Mais uma de tio Beto. Não há fêmea que resista à ternura do seu coração e à dureza da pica. Eu que o diga! *** “Novembro... Chegaram as férias. Por cerca de três meses estava livre da Faculdade. Depois de nove meses frequentando as aulas, fazendo trabalhos e pesquisas, um longo e merecido descanso vinha bem a calhar. Tenho um amigo fazendeiro que havia muito, vivia me convidando para passar uma temporada na sua fazenda. Em todas as férias ele renovava o convite e naquele ano o convite foi imperioso: casava sua filha na fazenda e ele simplesmente não admitia minha ausência. Em tal situação eu não poderia deixar de ir. Mas valeu a pena. Era uma propriedade maravilhosa com magnífico cafezal, um pomar riquíssimo, muito bem cuidado, com todas as espécies de doces frutos imagináveis, um belo lago para pescar, remar e nadar que, por meio de um belo rio a montante, ia dar numa cachoeira maravilhosa que caía rumorosa num pequeno lago, cercado de gramados e bosques! – Puxa! Henrique – disse ao amigo proprietário – nunca devia ter-me convidado para cá! – Mas por quê? Você não gostou? – Pelo contrário, vai ser uma tortura ir embora deste paraíso. – Que bom! Assim você voltará todos os anos. – Pode crer! Principalmente considerando sua hospitalidade. Henrique era de fato um Amigo daqueles que se escrevem com letra maiúscula. Plenamente confiável, hospitalidade impecável, excelente papo. Passamos horas incríveis pescando e tomando banho na cachoeira, depois de acirradas disputas no remo ou relaxantes cavalgadas pela fazenda. Ao fim da temporada de quase três meses, foi de fato doloroso partir daquele paraíso e da convivência com amigos tão maravilhosos. Apesar da magnífica hospitalidade, não tinha engordado! Que maravilha! Ao contrário, estava excepcionalmente bem disposto e com músculos muito mais rijos para enfrentar os embates da vida. Foi uma temporada muito proveitosa, especialmente pela aventura que vou narrar a seguir. Eu chegara à fazenda no início de novembro e Leontina, a filha casadoira de Henrique, se casaia no dia vinte, seguinte. Já se encontrava na fazenda e o noivo também. Gente do interior: seria um casamento à antiga, de véu, grinalda, flores de laranjeira, festança e virgindade de faz de conta... Leontina era uma mulher exuberante, de corpo muito bem talhado, seios que prometiam e um encanto de bunda. Longos cabelos castanhos ondulados e olhos também castanhos. Era um convite ao pecado, simplesmente desejável. Muito desejável! Na primeira noite de minha estada, após um lauto jantar e longas horas de papo, retirei-me para meus aposentos, pois estava meio moído pelos exercícios do dia. O noivo continuou no papo com os comensais. A casa tinha um terraço em toda a sua volta, com bem cuidados jardins, e, ao passar por ele, ouvi gemidos de prazer vindos de uma janela entreaberta, justamente a da noiva. Ela estava masturbando-se! Era obviamente uma mulher fogosa, como se depreendia da intensidade dos gemidos, especialmente durante o orgasmo. Era notório que não lhe era fácil suportar a abstinência que lhe era imposta em razão das convenções locais. Ela necessitava de homem e defendia-se como podia. Imaginei-a nua deitada na cama com dois dedos enfiados na vagina, fornicando-a e a outra mão massageando o clitóris. E foi o que eu vi, pela fresta da janela semi-aberta, na luz tênue do quarto. Meu desejo eriçou-se, pois eu sabia o quanto era bonita e desejável e via então o quanto era carente de homem. Meu pensamento começou a fervilhar. Invadir-lhe o quarto foi um impulso difícil de conter, mas seria um escândalo e isso nem pensar! Tratei de apressar-me para o meu quarto antes de perpetrar uma loucura. Mas como uma obsessão, meu pensamento teimava em voltar sempre aos gemidos orgásticos de