - Seu Robson falou cheio de raiva e chamou os seguranças.
- Vocês não têm provas. - Jorge falou rindo.
- A placa de "Sorria, você está sendo filmado" não está lá atoa. - Geovani falou.
Jorge ficou muito estressado, pensou em avançar contra os dois, mas os seguranças chegaram antes. Jorge foi conduzido até o RH e de lá foi conduzido para fora da empresa.
- Você está bem? - Seu Robson perguntou à Geovani, percebendo a expressão de tristeza no rosto dele.
- Poxa meu sogro, fico triste que essas situações de homofobia ainda aconteçam. E fico mais triste ainda imaginando que se acontecem comigo, na posição que ocupo, imagina com os gays que não possuem os mesmo recursos que eu e Lucas. - Geovani falou quase chorando.
- Ei, levante a cabeça, enxugue as lágrimas. Agradeça que você é cercado de amor, muitos nem sabem o que é isso. Imagino que deve doer mesmo ouvir esse tipo de coisa, mas pense em pessoas como o Jorge sendo condenadas por homofobia, isso não te dá um gostinho de vingança? Eu quase aplaudi quando você demitiu ele! Pena que aqui a gente precisa manter a compostura, mas quando eu chegar em casa vou ter uma noite de amor violenta com minha esposa, só pela empolgação de ferrar com a vida de um preconceituoso, se eu for parar no hospital já sabe o que foi. - Seu Robson falou sorrindo.
- Só o senhor mesmo pra fazer graça com um momento desse. - Geovani disse esboçando um sorriso.
- Ainda temos alguns minutos de trabalho, precisamos pensar em alguém pra substituir o Jorge, mas por favor, uma pessoa mais empática, mais humana. - Seu Robson disse.
- Já tenho um nome, podemos promover Alberto, ele é um excelente gerente de vendas, não tem especializações no currículo, nem experiências declaradas em ações solidárias, mas é bastante humano, não possui reclamações, é sempre simpático, é um bom estrategista... - Geovani começou a falar as características de Alberto que serviriam para o cargo.
- Essa empresa vai virar um verdadeiro nepotismo de amigos e familiares do dono. - Seu Robson falou brincando.
- Pelo menos são pessoas em quem podemos confiar. E assim é bom pra ele também, pois ele vai ter mais tempo para namorar, caso monte uma boa equipe de trabalho.
- Você está pensando em demitir a equipe de Jorge?
- Demitir não, mas realocar alguns. Vou pedir que Lucas faça uma nova seleção com toda equipe e só deixe permanecer aqueles que sejam essenciais para as realizações dos projetos. Também vou sugerir que o próprio Alberto participe dessa seleção. - Lucas agora era o chefe do RH da empresa.
- Certo. Eu vou para minha sala, qualquer coisa você pede para minha secretária falar comigo.
Seu Robson deu um abraço em Geovani antes de sair e retornou para sua sala. Alberto foi chamado e aceitou o novo cargo, pois além de um incentivo financeiro muito bom e horários flexíveis, ele poderia fazer algo pelo mundo.
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Naquele mesmo dia na delegacia, Matheus estava na sala do delegado Tomas, ele não tinha mais nenhum caso para resolver, pois Matheus estava trabalhando exclusivamente para Daniel e para empresa, nada que precisasse ir até a delegacia. Mas ele sempre ia, para poder ficar aos beijos com ele. E era exatamente isso que os dois estavam fazendo naquele momento. Matheus e Tomas estavam grudados em um beijo ardente, com direito a apertões na bunda de Matheus e no pau de Tomas. Porém, naquele dia eles foram interrompidos pela entrada de Marcos e Cristiano no escritório do delegado.
- Eita, vejo que as coisas estão boas entre o casal. - Marcos falou rindo.
- A gente se gosta como amigos. - Tomas respondeu, parando de beijar Matheus.
- Eu também como amigos, é muito melhor comer os amigos do que desconhecidos. - Cristiano falou rindo também.
- Passei apenas para visitar o Tomas, mas já estou de saída. - Matheus falou saindo da sala, com vergonha por ter sido flagrado agarrando o delegado.
- Aí delegado, a gente pode receber esse tipo de visitinha aqui também? - Cristiano perguntou rindo também.
- Mais respeito, vocês dois. O Matheus é um amigo. - Tomas falou arrumando a própria roupa, que havia bagunçado por causa dos beijos.
- Fala sério delegado, por que ainda não assumiram o namoro? Os dois estão solteiros, se gostam, tem uma boa química, não existe nada que impeça. - Marcos falou.
- Veja bem senhor Marcos, de minha vida, cuido eu. Está perfeito do jeito que está, se a gente começar a namorar pode não dá certo. - Tomas falou e se sentou.
- Disso eu entendo bem, minha história com Moisés estava perfeita enquanto era só sexo, foi falar em namoro que já desandou. - Cristiano falou.
- Vocês não estão mais juntos? Eu vi os dois juntos outro dia. - Marcos perguntou confuso.
- A gente ainda transa, mas agora somos apenas amigos, uma amizade colorida, ele me faz bem, levanta meu ego, eu também faço bem a ele, satisfaço ele na cama, mas é só isso. E eu tô muito feliz solteiro, vivendo só esse esquema sem se apegar. Chega de namoro, quero ficar solteiro por um bom tempo. Esse corpinho aqui não pode ser de apenas uma pessoa. - Cristiano falou e alisou o próprio corpo.
- Cada um na sua, não julgo vocês, mas eu não troco meu namorado por nada no mundo e nem é só pelo sexo, a gente se completa em tudo, ele é perfeito pra mim. Acho que eu não vou demorar pra casar com ele. - Marcos falou dando um sorriso bobo no final.
- Puta que pariu! Tu foi fisgado de jeito. Tá apaixonado! Mas então é isso, o namoro funciona pra tu, mas pra gente não. Eu e o delegado estamos felizes com nossas relações sem compromisso. - Cristiano falou sorrindo também, mas um sorriso safado.
- Vem cá, as comadres vão ficar tricotando ou vão dizer o que vieram fazer na minha sala interrompendo minha pegação. - Tomas falou meio irritado.
- A gente só veio avisar que prendemos aquele sequestrador da rua nove. Mas ainda não sabemos quem denunciou. - Marcos falou.
- Mais que porra! Dá próxima vez que receberem uma denúncia anônima tentem enrolar a pessoa ao máximo no telefone pra gente localizar. - Tomas falou, ficando muito irritado e batendo na mesa.
- A gente já enrolou por dois minutos da última vez, mas nosso sistema não consegue localizar de jeito nenhum. E eu acho que nem precisa, todas as dicas são certeiras. Da última vez a pessoa falou até o local pra gente entrar no cativeiro mais fácil e surpreender os bandidos. Ela só faz o bem. - Marcos falou.
