Daniel ainda se sentia desprotegido na casa nova, pois ele recebia muitas mensagem de pessoas pedindo ajuda e algumas até ameaçando ele caso não ajudasse, então contratou dois seguranças para sua casa, Mario e Sergio, justamente os dois que tinham transado com ele no carro, mas ele não pretendia ter mais nada com os dois e não pretendia que ninguém soubesse do que aconteceu, foi a primeira coisa que ele conversou com os seguranças no momento da contratação.
Uma das primeiras coisas que Ricardo fez na segunda-feira foi ir até a delegacia e abrir um Boletim de ocorrência contra Clara. Tudo ocorreu depressa, visto que o advogado de Ricardo nesse processo foi Rodolfo e ele usou a influência dos seus poderes para agilizar as coisas. O celular de Clara foi apreendido na terça-feira e ela responderia ao crime em liberdade, nem detida ela foi, pois os policiais não acharam necessário, muitos ali conheciam Clara da igreja e tinham a imagem de boa moça dela. Rodolfo deixou por isso mesmo a pedido de Ricardo, o importante para ele era que Clara não ficasse impune. Clara preferiu esconder aquelas informações dos pais.
Diferente de Ricardo, Clara não quis processar Dona Maria, nem sequer deu queixa, quando a polícia chegou ela inventou um arrombamento e invasão, e o policial amigo do pai de Daniel confirmou a história que Clara contou. No fundo ela tinha esperança dos amigos perdoarem ela, mas todos a bloquearam das redes sociais e se afastaram dela. A única que não se afastou completamente de Clara foi Kamila. A psicóloga tentou dar uma bronca na amiga, mas viu que Clara não tinha empatia por Ricardo e desistiu de tentar ajudar, passando a falar somente o cordial com ela. A formação acadêmica de Kamila aliada a boa educação que recebeu em casa não lhe permitia virar as costas para ninguém, por pior que a pessoa tivesse agido, Kamila daria uma oportunidade para que a pessoa se reerguesse.
Kamila estava nas nuvens com o namoro, ela e Túlio já estavam públicos nas redes sociais, postando fotos de casal e tudo, mas eles aquilo não era pressa, pois o romance deles já era antigo. Kamila precisou diminuir o ritmo de trabalho para dar conta do namoro, mas ela estava feliz e isso é o que importava.
Daniel foi a atração na faculdade, todos queriam falar com ele, mesmo de forma virtual. Os professores faltavam chamar Daniel de rei, tudo o que precisava dar exemplos do cotidiano eles usavam algo da vida de Daniel. O bom foi que a faculdade de Daniel ganhou certos recursos financeiros que queriam fazia muito tempo e teve projetos aprovados, o que geraria melhoras para todos.
Ricardo e Daniel não conversaram mais depois de tudo o que descobriram e depois que Daniel não ficou ao lado dele no momento que ele mais precisava. Ricardo não queria ir morar junto com Daniel, mas Dona Maria insistiu, segundo ela a casa era dela, mesmo estando no nome de Daniel, pois a criação de Daniel era essa, quem manda na casa é Dona Maria, independente de quem pague as contas ou de quem é o dono legal da casa. Daniel respeitava a mãe e não discutia as suas decisões.
Daniel tentou conversar com Ricardo várias vezes durante a semana, mas sem sucesso, Ricardo se afastava e se escondia toda vez que Daniel se aproximava. Daniel também mandou mensagens através das redes sociais, mas Ricardo não leu. Tentou também dar presentes caros, como um iphone 13, um dos carros que ganhou, roupas de marca e outros produtos super caros, mas Ricardo não recebeu nada. Daniel ainda tentou a interferência da mãe e dos amigos, mas todos acharam melhor dar um tempo para Ricardo se acalmar.
Nisso, os dias foram passando. E quem se aproveitava era Sara, ela não saia do lado de Daniel, ajudava ele a tomar todas as decisões sobre o dinheiro e os bens, além de tentar jogar todo seu charme pra cima de Daniel.
Na quinta-feira Daniel comprou uma loja de departamentos gigante e já aproveitou para contratar Lucas, Geovani e Ricardo como funcionários. Lucas e Geovani disseram não a princípio, mas o cargo oferecido a Geovani era o de coordenador geral, cargo que não existia antes na loja, Daniel inventou o cargo por saber que o amigo pretendia se tornar coordenador em escolas públicas e ser coordenador em uma loja daquele tamanho era excelente para o currículo, por isso Geovani acabou aceitando o emprego e começaria a trabalhar na segunda-feira.
Já com Lucas a conversa foi diferente, mais fácil de certa forma, pois Lucas pretendia fazer faculdade de Gestão de Recursos Humanos, então Daniel contratou o amigo como auxiliar de RH. Lucas não teve como recusar essa proposta, ele também começaria na próxima segunda-feira. Tanto Lucas quanto Geovani, apesar de aceitarem a proposta de emprego de Daniel, não retomaram a amizade da forma que era. Eles esperavam um pedido de desculpa da parte de Daniel, não pedindo desculpas para eles e sim para Ricardo, mas Daniel só sabia se justificar, o que demonstrava que ele não compreendia de verdade a gravidade do que fez.
Para falar com Ricardo foi preciso Dona Maria intermediar a conversa. No início ele também pensou em recusar, mas a verdade é que ele não teria outra oportunidade de emprego tão cedo na cidade e acabou aceitando a oferta de Daniel, mas não no cargo de gerente de vendas como era a proposta de Daniel, Ricardo aceitou começar como vendedor. Daniel tentou usar essa contratação para obter uma brecha e poder falar com Ricardo, mas não conseguiu nada além de conversar sobre as funções que Ricardo exerceria e todas as conversas em público. A verdade é que Ricardo tinha medo de ser seduzido por Daniel se ficasse mais de dois minutos sozinho com ele.
Ricardo começou a trabalhar na sexta-feira pela manhã. O primeiro dia foi complicado, ele ficou no setor de eletrônicos da loja e não sabia responder todas as perguntas dos clientes. A sorte de Ricardo é que seu supervisor, Alberto, é um cara muito gente boa, responsável e educado. Alberto pouco saia de perto de Ricardo e sempre que não tinha clientes ele aproveitava para ensinar alguns truques ao novato. Alberto não concordou com Ricardo ter sido jogado para vendas tão rápido, sem um treinamento mínimo, mas essas eram as ordens do novo dono.
Daniel morria de ciúmes da atenção que Alberto dava para Ricardo, mas no ambiente de trabalho ele não poderia fazer nada, até porque o contato de Alberto com Ricardo era estritamente profissional. Mas ele não poderia evitar o ciúmes, afinal Alberto é um homem de 27 anos, bonito, responsável e estava sendo muito atencioso com Ricardo, coisa que ele sabia que era o que Ricardo mais precisou e ele negou.
Alberto percebeu os olhares que Daniel dava para Ricardo e deduziu que, diferente dos outros novos funcionários, Ricardo era mais que um amigo para Daniel. Com a intenção de entrosar a equipe, já que alguns se recusavam a ajudar Ricardo, Alberto marcou de sair no sábado à noite com todos os 11 supervisionados por ele do setor de eletrônicos.
*** *** ***
Na sexta-feira à noite Geovani foi jantar na casa de Lucas, isso não era novidade, pois Geovani passou a semana toda indo jantar lá e dormindo no quarto de Lucas. Mas dessa vez era diferente, pois o jantar tinha um motivo especial.
- Então, meu genro, nos conte o motivo para tanto suspense. - O pai de Lucas falou se divertindo com a vergonha do filho, pois todos naquela mesa sabiam muito bem o que Geovani queria.
