PRÓLOGO
O ano é 980 D.C. início da Dinastia Goryeo (Koryo (918-1392)). As províncias mais próximas às fronteiras do reino vivem em constante tensão por causa das invasões. Mesmo assim, os aldeões procuram manter a rotina e seus costumes. Os jovens aprendiam as profissões dos seus pais e os mais abastados deixavam suas províncias para estudarem na capital.
Sobre uma carruagem aberta, o jovem Shim Jae-Yun, de apenas 19 anos, voltava da capital para sua província depois de três anos sem visitar os pais, ele retorna com uma expressão séria no rosto. Seus olhos pareciam distantes, sem mirar a vegetação passando ao lado da carruagem.
Jake olha para a frente, e reconhecendo a estrada, ele parece mais agitado, além da saudade dos pais, ele parecia fugir da capital, ele olhava para trás atento as arvores e aos barulhos, seu coração estava agitado.
E mesmo com esta agitação em seu peito ele queria rever seu amigo, o jovem Park Nam-Hyung, que ficou na aldeia por não ter condições de estudar na capital.
Foram cinco dias de viagem. A carruagem chegou ao centro do povoado da pequena província no final da tarde, os pais do jovem estavam em casa quando a porta se abriu. Ele trajava uma roupa típica da época, apenas o rosto era visto, com um chapel grande, e roupas longas, ele mostrava apenas o rosto bronzeado pelo sol da viagem..
Após um banho demorado e revigorante, o rapaz se juntou ao centro da sala com seus pais. Ele contou tudo que parecia importante e relevante sobre a vida na capital. Seus velhos pareciam curiosos e atentos a tudo que eles relataram.
Logo que o sol brilhou no dia seguinte, Jake olhou pela janela e viu que não estava mais na capital. A luz entrava pela janela, ele respirou fundo aliviado, estava em casa. Estava a salvo. Ele se levantou rápido, se arrumou e foi ter com sua mãe.
— Bom dia minha mãe. A senhora teve uma boa noite de sono ?
— Bom Jae-yun, fazia anos que eu não dormia tão bem - ela sorriu agradecida - como eu estava com saudades de te ver assim… Quer dizer, você cresceu e se tornou um homem muito bonito.
— Mãe, e o Namhyung. A senhora sabe dizer se ele ainda está por aqui?
— Claro, aquele seu amigo está trabalhando como assistente do conselheiro do chefe da cidade.
— Então ele deve ser bem ocupado.
— Sim. Ele também se tornou um rapaz muito bonito, as garotas suspiram quando ele passa pela rua, e ficam soltando gritinhos… Mas ele não parece interessado em nenhuma.
— Logo ele que era cheio de gracinhas com as trainee de damas de companhia.
Jake resolveu dar um passeio pela cidade natal. Tudo parecia igual a sua partida, salvo alguns comércios novos. As pessoas ficavam aos cochichos ao verem ele passar. As garotas mais novas ficam suspirando sem saber quem era aquele estranho, e outros comentavam como ele tinha crescido e ficado tão diferente do garoto franzino.
Então ele se depara com seu amigo.
— Então as notícias são verdadeiras, o filho a casa torna - Namhyung sorri encarando os olhos surpresos de Jae-Yun.
— Notícias, ou boatos? - Jae-Yun sorriu- Como vai senhor assistente do conselheiro?
— Nunca fomos formais, não precisa sermos agora, Jake.
— Há anos ninguém me chama assim, pode manter em segredo?
— Tudo bem, fica só entre a gente, Jae-Yun.
Eles sorriem um com o outro e se abraçam. As pessoas que os conhecem sorriem ao saberem que os jovens travessos se reencontraram.
— Quando podemos nos encontrar, preciso lhe contar uma coisa - Jae-Yun pareceu sério demais para aquele momento feliz do reencontro.
— Hoje ao final da tarde, podemos nos encontrar sob o velho carvalho - Namhyung fala ainda sorridente, ele parece bem emocionado com o encontro.
— Então a gente conversa melhor mais tarde.
Jae-Yun, retorna para casa depois de passar no mercado, chegou em casa com alguns legumes e ervas, depois foi ver o velho pai que estava na olaria da família. Sua cerâmica era referência no povoado.
— Meu filho - o velho pai olha para Jae-Yun sorrindo - se aproxime.