- Acontece que a gente não pode ficar a mercê de alguém que a gente nem conhece, podemos ser levados para alguma emboscada. Não sabemos quais são as intenções dessa pessoa que faz as denúncias, nem se ela tem alguma ligação com os criminosos. - Tomas falou, ainda irritado.
- Eu sei chefe, mas por enquanto isso tem sido muito bom pra gente, a cidade fica cada vez mais segura e nossa delegacia reconhecida pela eficiência, ninguém precisa saber que é uma pessoa anônima que nos passa as dicas. - Marcos falou.
- De qualquer jeito fiquem atentos, se descobrirem algo me informem. Façam seus relatórios e voltem para patrulha que o horário de vocês ainda não terminou. Ah, e da próxima vez que vocês me interromperem desse jeito durante um beijo caloroso como o hoje eu não respondo por mim. - Tomas falou irritado.
Cristiano e Marcos saíram da sala de Tomas dando risada, mas sabiam que o delegado realmente estava bravo por ter tido que parar de beijar Matheus.
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Mais tarde, ainda naquele dia, Alberto chegou em casa todo feliz, por causa da promoção que recebeu, ligou para Marcos e pediu para ele o encontrar assim que acabasse o expediente. Ele não adiantou qual era o assunto, disse apenas que era um assunto bom, mas isso não foi suficiente para Marcos. O policial não aguentou de curiosidade e pediu para o delegado Tomas liberar ele mais cedo, prometendo compensar no outro dia. Ainda não era sete da noite quando Marcos bateu na porta da casa de Alberto, não tinha se passado nem meia hora desde que Alberto tinha feito a ligação.
- Amor, o que faz aqui tão cedo? Ainda nem comprei o vinho pra gente comemorar. - Alberto falou ao abrir a porta.
- Comemorar o que? Me fala logo por tudo o que é mais sagrado pra você. - Marcos falou entrando e sentando no sofá da sala.
- Você já encerrou seu expediente? Eu quero conversar com calma, temos que comemorar com grande estilo. - Alberto falou.
- Eu pedi dispensa hoje, não ia conseguir trabalhar sem saber o que você queria me falar. - Marcos falou apressado.
- Eita homem agoniado! Bem, recebi uma promoção lá na empresa. Vou cuidar do projetos sociais da empresa. Meu salário vai triplicar e eu vou fazer meus horários de trabalho, além disso eu nem preciso comparecer na empresa, posso trabalhar de casa, se minha equipe for eficiente meu trabalho será apenas tomar decisões e delegar funções, mas toda responsabilidade será minha. - Alberto falou com muita alegria e empolgação.
Ao ouvir isso, Marcos levantou do sofá, abraçou e encheu o namorado de beijos.
- Isso realmente merece uma comemoração. Amor, não vamos precisar esperar o final de semana pra transar com calma! - Marcos falou depois de muito beijar e abraçar o namorado.
- Você só pensa em sexo? - Alberto falou fingindo estar bravo, mas só fingindo, pois sabia que o namorado o ama de verdade.
- Claro que não meu bem, mas é que gosto de transar sem pressa e poder dormir abraçadinho depois de gozar, mas claro que vou ficar feliz por poder te ver com mais frequência e poder sair pra jantar com você nas datas comemorativas, sem ter que esperar chegar o final de semana pra comemorar, você sabe que gosto de comemorar no dia exato... -Marcos falou, tentando se justificar, mas parou ao perceber o sorrisinho safado no rosto do amado.
- Pois sexo com você também foi a primeira coisa que pensei quando recebi essa notícia. Depois fiquei feliz por ter mais tempo, por ter mais dinheiro, por ter um cargo mais importante... Enfim, muito motivos, mas sexo também foi o que passou primeiro na minha cabeça. - Alberto falou.
- Pois vamos fazer agora! - Marcos falou e já começou a tirar a farda de policial.
- Assim, sem jantar? Sem beber? - Alberto indagou, vendo o amado já quase pelado.
- Sim, meu tesão tá enorme. E como a festa é sua, você decide se quer ser passivo ou ativo hoje, faço o que você mandar, meu executivo mega importante. - Marcos falou.
- Hoje eu quero dar, quero sentir sua vara me invadir no meio dessa sala. - Alberto falou.
- Seu pedido é uma ordem, meu amor. - Marcos falou e começou a tirar a roupa do amado.
Já nus, no meio da sala, o casal começou a trocar muitos beijos apaixonados. Um já sabia o que fazia o outro delirar de prazer, então Marcos passou a apertar a bunda de Alberto, enquanto Alberto alisava o pescoço de Marcos. As línguas dos dois travavam uma batalha na boca de Alberto, Marcos ganhava cada vez mais espaço no corpo do namorado, pois Alberto começou a se derreter e amolecer nos braços do namorado.
O clima esquentou mais ainda quando Marcos parou de beijar o amado e começou a chupar o pescoço, fazendo Alberto gemer de tesão. Marcos se inclinou e passou a chupar o peitoral do namorado e descer beijando a barriga, mas ele não resistiu quando ficou de frente para o pau duro de Alberto e jogou o namorado sentado no sofá, ajoelhou e começou a chupar o pau de Alberto, arrancando gemidos intensos dele.
Marcos passava a língua em toda extensão do pau do namorado e na cabeça daquela rola dura deliciosa, Alberto gemia de prazer sentindo o toque da língua do amado. O policial passou a chupar com muita vontade o pau do passivo da noite e deliciava com o líquido que saía daquele pau babão, quando mais o pau de Alberto babava, mais Marcos chupava. Até que Marcos resolveu chupar as bolas grandes e fartas, colocando uma de cada vez na boca e chupando. Pra facilitar o a chupada, Marcos levantou as pernas de Alberto, mas isso fez ele começar a descer a boca das bolas e ir em direção ao cu. Na primeira passada de língua que Alberto levou no cu, ele já não aguentou segurar o tesão e gozou muito, melando o próprio corpo e a cara do namorado.
- Caralho meu lindo, tu tava com tesão pra dar mesmo, nossa foda nem começou e tu já gozou? - Marcos falou e foi limpar, com a boca, a barriga do namorado, que estava suja de esperma.
- Tu chupa bem pra porra! - Alberto falou, tentando recuperar o fôlego.
- Me limpa aqui vai, com a boca. - Marcos falou.
Alberto atendeu o pedido do namorado e limpou a própria porra que tava no rosto de Marcos. Com isso os dois voltaram a se beijar e foi a vez de Alberto atingir um dos pontos de prazer de Marcos, chupando o pescoço do namorado e deixando o policial cheio de marcas de chupões pelo pescoço. Marcos também se sentou no sofá para receber um boquete, mas diferente do namorado, Alberto não passou muito tempo chupando, logo ele pegou uma camisinha, vestiu o pau do namorado, posicionou o pau do policial na entrada de seu cu e foi sentando devagar, de frente pra Marcos.