- Seu Robson, Dona Lúcia, eu vou direto ao ponto: vocês me permitem namorar oficialmente com o filho de vocês? - Geovani disse tremendo de nervoso.
- Claro que permitimos! Você já é nosso genro e já faz nosso filho muito feliz. - Disse Dona Lúcia empolgada e indo abraçar o genro.
- Vai com calma aí mulher! Será que esse Geovani é a melhor escolha para nosso pequeno Lucas? Quais são suas intenções com meu filho? - Seu Robson disse enquanto segurava o riso. Fazendo a esposa tentar segurar o riso também.
- São as melhores possíveis, agora temos um emprego, vamos juntar dinheiro, nos casar... - Geovani falava gaguejando.
- Casar? Então você vai roubar meu tesouro de dentro de minha casa? - Seu Robson perguntou fingindo seriedade.
- Nós podemos morar todos juntos... - Geovani tentava falar.
- Para vocês viverem as nossas custas? - Robson perguntou fingindo-se de bravo.
- Pai, eu não sou uma donzela em perigo. - Lucas falou chateado pelas brincadeiras do pai, ele bem sabia que o pai era brincalhão e não deixaria aquele acontecimento passar sem perturbar ele e o namorado, mas esperava que fossem brincadeiras mais leves ou em outro momento.
- Desculpa meu filho, mas esse seu namorado é muito engraçado. Quem, em 2021, ainda pede a permissão dos pais do namorado para poder namorar? Não posso perder a oportunidade de brincar... - Seu Robson disse e caiu na gargalhada, fazendo a esposa ri também e Geovani ficar mais tranquilo.
- Eu quero fazer tudo certinho. Não quero que vocês pensem mal de mim. O senhor permite então? - Geovani perguntou mais calmo.
- Claro, claro que permito. Você já frequenta minha casa, já gasta minha energia, já dorme por aqui, já come da minha comida, já come até meu filho! - Seu Robson falou e tomou uma cotovelada de leve da esposa.
- Isso não é assunto Robson, Lucas vai queimar a pele de tanta vergonha. - Dona Lúcia falou ao notar a vergonha do filho.
- Vergonha de transar gritando eles não têm! - Seu Robson falou.
- A gente faz muito barulho? - Lucas perguntou de cabeça baixa.
- Demais! Mas estão na idade disso mesmo! Fazer muito barulho, acordar a vizinhança, quebrar a cama, subir pelas paredes de tesão, inventar fantasias, aprender posições novas... A idade é essa, depois vem a dor de coluna, vem a falta de tempo e vocês começam a ficar só no papai e mamãe pra gozar rapidinho e aliviar o tesão, no caso de vocês é papai e papai... - Falou Seu Robson tentando brincar com Lucas e Geovani, mas os dois estavam com ainda mais vergonha.
- Menos, marido! Vamos com calma. - Falou Dona Lúcia repreendendo o marido.
- Menos? Eu já fiquei anos esperando nosso filho se abrir com a gente. Não perco mais nenhuma oportunidade de falar o que penso. Falando nisso, quarta-feira vocês transaram e não tomaram banho depois. Meninos, é importante tomar banho depois do sexo. Existem muitas bactérias que podem passar de um para o outro e causar doenças... Eu nem preciso falar do uso obrigatório da camisinha né? Já pedi para Lúcia fazer um estoque no quarto do Lucas, mas ela tem vergonha de interferir na relação de vocês, então façam esse estoque vocês, sexo oral é maravilhoso, mas se perceberem qualquer diferença no amigão do outro não coloquem a boca. Eu não tô nem aí se vocês têm vergonha de me ver falando sobre a vida íntima de vocês ou não, não quero meu filho pegando doença sendo que é tão simples de evitar. Outra coisa: fazer exames viu! Sei que Lucas era virgem e Geovani é crente, mas nunca é demais se prevenir. - No fundo Seu Robson está certo no que diz, só não era o momento, mas isso era resultado de anos querendo conversar com o filho sem encontrar brecha, agora ele queria falar tudo.
- Vamos deixar essa conversa para outro momento e vamos jantar. - Dona Lúcia disse cortando a conversa do marido.
- Antes de jantar eu preciso completar meu objetivo dessa noite. Já que seus pais estão de acordo eu preciso te pedir oficialmente, na frente deles e te entregar isso. - Geovani se ajoelhou, tirou uma caixinha do bolso e abriu a caixinha, mostrando duas alianças de compromisso.
- Eu não acredito! Amor, são lindas! - Lucas disse emocionado.
- Lucas, sei que faz pouco tempo que nos conhecemos e que ainda não sou o cara mais aberto do mundo para me relacionar com outro homem, mas meu amor por você me faz ter a certeza que isso é o correto a ser feito. Aceita namorar comigo? - Geovani perguntou, mesmo sabendo a resposta.
- Clara que aceito meu amor, te amo mais que tudo. - Lucas respondeu e puxou Geovani para cima, para um beijo apaixonado.
- Ótimo. Protocolos cumpridos. Depois vocês transam no quarto, agora vamos jantar que já passou da minha hora e o jornal nacional já vai começar. - Seu Robson falou sem perder o bom humor.
Eles colocaram as alianças no dedo um do outro e começaram a jantar e conversar um pouco durante o jantar. Os pais de Lucas queriam saber tudo sobre o trabalho dos dois e como Geovani conciliaria faculdade com o serviço, mas isso era outra vantagem do cargo deles: não precisam estar presentes o tempo todo, poderiam escolher seus horários de trabalho e suas responsabilidades. Seu Robson achou um absurdo aqueles cargos existirem, mas concluiu que era bom para os dois. A conversa estava ótima até dona Lúcia perguntar sobre os pais de Geovani e como eles viam o relacionamento.
- Eles não sabem e não precisam saber. A gente tem essa casa pra se encontrar e tempos a casa de Daniel também, além disso podemos sair como amigos por aí. - Lucas falou antes de Geovani responder.
- Não. Eu não vou poder esconder isso por muito tempo. Melhor falar logo. Vou contar hoje, vou falar agora. - Geovani falou se levantando da mesa.
- Você tem certeza? Não precisa decidir tão rápido. Eu comentei para saber, não para te pressionar a falar. Na nossa casa vocês têm total liberdade para serem quem são. - Dona Lúcia falou percebendo o nervosismo do filho.
- Eu preciso fazer isso por mim! A vida que vivi até hoje não me cabe mais. E se meus pais não entenderem isso paciência, eu já posso me virar sozinho, o que me restou das minhas economias eu posso alugar a casa de Dona Maria, é bom que é mais perto daqui. - Geovani falou tentando parecer calmo.
- Quer que eu vá com você? - Lucas perguntou.
- Não. Eu sozinho lá é mais fácil. Se meus pais agirem igual aos pais de Rick eu consigo correr melhor sabendo que você está a salvo. - Geovani disse e se levantou.
- Mas promete que volta hoje ainda pra dormir comigo, aconteça o que acontecer? - Lucas perguntou com voz de choro.
- Claro, meu amor! Não são nove da noite ainda e a gente precisa comemorar que estamos com nossas alianças e com a bênção de teus pais. - Geovani disse e saiu.
*** *** ***
Enquanto Geovani se dirigia para sua casa, sem saber o que iria ser do seu futuro, Sara e Rodolfo conversavam apreensivos, também sem saber o que o futuro lhes preparava.
- Sara, algum avanço com Daniel? - Rodolfo indagou.
- Nada! Eu tenho me esforçado, já enviei nudes fingindo ser sem querer e vi que ele ficou excitado até, mas nem comentou comigo, nem mudou de postura. - Sara falava decepcionada.
- Me poupe desses detalhes, você ainda é minha filha. Incompetente, mas minha filha. - Rodolfo falou irritado.
