15. Jogando um Verde

    Júlio
- Não me chame de “viadinho”. – pediu Mario. Isso mesmo: pediu. Pela primeira vez meu padrasto não me ordenou e nem gritou comigo. Ele estava frágil, triste e eu esperava por esse dia havia tanto tempo, que eu mal estava acreditando que ele acontecia. Dei uma olhada no meu celular, e vi que ele ainda gravava tudo.
- Você pôde me chamar de “veadinho”, “gayzinho” e eu não posso te chamar assim uma vez sequer? É isso mesmo? – perguntei, embravecido.
Visivelmente constrangido com o que ouvira de mim, Mario não me encarava. Coçava o queixo e olhava para os lados, como se alguém o pudesse tirá-lo dali. Mas só estávamos nós dois. Naquele dia, ele saiu mais cedo do banco, para o seu azar.
- O que você quer de mim? – Mario rendeu-se à pergunta.
- Um pedido de desculpas. No mínimo. – respondi, olhando para o celular no meu bolso. O aparelho ainda gravava toda a nossa conversa. Ouvi-lo me pedindo desculpas ficaria arquivado para a eternidade.
Mario bufou e pediu:
- Me perdoe. Me perdoe por te sido tão chato com você. Tudo bem agora? – bastante constrangido.
- Tudo bem. Pareceu sincero. – eu fui indiferente. Sentei-me na cama e o mandei que fizesse o mesmo. Um pouco tonto, Mario se sentou. Em questão de segundos, ele ficou abatido. Tê-lo colocado contra a parede foi quase que uma humilhação e uma das mais merecidas.
Sem papas na língua, perguntei:
- E então, você e o Horácio são ex-namorados?
- Somos. – respondeu, olhando para o teto.
- Há quanto tempo?
- Há muitos anos.
- E por que vocês não estão mais juntos?
Um beliscão invisível o atingiu e Mario me olhou profundamente. A coragem parecia que o havia encontrado e ele se permitiu a franqueza comigo, como já deveria ter sido desde que começou a namorar minha mãe. Bagunçando os seus cabelos e agindo como se tivesse desacorrentado de sua própria prisão espiritual, perguntou-me:
- Você quer saber de tudo, não é? Então tá. Vou te contar.
- Conte. – e me sentei na cama em que ele dormia com minha mãe. Nós estávamos sentados, um em frente ao outro. As informações que eu teria a partir dali poderiam mudar minha vida.
- Pois muito bem, tentarei ser objetivo. Não gosto de falar disso.
- Mas vai falar.
- Vou.
Assenti e Mario iniciou:
- Horácio e eu namoramos por dois anos. Dois dos melhores anos que tive na minha vida foram com ele. É, é isso mesmo: eu beijava e transava com outro cara e gostava disso, embora eu também tivesse um tesão do caramba por mulheres. Fui um garanhão quando tive a sua idade; saía com as mulheres mais fáceis e as mais difíceis. Todas elas me adoravam, porque eu era um gatão, não esse feioso que sou hoje, e isso deixava meu pai cheio de orgulho. Até que eu conheci Horácio. Nunca na minha vida tive nenhum tipo de atração por homens. Nunca. Nem achar homens bonitos eu achava. Mas não sei o que aconteceu comigo quando vi Horácio; senti algo estranho, só não sabia definir realmente o que era.
- Você se apaixonou por ele?
- Não sei. Talvez até fosse. Ele me intrigou, mexeu comigo.
- E o que aconteceu?
- Aconteceu que Horácio me cercou de várias formas e eu tentava resistir. Ele se tornou dentista de uma ex-namorada minha e o meu também, já que o meu decidiu sair da cidade. E como se algo nos empurrasse, encontrávamo-nos em shopping ou no clube... Um sentimento esquisito em mim quando me aproximava dele, mas eu tentava evitá-lo. Um dia, porém, não aguentei. Horácio me beijou e eu até tentei me esquivar, mas não deu certo. – Mario suspirou em tom de lamento. – Enfim, se há uma coisa que aprendi nessa vida foi que namorar escondido dá adrenalina, é divertido, mas é perigoso. Meus pais desconfiavam de mim, pois eu já nem levava mulher alguma em nossa casa e eu só andava com Horácio e os amigos dele.