- Vai cavalgar em mim é? - Marcos falou e beijou o namorado, sentindo seu pau invadir o cu de Alberto.
- Vou sentar gostoso no meu policial.
- Eu sou seu policial é?
- É, meu, só meu, sua boca é minha, seu peitoral é meu, seus bíceps e tríceps são meus, cada gomo da sua barriga é meu, suas cochas grosas são minhas e seu pau também é meu, todo meu, só meu... - Alberto falou enquanto rebolava no pau do namorado.
- Então cavalga vai, sou todinho seu, pra sempre, meu amor.
Alberto começou a subir e descer devagar, cavalgando no pau do namorado, enquanto eles se beijavam com muita paixão. O pau de Alberto voltou a babar de tesão. O casal gemia de prazer entre os beijos.
O passivo começou a subir e descer mais rápido, fazendo o pau de Marcos quase sair de dentro de seu cu por várias vezes, mas sempre que Alberto subir, Marcos subia junto, metendo o mais fundo que conseguia no cu de Alberto. Eles ficaram fodendo assim por um tempo, até que Marcos decidiu levantar, ainda com o pau preso no cu de Alberto. De pé, o policial segurou o namorado no colo e mandou ele cavalgar naquela posição. Alberto cavalgou por um tempo, subindo e descendo no pau de Marcos, até que gozou pela segunda vez na noite.
- Caralho, que tesão! Você gozou duas vezes já e eu ainda nem gozei. - Marcos falou, fazendo o namorado descer do seu colo e virando ele para parede.
- Tu é muito gostoso! Conseguiu me segurar no colo enquanto eu dava o cu pra tu, não consegui resistir novamente. - Alberto falou sentindo o pau do namorado cutucar seu cu novamente.
- Pois se prepare, pois eu também vou querer gozar muitas vezes essa noite. - Marcos falou e meteu o pau no cu do namorado.
Alberto gemeu de prazer mais uma vez, sentindo Marcos meter no seu cu. Já o policial começou a meter freneticamente, pressionando o namorado na parede e provocando gemidos altos nos dois. Marcos metia sem pena, entrava e saía, dava tapas no cu, chamava o namorado de putinho gostoso, de safado, Alberto respondia pedindo pra Marcos meter mais rápido e gozar bem fundo. Marcos puxou o namorado pra um beijo e gozou fartamente.
- Porra! Caralho! Queria meter mais! - Marcos falou quando gozou.
- Pois eu ainda quero dar a noite toda, vamos tomar banho, namorar um pouco e podemos voltar a transar. - Alberto falou.
- Eu amo tanto. E não é só pelo sexo, eu te amo porque a gente consegue se entender. Eu te amo porque posso passar 24 horas ao seu lado e ainda quero continuar contigo, eu te amo porque cinco minutos longe de você já é uma tortura pra mim, eu te amo porque você é muito gostoso, tanto me dando quanto me comendo, eu te amo porque com você tanto faz ser passivo ou ativo, eu sinto tesão em você, independente de como seja a nossa foda. Eu amo porque você faz eu me sentir completo, faz eu me sentir mais homem do que nunca, até quando te entrego meu cu de bandeja. - Marcos começou a falar e os dois se emocionaram muito.
- Eu te amo por tudo isso que você falou e mais: te amo porque com você eu posso ser eu mesmo, sem precisar fingir ou inventar nada. Caralho, eu amo cada detalhe em você, no seu jeito, na sua personalidade, no seu corpo. - Alberto falou.
Eles se beijaram e foram tomar banho juntos. A noite foi longa para o casal teve boquete no banheiro, mais sexo na cama e no chão da cozinha. Eles beberam todo estoque de cerveja, cachaça e gin que Alberto tinha em casa, que não era pouco, e terminaram a noite bêbados, felizes, gozados e nus no chão da cozinha.
*** *** ***
No presídio masculino, esses meses não foram fáceis para Tulio. Os detentos armaram uma rebelião muito violenta. Houveram brigas internas, mortes, queimas de colchões e muitos saíram feridos, entre eles Tulio, pai de Ricardo.
O cenário era de guerra, fogo e sangue por todos os lados. Tulio foi escolhido para negociar, uma vez que ele já tinha sido militar e empresário. O pai de Ricardo foi andando devagar, de mãos para cima, na direção dos policiais.
- Olha quem mandaram para negociar! A mulherzinha deles. Diga princesa. - Um policial falou e os outros riram. Tulio ficou revoltado, fechou a cara, mas não poderia dizer nada, pois os policiais estavam com armas apontadas para ele.
- Olha Rubens, parece que a princesa não gosta de ser chamada de princesa. Algum problema minha linda? - Outro policial falou, rindo.
- Estou aqui para negociar, senhor! Meus colegas não estão satisfeitos com o tratamento recebido aqui. - Tulio falou, tentando ignorar as ofensas.
- Não perguntamos isso, minha linda. Perguntamos se tem problema em te chamar de princesa. Não queremos ofender a putinha dos detentos pra não irritar ainda mais a galera. - O policial Rubens falou, ironicamente.
- Prefiro que me trate no masculino. - Tulio falou.
- Quando você está dando o cu também é tratado no masculino? - Rubens perguntou.
- Meus amigos pedem colchões melhores, mais comida na hora das refeições, menos pessoas por sela e mais visitas íntimas. - Tulio tentou seguir com a negociação.
- O que eles querem nós já sabemos, é sempre a mesma coisa, mas a gente quer saber é como você se sente quando está dando o cu. - Rubens falou, encarando Tulio com seriedade.
- Quer saber mesmo? Me sinto sujo, nojento, desprezível, sinto que o mundo é injusto, eu não sou gay, tanto gay por aí querendo ter todos esses homens e eu que não quero sou obrigado. - Tulio falou chorando.
- Injusto? Não foi você que foi condenado por ter material pornográfico de menores de idade? - Rubens perguntou.
- Foi apenas uma curiosidade e era só de meninas, nunca de meninos. Eu nunca fiquei com uma menor de idade. - Tulio falou irritado.
- Isso te torna um santo! - Rubens falou rindo.
- Não sou santo, eu sei, mas meu castigo é grande demais. - Tulio falou e voltou a chorar.
- Ah, já perdeu a graça, odeio ver homem desse tamanho chorando, dá vontade de descer a madeira. - Rubens falou.
- Pois vamos descer a porrada nele e devolver, como aviso. - Outro policial falou.