- O senhor também não avançou na conquista da confiança dele, pelo menos isso eu tenho, ele não decide nada sem me perguntar. - Sara falou orgulhosa.
- De que isso vai valer quando ele descobrir que você é minha filha? Se ainda estivesse apaixonado por você a gente enrolava. Precisamos fazer ele errar feio para os poderes não funcionarem direito. - Rodolfo falou irritado.
- Se for por isso os poderes dele vão ser uma merda! - Sara falou cheia de confiança.
- Como assim? Fale logo o que você sabe e eu não sei. - Rodolfo falou impaciente.
- Não sei muito bem, mas parece que ele cometeu uma merda grande com o tal de Ricardo que até a mãe não está falando normal com ele. - Sara disse.
- Se até a santa mamãe dele ficou contra o filhinho querido significa que o erro foi grande e machucou todo mundo... Me tira uma dúvida que meus poderes estão sobrecarregado hoje, esse Ricardo é o primeiro amor homem da vida dele? O das fotos e vídeos íntimos? - Rodolfo perguntou curioso.
- Esse mesmo! Parece que eles ainda se gostam, por isso Daniel não consegue focar em mim. - Sara disse.
- Não acredito. É bom demais para ser verdade! Isso é muito melhor do que a gente poderia esperar. E a gente não precisou armar nada. Daniel caiu por si só. - Rodolfo falava se divertindo.
- Como assim pai? Me explica isso. - Sara indagou confusa.
- É muito simples minha filha: fazer as besteiras que eu fiz enfraquece os poderes, é bem verdade, mas fazer o amor da sua vida sofrer é muito pior. Essa Luz Azul tem umas regrinhas idiotas sobre a força do poder estar baseada na bondade do coração, mas é ainda mais baseada no amor. Se o amor não está em ordem os poderes não funcionam. Meu antigo mentor me dizia que nem as coisas simples funcionariam, mas ele não tinha certeza sobre isso. - Rodolfo falava animado.
- O mentor que o senhor matou? - Sara perguntou.
- Foi um acidente. Até a Luz Azul não me condenou por esse crime, mas o concelho quis me condenar e eu não iria me submeter aqueles arrogantes. - Rodolfo falou com raiva. As conversas com Rodolfo eram sempre assim para Sara: um misto de emoções.
- Quanto tempo o senhor acha que ainda fica com os poderes? - Sara perguntou.
- Não sei exatamente, pois não sei quanto tempo passei com os poderes dentro de mim sem eles se manifestarem. Talvez temos mais um mês pela frente. - Rodolfo disse achando estar certo, mas estava completamente errado.
- Um mês??!! Pai, é pouco tempo. A partir de domingo vou intensificar a sedução, vou dopar Daniel e engravidar dele, chega de planos bonzinhos.
*** *** ***
Geovani chegou em casa apreensivo, ele não sabia o que esperar, muito menos qual seria a reação de seus pais. Os pais de Geovani eram cristãos desde que nasceram e sempre se mostraram muito preconceituosos a tudo o que era diferente do que eles acreditavam. Mas, ao mesmo tempo, nunca foram agressivos, nem nunca impuseram nada aos filhos, sempre foram de conversar e deixar os filhos viverem da forma que achavam melhor, o problema era que nunca viram os pais lidando com gays tão de perto e o medo de Geovani era justamente esse. Ele reuniu os pais na sala de casa e aproveitou para chamar a irmã, quando todos estavam sentados o pai de Geovani começou a falar.
- Qual o assunto meu filho? Vai morar fora, agora que está trabalhando? Não estou gostando nada de ver você passando tantos dias longe de casa.
- Tá na cara que o viadinho nos reuniu aqui pra falar que chupa rola, já estava na hora de assumir. - Debora falou em tom de brincadeira, como ela sempre perturbava o irmão, sem saber que era verdade.
- Mais respeito minha filha, você está debaixo do nosso teto! - A mãe de Geovani falou de forma séria e firme. Ela suspeitava que o filho realmente fosse gay.
- Debora Garcia, eu já te falei que não é aceito esse tipo de linguagem na minha casa! - O pai de Geovani falou irritado.
- Isso tudo é culpa daqueles seus amigos da escola, eles te levaram para o mal caminho. - A mãe de Debora falou.
- Foquem no via... quer dizer, foquem no meu irmãozinho e esqueçam de mim. - Debora falou tentando desviar o assunto.
- Fale logo meu filho. Precisamos dormir cedo. - A mãe de Geovani falou impaciente.
- Família, eu guardo isso desde que sou criança, já tentei lutar contra isso de todas as formas possíveis, já fiz jejum, já orei, já me penitenciei, já pedi a Deus com todas as minhas forças... Mas eu não consigo mudar isso, esse é quem eu sou... E eu sou gay! - Geovani falou o mais rápido que conseguiu, ainda assim parecia uma eternidade.
- Meu filho, vamos dar um jeito nisso! O pastor João faz uma sessão espiritual que afasta esses sentimentos. - O pai de Geovani falou.
- Cura gay não existe! - Geovani falou quase chorando.
- Não é cura gay. É um tratamento espiritual e psicológico. Acontece em muitos países do mundo e funciona. Realmente não é cura, pois não se trata de doença carnal, é um tratamento espiritual, pois se trata de demônios. Não são simples demônios, são do tipo perigosos, que levam um tempo e precisam de internação. É bem caro, mas... - O pai de Geovani falava, mas foi interrompido.
- Parem com isso! Não tem demônio nenhum possuindo meu corpo! - Geovani falou firme.
- Filho, eu já estudei sobre isso, acompanhei alguns tratamentos de perto, não é bem possessão, está mais para influência, pois muda até a forma de pensar. Por isso o tratamento é intensivo e pode demorar, por serem muitas áreas da vida para mudar. - O pai de Geovani falou.
- Isso vai ser o melhor para você meu filho, você vai ser um grande homem. - A mãe de Geovani falou.
- Isso não existe! Não é demônio, é só uma forma diferente de amar. Me digam uma pessoa que passou por isso e deixou de ser gay. - Geovani falou bravo.
- O Ramon, ele é um bom... - A mãe de Geovani falou.
- Puta que pariu! Ramon é gay? - Debora falou espantada!
- Era, ele era gay! Mas agora ele é um homem novamente. - A mãe de Geovani disse.
- Ramon continua sendo gay, só parou de pegar homem por medo. Mas ele continua tendo o desejo. - Geovani falou.
- Como você sabe? Você e ele... - O pai de Geovani perguntou.
- Não! Mas a forma como ele me olha e como me segue no banheiro da igreja é bem clara que o desejo está ali. Isso só é prova que não funciona. - Geovani falou irritado.
- Mas com você pode funcionar, não custa tentar! Você mesmo disse que já tentou de tudo, mas isso você não tentou. - O pai de Geovani falou.
- Eu não quero! Eu quero ser eu mesmo! A questão é justamente essa: eu não quero mais fugir de ser quem eu sou, não quero mais lutar. Eu me amo exatamente do jeito que eu sou e eu não pedi a Deus pra nascer assim. - Geovani falava firme.
- Você está ciente de que vai para o inferno? - A mãe de Geovani perguntou.
- Eu, a senhora que mente para os cobradores, papai que sonega imposto, a Debora que... é a Debora, o pastor João que pega o dinheiro dos fieis para comprar casa na praia, enquanto muitos da igreja moram de aluguel... A lista de pessoas no inferno é longa! Olha, não estou aqui para buscar a bênção de vocês, só quero ser respeitado por quem eu sou. - Geovani disse.
- Vejo que você sofreu uma lavagem cerebral gigante. Não somos nós que vamos conseguir te convencer do contrário. Você vai viver sua vida do jeito que você quiser. Não tocaremos mais nesse assunto, mas você vai precisar respeitar nossa casa. - O pai de Geovani falou.
