Alex & Daniel - T3C07: Sonhando com uma família...

Cap. 7 – Sonhando com uma família

Daniel:

Caminhei com passos firmes por aqueles corredores intermináveis, meu tio permanecia calado, foi estranho chegar próximo ao apartamento e avistar os parentes do Alex circulando próximo, estava lá uma mulher alta e bem vestida, logo fiquei sabendo ser a tia dele, e próximo um rapaz de idade semelhante a de Alex, seria o primo dele que eu conhecia só por meio de relatos, era bem atraente, ao se aproximar, eles me olharam com bastante interesse, senti os olhos investigativos. Então meu tio falou estendendo a mão para a senhora.
- Quanto tempo Senhora Montenegro, como estás?
- Estamos bem, vejo que o senhor também anda se cuidando.
- Obrigado.
- E este jovem bonito, não seria o Lucas?
- Sim, é o Lucas Daniel, sim – ele me olhou como se fosse um comando.
- Prazer! – estendi minha mão a qual foi bem recebida, ela parecia uma senhora bem educada, mas não sorriu.
- Este é meu filho Alberto – ela falou se dirigindo para meu tio - não sei se você lembra dele...
- Lembro sim, ficou um rapagão – meu tio respondeu estendendo a mão para o rapaz.
- Prazer! – ele respondeu aliviando seu estado marmóreo com um belo sorriso.
Depois ele me olhou e estendeu a mão, e eu correspondi, ele ainda tinha o sorriso.
- Prazer! – retribui e fiz um sorriso menos espontâneo como o dele.
- Vou avisar que vocês chegaram – Alberto falou, sua voz era grave e firme.
O observei entrando no quarto, enquanto isso meu tio conversava com a senhora. Logo Juliana saiu e junco com ela o pai e Alberto.
- Tudo bom Senhor Carlos – ela falou se dirigindo ao meu tio - Daniel pode entrar.
Eu passei por eles evitei olhar para o pai dela. Cheguei à porta e Alberto estava ainda interrompia a passagem, me encarou já não sorria, mas não tentei interpretar, apenas passei por ele e agradeci quando ele abriu a porta e me deu passagem.
Alberto tinha uma presença marcante, era mais espadaúdo que Alex, talvez a genética dos Montenegro fosse mais forte, seus olhos negros indicava seu sangue latino, com seus cabelos castanhos escuros. Não era assim que o imaginava quando Alex me falou dele há alguns dias, na noite que voltei do encontro com Juliana e seu pai.
Naquela tarde em que Juliana se mostrou como era de verdade, não queria acreditar no que tinha ouvido.
- Daniel você já deve está sabendo que o pai do Alex apresenta uma saúde debilitada com sérios problemas de coração, e nós estamos muito preocupados com a saúde do tio – disse com uma voz firme e sem emoção, a prima do Alex, que até então nós pensávamos conhecer, Juliana.
- Sim, ele me falou, e está preocupado com a saúde do pai...
- Então, por isso eu conversei com meu pai – olhou na direção do tio de Alex - e concluímos que o melhor seria Alex voltar a morar na casa da família...
- Mas o Alex já teve esta conversa com o pai dele...
- Sim, teve, mas nós não sabemos como ficou conversado entre eles, só sabemos que o ultimo encontro entre eles causou quase um enfarte fulminante.
- Mas e as escolhas de Alex, vocês não estão pensando nos direito dele... Digo, Juliana, você que sempre esteve no lado dele, agora pensa diferente?
- Sempre estive no lado dele, e ainda estou Daniel, mas agora é diferente...
- Escute garoto, minha filha está no lado da família, assim como todos nós estamos pensando no bem maior. Alex não pode simplesmente abandonar o pai e deixar a família deixando todas as responsabilidades que competem a ele, só por causa de um simples desejo de ter sua própria casinha - Interrompeu o pai dela.
- Não é apenas um simples desejo, estamos namorando há quatro anos, não são quatro meses.
- Mas se você diz gostar dele com tanto amor, e que acha o correto Alex se virar contra o pai, que tipo de amor é esse que gera intrigas, você não está sendo egoísta.
Egoísta, eu, como ele ousou me chamar de egoísta, quem foi agredido e teve que suportar tanto tempo de espera, eu já começava a ficar nervoso.
- Não entendo o motivo de vocês me chamarem, já tiveram esta conversa com Alex, e já até me espancaram, vocês acham mesmo que é ameaçando que vão conseguir nos separar.
- Espere, ninguém espancou ninguém – disse Juliana se intervendo.
- Pergunte para seu pai ou seu tio, que mandaram dois capangas me darem uma surra, só uma coisa, já fiz um B.O., não vou mais ficar calado.
- Escute aqui, estamos conversando, e queremos resolver isso da melhor forma possível. Esta história de capangas não faz parte da nossa politica.
- Claro que vocês não vão admitir, afinal não tem como a gente provar.
- Daniel, vamos logo direto ao que propomos a fazer – Juliana parecia nervosa - temos aqui um contrato de compra e venda de um apartamento. O apartamento que você estava morando, se você prometer deixar o Alex, nós devolvemos ele para você, ou se você preferir, nós te damos outro maior e mais próximo ao centro onde é bem mais valorizado. Agora precisamos que você assine este contrato, pois será nossa garantia, caso você aprove nosso acordo te damos os papeis, caso não, nós mesmo damos fim a eles.
