Alex & Daniel
Cap. 10 – Alex, Daniel & ele.
Daniel
Nossa viagem a Argentina foi quase nossa lua de mel, digo quase, pois ficar na casa da tia dele não foi muito romântica, Alberto não nos deixava ficar só, ele sempre tinha uma desculpa para está próximo. Até mesmo no primeiro passeio nosso pela cidade, ele nos acompanhou, num momento em Alex pediu para sair um instante, ele ficou me abordando, perguntando sobre a faculdade, se eu estava gostando do estágio, se eu tinha muitos amigos, coisas do tipo. Mas depois notei que ele estava flertando, na verdade, ainda tive minhas dúvidas sobre sua real intensão com aquele papo. Alex voltou e ele logo mudou de assunto. Ainda visitamos uns pontos turísticos com ele, em seguida, algo aconteceu, ele recebeu uma ligação e então nos avisou que iria sair pois tinha que encontrar sua namorada. Alberto tinha uma namorada, isso me deixou mais confuso. Seu olhar e suas avançadas mostrava que ele tinha uma preferencia por garotos, digo assim, sem preconceitos, sabemos, e isso é de conhecimento, de que sabemos reconhecer um ao outro, entendo que ele poderia está apenas curioso, e também, nem todo mundo é igual, então eu parei de pensar nele, e olhei para Alex.
- E agora, para onde vamos?
- Boa pergunta, já ia te chamar para conhecer um lugar que para mim é muito especial.
- E que lugar é esse?
- Ainda não, vai ser uma surpresa.
- O que você está aprontando?
- Você vai adorar, chegando lá você vai entender como eu consegui suportar toda esta distancia de você.
Ele chamou um taxe, e falou para o motorista o nome do lugar, mas disse de uma forma que eu nem consegui ouvir direito, entendi alguma coisa haver com jardim. Mas pensei em ter ouvido errado, afinal jardim tem em todo lugar.
Estava completamente enganado, o Jardim Japonês, não era qualquer jardim, era tipo um parque, com lagoas e pontes lindas em forma de arcos, gramado verde e muitas arvores e arbustos. Lugar bem frequentado, e logo notei que em sua maioria eram casais.
- Nossa Alex que lugar lindo, você nunca me falou dele...
- Não, mas foi de proposito, eu queria te mostrar pessoalmente. Sempre que eu estava com saudades de você eu vinha aqui e ficava sozinho lembrando e chorando com saudades.
- Já sei que veio muito então.
- Sim. Praticamente morava aqui. Mas hoje tem um motivo especial, hoje eu quero te fazer uma pergunta – ele estava meio nervoso, notei sua agitação nas mãos procurando alguma coisa do bolso da jaqueta, já fiquei apreensivo, afinal aqueles momentos eram clássicos das novelas, o momento que foi bem copiado por Alex, ele se ajoelhou, abriu a caixinha, e
- Lucas Daniel, aceita casar comigo?
Minhas mãos sufocaram meu grito de alegria, foi tão automático que devo ter ficado com cara de bobo.
- Sim! Claro que sim.
Me ajoelhei também e o beijei. Depois me lembrei que estávamos num lugar publico, senti quem algumas pessoas olhavam e sorriam.
- Então meu amor, ficou surpreso?
- E como fiquei.
- Hoje vamos trancar a porta do quarto.
- Concordo, não quero que seu primo nos pegue mesmo na hora H.
A noite quando retornamos para a casa da tia do Alex, todos já estavam preocupados, afinal nós estávamos tão envolvidos com a novidade, quem nem lembramos de avisar que jantaríamos fora. Alberto estava na sala com uma garota de cabelos longos e castanhos escuro.
- Enfim chegaram, eu já estava de saída para deixar Gina em casa.
- Enfim, primo, conhecemos sua namorada, prazer, Alex, o primo – ele estendeu a mão direita para ela, que já sorria.
- Prazer, Gina.
- Calma primo, eu é que devo apresentar – Alberto tomou a frente - Gina este é Lucas Daniel, o namorado do Alex.
- Que pena, são tão bonitos.
- Desculpa primo, mas deixa eu fazer uma correção. Este é Daniel, meu noivo.
Todos olharam para nós, e Gina bateu palmas.
- Noivos, claro, afinal já moram juntos...
- Daniel, mostra o dedo – Alex apontou para minha mão e os olhos foram conferir a noticia.