Alguns policiais se juntaram e começaram a dar porradas em Tulio, ele retornou para o local da rebelião todo machucado, mas com o recado de que o governador viria negociar. O governador veio, negociou, mas não aceitou nenhuma das reinvindicações dos presos, prometeu apenas tentar ver a questão das comidas e repor os colchões queimados, mas pelo mesmo tipo de colchão. A rebelião teve fim muitas horas depois, mas deixou prejuízos enormes, principalmente pelas vidas perdidas.
*** *** ***
Já no presídio feminino não houve rebelião, porém Clara voltou a sofrer e Debora estava cada vez mais fora da realidade. Após a chegada de Clara ao presídio, as coisas tinham se normalizado, ela tinha entrado nos eixos e tentava se manter despercebida, dormindo no chão, almoçando quieta, ficando sozinha durante o banho de sol, até o dia que uma das detentas pediu o prato de comida de Clara:
- Aí princesinha, hoje acordei com mais fome, me passa tua bandeja. - A detenta falou.
- Pede para repetir, a moça lá é tranquila quanto a isso. Se quiser eu posso ir lá pedir mais para você. - Clara respondeu sem olhar para quem falava com ela.
- Mas eu prefiro a sua bandeja, algum problema? - A detenta falou e se aproximou mais de Clara.
- Eu já comecei a comer... - Clara começou a falar, mas ganhou um soco no estomago.
- Caladinha. Sem chamar atenção. Se alguma policial ver você tá morta! A propósito, meu nome é Rebeca, vejo que seremos amigas aqui, vou sempre pedir seu prato de comida a partir de hoje, almoçaremos juntas, como boas amigas. - Rebeca falou e Clara segurou o choro e entregou sua bandeja de comida. - Ah, hoje você não vai comer, vai ficar aqui ao meu lado até a hora de voltar para sela.
Depois desse dia Clara começou a passar fome, pois Rebeca começou a comer a comida dela e não deixar ela ir pedir mais, não eram todos os dias, pois Rebeca tinha outros alvos, mas cada dia que isso acontecia Clara já se sentia mal.
Com Debora a história era outra, ela não era perseguida pelas outras prisioneiras, pois entregava todos dinheiro que Geovani dava a ela. Mas Debora começou a ter alucinações, fantasias... Em algumas ocasiões ela achava que estava em um spa, em outros ela achava que estava em um retiro espiritual, existiam vezes que Debora fantasiava que estava na rua. As outras prisioneiras se divertiam com as loucuras da cabeça de Debora, mas ninguém levava a sério o que ela falava, por isso ninguém acionava um psiquiatra e ela passava seus dias assim, entre fantasias e a realidade.
*** *** ***
Falando em vilões, o trisal formado por Mario, Sergio e Rui não estava bem, pois Rui começou a trair os namorados, ficando com outros homens. No começo ele fazia isso na rua, até que um dia ele levou o amante para casa. Quando Sergio e Mario chegaram em casa ouviram os gemidos vindos do quarto do trisal e foram ver o que estava acontecendo. Ao abrir a porta eles viram Rui deitado na posição frango assado e tendo seu cu invadido por um moleque da idade dele. Mario ficou revoltado, pensou em invadir o quarto, mas Sergio o puxou para cozinha e começou a falar baixinho com ele:
- O que você pensou em fazer? - Sergio perguntou nervoso.
- Vou acabar com a cara daqueles dois. - Mario falou irritado.
- Nem pense nisso, não se esqueça que é Rui que está pagando a maior parte das contas dessa casa, se ele for embora a gente não tem como pagar tudo, ainda mais agora que colocamos chuveiro elétrico. - Sergio falou, tentando acalmar o namorado.
- E você sugere o que? Que a gente vire corno? Cara, ele nos trocou por um moleque branquelo que deve ter a idade dele, ou seja, metade da nossa idade. - Mario falou ainda mais irritado e se sentindo traído.
- Melhor cornos do que sem ter como pagar as contas. A gente pode tentar dar uma canseira nele na hora do sexo, pra ele não querer procurar mais ninguém.
- Você pode ter razão, mas isso não é justo. Quem em sã consciência trocaria dois negões gostosos iguais a gente? Isso é muito vacilo.
- Por enquanto não temos o que fazer. Mario, a gente se basta. Vamos deixar pra lá.
- A gente vai virar chacota, se é que já não virou, eu não quero passar pelo bairro e ser chamado de corno pelas costas.
- Por enquanto não temos o que fazer.
Mal eles sabiam que isso era o universo devolvendo pra eles o que eles fizeram com Ricardo. Essa história não existia mais na mente deles, mas estava gravada no universo. Assim como eles falavam de Ricardo pelas costas, agora era a vez dos vizinhos deles falarem deles pelas costas.
*** *** ***
Mais um tempo se passou e finalmente chegou o dia da guerra. Ricardo e Daniel tinham passado os últimos meses se preparando para guerra, eles sabiam que seria uma guerra diferente, que tentaria desequilibrar a mente dos dois, por isso Thiago os ajudou a simular vários tipos de situações que poderiam desequilibrar os dois. Simularam catástrofes naturais e pragas acontecendo na terra, um dos dois morrendo na frente do outro, os amigos e familiares morrendo também, mas o que mais eles exercitaram foi Dona Maria morrendo.
Os momentos mais difíceis eram os que alguém morria. A primeira vez que fingiram a morte de Dona Maria, por exemplo, derrubou os dois e fez tanto Ricardo, quanto Daniel, ficarem uns três dias com medo de deixar Dona Maria sozinha, mesmo eles sabendo que era apenas uma simulação. Mas agora não era mais a fase de teste, era chegado o momento de Ricardo e Daniel enfrentarem a guerra nas suas mentes. Thiago não queria que Daniel fosse, pois ele já tinha passado por um processo de depressão, mas no final das contas não teve jeito, Daniel queria ir.
- Lembrem-se que nada do que acontecer nessa guerra vai ser real e que a Luz Prateada perde as forças quando recebe muito amor, essa é a única forma de vencer essa guerra. O guardião de lá deve ter estudado bem vocês e conhece as fraquezas dos dois, ele não vai se importar em usar tudo o que sabe. - Thiago falou.
- Já passamos pelas coisas mais terríveis esses meses, vimos um ao outro morrendo, vimos minha mãe morrendo, não existe nada pior que isso. - Daniel falou confiante.
- A questão não é ser pior, a questão é ser diferente, deles provocarem dores psicológicas em vocês de formas diferentes. Vocês precisam manter a sanidade mental, do contrário não terão forças nem para emanar amor e vencer essa guerra. - Dona Maria falou com o coração apertado.
- Certo tia, nos deseje boa sorte. - Ricardo falou e foi abraçar Dona Maria.