- Seus pais desconfiaram?
- Desconfiavam. Mamãe se fingia de besta, mas sabia do que acontecia e meu pai me jogava indiretas de todos os tipos. Até que o inevitável, enfim, aconteceu em uma noite.
- O quê?
- Meu pai me flagrou beijando Horácio em nossa casa.
- Puta que...
- Mas não vou ficar lembrando disso... O fato é que ele me humilhou de todas as formas e nós brigamos feio. Feio mesmo. Foi pelo menos uma semana de estresse na nossa casa. O clima estava estressante; ninguém aguentava. Meu pai explodia com tudo e com todos e me xingava o tempo todo. Até que numa noite, de modo muito súbito, meu pai teve um ataque cardíaco e morreu ali, na hora, no quarto de nossa casa.
- Não acredito. Seu pai morreu?
- Morreu. Os médicos disseram que ele já tinha problemas no coração e nem sabíamos, mas o que piorou foi o estresse emocional daqueles últimos dias. Minha mãe me culpou por tudo, já que meu pai só se aborreceu porque me flagrou beijando Horácio. Daí, ela ficou um bom tempo sem manter contato comigo e me pediu que eu nunca mais fizesse “esse tipo de coisa” ou não me perdoaria outra vez.
- Então quer dizer que...
- Sim, por isso sou tão machista e preconceituoso. Peguei raiva de mim mesmo e dos gays de modo geral. Meu pai morreu porque eu me envolvi com um gay. Foi por minha culpa! – bravejou.
- Ei, isso não tem nada a ver!
- Claro que sim. Isso não teria acontecido se eu não tivesse conhecido Horácio. Ele, aliás, tentou um contato comigo, mas me afastei totalmente. Voltei a me relacionar com garotas e aos poucos fui me enojando dos gays, lésbicas e todas essas viadagens... Ou pelo menos eu tentava fazer com que isso acontecesse. Às vezes dava verto, mas eu tinha que pelo menos fingir para mim e para tirar um pouco da culpa...
- Mas você também é gay e...
- Até que conheci sua mãe. – Mario sorriu sarcasticamente. – Eu realmente gostei e gosto muito de sua mãe. De verdade. Eu esquecia de tudo o que aconteceu quando estava com a Ivana. Mas aí ela me apresentou você. – ele riu mais uma vez. – Será que só eu percebia o “veadinho” que você era? Bem... – ele pensou um pouco e continuou – Acho que o Zeca também percebeu, não foi? – Mario arregalou as sobrancelhas, com uma expressão cínica. Sinceramente, eu não entendi o que ele queria dizer, ou fingia não entender.
- Como assim “o Zeca também percebeu”? Percebeu o quê? Do que você tá falando?
- Deixa pra lá. – ignorando-me. – Pois bem... Eu não aguentava mais gay nenhum por perto e o filho da minha namorada era um. Ao mesmo tempo em que eu tinha raiva de você, uma espécie de aversão por você ser um “veadinho” e eu por me lembrar da morte do meu pai, eu também te entendia, sentia uma simpatia. Afinal, o melhor namoro que tive com Horácio e, de uma maneira ou de outra, você me lembrava isso tudo. Era uma mistura de sentimentos.
- Mas então por que você me tratava mal?
- Eu não queria me apegar a você. Eu tinha medo que todo aquele sentimento voltasse...
- Que coisa mais idiota!
- Pode até ser idiota, mas era melhor assim...
- Lamento muito tudo isso ter acontecido com você, Mario, pela morte do seu pai, pelo desentendimento com sua mãe e tudo o mais. Porém, não é motivo pra me tratar tão mal.
- Olhe aqui, eu posso não ter sido o cara mais gentil com você, e sei que não fui, mas fui bonzinho algumas vezes e você nem se deu conta disso. – afirmou, como se tivesse sido injustiçado, mas eu não via coerência no que ele dizia.
- Como assim? – perguntei, confuso.
- Como assim?!
Mario chegou bem perto de mim e cochichou no meu ouvido:
“A porta da casa ficou aberta. E eu não quero parar de beber”.
- Han?
“Você vai lá, assim que acabar de almoçar”.
