Quando Marcelo fez a proposta naquela noite, fiquei tão animado que respondi sem pensar muito, que sim, que eu queria repetir a dose. Não durou três segundos e minha consciência pesou, ainda ao lado dele falei.
- Marcelo, tem certeza? – olhei para ele, seu nervosismo era perceptível.
- Você não quer né? – pareceu desapontado.
- Não sei, não sei se é a coisa certa, afinal, você me beijou e eu gostei, mas eu não sou gay, você entende...
- Cara eu também não sou, melhor a gente parar com isso né?
- Você não acha que isso afetaria nossa amizade?
- Não, esquece isso, vamos ficar assim mesmo, acho que foi apenas uma curiosidade mesmo.
- Certo, vamos ficar como estamos...
- Sim, é melhor mesmo.
- Sim, me fale então, você está namorando e nem apresentou ainda ela direito.
- Pois então, estou namorando a Patrícia, você deve conhece-la... – realmente eu conhecia, parece estranho, mas eu conhecia quase todo mundo, as vantagens de trabalhar numa loja de roupas em uma cidade pequena, as garotas passam todas por lá.
- Sim, sei quem é, parece ser uma garota legal. Vamos marcar então um dia nós quatro.
- Pode ser, vai ser legal – ele estava pensativo, acho que a noite que ele planejou não foi bem como esperava.
- Sua mãe está em casa? – ele me olhou, pareceu que iria perguntar o motivo de minha pergunta.
- Ela deve está vendo a novela, por quê?
- Queria entrar e ver um filme, mas ela está vendo novela...
- Vamos então para meu quarto olhar algumas revistas e ou escutar musica.
- Pode ser – não sei o que estava acontecendo, era normal fazer isso com ele, mas tinha um ar carregado de tensão, ainda pensei em desisti, mas fugir daquela situação não iria melhor esse dilema. Seria uma prova de fogo.
Entramos, falei com a mãe dele, e depois passamos para o quarto, fechou a porta sem trancar. Me sentei na cama e ele procurou algumas fitas K7 ficamos escolhendo algumas musicas...
- Você quase não tem CD...
- São caros, você sabe como é.
- Sei sim... você sabia que Luciano da Lan House faz coletânea, a gente seleciona as musicas de vários CDs e ele grava em outro, só as musicas que você quer, dá para gravar umas vinte.
- Sério, mas deve ser bem caro.
- Fica bem em conta, e ao invés de comprar vários CDs, você só compra um com todas as musicas... A gente podia depois ir lá ver quais Cds ele tem, e depois você gosta de alguns dos meus, é só fazer a seleção dos meus também.
- Seria legal, depois vamos sim ver isso.
Nisso ele colocou uma K7 dos Engenheiros do Hawaii, a musica era bem animada, ele olhava para mim e sorria, eu sem querer olhava para sua boca, então não pude evitar.
- Por que você me beijou? – ele me olhou tipo negando minha pergunta.
- Esquece, não vamos falar nisso.
- Nós transamos, é complicado eu esquecer isso.
- Foi apenas sexo, certo?
- Então prove.
- Como assim?
- Se foi apenas sexo, me beije, se você não ficar excitado, eu não falo mais nesse assunto – ele pareceu duvidar, mas então ele riu - por que tá rindo?
- Como vou lhe provar isso, se eu já estou de pau duro.
Ficamos calados, ele veio para cima, e me empurrou na cama, depois subiu em cima, e fez que ia me beija, fechei os olhos esperando aquele beijo que não aconteceu, abri os olhos e ele estava me olhando sorrindo.
- Você quer! Então você gostou né? – ele sorria enquanto falava.
- Sai, eu pensava que ia rolar alguma coisa.
Mas ele não saiu, segurou minhas mãos na cama, depois se afastou, pegou no pau por cima do short, apertou e então.
- Posso fazer uma coisa diferente?
- Tipo o quê?
- Queria fazer sexo oral em você, posso? – sexo oral, tipo, ele iria me chupar, eu nunca tinha sido chupado, fiquei curioso.
- Ok, se você quer.
Ele ainda massageou, depois tirou para fora, e então lembrou da porta. Correu passou a chave. Voltou e então ele fez algo que me deixou doido. Sua boca estava quente, ele sugava e acariciava com a língua, eu tive arrepios, era uma sensação única. Logo senti vontade de gozar.
- Vou gozar! – esperei ele parar mas não parou, intensificou, tentei segurar na cama, apertando os lençóis, me segurei para não gritar e então explodi com um jato de esperma, e ele parado esperando eu terminar de encher sua boca, ele engoliu tudo, sem tirar a boca, continuou massageando com a língua o que me causou fortes espasmos de prazer, segurei sua cabeça tentando parar seus movimentos, foi uma loucura, tive meu primeiro orgasmo prolongado.
Queria repetir aqui, queria repetir aquilo muitas vezes.
- Gostou? – ele perguntou já sabendo a resposta.
Se deitou do meu lado e ficamos os dois olhando as telhas. Eu queria perguntar se ele já tinha feito aquilo antes com outra pessoa, mas tive medo de magoá-lo, mas eu sabia que aquilo não era algo que se aprendia logo na primeira vez. Depois ele se virou olhou nos meus olhos e disse:
- Você faz em mim? – olhei bem direto nos seus olhos, e disse
- Nunca fiz isso, não sei, tenho nojo de porra.
- Tenta vai, estou super excitado, eu te aviso quando for gozar, prometo.