- Rick, protege meu filho, estou com um mal pressentimento, ele não está preparado para essa guerra. Se você perceber que você ou ele estão entrando em desacerto mental, desiste, por favor. Eu amo Dradon, é a minha casa, mas não quero ver vocês mal. - Dona Maria falou baixinho, apenas para Ricardo ouvir.
- Que abraço demorado mãe! Vão achar que a gente desistiu de lutar. Vem cá. - Daniel falou e puxou a mãe para um abraço.
- Meu filho, protege Ricardo, por favor. Vão querer usar a família dele, estejam sempre unidos, um é a força do outro. - Dona Maria falou baixinho novamente, apenas para Daniel ouvir.
- Vão. Vocês já sabem o que precisam dizer para serem transportados para o local da guerra. Estamos todos confiantes, vocês responderam bem a todo processo de treinamento, estão preparados. - Thiago falou sorrindo e realmente esperançoso.
- Isso, vocês estão pronto. - Dona Maria completou.
- Penso, logo existe que estamos no local da guerra. - Ricardo e Daniel falaram juntos.
Quando chegaram ao local, eles logo perceberam que se tratava de uma floresta típica da terra, a floresta que aparecia nos sonhos de Daniel, ele informou isso a Ricardo e os dois ficaram lá, esperando algo acontecer. Horas se passaram e eles não ouviam nada, nem viam nada, era como se eles estivessem sozinhos ou no local errado. Daniel pensou em explorar a floresta, sair de debaixo do sol quente, mas Ricardo não permitiu, pois para Ricardo aquilo parecia algum tipo de embocada ou teste psicológico pra ver se eles cansavam.
Horas depois eles ouviram passos e risadas, mas não sabiam de onde estava vindo, nesse momento, aconteceu a mesma coisa que aconteceu no primeiro sonho que Daniel teve. Começou uma chuva estranha, primeiro apenas alguns pingos de água, depois uma chuva fraca, e logo já estava chovendo forte.
Nessa hora foi Ricardo que pensou em sair correndo para se proteger da chuva, mas Daniel já tinha passado por isso em seu sonho e segurou a mão de Ricardo, fazendo ele perceber que a chuva não atingia eles. Em alguns segundos a chuva se transformou em chuva de granizo, depois chuva de canivete e por último chuva de fogo, mas nada atingiu eles de fato. Então a chuva parou e eles ouviram aplausos, não de uma plateia empolgada, eram como palmas forçadas, como se debochassem deles.
- Que lindinhos de mãos dadas! Chega a me dar nojo. Pelo menos vocês não saíram correndo com medo de uma chuvinha. - Falou o guardião da Luz Prateada, sem mostrar o rosto.
- Isso é amor! Conhece? - Daniel falou.
- Eu sei bem o que é isso e não é amor, no máximo isso é desejo, luxuria, tesão, amor é outra coisa, vocês gays nunca vão entender o que é isso. - A voz voltou a ecoar.
- Vamos conversar cara a cara, nós podemos te ensinar o que é amor. - Daniel falou novamente, enquanto Ricardo apenas observava e tentava reconhecer de onde vinha aquela voz.
- Vejo que algum romântico treinou vocês, mas desistam, vocês não vão vencer essa guerra com amor, isso chega a ser ridículo. - A voz misteriosa falou.
- E como nós vamos vencer? - Daniel perguntou, fingindo acreditar que não era com amor.
- Vocês não vão. São dois fracos. Eu nunca que vou perder pra vocês. - A voz voltou a falar, mas dessa vez eles ouviram como se o som estivesse mais perto.
- Não se trata de vencer ou perder, se trata de permanecermos unidos e de pé. - Ricardo falou.
Nesse momento eles ouviram passos atrás deles, quando se viraram deram de cara com a imagem de Tulio.
- Pai? - Ricardo falou no calor da emoção, mesmo sabendo que não era possível que o pai dele estivesse naquele local.
- Não me chama de pai. Primeiro porque eu sou o guardião da maravilhosa Luz Prateada e segundo, porque esse rosto que estou usando também não permitiria ser chamado de pai por você. - Falou o guardião da Luz Prateada.
- Essa vai ser sua jogada? Ricardo já superou o que os pais dele fizeram. - Daniel falou, tentando parecer verdade, mas ele sabia que rejeição de pai e mãe não é uma coisa que se supere de um dia para o outro.
- Nem você acredita no que acabou de falar. Um pai, teoricamente, tem a obrigação de amar seu filho, mas esse não ama. Sabe o que o pai dele está falando nesse momento? Um preso perguntou se ele tinha filhos e ele disse que não, que já teve, mas faleceu. Mas no seu histórico não consta nenhum irmão, de quem será que ele está falando? - O guardião da Luz Prateada falou e deu uma risada alta no final.
- Eu sei que meu pai não me aceita, mas isso não me faz ter raiva dele, eu amo meus pais. Isso me dói profundamente, é como se arrancassem uma parte de mim, mas ainda são meus pais e eu seria capaz de perdoar os dois, se eles me pedissem. Mesmo que eles não me peçam perdão, eu continuo amando meus pais e querendo eles por perto. - Ricardo falou muito emocionado, mas com sinceridade.
- Erro seu, pois saiba que eles nunca vão mudar e eles estão certos. Duas bichas igual vocês não merecem ter uma família, não merecem ter amor. - O guardião da Luz Prateada falou.
- A gente não escolheu sentir o que sentimos, mas não tem nada de errado em amar, amar nunca vai ser errado. Errado é odiar. - Daniel falou, se emocionando também.
- Lindo discurso, mas na prática é diferente. Quero ver se você ama essa pessoa que me transformei agora. - O guardião da Luz Prateada falou, transformando sua fisionomia em Rodolfo.
- Você tem razão, eu não amo Rodolfo. Ele me enganou, me fez de idiota, me iludiu, tentou me manipular, me sequestrou, me torturou, eu ainda tenho as marcas da maldade dele no meu corpo, mas eu não desejo nenhum mal, nem pra ele. Se dependesse de mim eu simplesmente apagaria tudo o que vivemos da memória dele e deixaria ele seguir com a vida dele. Já senti muita raiva dele, admito, mas hoje eu só quero paz, inclusive paz interior. - Daniel falou, deixando cair algumas lágrimas de emoção.
- Que fofo! Perdoou o agressor? Vou canonizar vocês dois! E quanto a mim? Também me perdoaram? - O guardião da Luz Prateada falou, mas agora sua forma física se parecia com a de Clara.
- Clara! - Ricardo falou e arregalou os olhos, pois esse ainda era um assunto delicado pra ele.