- Eu vou sair de casa. - Geovani disse friamente, sabendo que aquilo iria atingir os pais que sempre foram super protetores.
- E vai pra onde, meu filho? A gente não está te expulsando. Só queremos respeito aqui, por favor não nos abandone. - A mãe de Geovani apelou.
- Calma mãe. Eu não vou abandonar vocês, acontece que agora estou trabalhando e poderei pagar minhas contas. - Geovani disse.
- Você não precisa sair de casa meu filho, quer trazer os gays, pode trazer, é pecar que você quer, pode fazer isso aqui em casa. Tudo menos me afastar de você. - A mãe de Geovani falava chorando, depois levantou e foi abraçar o filho.
- Mãe, eu vou morar aqui na cidade, a senhora será bem-vinda a minha casa... - Geovani falava enquanto abraçava a mãe.
- Sua mãe tem razão, essa casa é sua, está no nome de vocês dois. Não nos machuque desse jeito. A dor de te ver distante é insuportável para nós. - O pai de Geovani falou e foi abraçar o filho.
- Eu não acredito! Já não bastava ter ex ficante gay, ex namorado gay, agora meu irmão também é um boiolinha!!!! E pior, meus pais aceitam tudo? O mundo está perdido. - Debora falou raivosa.
- Respeite seu irmão. Ele é gay, mas continua sendo seu irmão e eu exijo respeito entre vocês. - A mãe de Geovani falou.
- E você não é o melhor exemplo de cristã que existe, cuide de anular os seus pecados e deixe seu irmão cuidar dos pecados dele. - O discurso do pai de Geovani mudou repentinamente.
- Era só o que me faltava, meus pais aderindo a moda de aceitar o filho viadinho. - Debora fala e vai para seu quarto.
A conversa entre Geovani e os pais não durou muito depois daquilo, Geovani estava decidido a sair de casa para ter sua liberdade. Ele viu a irmã se arrumando pra sair e antes que Debora saísse de casa, Geovani a puxou para o lado de fora da residência e disse:
- Eu não vou permitir que você me trate assim.
- Olha pra bichinha gente! Se fingindo de homem! Que vê até pensa que é homem! O que você vai fazer pra me impedir de falar com você da forma que eu quiser? - Debora falou debochando.
- Que bom que você perguntou! Eu tenho a senha de todos os seus e-mails, até daquele fake racista, você sabia que racismo é crime? Não me provoca, eu não sou um Ricardo que é bonzinho, muito menos um Daniel que é lerdo, eu te faço pagar com juros e sem sair de dentro da lei. - Geovani falou e saiu, tentando voltar para casa de Lucas, mas a irmã puxou seu braço e falou revoltada:
- Eu desejo, do fundo do meu coração, que você seja violentado no caminho de volta para o antro de prostituição que você está indo toda noite, desejo mais, quero que você apanhe e seja ameaçado de morte, que te façam terror psicológico, e que a polícia fique ao lado da pessoa maravilhosa que te ameaçar. - Debora falou e saiu
*** *** ***
Debora estava furiosa com a atitude do irmão, pegou o celular no mesmo instante e ligou para Túlio, o pai de Ricardo, assim que ele atendeu ela foi dizendo:
- Seu Túlio, a Dona Ana está aí? Preciso combinar uma coisa com vocês urgente.
- Está sim, o celular está no viva voz, pode falar. - Seu Túlio falou.
- Vou falar com o advogado para ir amanhã mesmo tentar o acordo com Daniel. Este é o melhor momento, Daniel acabou de adquirir uma empresa gigantesca e não vai querer perder clientes com um escândalo. - Debora disse.
- Quanto você está pensando em pedir? - Perguntou Seu Túlio.
- Um milhão pra cada um de nós, além dos honorários do advogado. Daniel pode, fiquei sabendo que o prêmio foi 100 milhões fora as casas e os carros.
- Não é muito ambicioso? - Falou Dona Ana.
- Que nada! Isso é o valor inicial, ele deve fazer uma contra proposta. - Debora disse.
- Esse povo riquinho faz de tudo pra não ter escândalos. Sei o que é ser empresário. - Falou Túlio.
- Então está fechado! Amanhã mesmo nosso advogado vai lá. - Debora disse.
- Mas por que a pressa? - Dona Ana perguntou.
- Meu irmão virou gay por influência desse Daniel, tenho certeza. Quero acabar com a raça dele o mais rápido possível. - Disse Debora, abrindo um sorriso bem alto.
Debora desligou a ligação e foi encontrar mais um cara que ela conheceu por um dos muitos aplicativos de relacionamento que ela tem.
*** *** ***
Quando Geovani retornou para casa de Lucas já passava da meia noite, mas tanto Lucas, quanto os pais dele ainda esperavam Geovani chegar.
- Gi, está tudo bem? - Lucas perguntou e correu para abraçar o namorado.
- Não sei dizer! - Geovani falou enquanto olhava para o nada.
- Como assim não sabe dizer? Contou para seu pais? - Dona Lúcia perguntou.
- Contei sim! - Geovani ainda estava reflexivo.
- Meu genro, nos dê os detalhes. - Seu Robson falou impaciente.
Geovani relatou passo a passo da conversa que ele teve com os pais e com a irmã. Lucas se limitou a ouvir e abraçar o namorado, dando alguns beijos em seu rosto de vez em quando. Seu Robson ficou revoltado, sentiu vontade de falar tudo o que ele pensava sobre a cura gay, mas preferiu deixar isso pra lá para não aborrecer o genro ainda mais. Dona Lúcia também ficou inconformada, mas preferiu enaltecer a atitude de Geovani.
- Você agiu muito bem. Está de parabéns! Se impôs, mostrou que já é um homem crescido. - Seu Robson falou.
- Eu sei! Também gostei da forma como agir hoje! Mas não sei o que pensar sobre essa conversa com minha família. Por um lado meus pais disseram que não vão interferir na minha vida, por outro eles têm a certeza que eu vou para o inferno. - Geovani disse sem conseguir ter uma reação.
- Mas o que você pensa sobre isso meu amor? - Lucas perguntou.
- Faz dias que Daniel me fez ver que Deus não vai me condenar por causa de quem eu amo, mas é complicado saber que meus pais pensam assim. - Geovani disse.
- Nos adota como seus tios. Está na moda isso! A Maria adotou o Ricardo e você pode nos adotar também. E é ainda melhor porque você e o Lucas continuam namorando e você é uns anos mais velho que nosso filho. - Dona Lúcia disse.
- Ha ha, eu prefiro ter vocês como sogros apenas. Vocês são incríveis assim e eu não mudaria isso por nada! - Geovani disse.
- Que bom que você está sorrindo! Eu preciso dormir pra acordar cedo, não tenho um amigo rico que me ofereça o emprego dos sonhos. Boa noite meninos e podem gritar tranquilos que eu tenho um fone que me ajuda a dormir e a Lúcia quando dorme é igual pedra, só se mexe com nosso toque. - Seu Robson falou.
- Pai! Assim o senhor vai me matar de vergonha! - Lucas falou fingindo estar chateado.
- Atura ou surta filhote! Não é assim que tua geração diz? - Seu Robson falou rindo e foi para o quarto.
- Boa noite meninos! Geovani, um dia você se acostuma com o Robson, eu agradeço a Deus por ele não ser preconceituoso, pois se fosse as piadas seriam diferentes. Então nem reclamo. - Dona Lúcia disse e foi para o quarto.
- Vamos para o quarto também? - Lucas perguntou com uma carinha safada.
- Vamos sim, mas hoje eu quero ser passivo. - Geovani disse.