Fiquei temeroso, ele ficou deitado e eu sentado olhando para ele, e depois para seu volume dentro do short. Peguei seu pau e senti sua grossura, era estanho segurar ele, era gostoso senti aquele volume que não era o meu, eu gostava de segurar seu pau, e apertar, mas nunca tinha imaginado pô-lo na boca, quando tirei para fora, e olhando ali, com a luz ligada, o vi direito, acho que era do mesmo tamanho do meu, mas tinha a impressão de ser maior, baixei a cabeça em direção ao mastro...
- Espere, não vá logo direto, beije em volta, acaricie minha barrica e virilha, depois você dá uns beijinhos na cabeça e então vai sugando de leve.
Escutei suas orientações, e minha duvida se ele já tinha feito isso com alguém se confirmava mais ainda. Então fui de leve, e quando minha cabeça estava bem próxima do pênis dele, senti seu cheiro forte, isso me encheu a boca d´água, salivei e então não esperei muito e comecei a chupar, no inicio achei estranho e quis desisti, mas então lembrei a forma como ele fez em mim, e procurei imitá-lo, não sentia gosto de nada, mas logo vi ele sentindo prazer gemendo baixinho, notei o poder que eu tinha sobre ele, aquilo me deixou muito excitado, eu chupava, e chupava, e eu ia me sentindo cada vez mais poderoso.
- Vou gozar, pare!
Tive que parar, não sentia ainda segurança para tal façanha logo no inicio, ele pegou minha mão e então mandou eu terminar o serviço torando uma nele. não demorou muito e ele gozou com fortes jatos que chegava ao seu peitoral cobrindo toda a extensão do seu tórax e abdômen.
Aquilo era novo, uma sensação poder e arrepios tomou meu corpo. Ele deitado de olhos fechados e sorriso estampado no rosto.
- Então Max, acha que pode ficar sem isso sendo meu amigo? – sua pergunta pareceu irônica, tive medo da resposta, pareceu que ele queria isso desde o inicio de tudo.
- Acho que consigo, se você conseguir... Mas caso queira repetir a dose outras vezes é só avisar.
- Vamos ver...
Voltei para casa com minha cabeça cheia de pensamentos eróticos, como eu nunca tinha feito sexo oral. Como eu tinha passando tanto tempo sem aquele tipo de prazer. Me deitei e não consegui dormir sem antes de me masturbar pensando em nossa ultima cena. Sentia o gosto inexistente, era mais um aroma do seu pau do que mesmo sabor, não saberia explicar em palavras. Mas era tão excitante que logo gozei, um jato de porra saiu renovado. Dormir bem relaxado.
Agosto de 1999
Nas noites seguintes eu queria ir direto para fazer sexo oral com ele, mas algumas dessas noites ele não estava em casa, eu ia de teimoso, queria sentir sua boca me chupando, e na verdade, eu não queria admitir para mim, mas estava gostando de chupar também. Preparei algumas CDs de musica para ele, inventava dele ir na minha casa para pegar livros, mas eu me aproveitava para transar. Mas ele parecia mais controlado e dizia para mim não dá muita bandeira, e que deveria sair mais com minha namorada, pois ele também estava namorando, mas eu comecei a ter ciúmes da namorada dele. Mas foi a minha namorada que deu o primeiro sinal de que as coisas estavam ficando fora do controle.
O mês de agosto já estava no fim quando Mary com uma expressão chateada falou:
- Vamos terminar.
- Terminar por que, a gente se gosta.
- A gente não se gosta Max, não quero, já cansei de ficar esperando você. Não sei o que é que tem seu amigo, que você prefere ficar mais na casa dele do que sair comigo.
- Não é assim Mary, você que eu passei muito tempo sem um amigo mais próximo e ele é o único amigo homem com quem tenho para conversar.
- Eu gosto de você, mas não dá para dividir dessa forma, você passa mais tempo com ele do que comigo. Cansei.
- Então está terminando comigo por causa disso?
- Estou. Não sei, mas você mudou muito depois dessa amizade. Nossos amigos já notaram, alguns dizem que vocês parecem um casal sentados na calçada da casa dele. E isso me magoa. Acabou.
Ela saiu, e não olho. Nos dias seguintes eu me encontrei com Marcelo. Ele ficou preocupado, disse para mim procurar outra namorada, mas eu não queria, queria ficar com ele, não era namoro, era sexo, eu estava viciado em sexo e principalmente em oral. Então numa noite de sábado, resolvi ir na casa dele, sabia que a mãe dele iria sair de casa, planejei tudo direitinho, iria ficar com ele, e daria uma mamada bem gostosa, e dessa vez iria beber seu leite, e depois daria um beijo batizado de porra, e pediria para namorar comigo. Mas ao chegar lá, ele estava com a namorada. Fiquei sem jeito, dei boa noite e ele respondeu...
- Boa noite, vamos sentar.
Ele nem se levantou para pegar a cadeira, fiquei olhando, e ele sem ação.
- Hoje não, vim só ver se você poderia me emprestar aquele CD com a seleção de musica.
- Claro, já volto.
Ele entrou e a namorada ficou lá sentada com cara sorridente, parecia uma boneca de porcelana, ele voltou entregou o CD...
- Prontinho... Tem certeza que não quer sentar?
- Só era isso, estou precisando dele para... Para ver umas musicas que o pessoal da faculdade... tem um trabalho e precisam de umas musicas de rock, é isso.
- Tá...
- Boa noite – falei olhando para os dois.
Liguei a moto e sai acelerando pela rua.
Continua.