— Vim olhar o senhor trabalhar. Aprendi novas técnicas no preparo da porcelana, vou trabalhar com o senhor.
— Mas e seus estudos, não vai concluir?
- Eu retornei para ficar, meu pai. A capital está uma desordem, muita violência, então eu fiz uma curso de aperfeiçoamento em cerâmica, já pensando em vim trabalhar com o senhor.
— Pois fez certo, eu prefiro meu filho aqui com a gente tocando os negócios da família.
Eles sorriram, entretanto, se notava nos olhos de Jae-Yun, uma tristeza profunda.
O sol descia no oeste, Jae-Yun caminhou até aporta.
— Mãe, não me espere para o jantar, vou sair com o Namhuyng.
— Só me prometa que não vão beber até cair por aí.
— Prometo. E amanhã eu vou com a senhora ao rio pescar trutas, como a gente fazia.
— Isso seria ótimo, faz tempo que não vou ao rio. Se cuide e volte bem para casa.
— Te amo. Até amanhã, caso a senhor não esteja acordada quando eu voltar.
Jae-Yun, caminhou pela pequena estrada que levava aos limites do povoado, onde se encontrava um velho carvalho que fora partido ao meio numa tempestade, ele formava um ver ao centro, e suas galhas se estendiam pelas laterais. O sol se aproximava do horizonte. Seu coração parecia ansioso e feliz por se encontrar com seu amigo. Ele iria se declarar, mesmo sabendo que seu amor por ele era inapropriado, ele não podia mais guardar só para se. Também iria contar para ele o que tinha acontecido na capital. Precisava contar tudo sobre seus temores. Seu coração palpitava e seu corpo tremia.
O sol já não mais brilhava quando ele avistou a velha árvore caída. Ele só conseguiu ver um vulto em pé. Apressou os passos, queria abraçar seu amigo bem forte. Queria dar um beijo. Aquele beijo que ele sonhou todas as noites. Mesmo se o Namhyung não correspondesse, ele iria contar de qualquer jeito, e se fosse preciso manter em segredo por toda a vida o relacionamento deles, ele iria sem medo algum, mesmo que os pais o forçasse a se casar, ele casaria mas não deixaria de viver secretamente com o seu amado.
Ele caminhava decidido a lutar pelos seus sentimentos.
E o seu coração parou de bater quando chegando próximo ao carvalho avistou a pele pálida e aquele sorriso pavoroso.
— Pensei que você tivesse desistido do seu encontro Jae-Yun.
Em sua frente está um homem tão jovem quanto ele, e aos pés está Namhyung desacordado.
— Você - ele treme em pânico - o matou?
— Ainda não. Você já se despediu dos seus pais?
— Não não pretendo ir a lugar nenhum - Jae-Yun, parece retomar suas forças.
— Jae-Yun, você é meu. Você é meu! E esse aqui? Não me diga que este é o tal amigo que você delirava por ele…
— Não o mate… Por favor Jay.
— Como você me trocaria por simples aldeão, e pobre, sem instruções, sem nada para oferecer…
— Não mate-o…
— Escute, Jae-Yun, serei misericordioso com ele, se você partir agora comigo. Nem ele e nem seus pais sofreram nada. Apenas venha comigo e prometa nunca mais voltar ao seu povoado.
— Tudo bem. - Jae-Yun deixou cair lágrimas e inclinou sua cabeça de lado.
O homem que estava a cinco metros de distância caminhou à frente na velocidade do vento, ficou por trás do jovem, abriu sua boca mostrando dois caninos pontudos.
— Não vai doer nada. Sua vontade será sua salvação - o vampiro falou antes de morder o pescoço do rapaz que fechou os olhos.
Sem tempo para se despedir dos pais os jovem Jae-Yun, desapareceu do povoado sem deixar rastros e nem notícias.
Ainda naquela noite o jovem Namhyung bateu à porta dos pais de Jae-Yun. Logo a notícia se espalhou que o recém chegado tinha desaparecido.
…
Interessante.Apesar de não ser o meu tipo de leitura preferido,mas muito bom.Bem escrito e bem funcional quanto ao gosto do leitor e impactante.Espero q vc continue apostar
Maravilhoso, creio que mais uma série de contos excitantes está por vir. Votado.