- Amor! Eu me depilei, passei um gel com sabor pra você experimentar e vai jogar fora? - Lucas falou meio chateado.
- Não! Eu posso te comer também, mas eu quero dar! Desde a nossa primeira vez você sabe que eu tenho fogo no cu. - Geovani falou pegando no pau de Lucas e puxando-o para o quarto.
- Da última vez não deu certo. - Lucas falou.
- A gente só tentou uma vez e talvez a gente não tenha encontrado o estimulo correto para te excitar. - Geovani disse.
Ele começaram a se beijar de forma intensa. Geovani beijava Lucas enquanto passava a mão pelo corpo do namorado. Ele sabia exatamente o que deixava Lucas louco de tesão e foi descendo pelo corpo do mais novo, beijando e lambendo cada pedacinho daquele corpo jovem. Geovani tirou toda a roupa de Lucas e pode comprovar que o pau do namorado já estava quase no ponto máximo. Geovani começou a chupar o pau de Lucas, primeiro a cabeça, depois lambia o corpo do pau amado, depois as bolas e voltava para o corpo e depois chupava as bolas novamente e voltava a chupar a cabeça.
Enquanto chupava Lucas, Geovani dedava o próprio cu, abrindo espaço para receber o pau do namorado pela primeira vez. Lucas sentia muito tesão ao ser chupado pelo namorado, mas sempre abria as pernas, involuntariamente, para ser chupado no cu. Geovani fingia não notar a reação natural do corpo de Lucas em querer ser passivo e continuava chupando seu pau.
Quando achou que era a hora certa, Geovani colocou uma camisinha no pau de Lucas, que estava completamente duro, e começou a sentar. A cabeça foi passando e o pau entrou, mas mal Geovani rebolou e começou a sentir prazer e o pau de Lucas murchou dentro do seu cu.
Geovani não se deu por vencido de primeira, tentou mais uma vez. Chupou novamente o pau de Lucas, chupou até o cu do amado dessa vez... Quando o pau de Lucas estava duro novamente, Geovani sentou, mas quicou duas vezes e o pau de Lucas amoleceu.
- Desculpa amor? Eu não consigo segurar a ereção. - Lucas falou quase chorando.
- Não tem problema. Deixa que eu te como. - Geovani falou e Lucas se animou.
Lucas virou de quatro na cama, ficando na posição de quatro, e sentiu a boca do amado chupando seu cu, em um cunete violente, do jeito que Lucas adorava e que fazia ele gemer alto. Lucas gemia e Geovani aproveitava para lhe dar tapas na bunda, que só aumentavam o prazer do passivo.
Geovani colocou uma camisinha e mete eu Lucas de uma vez só, que gemeu alto e falou:
- Isso é castigo por eu não consegui te comer?
- Gostou do castigo? - Geovani falou tirando o pau inteiro do cu de Lucas e colocando novamente, arrancando mais gemidos dos dois.
- Adorei. Me castiga mais meu homem!
E Geovani atendeu, com Lucas ainda de quatro ele começou a entrar e sair com o pau do cu de Lucas, metendo cada vez mais rápido e mais intenso, dando tapas na lateral da bunda do amado. Depois de alguns minutos Geovani mandou Lucas cavalgar em seu mastro e Lucas obedeceu. Sentou com tudo na pica de Geovani e foi subindo e descendo sem parar. Com poucos minutos que Lucas subia e descia alucinando de prazer, Geovani quis meter também, então mandou Lucas ficar parado enquanto ele movimentava o quadril, para baixo, para cima e rebolava para os lados. Lucas começou a se masturbar até que o casal gozou juntos.
- Amor! Vai dizer que não gosta de me comer? - Lucas perguntou tentando recuperar o folego.
- Eu adoro te ver gemendo de prazer e saber que sou eu que estou te proporcionando isso, mas também queria sentir esse tipo de prazer. - Geovani falou ainda recuperando o folego também.
- Tudo culpa de Daniel e Ricardo que te viciaram em rola no cu ha ha ha - Lucas falou rindo.
Eles foram tomar banho para dormir.
*** *** ***
No sábado pela manhã o escritório de Daniel não parava, foi assim a semana inteira, resolvendo muitas burocracias do mundo dos negócios e recebendo diversas pessoas que queriam ter seus projetos patrocinados por Daniel. Naquele sábado ele tinha agendado uma conversa com Hélio, o namorado de Kamila, a conversa foi tranquila, o projeto era excelente e Daniel gostou também de poder associar o projeto a sua empresa, orientação de Sara para melhorar a imagem da empresa. Kamila também estava presente nessa reunião, mas não interferiu, afinal ela entraria apenas como uma das psicólogas colaboradoras do projeto.
Em resumo o projeto tinha duas vertentes: a primeira era terapia gratuita para pessoas carentes e a segunda era ações sociais em bairros periféricos. Inicialmente Daniel entrou doando uma das casas que recebeu para ser a sede do projeto e o local de atendimento psicológico. A casa que Daniel doou para essa finalidade era excelente, tinha 4 quartos, um deles com suíte, dois banheiros, sala, copa, cozinha, garagem, área na frente, área lateral e área nos fundos.
Agora cabia a Hélio fazer as instalações necessárias. Rodolfo participou dessa reunião e fez questão de contribuir com uma quantia boa para compra dos armários e cadeiras do local.
A outra reunião que Daniel teve pela manhã foi com Matheus, o advogado de Debora, Ana e Túlio. Rodolfo fez questão de acompanhar essa reunião também, pois tinha formação em direito. O advogado leu a proposta de indenização por danos morais pensada por Debora, mas não demorou muito para Daniel o reconhecer e perguntar:
- Eu não conheço o senhor de algum lugar?
- Acredito que não! - O idoso também se lembrava de Daniel, mas não quis falar por vergonha.
- Pelo olhar que o senhor deu acredito que o senhor esteja mentindo. Penso, logo existe, me fale a verdade agora. - Rodolfo disse.
- Eu assisti a uma foda do senhor Daniel com dois seguranças. - O idoso disse e ficou sem acreditar qu não teve controle sobre seu próprio corpo.
- Mas o que isso tem de errado? Me fale, não resista. - Rodolfo falava olhando firme para ele.
- Eu me masturbei assistindo e sou casado, cristão e com filhos. - O senhor Matheus não entendia o motivo de não conseguir ficar calado.
- Tem mais coisas aí, me conte seus segredos. Penso, logo existe, isso é uma ordem. - Rodolfo queria arrancar tudo daquele homem. Daniel apenas assistia, também chocado com o que via.
- Eu adoro tudo relacionado a sexo com homens, adoro ver, adoro fazer, adoro dá o cu, adoro comer um cu, adoro ler... adoro tudo, mas ninguém sabe... Que merda é essa? Por que eu não consegui parar de falar? - O senhor de idade perguntou preocupado e com vergonha. Daniel também não conseguia acreditar naquilo.
- Isso não é da sua conta. Mas o que é da sua conta, a partir de agora você vai ser um agente duplo, vai fingir trabalhar para eles, mas na verdade vai trabalhar para nós. Você vai arrancar os podres de cada um deles, vai obter provas de tudo. Quero coisas que incriminem eles. Se eles pensaram que iriam tirar um centavo de Daniel estão muito enganados. - Rodolfo falava assustando o pobre advogado.
- Não precisa disso Rodolfo, a gente pode chegar a uma proposta boa para todos. - Daniel disse vendo o medo nos olhos do senhor Matheus.
- Você não quer colocar os pais de Ricardo atrás das grades? Afinal, é por causa deles que você não está junto ao seu amado. - Rodolfo disse sabendo exatamente como fazer Daniel mudar de ideia.