- Parabéns, enfim vejo que você está amadurecendo – Falou a tia do Alex, que veio nos abraçar.
- Obrigado tia – ele a recebeu retribuindo o abraço.
Pouco tempo depois Alberto saiu com a namorada. Nós ainda ficamos conversando com os pais dele, o Senhor Montenegro era um homem de uns cinquenta anos, mesmo com sua aparência séria, ele era bem agradável e bom de papo, mas sempre na sua, não gostava de intimidades, respeitava a privacidade do outro. Tivemos uma noitada bem agradável acompanhada de muito vinho.
Já passava da meia noite quando nos retiramos para o quarto, fui ao banheiro, escovei os dentes e tomei uma ducha rápida. Cai na cama de bunda para cima, na espera de Alex, estava tão alto do vinho, que acabei ficando sonolento, Alex como sempre demorava muito no banheiro, mas então senti sua mão na minha bunda, ele apertava e acariciava, depois o senti sobre mim, seu corpo quente, senti seu volume força minha bunda. Então na minha sonolência apenas falei “vai amor, mete gostoso.” Mas ele apenas apertava seu volume na minha bunda. Estava duro, mas algo estava estranho, ele não estava nu, ou estava enrolado na toalha. Sinto ele me enfiar a mão por baixo e pegar no meu pau... eu me viro, o quarto está com pouca luz, e eu quase adormecido.
Sinto sua boca beijar minha cabecinha rosada, depois ele começa chupá-la, mais uma vez estranho, ele parece inexperiente, parece ser sua primeira vez. Estou tonto. Ele suga meu pau com mais vontade, demora mais tempo com ele dentro de sua boca.
- Alberto! – aquela voz era do Alex vindo do banheiro, ergo minha cabeça e vejo Alberto com sua boca no meu pau - Que porra é essa primo?
...
Alex
Naquela tarde minha emoção foi tão grande quanto a de Daniel. Minha felicidade foi grandiosa vendo tão realizado ao por a aliança no dedo, saímos para jantar, e ele não tirava os olhos da aliança. O restaurante tinha uma área reservada à luz de velas.
- Daniel, me diga, valeu apenas vim esta viagem comigo, ou não valeu.
- Você está parecendo aqueles adolescentes bobo, nem parece com aquele 'riquinho' mimado e durão. Esta está sendo a melhor viagem de todas.
- Eu estava pensando, hoje quando fui comprar as alianças, sobre o que Alberto conversava contigo?
- Sobre mim, sobre minhas preferencias, sobre a faculdade, tipo quando você quer conhecer alguém.
- Típico dele. E aquela história de namorada, eu nunca a vi...
- Você me falou dele com você, que ele gostava de se agarrar na infância, você nunca suspeitou dele?
- Você acha que o primo gosta de homem?
- Sabe aquela suspeita que geralmente temos... Eu apenas pressinto que ele gosta da fruta. Mas não sei, ele é muito imprevisível, como você mesmo já falou.
- Sim, mas não se preocupe, ele não é de fazer mal, contudo não se espante se um dia ele de agarrar e te dá um beijo.
- Como assim?
- Não sei se ele faria isso com você, mas ele é do tipo que faz qualquer coisa para me tirar do sério.
- E o que você faria se ele me desse um beijo?
- Não sei, mas uma coisa eu tenho certeza, eu não iria gostar nadinha.
Nossa conversa deixou Alberto de lado, e ficamos em nós, em nossos planos para o futuro, na preparação da festa de casamento, nos convidados, e então Daniel tocou num assunto que eu ainda não tinha refletido.
- Vamos ter uma casa?
- Sim, se você desejar morar numa, eu topo, até prefiro...
- Si tivermos uma casa, podemos criar um cachorro?
- Acho legal essa ideia de cachorro.
- E se nós estivermos bem estruturados, em relação a isso acho que não teremos problemas com isso – ele deve ter se referido ao herdeiro do império do velho Gonçalves - poderíamos pensar em adotar uma criança.
- Você diz um filho – o encarei – você acha que seremos capaz de criar um filho?
- Não sei você mas eu sinto totalmente capaz, você tem cara de que nasceu para ser pai.
- E você seria a mãe?
- Alex, falo sério, seriamos dois pais e duas mães, deixa de ser bobo... mas em relação a isso, não pense nada agora, depois do casamento eu pensarei direito.