- Exatamente! Clara. A que tentou te matar duas vez, a que divulgou imagens íntimas de vocês dois, a que foi responsável por seus pais te odiarem, a que fez você ser expulso de casa e ainda apanhar na rua, a santa Clara que é loucamente apaixonada por Daniel, uma paixão doentia, a Clara que pegava o celular de Daniel e copiava os vídeos de sexo de vocês, a Clara que te impediu de falar com Daniel quando você se arrependeu de não ter o beijado, a Clara que te considera o vilão da vida dela, a Clara que está presa nesse momento por sua culpa, a Clara que você retirou a loucura só para vê-la presa, esqueci de algo? Eu sei de tudo, sei de toda história de vocês na terra. Qual o sentimento que você tem por Clara, em Ricardo? - O guardião da Luz Prateada falou contente, acreditando que finalmente tinha vencido uma batalha.
- Eu confesso, é verdade. Eu ainda odeio Clara, não consegui perdoar. Minha dor é imensa. Eu também era amigo dela... - Ricardo começou a falar chorando, se culpando por ainda odiar Clara e com medo de ser o responsável pela derrota na guerra.
- Isso, realmente, vocês eram amigos, até você se recusar a beijar a boca de Daniel e isso destruir a vida do nosso pobre guardião da Luz Azul. Você foi um cretino com seu namorado, não bastava se recusar a beijar, você sumiu da vida dele, não deixou que ele entrasse em contato com você. Tudo por causa de um beijo. Isso é a prova de que o relacionamento entre vocês é baseado em sexo, pois transar não tinha problema, mas beijar tinha. O que você acha disso Daniel? - O guardião da Luz Prateada perguntou, achando que também desestabilizaria Daniel com essa afirmação.
- Isso é passado, Ricardo tinha medo do pai, na época eu não entendia, pois minha mãe sempre me acolheu, eu sempre fui sincero com ela, somos amigos, na minha cabeça todos os pais eram iguais a minha mãe, por mais que alguns não concordem com as atitudes dos filhos, mas hoje vejo que não, vejo que Ricardo estava certo na época, era arriscado o pai dele nos ver juntos. Sexo a gente fazia escondido, mas beijar a poderia realmente se descuidar, fora que na época minha mãe não teria condições de sustentar eu e Ricardo. Então o que importa é o presente. - Daniel falou olhando para o amado, mas Ricardo ainda estava calado, tentando controlar suas emoções.
- Engraçado você falar em presente, pois não vejo uma aliança no dedo de você. Você deveriam estar juntos no presente, não é? Mas não estão. Curioso o amor de vocês. - O guardião da Luz Prateada falou, zombando dos sentimentos dos dois.
- Não tem uma aliança em nosso dedo, mas nosso sentimento é verdadeiro, é amor de verdade o que sentimos um pelo outro. - Daniel falou com convicção.
- Eu ainda preciso falar sobre Clara, não concluir meu pensamento. Eu odeio muito ela, por tudo o que ela fez, mas estou tentando liberar o perdão, não para ser bonzinho ou coisa do tipo, mas porque sei que não me faz bem sentir ódio de outra pessoa. Eu sou humano, sou sujeito a todo tipo de falhas, todo tipo de sentimentos, mas não quero sentir ódio ou raiva dela, afinal ela já está pagando pelo que fez. Minha dor é enorme, não pelo que ela me fez, mas por ter sido ela, eu esperaria uma traição e uma tentativa de assassinato de muitas pessoas, até dos meus pais, mas de Clara não. A gente era amigo, andávamos juntos na igreja, quando ela me ligou falando que precisava de ajuda naquele dia que ela tentou me matar, eu não pensei duas vezes em ir ajudar, porque a Clara que eu tinha guardada na minha memória era a mulher espiritualizada, líder religiosa, a amiga leal que ajudava eu e Daniel a vivermos um romance quando a gente ainda tinha medo do mundo. Isso dói, isso é difícil de superar, mas eu ainda quero superar. Eu quero poder voltar a pensar na Clara e me sentir bem... - Ricardo falou sorrindo.
- Vocês são dois merdinhas mesmo. E quanto a esse rostinho gostoso aqui? - O guardião da Luz Prateada falou após transformar a sua fisionomia na fisionomia de Mario.
- O que Mario tem a ver com nossas dores? - Daniel perguntou nervoso, torcendo para que o guardião da Luz Prateada não soubesse da história.
- Vocês são uma piada como guardiões de algo tão poderoso. A Luz Prateada não pode ter a memória apagada, logo ela me conta tudo sobre vocês. Não existe nada que possa ser escondido. Sabem o motivo para a gente não guerrear enquanto Rodolfo era o guardião? Não, vocês não sabem, mas eu conto: Rodolfo, apesar de ter cometido vários crimes e ter uma ficha bem suja, não tinha remorso, não era capaz de sentir culpa pelo que fez, já vocês, não conseguem conviver com a própria culpa. Ricardo se culpa por ter abandonado Daniel da primeira vez, se culpa por não conseguir perdoar Clara, se culpa por não ser o filho perfeito para os pais. Já Daniel se culpa por ter pedido um beijo a Ricardo, por ter deixado o celular na mão de Clara e ela ter visto os vídeos de sexo, por ter transado com os seguranças naquele carro, por ter caído na conversa de Rodolfo, mas principalmente, se culpa por ter abandonado Ricardo naquele fatídico dia. Vocês são cheios de culpa, é fácil derrotar os dois. Essa guerra chega a ser ridícula de tão fácil. - O guardião da Luz Prateada falou, rindo, porém ele já estava enfraquecido, devido a todas as demonstrações de amor e humanidade de ambos.
- Você tem razão, eu fui o pior ser humano da face da terra naquele dia, nunca deveria ter deixado Ricardo sozinho, por motivo nenhum no mundo, essa culpa sempre vai me perseguir, mas estou tentando conseguir o perdão do meu amado. Já usei meus poderes pra isso, já determinei que sempre vou entender o que ele quer me dizer, determinei também que nunca mais vou trair os sentimentos dele, que nunca mais vou deixar ele se sentir só. - Daniel falou chorando, muito abatido, mas mais abatido ainda ficou o guardião da Luz Prateada, por sentir o amor nas palavras de Daniel. Já Ricardo, ficou surpreso ao ouvir aquele final, pois ele não sabia das últimas coisas que Daniel havia determinado.
- Oh meu amor, eu te amo, sempre te amei e sempre vou te amar, não existe nada nesse universo forte o suficiente para acabar com nosso amor. Eu já te perdoei por tudo isso e quero ficar ao seu lado. - Ricardo falou e abraçou Daniel.
- Ficar ao lado dele? Olha pra mim. Esse ser que você está abraçando preferiu o corpinho gostoso que estou projetando nesse momento do que ficar mais tempo ao seu lado. Você vai perdoar isso? Sabe como é o nome disso? BURRICE. - O guardião da Luz Prateada falou morrendo de raiva e quase sem forças, apontando para o corpo que estava mostrando aos dois, o corpo de Mario.