- Você tem razão Rodolfo! Eles precisam pagar pelo que fizeram, mas não precisava arrancar a verdade desse senhor dessa forma. Olha Seu Matheus, nós vamos te pagar por esse serviço e seu segredo está seguro conosco, não vou te tirar do armário, pois foi justamente por isso que Ricardo está sofrendo, por ter sido tirado do armário antes da hora. Sua vida com sua família e com Deus é um problema do senhor, desde que ninguém sofra. Trabalhe para nós e será bem recompensado. O que me diz? - Daniel levantou estendendo a mão para o advogado.
- Claro! Muito melhor trabalhar para vocês. E minha família não sofre, pois não sabem, ninguém desconfia. Mas o que respondo para Debora? - O velho apertou a mão de Daniel e quis saber.
- Diga que não aceitei acordo nenhum. Assim o senhor terá tempo para descobrir tudo e ter as provas que precisamos. - Daniel respondeu abrindo a porta para ele se retirar.
Assim que o advogado se retirou Daniel se virou para Rodolfo e falou:
- O que foi isso? Como você fez isso?
- Isso meu caro, não é um milésimo do poder da Luz Azul. - Rodolfo respondeu animado, porém escondendo o motivo pelo qual essa era uma pequena porção da Luz Azul.
- Mas toda vez é preciso dizer a frase Penso, logo existo? - Daniel perguntou.
- A frase é 'Penso, logo existe', ou seja: trago a existência com a força do meu pensamento. Não é sempre necessária, mas tenho usado muito os poderes ultimamente e a frase reforça o poder da Luz Azul, não me pergunte o motivo. Algumas coisa eu apenas não questiono. - Rodolfo falou. Daniel queria saber mais, mas eles foram interrompidos por Dona Maria, que os convidava para o almoço.
*** *** ***
A semana não foi boa para Clara, ela começou sentindo dores, devido a surra que levou de Dona Maria. Mas não parou por aí, os pais de Clara não engoliram a história da invasão e Clara ficou de castigo a semana inteira por mentir. Na casa dela não importava ela ter 23 anos, ela ainda dançava conforme a música tocada pelos pais.
Clara pensou em revelar o motivo dela estar tão machucada, mas os pais dela conheciam Dona Maria e quando soubessem o que ela fez não perdoariam a filha, pois eles não aceitavam o fato dela ser bissexual, ela ter pornografia ilegal de um amigo seria um absurdo sem tamanho para eles, mas o cúmulo seria ela ter enviado aquele material íntimo com o objetivo de prejudicar outra pessoa.
Já era sábado à noite, Clara juntou as forças e foi à igreja, afinal ela ainda tinha um cargo de importância e precisava cumprir com suas obrigações de coordenadora paroquial junto aos jovens. Os pais dela acompanharam a filha, já que ela estava de castigo e isso incluía tudo, inclusive sair de casa.
Mas Clara não se conteve ao ver Lucas e Kamila na igreja. Ela surtou, misturou tudo, lembrou do que o padre disse e achou que Lucas e Kamila estavam querendo quebrar as pernas dele.
- Então foram vocês que foram fazer fofoca para o padre? Eu não acredito que vocês descobriram o que fiz contra aquele nojento do Ricardo, fizeram minha caveira contra o padre e ainda falaram para Dona Maria... Vocês destruíram minha amizade com o Dani. Estão satisfeitos? - Clara estava transtornada.
- Clara você precisa se acalmar e ouvir o que você está dizendo! - Kamila disse com uma voz doce.
- Calma aí vocês! O que a Clara aprontou? - O pai de Clara perguntou.
- Nada! - Clara gritou.
- Clara, isso é exemplo que se dê para os jovens? - O padre perguntou.
- Eu tive uma semana dos infernos! Mereço ter um único surto. Esses dois eram meus amigos, mas preferiram ficar ao lado de quem sumiu um tempão e voltou do nada para roubar meu lugar na vida do Dani. Até inventar coisas para o padre esses dois foram. - Clara estava muito nervosa.
- Clara, a Kamila e o Luquinhas não me falaram nada. - O padre falou.
- Então foi um desses pestes? Pois te digo, todos são pecadores do mais alto nível. O santo Luquinhas catequista é gay, a Kamila é maconheira, Duda é lésbica, o Pedro é alcoólatra, o Renan é gay e transa com os primos, a Jeisa dá a buceta para o próprio pai, a Jéssica rouba a mãe... - Clara começou a falar os podres de todos os jovens da igreja. Ela não é uma má pessoa, só está perdida, acuada, se sentindo insegura, com medo de perder os amigos. Mas infelizmente o maior medo dela estava se tornando real.
- Já chaga! Vamos para casa agora. - O pai de Clara falou com vergonha.
- Antes, preciso comunicar que você não é mais coordenadora paroquial dessa igreja. Os tramites ainda vão correr, vai ser tudo feito dentro das normas da igreja, mas eu te destituo do cargo nesse momento. Clara, venha se confessar minha filha. Ainda existe uma solução para você. Deus te ama. - O padre falava calmo.
- Deus? Deus? Esse aí me tirou tudo... - Clara falava chorando.
- Clara, você vai para casa de sua tia Ester, passar um tempo lá, pensando na vida. - A mãe de Clara falou.
- Nem isso eu posso. Acho que não posso sair da cidade. - Clara falou.
- Como assim minha filha? - O pai de Clara perguntou nervoso.
- O idiota do Ricardo está me processando e o advogado é bom, rsrsrs, colocou crimes que eu nunca tinha ouvido falar, aquele filho da puta, rsrsrs. Ninguém me disse exatamente que não posso sair da cidade, mas acho que é assim que funciona. - Clara falava misturando choro com risos.
- Processando pelo que? O que você fez? - O pai de Clara perguntou.
- Eu tentei livrar Daniel daquela praga. Daniel não merece sofrer por causa de Ricardo. Compartilhei fotos de Ricardo dando o cu para Daniel, meu erro foi ter compartilhado só para os pais dele. - Clara falou de forma fria.
- Clara, posso te garantir que Daniel está muito mais preparado para ser abandonado hoje, devido as terapias que realizamos, já Ricardo não teve a mesma sorte.
Antes dos pais de Clara levarem ela para casa, Kamila chamou a mãe de Clara em um canto e recomendou que ela levasse Clara a um psicólogo, pois ela não estava em seu estado normal de saúde.
O padre deu seguimento àquela reunião e falou da importância dos sacramentos da Santa Igreja Católica, principalmente da confissão das culpas, e da importância de liberar o perdão sobre a vida de Clara. Foi uma noite inesquecível para todos os presentes. Os pais de Clara simplesmente não sabia o que fariam com ela, a princípio levaram ela para casa, mas decidiriam depois.
*** *** ***
Enquanto Clara pagava aquele mico em público, Ricardo estava em um barzinho com Alberto e os colegas de trabalho, nem todos foram, apenas sete, além de Ricardo e Alberto, quatro mulheres e três homens, formando nove pessoas na mesa. Ricardo não queria beber, mas também não queria ser estraga prazer, então ele encheu seu copo com cerveja e ficou apenas comendo a batata frita e torcendo para ninguém notar. A conversa estava boa, mas Ricardo andava muito cansado para interagir tanto.
- Quero propor da gente se conhecer melhor, eu começo me apresentando: Meu nome é Alberto, nasci aqui na cidade, sou solteiro, acredito em Deus, mas não tenho religião declarada, tenho apenas 27 anos, mas já sou formado em Administração e tenho algumas pós graduações também, por isso que cresci na empresa e hoje sou supervisor de vocês. Moro sozinho, minha família inteira está no Rio de Janeiro. Trabalho desde os meus 15 anos de vendedor lá da loja, entrei como jovem aprendiz e fui ficando. Amo meu trabalho, nasci para lidar com pessoas. Meu sonho é cursar psicologia, mas não para trabalhar. Quem quer continuar? - Alberto falou resumindo tudo o que se lembrava.