Com um sorriso largo e sacana, Mario não tirava os olhos de mim. Aquelas frases não me eram estranhas e menos ainda sem sentido. Ele estava falando do domingo que almoçamos na casa do irmão dele, o tio Moca, e eu tive que voltar em casa para trancar a porta que ficara aberta. Mas ainda assim, eu não entendia o que meu padrasto dizia.
A paciência já estava nas últimas. A minha e a dele.
- Garoto, além de “gay”, você é burro? – Mario inquiriu, com brutalidade.
- Anda. Explica logo: você tá falando daquele domingo que nós almoçamos na casa do tio Moca?
- Isso, garoto. O mesmo dia em que a fofoqueira da Fabíola ligou avisando que a porta ficou aberta. Lembra?
- Lembro. A mamãe esqueceu a porta aberta...
- Não. Não foi a Ivana que esqueceu a porta aberta. Eu a deixei aberta e fiz vocês pensarem que foi a sua mãe.
- E pra quê?
- Você é lento, hein... – Mario se aproximou de mais uma vez. – Aliás, me diga uma coisa: o Zeca chupa bem?
- QUÊ? – gritei. Respirei fundo. Por que ele faria aquela pergunta? Deve ter desconfiado...
- Garoto, eu sou muito mais esperto que você, aprenda isso. E se você tem se agarrado com meu sobrinho por aí as escondidas é graças a mim, porque eu os acobertei o tempo todo.
- Você tá maluco. – tentei enganá-lo, olhando para o celular no meu bolso. Rindo descontroladamente, meu padrasto me pegou pelo braço e gritou:
- Eu deixei a porta aberta. O Zeca te ofereceu carona porque eu tive a ideia. Ivana chegou quase caindo de sono aqui em casa porque eu a embebedei para que ela não desconfiasse de nada. E nas outras vezes que você e o Zeca ficaram? Eu acobertei, também. Zeca queria um cuzinho e você foi gayzinho sorteado.
Em silêncio por alguns segundos. Mario estava me jogando um verde, mas eu não iria cair. Não ia. Eu estava nervoso, trêmulo e ele percebia isso. Mas ainda havia uma falha.
- Você não fala nada com nada. – acusei. - Tanto que é você viu uma camisa aqui e ficou perguntando de quem era disse que Zeca não faria uma coisa dessas...
- Aquela era a camisa do Zeca. E claro que eu fiquei no seu pé. Eu queria te ver inquieto, com medo e consegui. Fingi que estava com raiva por você ter colocado um homem em nossa casa. Vocês dois iram dar uma mancada, eu contava com isso. Zeca e eu rimos muito no telefone, garoto. Ele disse a você que mentiu pra mim, não foi? Mas valeu a pena. O meu sogrinho, com aquele corpo sarado...
- Eu sou hetero. E o Zeca também é.
- É sim... – Mario reprovou-me com o olhar e me soltou. Não caí no verde dele, mas foi por pouco. Ele notou o choque em meu rosto.
- É verdade! – insisti, verificando se meu celular ainda gravava.
- Vou fingir que acredito.
- Problema é seu.
- Pois bem, estou em suas mãos. – ele disse, entediado. Cruzou os braços e jogou na cama. – Mas pense bem no que você vai fazer com esse seu celular.
- Meu celular?
- Seu celular. Você não tira os olhos desde que entrou. Deve tá gravando, não é? Mas saiba que eu não vou sair perdendo nessa história.
- Por que?
- Porque boa parte dos meus familiares sabe do meu caso com Horácio, inclusive o Moca. No meu trabalho ninguém vai dar bola pra isso, acredite. A única pessoa que vai sair ferida nessa história toda será a sua mãe, porque eu sei que ela me ama. Ivana vai ficar arrasada, um bom tempo na fossa e por sua culpa. É isso que você quer que aconteça?
Infelizmente, Mario tinha razão. Minha mãe era a única que não sabia dessa história toda. Ela ficaria brava, triste e arrasada conosco. Contudo, meu padrasto poderia estar mentindo. Isso mesmo. Ele deve ter inventado tudo isso somente para que eu não fizesse nada com ele e ficasse totalmente confuso. E conseguiu, pois eu não tinha ideia do que fazer.
A porta do quarto se abriu abruptamente. Era minha mãe, que levou um susto ao ver o filho e o namorido juntos no quarto. “Provavelmente deveriam estar discutindo”, imaginei o pensamento dela. Mas antes que eu pudesse falar alguma coisa, Mario foi mais rápido.