Leontina que repercutiam em meus ouvidos, fazendo meu pênis permanecer rijo como pedra. Minha libido exacerbava-se. Tomei uma ducha fria que arrefeceu o ímpeto do pênis, mas a obsessão do pensamento continuou a esvoaçar no meu cérebro e ele logo empinou-se de novo. O desejo por Leontina tornava-se atroz, exacerbava-se! Senti minha primeira noite de sono naquela casa totalmente perdida. Como ela, entreguei-me à masturbação. O fogo libidinoso acalmou, mas o pensamento obsessivo, embora aliviado da exacerbação da libido, continuou esvoaçando em meu cérebro, criando fantasias das mais disparatadas. Vi-me um Casa-Nova adentrando-lhe o quarto através da janela, na calada da noite, e amando-a com um tesão louco, levando-a ao delírio. Mas ela certamente se assustaria, iria gritar e seria um escândalo. Ocorreu-me, porém, que se ela pensasse que era o desejado noivo não gritaria e passei a arquitetar um plano. No dia seguinte, levantei-me cedo, tomei uma ducha e viajei até a cidade. Entrando em várias lojas, encontrei uma vistosa calça preta e uma bela camisa de seda também preta. Uma máscara negra que ocultava quase todo o rosto completou o traje. De posse desse aparato, retornei à fazenda, aonde cheguei à hora do almoço. À meia-noite todos já se tinham deitado e a casa estava às escuras. Vesti minha roupa preta nova, coloquei a máscara e saí para o terraço. A janela do quarto de Leontina estava entreaberta e ela masturbava-se. Os seios empinados, apontando para o teto em meio à cena, pediam macho em cima. Transpus a janela sem fazer nenhum ruído e fui até ela, com o coração disparado. Ela assustou-se, mas antes que pudesse gritar tapei-lhe a boca e fiz sinal para que se acalmasse e não fizesse barulho. Acariciando-lhe a nuca com a mão esquerda, murmurei-lhe dentro do ouvido em tom quase inaudível, escandindo as palavras: – Quero dar-te prazer e gozo do tamanho do amor que trago no peito. É uma fantasia que eu quero que seja tua também... Será nosso segredo noturno, por isso nunca digas nada a ninguém, nem a mim, deste arranjo. Troquei a mão direita pela boca, num beijo incendiado, e ela amoleceu numa entrega total. Despi-a com decisão, percorrendo todo o seu corpo macio e quente com as mãos, em carícias que a levavam ao êxtase. Ao acariciar-lhe os seios e depois o sexo ela gemeu em êxtase de prazer. Fiz-lhe sinal para evitar os gemidos e tapei-lhe a boca com a minha, invadindo-a com minha língua que ela sugou cheia de prazer. Quando senti seu sexo molhado e seu clitóris endurecido, penetrei-a fundo, levando-a à loucura com estocadas firmes, mas não muito intensas. Acreditei que tinha muitos dias para amá-la e quis acostumá-la aos poucos com sexo comum, embrutecendo aos poucos, para não despertar-lhe suspeita. É claro que ela acreditava estar recebendo a visita do noivo. Eu mantinha sua boca tapada para abafar-lhe os gemidos que cresciam quando se aproximou do orgasmo que a fez convulsionar em gozo. Logo explodi numa profusão de prazer, que me levou ao paroxismo do êxtase. A situação de risco (seria terrível causar uma desgraça e decepcionar um amigo como Henrique) parecia multiplicar o tesão e o gozo. Despedi-me com um longo beijo apaixonado. Ela tentou falar, mas, tapando-lhe a boca, fiz sinal de silêncio e recomendei-lhe num murmúrio: – Nunca fales sobre esta fantasia, nem comigo! Quero só o teu sorriso e o teu gozo que dizem tudo o que eu quero saber. Dei-lhe outro beijo que expressava mais do que mil palavras. Saí pela janela, bastante ampla, que ela deixava entreaberta por causa do calor e para ser beijada pelo primeiro raio do sol ao despertar. Agora teria mais um motivo... Eu estava deslumbrado pelo prazer que tivera e ela..., eu nunca vira mulher alguma estrebuchar tanto num orgasmo que resultou