Todas as pessoas falaram, algumas tinham histórias de vida emocionantes e a apresentação pessoal começou a se tornar uma conversa. Alguém sempre indagava mais detalhes de quem estava falando. Até que chegou a vez de Ricardo falar.
- Meu nome é Ricardo, tenho 23 anos, esse é meu primeiro emprego... - Ricardo começou a falar, mas foi cortado por uma colega.
- Não bebe, o copo é o mesmo a noite toda. - Falou uma moça.
- Até bebo, mas não estou no clima. Passei por alguns momentos complicados. - Ricardo falou.
- Nós vimos os vídeos dos seus pais sendo expulsos de alguma casa. - Um cara falou.
- Pois é! Fui expulso de casa por ser gay e a mãe de Daniel me acolheu. - Ricardo falou.
- Que Daniel? - Outra colega de trabalho perguntou.
- Daniel dono da empresa que trabalhamos. Eu entrei lá pela janela, como vocês falam. rsrs - Ricardo falou rindo.
- Que interessante! Fiquei mesmo me perguntando o motivo para tanta proteção, mas isso não é um problema entre a gente. Quando me apresentei esqueci de falar que também sou gay. - Disse Alberto.
- Olha o chefinho se assumindo tão rápido na frente do novato. Pra se assumir pra gente ele levou meses. - Disse outro colega de trabalho de Ricardo.
- Com ele é mais fácil, já que ele é do mesmo vale que eu. - Disse Alberto.
- Senti um clima no ar! Vai rolar romance? - Perguntou uma das colegas de trabalho.
- Parem com isso! Não tem nada de clima aqui. O que tem é uma empatia por sermos do mesmo vale. - Alberto disse já com vergonha.
- Mas diz aí chefinho, o novato não é um gato? - A mesma mulher que falou do clima tornou a perguntar.
- Sim, Ricardo é um gato, assim como você é linda, como Roger é uma gato, como o Thiago também, todos aqui somos lindos. Parou essa conversa. Acho que vocês beberam demais. - Alberto disse tentando dar uma meia resposta, fugindo do peso de ter que responder.
- Mas, e você Ricardo, não acha o Alberto um gato? - A mesma mulher torou a perguntar.
- Eu não estou pensando nisso no momento, meu coração está completamente fechado. - Ricardo falou tentando cortar a conversa.
- Mas pra uma boa putaria você também está fechado? - Ela perguntou outra vez.
- Estou! E por tempo indeterminado. - Ricardo falou e fechou a cara.
- Vamos mudar de assunto. - Alberto disse cortando o clima.
O resto foi tranquilo, Alberto pediu um suco para Ricardo e todos voltaram a interagir e se divertir. Alberto levou algumas pessoas em casa, inclusive Ricardo, mas a despedida foi normal. Depois de toda aquela conversa no bar Alberto se sentia sem graça para tentar qualquer coisa, mesmo tendo achado Ricardo muito bonito.
*** *** ***
Antes de Ricardo chegar em casa, em algum beco escuro da cidade, Debora estava transando com mais um carinha que conheceu em um aplicativo de relacionamento. O cara foi totalmente bruto com ela, não quis usar camisinha, meteu com força e não se preocupou se estava bom para ela. Quando o cara gozou Debora disse:
- Você foi péssimo, nunca vi foder tão mal assim.
- Se não gostou azar o seu, eu gozei gostoso. E vê se toma a pílula do dia seguinte, não quero filho meu vindo de uma vagabunda igual você.
- Vagabunda é a mãe!
- Seguinte vadia, eu só ia te comer gostoso, mas você me irritou muito, agora tu tá fodida!
Mal o cara acabou de falar e Debora já recebeu um tapa na cara que a fez cair no chão, ela levantou e recebeu outro tapa com as costas das mãos que fez seu rosto sangrar. Depois disso, o cara tirou toda a roupa dela, pegou e levou dinheiro, celular e os documentos que ela tinha. Ninguém saiu para ajudar Debora, mesmo ela tendo gritado pedindo socorro.
- Deixa só eu te dar um recado piranha: nessa área não tem câmera, mas se por acaso tu pensar em dar uma queixa de mim fique ligada que não vai rolar, eu pago muito bem o delegado daqui pra ele me livrar de tudo, inclusive para sumir com provas.
Debora ficou revoltada com aquilo, foi andando para casa do jeito que estava, completamente nua, ralada, suja e com sangue no rosto. Era a primeira vez que ela passava por algo desse tipo e ela não sabia como reagir.
Antes de chegar em casa um carro da polícia parou Debora, ela falou que aconteceu e o policial falou:
- A gente já está sabendo. Viemos justamente pra te escoltar até em casa e garantir que você não vai para delegacia.
Debora ficou assustada e decidiu ir para casa em silêncio, nessa hora ela se lembrou do que havia desejado ao irmão.
*** *** ***
Quando Ricardo chegou em casa naquela noite, já passava das 23:00 horas, mas Daniel estava na entrada da casa aguardando por ele.
- Onde você estava? Saiu com seu chefe? - Daniel perguntou para Ricardo.
- Estou na sua casa, mas não te devo satisfação. A gente não namora. - Ricardo respondeu.
- Não namoramos porque você não quer me ouvir, eu quero ficar só com você, sem contatos, sem outras pessoas. Eu te amo, você não me ama? - Daniel disse se aproximando de Ricardo.
- Eu não deixei de te amar, mas está tarde para dizer que não quer mais ter contatinhos. A verdade é que eu ainda não consigo te perdoar por você ter me abandonado em um dos piores dias da minha vida. - Ricardo falou para ver se Daniel pedia perdão pelo motivo correto.
- Eu já falei que aquela reunião era importante para minha vida. Se você está trabalhando hoje é por causa disso! - Daniel falou decepcionando Ricardo mais uma vez.
- Ok! Vou para meu quarto. Qualquer dia a gente volta a conversar. - Ricardo respondeu e entrou na casa.
Antes de entrar no quarto, Ricardo deu de cara com Geovani e Lucas. Geovani tinha ido pedir para alugar a casa de Dona Maria, a que ela deixou mobiliada para ir morar na mansão. Dona Maria já havia permitido e liberado a fiança de Geovani, mas ele prometeu pagar a fiança e o primeiro mês de aluguel assim que recebesse o primeiro salário.
- Amigos, o que fazem aqui? - Ricardo perguntou tentando disfarçar a decepção que tinha acabado de sofrer com Daniel.
- Temos muitas novidades. Estamos namorando oficialmente. - Lucas falou sorrindo.
- Poxa! Vocês não iriam me falar? Tudo bem que eu errei, mas eu não errei com vocês. Vão ficar me excluindo mesmo de tudo? - Daniel perguntou quase chorando.
- Não é isso Daniel, a gente ia te contar sim. - Geovani falou com pena de Daniel, mas a verdade é que ele não tinha a intenção de falar.
- Estou vendo. Nem me chamar de Dani vocês conseguem mais. Eu vou para o meu quarto. Amanhã teremos um almoço aqui, antes que vocês rejeitem, o almoço é organizado por Dona Maria e não por mim. - Daniel falou e se retirou.
- Gente, me parte o coração ver meu filho assim, mas compreendo que ele ainda não aprendeu a lição, então se faz necessário tratar ele assim por mais um tempo. Isso é uma atitude de quem ama. Vou me deitar. - Dona Maria falou e se retirou da sala.
- Vamos para meu quarto. Preciso me organizar para dormir. - Ricardo falou e os três se dirigiram para o quarto do amigo.