- Ivana, você não gostaria de sair agora? Sem ter hora pra voltar?
- Que proposta indecente... – mamãe brincou, bocejando. – Mas eu estou muito cansada, Mario.
- Tem certeza? Lembra daquele motel que você queria conhecer? – Mario perguntou, abraçando-a. – Eu ia te levar lá...
- Não fala isso na frente do Júlio... – mamãe o abraçava também, beijando-o nos lábios. Tive uma repentina ânsia de vômito.
- Vamos deixá-lo sozinho um pouco. Ele estava me contando que queria trazer uma garota pra cá. – e piscou pra mim. Meu padrasto devia estar perdendo o juízo. – A gente passa a noite fora e ele pode aproveitar um pouco... – ele disse, de um jeito bem sacana. Para não ter que presenciar aquela cena falsa do meu padrasto, saí do quarto. Entrando no meu, cliquei no STOP e parei a gravação. Duraram quase vinte minutos o meu diálogo com Mario. Aliás, o diálogo mais bizarro que já tive. Revelações inesperadas em uma única conversa. Thomaz precisava ouvi-la.
Nos vinte minutos após receber o áudio, liguei para Thomaz e tive que contar exatamente toda a conversa que teve com Mario, pois estava realmente difícil de ele acreditar. Mas não era suficiente uma chamada por celular. Thomaz avisou que pediria ao tio Jair que o levasse até minha casa para que conversássemos pessoalmente. Desliguei o aparelho e fui à cozinha. Minha mãe estava deslumbrante. Ela era muita areia para o caminhão de Mario, que nem heterossexual era. Mais uma vez, ela estava sendo enganada pelo cínico do meu padrasto. Assim como senti pena pela morte do pai dele e pelo distanciamento da família, também senti raiva por descontar todo o seu sofrimento em mim. Eu o considerava ainda mais filho da puta que antes.
À mesa, fiquei mexendo no digitando no meu celular e imaginando se aquilo tudo estaria acontecendo comigo se eu fosse hetero, se eu realmente gostasse e sentisse atração sexual por garotas. As pessoas costumam usar a expressão “opção sexual”, que está totalmente errada. Em nenhum momento eu escolhi sentir tesão por garotos. Se a escolha realmente fosse minha, eu jamais teria tido vontade de beijar um. Mas não, eu estava meio que encurralado porque tentei colocar meu padrasto contra a parede e ele que me colocou. Esperto, Mario ainda usou minha mãe para se safar. Thomaz poderia ser mais gentil e não demorar muito, ao menos assim eu não ficaria tão aflito.
Por um milagre, minha mãe se arrumou com rapidez e surgiu na cozinha com uma calça jeans preta e uma blusa azul, perfumada, com seu batom vermelho fogo. Era um desperdício uma mulher tão linda como ela sair com Mario. Ele bem que tentou esconder a barriga e ficar mais apresentável, com uma camisa preta e todo perfumado. Talvez. Talvez, só se perdesse uns quilinhos. Minha mãe me abraçou e alertou pra eu tomar cuidado com a casa.
- Não sei o que deu no Mario, filho. – comentou mamãe. – Ele está todo saidinho hoje.
- Sério? – perguntei, apático.
- Sério. E o que vocês tanto conversavam no quarto, hein? – ela recolocava o brinco.
- Mario não lhe contou? – eu o mirava com os olhos. Mario, enfim, me encarava com seriedade. Como se estivesse prestes a voar no me pescoço e destroçá-lo.
- Não. Disse que vocês estavam apenas conversando, mas não disse o que foi.
- Vamos embora, Ivana. Você está linda. – Mario a apressou. Mamãe me beijou no rosto, lembrou que havia comida e lanche na geladeira e saiu. Meu padrasto esperou que minha mãe virasse de costas e cochichou no meu ouvido:
- Você vai ter uma surpresinha. – e logo se afastou. Despediram-se e bateram a porta. Sozinho, mais uma vez.
Meu estômago roncava de tanta fome. Fui ao banheiro, lavei as mãos e depois voltei à cozinha. Esquentei um bife do almoço, junto com o arroz e macarrão e quando dei a primeira garfada, a campainha toca.