numa carinha feliz de amante plenamente saciada. Acho que não fui um macho tão comum. A empolgação me fez mais tórrido do que eu queria e ela parecia estar na maior empolgação de sua vida. Seu sorriso deslumbrante de plena felicidade não deixava a menor dúvida. O risco de sermos descobertos, eu com mais razão (pois para ela seria apenas uma questão de convenções locais) deve ter-nos multiplicado o gozo de tal sorte que eu atingi o paroxismo do prazer como nunca antes atingira. Pressentia que precisava de outras noites como aquela e ela também, com certeza! Portanto, sabia que aquela janela estaria aberta todas as noites. E o cavalheiro misterioso iria transpô-la transido de paixão, amor e medo... O medo estimulante e afrodisíaco que levava ao paroxismo do gozo. Ao soarem as doze badaladas da meia-noite seguinte, o homem de negro transpunha os umbrais da janela entreaberta e se deslumbrava com a amante apetecida numa lingerie luxuriante, com um sorriso maravilhoso brincando no rostinho lindo e feliz. Estava simplesmente divinal! Colhendo seu rostinho entre minhas mãos, sufoquei-a num beijo molhado, enquanto minhas mãos percorriam, sôfregas, seu corpo fremente que se tornara ainda mais sedutor, sob a sedução daquela lingerie. Ela sufocava os gemidos enquanto eu lhe apertava as curvas estonteantes, os seios, a bundinha e acariciava o sexo e o clitóris. Eu a ajudava a abafar os gemidos com minha boca gulosa colada na dela. Quando percebi que o desejo lhe tomara todo o corpo, deitei-a na cama com um travesseiro sob a bundinha e dei-lhe amor mais selvagem que lhe estimulava profundamente a vagina escaldante, fazendo-a trepidar de prazer e gozo arrebatador. Ela teve um orgasmo deveras colossal, cujo gemido ela abafou mordendo o pulso e eu explodi num orgasmo avassalador. Leontina apertava-me ao extremo como se quisesse penetrar-me por osmose para o beijo de nossas almas. Quando nos despedimos com um carinho imenso, ela estava com os olhos marejados de lágrimas, como se o amor, o afeto, a ternura e a felicidade que ela entrevia pela frente não coubessem em seu coraçãozinho amoroso e terno. Bebi suas lágrimas num beijo avassalador... Na terceira noite ela estava ainda mais bela com uma lingerie ainda mais provocante. Enfiei uma bala de hortelã em sua boca e outra na minha. Acariciá-la sobre aquela lingerie dava um tesão doido, enorme, tão avassalador que não me animei a desnudá-la. Minhas carícias logo a deixaram em êxtase e, deitando-me sobre ela numa sessenta e nove, sentimo-nos enlouquecer com o ardidinho da hortelã, exasperando o tesão em nossos sexos. Ela teve um orgasmo e eu penetrei-a com força e forniquei-a com virilidade. Ela foi à loucura, atochando o lençol na boca para abafar os seus gemidos de gozo. Nosso tesão subia a cada estocada e seus gemidos abafados pelo lençol cresciam em número e intensidade até explodir num orgasmo que a fez estrebuchar de gozo. Mais uma noite, mais uma loucura. A cada noite, ela tornava-se mais sensual e sedutora e entregava-se mais amante e abrasadora. Com uma camisolinha luxuriante e transparente que deixava ver o esplendor das curvas do seu corpo, jogou-se sobre mim, apertando-me e mordendo-me esfaimada de sexo. Foi um aperta-aperta, um esfrega-esfrega, um devorar de beijos alucinados que incendiavam nossos corpos com o desejo do cão. Devorando-lhe a boca com beijos alucinados e apertando-lhe os seios e a bunda, empurrei-a para a parede e, com estocadas muito tórridas, tirei-lhe o chão fazendo-a subir como lagartixa, fazendo-a gemer o gozo das entranhas. Joguei-a na cama e forniquei-a com brutalidade. O pau entrava com toda a força nas profundezas da doce bocetinha. Ela gemia fundo, abafando os gemidos contra o travesseiro que ela atochava na boca, num