É difícil dizer como tudo começou.
Mas toda história começa em algum lugar.
Existe talvez um momento que dividiu nossas vidas em “antes” e “depois”.
Foi quando, mexendo no computador do meu marido, descobri que ele acessava, nas frequentes madrugadas de insônia, sites de contos eróticos.
Insegura e cheia de ciúmes, por semanas acompanhei tudo sem que ele soubesse.
Pelo histórico, lendo as páginas que ele havia visitado, pude ver que ele simplesmente devorava contos sobre traição feminina.
Quase tudo que ele acessava eram maridos ou namorados relatando a traição de suas esposas ou namoradas.
Demorei algum tempo para assimilar que ele só cultivava essa fantasia, e que isso não fazia mal ao nosso casamento.
Conversando com algumas poucas pessoas que têm esta mesma fantasia, por e-mails que mandei aos autores dos contos, descobri que dependia somente de mim isso tudo “não fazer mal” ou “fazer muito bem” ao nosso relacionamento.
Encurtando a história, numa discussão sem importância eu abri para ele tudo o que eu sabia e tudo o que estava acontecendo.
Um inferno se acendeu, claro.
Umas duas semanas depois finalmente começamos a conversar.
E pudemos conversar com uma verdade que nunca havíamos conseguido antes, em quase dez anos juntos...
Conto não é livro, então vamos rápido para onde essas conversas nos levaram.
Ele não sabia se aguentaria levar suas próprias fantasias até ao final.
Eu também não sabia se queria, mas, com certeza, essa ideia me excitava muito.
Então resolvemos fantasiar juntos, brincar juntos, e testar os nossos próprios limites.
Em nossas brincadeiras e fantasias construímos e preservamos o nosso momento, que é quando fazemos amor.
É quando compartilho com ele tudo o que se passa comigo, e juntos vamos nos descobrindo.
Passei a aceitar algumas cantadas, a ser mais provocante, a me insinuar.
Roupas sensuais, decotes, transparências e minissaias, agora fazem parte de nosso dia-a-dia.
Ele me faz surpresas, me desafia, presenteando-me com roupas incrivelmente ousadas.
E eu me delicio só em ver a excitação dele quando me visto.
Exibir meus seios, distraída, para nossos amigos, faz de todo decote um brinquedo maravilhoso para nós dois.
Quando a calcinha se tornou um acessório inconveniente para usar com minissaia, já estava claro para nós dois o que realmente queríamos.
Claro que recebo muitas cantadas.
A imensa maioria é simplesmente desprezível.
Mas em nossas brincadeiras acabamos encontrando um ou outro parceiro ideal, que entende meus limites.
Pelo muito que fizemos, mas que não dá para relatar em um conto só, eu já tinha em meu íntimo feito a minha escolha.
Seria Bruno, primo e sócio de meu marido.
Quando a fantasia se tornou desejo, ele que foi sempre nosso melhor brinquedo, era a minha melhor escolha.
Bruno havia se separado há pouco tempo e estava morando sozinho.
Foi meu marido quem percebeu que eu estava pronta e me deu o último empurrão.
Realmente já estava muito segura dele e de mim mesma.
Estávamos fazendo amor quando ele me pediu: “entregue-se”.
Não importava como, nem quando, nem com quem.
Ele sentiu que estava na hora de darmos um salto nas nossas brincadeiras, só isso.
A brincadeira é nossa, mas o corpo é meu e a escolha é minha.
Simplesmente eu iria me entregar.
Eu já sabia com quem seria, e também já tinha um caminho para seguir.
Desde a separação dele, uma vez por semana eu e Victor o ajudávamos a organizar a casa, a fazer as compras, essas coisas.
Era perfeito.
Naquela semana mesmo fui ajudar Bruno com as compras.
Victor, para me deixar à vontade, ficou de chegar mais tarde.
Enquanto eu arrumava as compras na geladeira, derramou um pouco de molho de tomate em meu vestido.
Para falar a verdade, eu derramei molho de tomate no meu vestido.
Pedi a Bruno que pegasse o ferro de passar, pois aquilo iria manchar.
Quando ele voltou eu estava lavando o decote do meu vestido no tanque, vestida só com uma minúscula calcinha e minha sandália.
Assustado, ele perguntou se eu queria uma camisa dele emprestada.
Eu disse que não precisava.
Mesmo assim ele imediatamente foi buscar e retornou dizendo que o Victor iria chegar logo.
Eu pequei a camisa e respondi:
“- Quando o Victor chegar, eu visto... Você se importa?”
Ele olhou demoradamente para meus seios, para meu corpo, e quando seu olhar alcançou meus olhos me encontrou com um sorriso meio tímido e meio levado no rosto.
“- Quando ele chegar você veste!”
Ele respondeu e sorriu.
Bruno me perguntou como eu me sentia.
“- Um pouco tímida, com medo, e muito ousada. E você?”
Respondi.
Sem conseguir desviar os olhos de meus seios, ele disse:
“- Como não se sentia há muito tempo. Desde a separação eu não sentia desejo por ninguém, mas que você aqui, neste momento, está fazendo algo ferver dentro de mim.”
Logo em seguida ele começou a se desculpar.
Pedi para que não se desculpasse e que meu medo era de ele me rejeitar, pois por muitos anos somente Victor me tinha como mulher, e era muito bom me sentir desejada daquela maneira.
Meu corpo todo tremia de tanta excitação.
A ansiedade e o tesão me deixavam com todos os sentidos à flor da pele.