Mastigando, fui atender à porta e por pouco não me entalo. Com sua camisa cinza regata, com um boné preto para trás, exibindo seus braços fortes e uma cara de sem-vergonha, Zeca estava de braços cruzados.
- Não vai me convidar para entrar? – e entrou. Fechei a porta e perguntei o que ele fazia na minha casa àquela hora da noite. – Tio Mario me disse que você estava sozinho e vim aqui te fazer companhia. – Zeca me abraçou por trás e colocou a mão grossa dentro da minha cueca.
Afastei-o de mim com volúpia. Depois dessa rápida explicação, deduzi que Mario estava certo. Ele sabia o tempo todo que Zeca e eu estávamos tendo... Ficávamos, digamos. Nem eu sabia ao certo que tipo de relacionamento nós tínhamos. Mas eu sabia que tinha sido enganado esse tempo todo.
- Então é verdade.
- Verdade o quê?
- Você contou ao Mario sobre nós dois, não foi? – inquiri, aturdido.
- Eu? Não. Não contei nada. – respondeu, como se ouvisse algo muito absurdo.
- Contou sim, Zeca. Eu tenho provas disso. Gravei toda a minha conversa com ele.
- Que conversa? – perguntou, desconfiado.
- Coloquei Mario contra a parede. Ele me disse que teve um namoro de dois anos com outro homem, o Horácio, e que se desentendeu com os pais dele por isso.
- Ah, ele te contou, foi? – sem parecer surpreso.
- Contou. E falou que já sabia de mim, que eu ficava com você e que ele teve a ideia de você me dar aquela carona aqui em casa. Pra trancar a porta que ficou aberta. E tô percebendo que é verdade... – eu disse, afastando-me dele.
- Não é bem assim.
- É sim. É verdade. Tanto é que ele te contou que eu tô sozinho. Diz logo a verdade. Para de mentiras!
Zeca bufou, impaciente. Tirou o chapéu, bagunçou o cabelo e o pôs de volta.
- Sabia qual era a minha maior vontade?
- Qual?
- Comer um cuzinho. Minhas ficantes não queriam liberar de jeito nenhum e eu não tinha dinheiro pra pagar uma puta.
- Como é...
- Comentei isso com meu tio, com um certo receio, claro, mas comentei. E sabe o que ele disse? Que o enteado dele era um “veadinho” safado e que não iria negar pra mim. E ele estava certo, não é?
- Não tô acreditando... – com o coração a mil. Zeca e eu não namorávamos, estávamos longe disso. Mas eu sentia como se tivesse sido traído. Tudo o que eu queria era que ele fosse embora da minha casa.
Rindo da minha cara, Zeca tirou o boné e a camisa e foi até mim.
- Eu te comi uma vez e sabia que ia te comer outras. – murmurou no meu ouvido. – Aliás, Regis te curtiu tanto que vem aqui daqui a pouco. – e com violência, pegou meu braço e me colocou de costa.
- Agora fica de quatro porque eu tô doido pra te comer, seu “veadinho”.
- Mas você não vai.
- Ah eu vou. – ele disse, mordendo minha orelha. – Ou vou por bem ou por mal.

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Comentários


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viitor Comentou em 08/12/2015

termina a historia nao demora naooo por favor

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goodboy Comentou em 07/12/2015

cara, teus contos são muito bons! bem escritos e com enredo excelente! valeu!

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jeovanerosa Comentou em 07/12/2015

Garoto não faz isso com meu coração, entrava aqui todo dia pra ver se tinha algum conto seu. E um dos pouco que acompanho aqui, narrativa boa e coerente, parabéns e poste mais.




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico historiasemsegredo

Nome do conto:
15. Jogando um Verde

Codigo do conto:
75268

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
06/12/2015

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8

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