- Olha Juliana, creio que estamos dando voltas no mesmo lugar, vocês não entendem que é o Alex que não quer voltar, ele não suporta mais o estilo de vida que vocês levam, nós estamos bem, não queremos seu dinheiro, me chamaram para nada. Agora se vocês querem realmente que o Alex volte a fazer parte da família Gonçalves, apenas aceitem que ele tem vontade própria e que nós somos um casal e que nós não iremos nos separar só porque vocês querem.
- Daniel, então assine o contrato, e deixaremos você ir.
- Assinar contrato para quer, não quero seu apartamento de volta.
- É apenas por garantia, você vai para casa e pensa melhor, depois caso mude de ideia já preparamos a transferência dos documentos.
- Acho que não temos mais o que conversar.
Foi muito confuso, pensei que eles teriam alguma proposta mias interessante, algo que mostrasse preocupação deles com Alex e o pai, mas parecia apenas um jogo de interesses, e aquela história de contrato de compra e venda de apartamento não estava certa, ainda trabalhei alguns meses com este tipo de documentos, não é bem assim. Cheguei em casa, e contei para Alex como realmente tinha sido a conversa, ele achou estranho também, principalmente a parte do contrato, chegamos a conclusão de que o apartamento ainda estava no meu nome e que na verdade só estavam querendo tomar ele da forma legal, mesmo eles agindo de forma duvidosa. Eu estava cansado, cansado de tudo isso, depois de tudo me deitei na cama juntinho de Alex, eu sabia que ele estava perturbado com tudo isso, e que iria ter mais uma conversa com o tio, não sei o que ele tinha em mente, mas eu sei que ele iria dá um ponto final. Para relaxarmos conversamos um pouco e de nossas experiências enquanto mais novos, contei de um caso de um colega que tinha se declarado para mim ainda no ensino médio, foi legal pois assim consegui relaxar um pouco e depois ele falou de uma experiência que tivera logo após a morte de sua mãe.
- Então, depois que eu me vi sozinho, e me sentindo abandonado, sem minha mãe, e meu pai que nunca esteve realmente presente, e mais ainda sem o meu melhor amigo, eu não queria mais sair de casa, ir para a escola, nem mesmo me divertir na piscina, me tranquei no quarto, foi quando meu pai teve a ideia brilhante de me afastar mais ainda dele, me enviou para a casa da minha tia que ainda morava no Rio de Janeiro, foi um período tranquilo, me ajudou, mesmo sendo apenas umas semana, foi o bastante para eu retornar as aulas.
- Mas então qual foi a experiência que você teve lá?
- Então, lembra que já te falei sobre meu primo lá da Argentina, o Alberto, foi justamente na casa dele, ele é um ano mais velho, e naquela época eu tinha treze e ele quatorze, e nessa idade sabemos que um ano já faz bem diferença nos hormônios, ele já tinha um pau bem avantajado...
- Nossa, bem clássico esse seu relato, descobrindo o sexo com o primo, não podia ser menos original.
- Como você sabe mais do que ninguém, você foi meu primeiro, antes de você eu só tinha feito sexo, sexo mesmo, só com garotas.
- Verdade, então o que rolou entre você e seu primo, para você mencionar ele nesse momento de recordações homo afetivas?
- O Alberto sempre foi muito brincalhão e metido a gostosão, nunca leva nada a sério, e gostava de brincadeiras bem safadas, do tipo ficar cutucando com o dedo, e quando eu estava quase dormindo ele chegava se deitava por cima e ficava esfregando seu pau na minha bunda por cima da roupa é claro, eu empurrava e ele apenas ria, eu olhava e ele de pau duro, não falava nada para ele, e nem deixava ele notar, mas eu também ficava de pau duro, mas aquilo não me deixava preocupado pois ainda não entendia bem sobre sexo, apenas achava que seria normal, ele me mostrava umas revistas de sexo, e alguns vídeos, ele baixava o short tirava seu pau grosso e ficava torando na minha frente, deve um dia que ele me pegou desprevenido, agarrou minha mão e colocou no pau dele e apertou. E disse “Vai primo, bate bem gostoso” tentei puxar, mas ele era mais forte, ele gozou na minha mão, passei um dia inteiro sem falar com ele. Mas ele logo vinha rindo e me chamava para brincar de vídeo game, e eu sempre eleva na esportiva, não tinha maldade como tenho hoje.
- Vem cá meu amor, e durante este tempo que você esteve na casa dele na Argentina, não rolou nada entre vocês, afinal creio que ele sabia o motivo da sua mudança para lá, não?
- Sabia sim, tanto que ele nem fazia questão de entrar no eu quarto, não sei bem porque, nem perguntei, fora isso, ele agia surper legal comigo, íamos juntos ao cinema, mas ele nunca tocou no assunto sobre eu ser gay, nunca deixou der ele, apenas o fato dele nunca entrar no meu quarto foi que me deixou curioso, talvez ele tivesse medo de não resisti ao meu charme.
- E ai de você se soltar para o lado dele... Mas ele hoje é bonito assim como eu?
- Ele não tem o seu sorriso, nem a sua sinceridade. Eu acho ele muito na dele entende? Ele mudou um pouco de quando era jovem. Mas Daniel se você um dia conhece-lo você vai notar os olhos dele te seguindo. Sim mais um detalhe, ele tem uma namorada que ninguém conhece, não é estranho?