apertar, morder, chupar, comer desenfreado que fazia a paixão sobrepor-se ao amor e embrutecer a cada estocada que a fazia urrar de gozo abafada no travesseiro. Estrebuchou alucinada com as estocadas selvagens que a levaram ao orgasmo avassalador. Quando o cavalheiro mascarado transpôs os umbrais da janela, seus olhos estavam úmidos da felicidade que não lhe cabia no coração. Ainda não havíamos pronunciado uma palavra além das minhas recomendações murmuradas, mas o prazer e o carinho que trocávamos, valia por mil discursos. Cada vez nos enternecíamos mais e sua meiguice era infinita. A cada dia ela amava mais e mais o seu “amado noivo”, que se desdobrava a cada noite para dar-lhe prazer, e atingia o gozo extremo com olhos marejados e despedia-se com um sorriso lindo de olhos brilhantes de alegria que eu via crescer a cada encontro. Ela era feliz, muito feliz! Na quinta noite, após uma sessenta e nove ardidinha, dei-lhe a transa de bocetinha e clitóris, cujos orgasmos na xana e no clitóris a fizeram estrebuchar como uma alucinada, abafando gemidos crescentes e profundos no lençol atochado na boca. Ao cabo, seus olhos resplandecentes pareciam iluminar todo o quarto. Apertou-me com toda a força e, explodindo em lágrimas de alegria, deu-me um beijo alucinado, transcendendo corpo e alma, e coroando a existência de amor profundo, muito profundo. Abriu a boca para falar e eu tapei-a, murmurando: - Não! Eu sei, bobinha! Tu nunca gozaste tanto nem comigo! Tu sempre foste estimulada na xaninha, ultimamente à bruta, mas só na xana e hoje tu tiveste fricção total: na xaninha, na vulva, no clitóris, e no corpo todo e tiveste muito mais pressão e fricção na bocetinha. Tu estás maluca de tanto gozo, não é? Ela acenou a cabeça. - Tu nunca pensaste em gozar tanto. É a transa de bocetinha e clitóris: tu ficas todinha gozada! O prazer é tanto que te põe maluca. Aquele beijo de despedida me fez ver que nosso amor não tinha volta. Nos meus braços ela ficava maluca de desejos e de prazeres. Tantos desejos e tantos prazeres que a punham em ebulição, toda buliçosa, afagando-me, mordendo-me, lambendo-me, chupando-me. Era um não contentar-se de contente, como diria o poeta. Foi então que um temor que bulia com meu cérebro, e até aumentava minha libido, tomou corpo e, como outra obsessão, teimava em voejar no meu pensamento, tirando-me o sossego. Leontina, obviamente, cuidava que eu era o seu noivo, mais apaixonado a cada noite, o que a enchia de felicidade e a fazia ver o quanto sua escolha tinha sido acertada. Tínhamos um pacto de silêncio, é verdade, mas era para que as pessoas não descobrissem o nosso arranjo. Portanto nada impedia que Leontina, inadvertidamente, fizesse um comentário que nos denunciasse num momento de meiguice a sós com o seu noivo. Afinal eles namoravam e trocavam beijos e abraços e Leontina, num momento de ternura que eu fazia crescer pelo seu noivo, bem podia desencadear uma tragédia. Essa ideia esvoaçou em meu cérebro o dia todo e, por vezes, me tornou um ausente nos longos papos com Henrique. Tornou-se uma ideia fixa. Assim, fui para o sexto encontro com Leontina com o firme propósito de revelar-lhe a verdade a fim de prevenir a tragédia que se me afigurava iminente. Ela parecia ainda mais linda com uma “lingerie” muito provocante, sedução pura! Jogou-se sobre mim como uma loba esfaimada, devorando-me de beijos e apertando-me e mordendo-me toda abrasada em desejo. Meus temores dissiparam-se e eu a abracei com emoção incontida. Minhas mãos também percorreram o seu corpo em êxtase, explorando-lhe o corpo do pescoço às coxas e incendiando-a com afagos na xaninha e no clitóris. Nosso desejo tornou-se indomável. Livrei-a da lingerie. Nosso desejo assumiu caráter de urgência. Era imperiosa a