- Não, isso se chama amor. Eu tentei fugir disso, tentei ignorar, tentei me afastar, tentei gostar de outras pessoas, mas não tem jeito, é Daniel que eu amo, é com ele que quero passar o resto da minha vida. - Ricardo falou abraçando novamente Daniel, que desmaiou com as misturas de emoções, afinal era muita coisa que Daniel sentia naquele momento, ódio dele mesmo, culpa por tudo o que fez, mas também um amor intenso por Ricardo.
Na mesma hora Ricardo ouviu um gemido alto, como de alguém sofrendo com uma dor intensa, ele também viu um clarão que o deixou sem conseguir enxergar por alguns segundos. Quando o clarão finalmente sumiu e ele abriu seus olhos, não via mais a floresta e sim a sala de reuniões de Dradon e na sala estavam Thiago, Dona Maria, alguns outros conselheiros de Dradon e Daniel caído ao chão, desacordado.
- Vocês venceram! Vocês venceram a guerra! - Thiago gritou e Dona Maria correu para ver como Daniel estava.
- Graças a Deus ele está vivo. O que aconteceu lá? - Dona Maria falou depois de checar e perceber que Daniel estava respirando e o coração estava batendo normalmente.
- Muita coisa tia, mas e agora? O que acontece? - Ricardo perguntou olhando para Thiago.
- Agora vocês estão livres para viver suas vidas. Chega de guerras. Segundo o nosso código de honra interplanetária, você e Daniel não podem mais entrar em guerra, pois já venceram uma e precisam se recuperar. - Thiago respondeu.
- E nós, aqui em Dradon, teremos mais quatro décadas de paz, graças a vocês. - Outro guardião falou.
Eles ainda queriam uma reunião com Ricardo, para saber quais as estratégias utilizadas durante a guerra e montar a próxima defesa, mas Ricardo queria descansar e cuidar de Daniel. Ouvir tudo o que o guardião da Luz Prateada falou não foi fácil para nenhum dos dois, foram muitas feridas abertas para ambos. Agora eles precisavam descansar.
Daniel foi levado até um quarto preparado especialmente para humanos, quando acordou o médico de Dradon o examinou e disse que Daniel não tinha ferimentos visíveis. Ricardo também passou pela mesma consulta e também não tinha nada que precisasse de tratamento. O médico apenas falou que se eles sentissem algo emocional que procurassem um psiquiatra da terra para receitar remédios. Dona Maria ficou muito preocupada com o filho e o sobrinho, mas se tranquilizou ao ver o olhar de amor que ambos trocaram assim que o médico saiu do quarto.
- Meninos, quero aproveitar que os dois estão aqui, estão bem, vencemos a guerra, pra informar que a partir de hoje meu lar é em Dradon, posso fazer visitas rápidas à terra, mas meu verdadeiro lar vai ser Dradon. Aqui me sinto útil, aqui posso defender as pessoas que estão na terra, posso ajudar a polícia, posso proteger quem amo, lá na terra eu sou apenas uma velha, aposentada, que não tem mais serventia para nada. - Dona Maria falou.
- Mas tia, a senhora não tem amigos lá? E a igreja? As missa? E sua alimentação? - Ricardo perguntou preocupado.
- Uma coisa de cada vez, tenho muitos amigos na terra, mas são amigos que falo mais por telefone, então nada vai mudar. Sobre as missas, eu posso acompanhar daqui e transportar a hóstia consagrada sem que ninguém veja, já fiz isso antes e deu certo. Sobre minha alimentação também não é problema, estou comendo a mesma coisa que vem para Rodolfo e Sara, já tem tempo, a comida é muito gostosa e os Dradonianos sempre me trazem algum doce e frango cozido também, quando eu quiser comer algo diferente eu mesma vou até nossa casa na terra e pego. Mas alguma coisa? - Dona Maria falou.
- Vamos sentir sua falta. - Daniel falou.
- Mas vocês podem vir aqui quando quiserem e eu vou estar sempre vigiando vocês. - Dona Maria falou.
- Sempre não mãe, por favor. Não é pra senhora ver nossos momentos de intimidade. - Daniel falou e se levantou da cama.
- Que bobagem! Já vi coisa bem pior que sexo. Mas vou respeitar os momentos mais quentes entre vocês. Também não me agrada ouvir vocês gemendo, quanto mais ver. Pra mim vocês ainda são meus bebês. - Dona Maria falou, fazendo Daniel e Ricardo rirem.
- Se não tem outro jeito! Nos resta torcer para que a senhora seja feliz. - Ricardo falou e abraçou a tia.
- Eu já estou feliz meus filhos, feliz por ver vocês bem, feliz por Dradon estar salva, feliz por ser útil e ajudar a polícia a prender bandidos. Estou no terceiro melhor momento da minha vida, o primeiro foi quando Daniel nasceu, o segundo foi quando me tornei tia de Ricardo e o terceiro é este, poder ser útil na minha idade. - Dona Maria falou.
Eles se abraçaram e Dona Maria saiu do quarto, deixando Daniel e Ricardo sozinhos. Ao passar pelo corredor ela foi convidada para uma comemoração em Dradon, os Dradonianos iriam comemorar cavando e ela iria observar. Não era um programa muito empolgante para alguém da terra, mas ela estava feliz por ver a felicidade deles.
*** *** ***
Assim que Dona Maria saiu do quarto Daniel se aproximou de Ricardo, os dois se abraçaram e se beijaram por longos minutos. Após muito se beijarem, Daniel falou:
- Você me perdoou mesmo?
- Claro que sim! Eu te amo, não sei viver sem você e olha que tentei, mas não tem como. A gente não tem como apagar nossa história, mas podemos recomeçar.
- É tudo o que eu quero meu amor.
- Penso, logo existe: duas alianças de compromisso na minha mão. - Ricardo falou e as alianças apareceram. - Daniel, quer namorar comigo?
- Claro que quero, é tudo o que eu mais quero desde que a gente era adolescente. - Daniel respondeu empolgado e beijou o amado.
Os dois começaram a se beijar, o clima entre eles começou a esquentar, seus paus começaram a endurecer e suas mãos começaram a passear pelos seus corpos, aumentando o prazer de ambos. Mas eles não queriam transar ali.
- Amor, tive uma ideia: vamos ter nosso primeiro momento de prazer sendo namorados, mas não aqui, vamos para o espaço, sem que ninguém nos veja? - Daniel falou.
- Nossa! Fazer amor no espaço? Vamos! Vamos sim. Penso, logo existe eu e Daniel no espaço, sem que ninguém consiga nos ver, mas nós vamos conseguir nos ver e fazer amor flutuando no ar, a gravidade não vai nos afetar, vamos sentir como se estivéssemos na terra, porém vamos flutuar. - Ricardo falou.