- Muito estranho.
Então aquela noite foi relaxante, mas o dia seguinte foi estranho também, na faculdade o rendimento foi baixo tanto meu quanto do Alex, a tarde também, não consegui me concentrar no trabalho, e no final de tarde fiquei ao lado do celular esperando uma ligação para aliviar minha ansiedade. Mas o celular não tocava, então eu mesmo liguei.
- Tudo bem ai?
- Nada bem, estou no hospital novamente. Desculpe por não ligar antes, estava tendo uma conversa com a Juliana, nós tínhamos razão, o apartamento ainda é nosso. Mas isso não vem ao caso, meu pai está muito mal, vou ficar por aqui esta noite.
- Certo, precisa de alguma coisa?
- Não, estou bem, se precisar eu ligo. Mais tarde eu te ligo, agora ainda não posso conversar direito. Beijos. Te ligo mais tarde.
- Certo. Beijos. Te amo.
Pela manhã Alex apareceu com cara de sono, disse que iria para a faculdade, o pai estava na mesma sendo observado, Juliana iria ficar assistindo ele. Quando retornamos ele que iria ter uma conversa com meu tio no escritório dele, e só então fiquei sabendo da novidade de emprego, no final da tarde, quando retornei do trabalho, Alex já estava em casa, tinha tomado um banho e estava só de toalha.
- Vem cá Daniel – ele abriu os braços.
Caminhei até ele, e ele me abraçou bem forte. Começou a me beijar, e deixou a toalha cair, já estava excitado.
- Alex, estou suado.
- Vai tomar banho para quê? Vai suar do mesmo jeito – ele me apertava, e começou a tirar minha roupa.
Alex parecia apressado e ao mesmo tempo apaixonado.
Me deixei levar por aquela vontade de amar. Retribui os beijos, e fizemos amor ali mesmo na sala.
- Seu tio me contratou, mas como estou com meu pai no hospital ele disse para eu não me preocupar, assim que isso tudo se resolver eu começo pra valer.
Meio que comemoramos, mas eu sentia seu ar de preocupado, depois ele preparou uma bolsa e disse que iria ficar no hospital, disse para mim não se preocupar, pois já tinha conversado com Juliana e que a conversa dessa vez fora definitiva, eles não iriam mais se meter com a gente, fiquei até aliviado, mas ainda tinha a questão do pai dele, que poderia ser ainda um obstáculo entre nós. Ele disse que voltaria só quando tivesse um resultado, mas nisso, ele não voltou, dois dias depois eu só tinha noticia dele duas vezes por dia, uma pela manhã antes da minha ida a faculdade, ele me falava de como estava a recuperação, e depois do jantar, me falava de como tinha sido o dia, e falava do pai, eu notei na sua fala uma preocupação e o amor que ele ainda sentia pelo senhor Gonçalves. Era o pai dele e isso era um fato que tínhamos que levar sempre em consideração. O amor de filho pelo pai, que mesmo estando ausente na sua criação, ainda assim era pai e que deu tudo do bom e do melhor, eu entendia, sabia muito bem a importância de ainda ter o pai vivo, eu sentia todos os dias falta do meu, não sei se ele iria me aceitar depois da minha escolha. Numa tarde dessas eu conversei com minha tia Elena, e fiz essa pergunta a ela, sobre como os meus pais iriam agir depois que eu decidisse morar com outro rapaz. Ela pensou e disse que as vezes pensava que eu estava apenas iludido com as novas descobertas, mas que depois de tudo que passamos e que ainda estávamos juntos e nos amando, ela sabia que a atitude dos meus pais não seriam diferentes da que meu tio tomou. Meus pais iriam sempre querer o melhor para mim, eles saberiam aceitar, mesmo que minha mãe chorasse com a ideia de não ter um netinho, mas isso seria algo engraçado eu disse, e ela concordou. Um netinho, eu não tinha pensado nisso. Depois fiquei pensando e lembrei que eu tinha um sonho, o típico sonho americano, uma família, uma esposa, um casal de filhos, um cacho e uma casa com jardim. Pensei nisso até dormir. Então por que não ter esse sonho realizado, eu não teria esposa, mas um marido, estranho pensar assim, mas naquela noite eu planejei uma meta a ser desafiada: ter meu esposo, meu companheiro, e adotar um casal, e depois um cacho, não necessariamente nessa ordem. Dormir e então acordei naquela manhã e então Juliana me telefonou.
Meu tio ficou conversando com a tia de Alex, e eu entrei depois que Alberto abriu a porta para mim, entrei, o apartamento era de luxo tinha uma pequena sala que separava do quarto principal, Alex estava na segunda porta quando me viu correu e me abraçou.
- Há meu amor que bom que você veio – ele parecia abatido e com o olhar bem carregado.
- E seu pai?
- Ele está consciente, o médico está lá olhando ele, mas a situação dele está cada vez pior, só tendo febre, sente ai, vamos esperar o médico sair, depois você entra.
- Não Alex, não é bom eu entrar, seu pai pode se emocionar...
- Não, você precisa entrar, o velho quer ver você.
- Ele sabe que eu viria?
- Eu contei a pouco.
Logo o médico saiu e disse que nada tinha mudado, se não conseguisse logo o transplantes ele não iria resistir por muito tempo.
- Vamos meu amor.
Fiquei temeroso, não sabia como me comportar, se eu sorria, ou se ficava na defensiva, estava realmente querendo sair daquele lugar.