consumação do ato amoroso ou explodiríamos de tesão! Eu bem avaliava a loucura que a TBC causava nas mulheres e ela não era exceção, ao contrário, as demonstrações de prazer e o gozo que explodia em orgasmos intensos, vaginais e clitorianos, que a punham em êxtase, e lhe deixavam no rostinho um sorriso inefável de felicidade com os olhos marejados, derramando-se em carinhos intermináveis que me enchiam de ternura não deixavam qualquer dúvida. A TBC era o céu para ela. Mais do que nunca, queria vê-la estertorar de gozo. Queria ver se ela era capaz de suportar ainda mais prazer, mais gozo, mais emoção e extravasar em carícias e carinhos sem fim... Foi com aquela transa que ela adorava que eu transbordei sua taça de prazer daquela noite, com total ímpeto selvagem que ela explodiu em quatro orgasmos, vaginais e clitorianos, que a deixaram alucinada de gozo e emoção, transbordando em carinhos e carícias e em sorrisos úmidos de contentamento. Até quando, ó Deus, esses sorrisos subsistirão? Eram meus temores de volta! Acontecesse o que acontecesse, Leontina tinha que saber que eu não era o seu noivo. Aproveitei aquele momento de fragilização e, sentado junto à cabeceira da cama, sentei-a entre minhas pernas e travei-a, apertando-a contra mim, com braços e pernas, para ter controle total sobre ela e murmurei em surdina, escandindo as palavras: Perdoa-me prender-te, meu amor, mas preciso fazer-te uma confissão muito grave e quero que me escutes até o final sem interromper-me e sem fazer nenhuma bulha. Ela agitou-se e eu levei a mão à sua boca, fazendo sinal de silêncio. Prossegui: – Quero que saibas que eu te amo muito e quero que sejas muito feliz, muito mesmo! Também tenho uma admiração e respeito muito grande por teu pai e tua família e quero que sejam felizes. Por tudo isso, nunca deverás fazer nenhuma alusão a estes momentos maravilhosos que temos vivido a quem quer que seja, principalmente ao teu noivo! Ela estremeceu e tentou falar. Segurei-a firme e disse, ou melhor, murmurei: – Não, amor! Não sou o teu noivo! Sei que me recebeste unicamente porque acreditavas piamente que eu era ele. Mas eu não sou. Perdoa-me por ter iludido a tua boa fé! Juro-te, porém, que jamais tive a intenção de me aproveitar de ti. Meu pedido de perdão é sincero, mas nunca me peças para me arrepender do que fiz. Essas noites contigo foram as melhores da minha vida e seriam mentirosas quaisquer demonstrações de arrependimento. Ela estrebuchava, querendo falar e eu continuei: – Sei que tu queres saber quem eu sou. Não vale a pena. Sou apenas um sonho bom que, por conter um vício inerente, tornou-se um sonho mau. Mas, por favor! Ouve-me até o fim! Eu odiaria machucar-te. Sei que estás me considerando um cafajeste, um canalha, e tens razão. Mas há uma coisa que tu não sabes. Eu desejei-te desde o primeiro instante em que te vi e meus olhos percorreram ávidos cada um de teus encantos e extasiaram-se com tua coleção de sorrisos lindos. Como eu te desejei! E esse desejo só tem feito crescer nestes dias com teu sexo fogoso e teus carinhos extremados. Todavia, juntei todas as minhas forças e me resignei a ver-te de longe, até que, passando em frente à tua janela, ouvi teus gemidos de prazer e, olhando instintivamente pela fresta aberta, vi tua carinha de gozo e tuas mãos trabalhando azafamadas em teu sexo. Isso foi fatal! Tua carinha de gozo e o esplendor de teu corpo nu mais o teu cheiro transtornaram-me o juízo. Meu primeiro impulso foi invadir-te o quarto, mas meu senso crítico veio em meu socorro: gritarias e seria um escândalo. Saí correndo. Se soubesses quantas forças tive de reunir para fugir de ti! Bem! A razão venceu o instinto no primeiro embate. Mas a revanche do instinto foi atroz. Minha libido exasperou-se. Tomei uma