Mal Ricardo fechou a boca e eles foram transportados para o espaço, na altura que eles estavam não era possível ver nada a olho humano. Antes de começarem a transar, Daniel falou:
- Amor, vou colocar uma música para tocar, presta atenção no começo da música, a letra resume muito do que passei e o que penso sobre você. Penso, logo existe que estamos ouvindo a música "Você", de Tim Maia.
Imediatamente a música começou a tocar, porém somente os dois ouviam. Daniel e Ricardo tiraram suas roupas e começaram a dançar pelados e abraçados ao som da música, que diz:
De repente a dor
De esperar terminou
E o amor veio enfim
Eu que sempre sonhei
Mas não acreditei
Muito em mim
Vi o tempo passar
O inverno chegar
Outra vez, mas desta vez
Todo pranto sumiu
Um encanto surgiu
Meu amor
Você
É mais do que sei
É mais que pensei
É mais que esperava, baby
Você
É algo assim
É tudo pra mim
É como eu sonhava, baby
Sou feliz agora
Não não vá embora não
Não não não não não
Não não vá embora
Não não vá embora
Não não vá embora
Não não vá embora
Vou morrer de saudade
Vou morrer de saudade
Vou morrer de saudade
Não vá embora
Não vá embora
Não vá embora
Vou morrer de saudade
Vou morrer de saudade
Não vá embora
Não vá, não vá
Vou morrer de saudade
Vou morrer de saudade
Quando a música acabou Daniel e Ricardo choravam de alegria. Eles voltaram a se beijar intensamente, seus paus novamente endureceram. Daniel começou a beijar todo o corpo de Ricardo, ele beijou a cabeça, a testa, os olhos, os ouvidos, o nariz, o pescoço, os ombros, os braços, as mãos, o peito, a barriga, as pernas, os joelhos, os pés, as cochas, a bunda e por fim começou a beijar o pau de Ricardo, que já babava de tesão.
Em poucos segundos Daniel já chupava o pau do amado com muito tesão, Ricardo gemia alto e se arrepiava com cada toque da boca de Daniel em seu corpo. Daniel chupava e beijava toda extensão do pau de Ricardo, mas chupava mais a cabeça e as bolas, deixando Ricardo louquinho de tesão.
- Meu amor, quero te comer aqui no espaço, posso? - Daniel falou.
- Sou todo seu, faz o que quiser comigo. - Ricardo respondeu.
Daniel virou o corpo de Ricardo, abriu as pernas do amado e começou a fazer um beijo grego nele, depois enfiou os dedos e ficou revezando entre beijo grego e dedada em Ricardo. O cu de Ricardo piscava de tesão, mordendo o dedo de Daniel. O passivo estava louco de vontade para receber a vara de Daniel dentro dele. E foi o que Daniel fez em seguida, ficou na mesma altura que o amado, colocou seu pau na entrada e forçou para dentro.
Não demorou para que o pau de Daniel estivesse todo dentro de Ricardo e os dois começassem a se movimentar, transando no espaço.
Daniel metia e tirava o pau de dentro de Ricardo, a cada estocada ele aumentava a velocidade e os corpos se chocavam cada vez mais rápido.
Ricardo sentia o pau de Daniel em seu cu e gemia alto, incentivando Daniel a meter mais rápido.
Daniel não demorou e gozou dentro de Ricardo, como o passivo ainda não tinha gozado, Daniel começou a chupar o pau do amado até sentir Ricardo gozando em sua boca. Daniel engoliu todo esperma do amado e os dois voltaram a ficar na mesma direção, voltando a se beijar. Após o beijo Daniel falou:
- Amor, desculpa por ter gozado tão rápido? Faz tanto tempo que eu não transo que tinha muito tesão acumulado.
- Eu adorei cada segundo dessa foda. Você gozou e me fez gozar, não importa o tempo que durou, o que importa é que nós dois gozamos. - Ricardo falou.
- Verdade. A gente ainda vai ter muito tempo pra fazer amor.
- Amor, tem noção de que nossa história agora é conhecida por muitas pessoas? - Ricardo perguntou, se referindo ao povo de Dradon, as pessoas da cidade deles e até outros planetas, como o que eles lutaram na guerra.
- Isso te incomoda? - Daniel perguntou.
- Não, de jeito nenhum. Eu quero que todos saibam que a gente se ama e por mais que alguns não concordem com nosso amor, ele é nosso, só nosso, e só nós dois podemos julgar nossa história. - Ricardo respondeu.
- Isso mesmo meu amor, concluímos agora um capítulo da nossa história de amor, mas começamos outro e esse capítulo vai ser lindo. - Daniel falou.
E foi assim que o novo casal começou a viver o seu felizes para sempre.
FIM!!!!
Dana Maria merece mesmo ser uma heroína de quadrinhos, ela é perfeita. Eu tbm faria o que ela fez, de ficar no lugar onde ela tem serventia
Tu encerrou muito bem, a foda entre Daniel e Ricardo foi uma rapidinho mas foi romantica. A história de Tulio tbm foi foda, ele lá na cadeia negociando, faltou mostrar mais da reação dos presos com o resultado da negociação, mas sei oq é escrever, a gente sempre esquece alguns detalhes.
Tb amei as fodas, Lucas sendo ativo me deu muito tesão, eles são meu casal favorito
Ainda n entendi pq terminar,dava pra render muito Mas enfim, foi perfeito. O casamento foi lindo, o juiz de paz resumiu a história de de Lucas e Geovani, eu voltei pra ler algumas partes.
Percebi alguns errinhos, mas acho que nada que atrapalhe a compreensão. Minha semana foi corrida e não deu pra revisar direito. Peço desculpas e espero que gostem.
O final foi lindo, vou custar a dormir hoje pensando nas cenas, mas não vou te perdoar por ter acabado justo quando tava bom.
Daniel Lopes, esse conto foi um presente pra mim,muito obrigado. Cara, a guerra foi muito melhor q imaginei. Olha que eu pensei que não seria bom, por ser uma guerra somente de emoções, mas você me supreendeu, finalizou muito bem todas as histórias. Pena que acabou. Estou orfão de contos. Vou procurar outros pra ler, mas vai ser difícil superar esse.
Na real nem sei oq comenta, foi tanta coisa linda q li. Esse padre q celebrou o casamento foi perfeito nas palavras, chorei aqui, aí depois veio uma porrada de cena deliciosa e termina com outra cena emocionante com direito a música de Tim Maia, tu é muito foda
Cara, eu sou muito fã dos teus contos, já li todos e amei todos. Parabéns por mais esse. Espero q n demore muito pa postar