- A gente não te atrapalha Rick. - Geovani falou.
- Conversem comigo enquanto eu tomo meu banho. - Ricardo falou e entrou no banheiro.
Geovani e Lucas começaram a contar todas as novidades enquanto Ricardo tomava banho, mas ele não se viam. O casal contou que estavam namorando, que Geovani iria morar sozinho, que o pai de Lucas era um palhaço com eles, que os pais de Geovani não reagiram bem ao saber sobre a sexualidade do filho, mas a irmã foi pior. Por fim ele contaram sobre a vontade de Geovani em ser passivo para Lucas e da dificuldade de Lucas em ser ativo.
- Qual o problema Lucas? Você não consegue comer ele até ele gozar? Você pode encarar como um favor para seu namorado, mesmo que não seja tão bom pra você. - Ricardo comentou enquanto se vestia.
- O problema é que meu pau não mantem a ereção, passamos a semana tentando. Entra, mas logo amolece. - Lucas falou com vergonha.
- Mas dando o cu teu pau não amolece! Fica duro o tempo todo. - Geovani falou com tristeza.
- Eu tenho tesão no cu, não é culpa minha meu amor, não fica chateado comigo. Eu queria muito te dá prazer. Talvez a gente não deva penetrar, vamos tentar fazer sexo somente chupando e masturbando. - Lucas disse quase chorando.
- Não precisa desse radicalismo todo. Eu te amo! Por você eu passo o resto da vida sendo ativo. - Geovani disse.
- Eu também te amo, como eu nunca achei que fosse amar alguém na vida. Mas sempre vai faltar algo pra você. - Lucas disse.
- Calma gente! Talvez eu tenha a solução. Lucas pode consegui manter a ereção se tiver algo no cu dele... - Ricardo disse, mas foi interrompido antes de explicar.
- O que você está sugerindo? Que Lucas te dê o cu? Não imaginei isso de você. - Geovani disse irritado. Lucas se manteve calado, mas também não pensava em transar com mais ninguém a não ser com Geovani.
- Não é nada disso, me deixem terminar de falar. Pensei em um vibrador, ganhei um de Dona Maria e ainda não usei. Tem várias velocidades diferentes. Luquinhas pode colocar o vibrador no cu enquanto mete em Gi. - Ricardo falou e foi pegar o vibrador. Colocando sobre a cama.
- Desculpa Rick, eu tô de cabeça quente. Mas isso pode funcionar. Vamos tentar amor? - Geovani disse.
- Vamos! Agora? - Lucas disse empolgado.
- Vou deixar vocês a sós. Dona Maria comprou um monte de camisinhas e lubrificante também, estão na última gaveta desse armário. Me liguem quando terminarem. - Ricardo falou e foi saindo.
Mal Ricardo saiu do quarto e Lucas pegou o vibrador enquanto Geovani pegou o lubrificante e as camisinhas.
- Testa primeiro em mim amor? Por favor. - Lucas pediu com os olhos brilhando de vontade de experimentar um vibrador no cu pela primeira vez.
- Claro! E se você não consegui me comer pelo menos o vibrador me faz gozar sentindo prazer no cu. - Geovani falou.
Os dois tiraram suas roupas e começaram a se beijar. Os beijos entre eles eram intensos, porém apaixonado, avassaladores, porém com muito amor. As mãos de ambos teimavam em não ficarem paradas. Geovani passeava suas mãos sobre o corpo de Lucas, descendo pelas costas, subindo novamente e puxando os cabelos do amado com certa força. Lucas também fazia o mesmo percurso no corpo de Geovani, porém, ao invés do cabelo, Lucas apertava a bunda do amado, dando tapas firmes e massageando logo em seguida.
Após esse momento de erotismo e romance entre os dois, seus paus estavam duríssimos. Apesar de querer muito ser passivo, Geovani entendia que o namorado precisava sentir prazer no cu para poder lhe dar prazer também. Então ele lubrificou o cu de Lucas colocando os dedos para abrir caminho, colocou a camisinha e lubrificou seu pau. Lucas achou que seria penetrado pelo vibrador e vibrou quando sentiu que era o pau do seu amado pedindo passagem, aquele gesto de Geovani significava muito para ele, pois mostrava que o namorado também se importava com o prazer dele.
Lucas estava acostumado a receber a rola do namorado no cu, então não sentiu dificuldade para ser penetrado, apenas prazer. Geovani sabia que eles tinham um encaixe perfeito, então não esperou nenhum segundo e começou a meter no amado. Geovani metia com força e rapidez, movimentando seu quadril ao encontro de Lucas, enquanto beijava as costas do amado. Lucas gemia muito a cada investida de Geovani, ele não sabia controlar os sons de prazer emitidos pela sua boca, pois era pego sempre de surpresa, quando ele achava que tinha se acostumado com o momento, Geovani mudava a intensidade, ou dava um tapa em sua bunda, ou puxava seus cabelo, procurando a boca do amado para beijar.
Depois de meter por um tempo, sentindo o pau de Lucas babar de tanto tesão, Geovani falou ainda com o pau dentro de Lucas:
- Amor, agora e minha vez de receber seu caralho.
Lucas nem respondeu, dessa vez ele estava confiante de que daria certo. Colocou uma camisinha no vibrador, passou lubrificante e pós o vibrador no seu cu, na menor velocidade, deitando de lado. O vibrador não lhe proporcionava tanto prazer quanto o pau do amado, mas era gostoso sentir aquele objeto vibrar no seu cu.
Geovani pegou o pau de Lucas, chupou um pouco, colocou a camisinha, deitou-se de lado na sua frente e pediu ao amado:
- Mete com força! Não tenha pena desse cu!
Lucas obedeceu ao pedido do amado, com uma mão ele segurou o vibrador, para não escapar de seu cu e com a outra ele mirou o próprio pau no cu do namorado e meteu rápido. Em um suspiro longo que Geovani deu o pau de Lucas estava todo no seu cu, arrancando-lhe lágrimas de dor, prazer e alegria. Lucas, assim como o amado, não perdeu tempo, começou a meter rápido, aumentando também a intensidade do vibrador do seu cu. Era impossível saber quem gemia mais naquele momento, os gemidos dos dois se misturavam naquele quarto.
Geovani se masturbava intensamente, sentindo o prazer no cu que tanto queria sentir.
Antes de gozar, Lucas resolveu mudar de posição, colocou Geovani de quatro sobre a cama e meteu rápido em seu cu. Geovani viu estrelas e sorriu de alegria com a atitude do namorado. Lucas pegou o vibrador novamente, que tinha saído do seu cu, e meteu em si mesmo, voltando a sentir seu cu ser preenchido.
A foda entre eles ficou assim: o vibrador enfiado no cu de Lucas na potência máxima, o pau de Lucas atolado no cu de Geovani, que estava de quatro sobre a cama, e Geovani se masturbando intensamente sentindo muito prazer. E nessa posição eles gozaram muito, sentindo-se plenos e vendo que quando existe amor dá-se um jeito para tudo.
*** *** ***
Enquanto o casal se resolvia na cama de Ricardo, Rodolfo sentia algo que não sentia fazia 40 anos, ele começou a sentir uma dor de cabeça chata e latente, junto com uma dor na coluna insuportável.
- Não é possível! Ai, ai, ai. Que dor insuportável! Isso só pode significar uma coisa: A maldita Luz Azul se retirou de mim! Eu nunca malhei, nunca me preocupei com a saúde e agora estou sentindo o peso dos meus 67 anos. Essa maldita me abandonou sem dar nenhum indicio antes! O que será de mim agora? E Sara, vai conseguir engravidar de Daniel e garantir nosso futuro? Espero que Daniel nunca consiga ter seus poderes por completo.
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Espero que gostem.