- Engraçadinho, então você é quem decide... A casa tem a minha opinião, o cachorro a minha aprovação, agora o filho, você é que decide? – ele me encarou, piscou o olho.
- Você acha que eu teria um filho sem você. Vamos fazer isso juntos.
Aquele assunto foi bem estimulante. Nossa noite rendeu, principalmente depois que chegamos em casa e encontramos todos por lá, inclusive a namorada do Alberto, a Gina que foi apresentada finalmente, depois anunciamos o nosso noivado. Uma noite encantadora afinal. Até que depois que Alex foi deixar a namorada em casa, e depois de algumas garrafas de vinho com os pais dele, resolvemos ir dormir depois da meia noite.
Enquanto Daniel se aprontava no banheiro fui a cozinha pegar uma garrafa d`água, quando voltei ele estava deitado na cama, fui ao banheiro, e me preparei, acho que minha cabeça estava dormente com o álcool, me sentei no vaso e fiquei um tempão lá, acho que adormeci, me levantei e tomei uma ducha, escovei os dentes e então sai pelado, ainda pensava em fazer amor com Daniel. Então quando chego a porta vejo alguém sobre meu amor, fico parado tentando compreender aquela visão, ele está fazendo um oral em Daniel, chego mais próximo, e então minha visão melhora.
- Alberto! – ele me encara sem tirar pênis da boca, Daniel abriu os olhos e olha para mim, parece confuso - Que porra é essa primo?
Então ele fica de joelhos e fala
- Eu estava apenas matando a curiosidade primo, nada de mais.
Daniel o empurra.
- Alex, eu não sabia...
- Calma Daniel, eu sei, ele se aproveitou de você, já te disse, ele não tem noção do perigo. Alberto saia do quarto antes que eu quebre o seu nariz.
- Relaxa primo, não fiz nada de mais, só queria entender o que você acha de tão bom num pênis.
- Sério que você quer saber?
- Claro, você parece gostar tanto de uma rola, que resolvi saber como é o sabor.
- Seu maluco. Daniel você se importa de mostrar ao primo a sensação de uma rola para o Alberto.
- Acho que não seja necessário Alex – Alberto respondeu antes de Daniel.
- Fica na sua. O que acha Daniel, vamos dá pra ele uma provinha de rola.
- Calma amor, acho que ele entendeu o recado.
Alberto estava vidrado, entendeu sim o que eu queria dá pra ele, e ele logo se dirigiu a porta, mas eu o peguei pela mão, e o empurrei para a cama.
- Vamos Daniel tire a calça dele.
Como Alberto estava de costas, não viu o que eu estava fazendo, fui ao banheiro e peguei um desodorante tipo Rexona dos pequenos, que deve ter o tamanho de um pênis mediano, e com uma grossura suportável, vesti uma camizinha nele, e fui até o primo.
- Alex não faz isso cara, eu sou virgem.
- Eu sei, e hoje você vai saborear tudo que tem vontade. Daniel vá para o outro lado e pode deixa-lo te mamar.
Daniel viu eu preparar o desodorante, entendeu o que eu iria fazer, e então socou o pau na boca de Alberto que começou a mamar com gosto. Nisso eu fui metendo no rabo dele aquele frasco que ia rompendo suas pregas, e ele gemendo. Claro que tudo foi com a concordância dele, ninguém o amarrou nem o forçou, ele apenas se deixou ser dominado, e relaxou bem, que o frasco entrou até a metade, e ele logo estava com o pau todo babado, e Daniel vendo toda aquela situação gozou na boca dele, e sem tirar o pênis da boca, fez com que ele desse contrações de quem iria vomitar, mas ele se segurou e engoliu tudo. Quando terminou, eu mostrei a ele.
- E então primo, gostou?
- Droga Alex você enfiou isso em mim?
- E você queria que eu enfiasse minha cobra – mostrei meu pau que estava duro de tanta excitação com a situação que seus olhos ficaram surpresos com o tamanho.
- Melhor não.
- Pronto primo, agora saia que eu e Daniel, temos um assunto.
- Ele não teve culpa prima...
- Eu sei. Sai. Sai.
- O que foi isso amor? – Daniel perguntou assim que viu a porta se fechar.
- Desculpa Daniel, não me segurei, o sangue subiu a cabeça... Mas bem que você gostou né safadinho.
- Não é uma coisa que vá acontecer novamente, mas foi bom sim, ele é meio desajeitado com a boca, mas foi bom sim.