Bruno sentou-se na cadeira quando me aproximei.
Com meu corpo bem junto a ele, disse:
“- Não estou mais tímida...”.
Numa intensa onda de calafrio cada pelo do meu corpo se arrepiou quando sua mão se encostou a minha coxa, subindo num toque suave até minha bundinha carnuda e arrebitada...
Olho para baixo e vejo meus mamilos contraídos, apertados, duros, como poucas vezes havia visto.
Pequenos e quase sempre discretos, exceto pelo contraste da cor castanha das aréolas bem definidas, com a pele branco-leite dos meus seios, que ficam deliciosamente bem marcadas sob um tecido branco ou transparente.
E convenientemente largas para escapar pelos meus decotes e biquínis.
Os bicos dos meus seios me denunciavam naquele momento.
Com um movimento de corpo fiz meu mamilo roçar na sua barba grisalha, por fazer de alguns dias.
Como meu marido tem a barba suave e fina, delicada, e sempre muito bem-feita, aquele toque rude, picante, quase machucando, me fez soltar um pequeno grito e recuar de susto...
Mas só para retornar, sentir o mamilo raspar em sua barba e me afastar outras duas ou três vezes.
Neste momento Bruno segurou forte meu seio em sua mão, sem apertar, mas com firmeza, deixando pouco mais que todo o mamilo e aréola entre seus dedos, o indicador e o polegar.
Tenho 28 anos, sou pequena e magra, mas meus seios são bem carnudos, naturais, e mal cabiam na mão dele.
O mamilo e a pele das aréolas se esticaram, ficando como uma pequena almofada de delicada e suavemente brilhosa superfície.
Fiquei olhando seus olhos, gélida em movimentos e quente em ansiedade, enquanto sua outra mão me firmava pelas nádegas totalmente descobertas pela pequena calcinha fio-dental preta que eu usava, impedindo meu recuo.
Ao primeiro toque dos rudes espinhos brancos e negros de sua barba, com a delicada e muito sensível pele de cor castanho do bico do meu seio, exposta e esticada, meu corpo tentou recuar, sem sucesso.
Quase sem conseguir me manter em pé, contemplei cada movimento enquanto ele raspou impiedoso meu mamilo por todo o seu rosto.
Aquela quase dor me fazia gemer sem conseguir me conter e ansiar pelos poucos segundos em que podia sentir o delicado toque dos seus lábios.
Ele se deliciava enquanto eu podia ver e sentir a pele delicada de meu mamilo ser repuxada fio a fio de sua barba, como pequenos palitos pretos e brancos puxando e repuxando até o limite de fazer soltar o fino, delicado e elástico tecido de cor castanho.
Aquilo me fazia sentir o arranhar que não arranhava agulhar o que não me feria.
A cada passada, por uma eternidade de nem sei quantos minutos, a sensibilidade aumentava, e meus suaves gemidos também.
Quando meus gemidos quase se tornaram gritos, ele me perguntou:
“- Paro?”
Ofegante, eu respondi:
“- Não... por favor, não...”.
Mas esta deliciosa tortura não durou muito mais, porque logo o interfone tocou.
Enquanto Victor subia, visto a camisa de Bruno e começo a secar meu vestido no ferro de passar roupas.
“- Prima, eu preciso de você!”
Diz Bruno, me abraçando por trás, acariciando por baixo da calcinha meus lábios secretos.
“- E eu preciso me sentir mulher...”
Respondi apenas sussurrando.
Tirei minha calcinha e dei para ele, dizendo:
“- Amanhã eu voltarei para buscá-la!”
Foi quando Victor tocou a campainha e me encontrou totalmente nua, vestida apenas com uma camisa mal abotoada de Bruno, passando meu vestido.
Vi o brilho de seus olhos e senti uma profunda paz de ser aceita por ele, e um desejo ainda mais ardente.
Eles pegaram uma cerveja cada um e foram para sala.
Em poucos minutos terminei e me vestir.
Fomos embora, pois me sentia constrangida.
Nem tanto por mim, mas mais por meu marido.
Além disso, o vestido me incomodava muito no mamilo direito, que tinha ficado muito sensível.
No carro, enquanto contava para ele tudo o que tinha acontecido, Victor soltou a alça direita do decote por meus ombros, aliviando meu incômodo e me expondo também.
Sentia-me às vezes vulgar, às vezes sexy, de vir o caminho todo no carro com o seio à mostra.
Num semáforo, meu marido abriu meu vidro para que um motociclista que nos acompanhou por algumas quadras pudesse me ver sem o filtro do filme do vidro.
Senti-me muito exposta, mas também muito excitada, quando ele quis tirar uma foto minha no celular.
Permiti, e adorei, quando o Victor desnudou meu outro seio para outra foto.
Confesso que me sinto desejada em imaginar que ele até hoje se masturba para os meus peitinhos.
Só me vesti na garagem do prédio.
Apesar do ardor no mamilo, era necessário.
Subimos e tomamos banho juntos.
Explodindo em um misto de ciúmes e tesão, Victor gozou só com nossas brincadeiras.
Ele me pediu, e concordei em não fazer amor aquele dia.
Só depois de eu cumprir a promessa que fiz a Bruno.
Dormi ansiosa e excitada, com Victor ao meu lado, me acariciando carinhosamente, passando creme hidratante nos meus seios tão judiados por Bruno.
Para ele o ciúme é muito excitante.
Para nós o que machuca é perder a confiança.
E confiamos um no outro.
O que aconteceu no dia seguinte?
Em outro conto...