ducha fria, mas logo depois a luxuria reinstalou-se mais atroz ainda. Masturbei-me. A luxuria se acalmou, mas o pensamento, não havia como afastá-lo de ti. Ali estava eu necessitado de ti até a medula. Aqui estavas tu necessitada de homem! E o panaca do teu noivo, sem nenhuma imaginação nem iniciativa, deixava-te a arder em desejo em troca de obedecer às “convenções sociais”! Meu instinto cafajeste riu: – Bem merecidos os cornos naquele panaca! Ela tentou falar, contorcendo-se e eu lhe disse: – Está bem! Está bem! Tu o amas e eu sou apenas um cafajeste! Mas que ele merece a galharia..., lá isso merece! Voltemos ao que interessa: quero que medites muito sobre esses fatos antes de tomar qualquer atitude. Se alguém vier a saber, principalmente o teu noivo, será um escândalo. Teu casamento acaba. Tu ficas falada por todo esse povinho e tua família difamada. Pensa em ti e na tua família, antes de tomar qualquer decisão impensada. O amor, por maior que seja, nada pode contra as convenções sociais... Ela estrebuchou novamente, querendo falar. Eu ainda receava que ela alterasse a voz: – Não digas nada, meu amor! As palavras são fonte de mal-entendidos, como dizia Saint-Exupéry. Pensa bem e depois decide. Se me considerares um cafajeste abominável e nunca mais quiseres ver-me, fecha a tua janela amanhã. Isso me partirá o coração, mas, mesmo morrendo de dor, obedecerei aos teus desígnios. Se, eventualmente, me perdoares e me quiseres de volta, deixa a janela entreaberta. Vês como um gesto vale mais do que mil palavras? O amor e o afeto que hoje trocamos aqui sem nos dizermos nenhuma palavra, se expresso em verbo, perderia todo o colorido, todo o calor, todo o sabor, toda a transcendência amorosa que lhe dá vida! Dando-lhe um beijo que provavelmente seria o último, despedi-me: – Adeus, amor! Controla-te e não te esqueças: pensa em ti e na tua felicidade em primeiro lugar e na dignidade da tua família! Passei outra noite insone, matutando nesses acontecimentos. Uma parte maravilhosa, de deleite completo, a outra parte de uma atrocidade terrível. O dia também foi atribulado. Voltei a ter “ausências” nos papos com Henrique e com outras pessoas da família. Sem ânimo para nada, recolhi-me cedo. À meia-noite vesti-me de negro com a máscara e saí. Um fio muito tênue de esperança bailava no meu pensamento. Puxa! Eu fui um cafajeste, mas lhe dei tanto amor, tanto êxtase, tanto gozo, como ela jamais tivera do noivo. Lá fora a noite estava linda! O céu esplendia de estrelas como um maravilhoso manto negro-azulado, crivado de diamantes. A exuberante lua cheia derramava um mundo de luz suave até muito além das cercanias. Era uma noite para os namorados, uma noite para os amantes, uma noite para os poetas! Com o coração aos saltos, olhei para a janela de Leontina: estava escancarada...” *** Terno, mas safado, não é? Daquela ternura safada não há mulher que escape, sem abrir o coração, a mente, a xana, a janela... Eu que o diga! Foi impossível dar forma literária ao texto sem fazer meia-dúzia de siriricas e tive de chamá-lo urgente para meter-me uma de xana e clitóris com esfregação no ponto G. Gostaram da história? Votem e comentem e se tiverem uma fêmea muito difícil de abrir, ataquem de super-fodas que elas arreganham. Como super-foder? Baixem o meu livro “Meus Amores de Paixão Arrebatadora”. Basta esse título num site de buscas, e vocês terão todas as dicas para super-foder fêmeas difíceis. E o livro está em promoção de graça até o dia 15/09/2016. Não perca!
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Que delícia de relato. Tem tanto sentimento exposto nas mais avassaladoras das transas que é impossível parar de ler. Ficou muito bem ilustrado com as fotos que é fácil perder o controle neste relato. BJS