Continua...

Foto 1 do Conto erotico: Alex & Daniel - T3C07: Sonhando com uma família...


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Comentários


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greader Comentou em 28/06/2017

Tomara que pelo menos no leito de morte o pai do Alex se redima e aceite o filho e o namorado. Uma pena estar acabando, tô achando que você tá correndo demais, tipo 4 anos anos foram resumidos demais nem soubemos o que aconteceu direito, é muito tempo pra pouca história, mesmo assim continua amando!!!!

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carlosevero Comentou em 25/06/2017

Caro Max! Seus relatos continuam cada vez mais prendendo nossa atenção. Excelente. Não demore com a continuação. Atenciosamente. Carlosevero.

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maximilan Comentou em 24/06/2017

Obrigado meus queridos leitores... Está proximo o final, lembrando que esta temporada está sendo realizada apenas para deixar as pontas amarradas e claro para atender todos vocês que pediram tanto, e eu me senti na obrigação de dá este final. Obrigado pelo apoio, pelos votos e comentários. Beijos do Max.

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santosdias Comentou em 23/06/2017

Simplesmente capitulo perfeito. Espero que o pai do alex mude e aceite o relacionamento do filho. A atitude da juliana esta muito estranha. Ansioso pra vee o desenrolar dessa historia.




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Ficha do conto

Foto Perfil maximilan
maximilan

Nome do conto:
Alex & Daniel - T3C07: Sonhando com uma família...

Codigo do conto:
102380

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
23/06/2017

Quant.de Votos:
8

Quant.de Fotos:
1