- Sabe me deu vontade de meter rola nele...
- E não meteu porque...
- Porque você estava na minha frente.
- Sabe amor, não vamos mais fazer isso, certo?
- Sim. Mas eu queria falar outra coisa com você.
- Diga.
- Hoje tivemos uma noite muito reveladora, e aqui na casa da tia com o pessoal, pude sentir este clima de família novamente, e eu pensei bem, e eu quero ter, digo, criar um filho com você.
- Te amo Alexander Junior. Te amo – ele parecia tão feliz, seu sorriso, seus olhos brilhando.
Nos abraçamos e nos beijamos. Aquela noite foi longa, com beijos e gemidos.
...
Daniel
Aquela noite foi bem agitada, Alex pegou o primo dele me abusando, e depois ele fodeu o primo com um frasco de desodorante enquanto Alberto me fazia uma chupeta, foi constrangedor mas também excitante. Depois que ele dispensou o primo, que deveria está com o rabo queimando, ele me confessou que tinha pensado na ideia de criamos uma criança, minha felicidade com aquela noticia foi explosiva, eu não me contive, por dentro eu gritava e chorava, não sei por que tanta emoção com aquela noticia, talvez eu soubesse que com a presença de uma criança o meu sonho estaria completo. Então fizemos amor.
Nos dias seguintes Alberto agiu naturalmente conosco, não tocou no assunto, nem entrou mais no nosso quarto, ainda fomos visitar outros pontos turísticos, e assim retornamos para BH. Depois de algumas semanas, os advogados da família convocou todos os parentes envolvidos, novamente nos encontramos com Alberto e sua mãe, Juliana e seus pais, e mais outros parentes. Eu não sai de perto de Alex, e ele não deixava eu também. Com a leitura do testamento, e como já era de se esperar, Alex herdou as propriedades, imóveis e alguns escritórios, pois a empresa foi desmembrada entre os parentes, contudo a empresa imobiliária matriz não poderia ser dividida nem ser destinada a um único herdeiro, as ações dela foi dividida para os parentes mais próximos, como os tios, sobrinhos e Alex, deveria ser chefiada pelo tio.
Com tudo pronto, eu e Alex fomos morar numa das casas que ele herdara, nós preferimos não morar na casa grande, para evitar contato direto com as lembranças triste que ele guardava.
E por onde andava nossos amigos até então, sempre mantínhamos os por perto, eu me foquei nos estudos para concluir o curso, então chegou o dia especial, o nosso casamento, que foi realizado apenas para parentes e amigos mais próximos. Alugou um clube, onde passamos o dia todo em festa, nós dois vestimos ternos brancos, nossas alianças de ouro branco foi levado ao altar pela filhinha do meu primo, que foi mencionado apenas no inicio de toda esta história. Meus tios foram minhas testemunhas, Filipe e Ariel, que estava com a barriga já bem grandinha, foram os de Alex. A escrivã que realizou a cerimônia, foi bem legal, seguiu todos os rituais, e no final demos nosso beijo para todos verem e confirmarem nossa união perante os homens.
...
Alex
Eu e Daniel nos casamos alguns meses depois que voltamos ao Brasil, e de ter feito a leitura do testamento, ele estava na reta final de conclusão do curso, e já estávamos orando numa das minhas casas. A festa foi de casamento foi incrivelmente emocionante, pude ver muitas pessoas com lágrimas nos olhos, mas nossa lua de mel foi melhor ainda, viajamos para Fernando de Noronha, um paraíso para casais apaixonados.
Poucos meses depois fomos convidados para o batismo de Alexandre Daniel, o filho de Filipe com Ariel, como a igreja não permitia nós como um casal sermos padrinhos oficialmente, pedimos para os tios de Daniel participarem do ritual religioso, mas nós ficamos lá juntinhos participando de tudo. Foi emocionante também.
Nossa vida de casados não mudara muito, apenas agora tínhamos a companhia duas vezes por semana de uma diarista, a Marina, que era uma graça.
Depois de oito meses de casados, recebemos uma ligação.
...
Daniel
Depois que nos casamos, pude constatar que realmente fomos feitos um para o outro, nossa casa era bem maior que o apartamento onde vivemos poucos meses depois que voltamos a viver juntos, assim tivemos que contratar uma diarista, Marina, era bem alegre e divertida, ela disse que nós éramos o primeiro casal gay para quem ela trabalhava e nunca pensara que poderia ser tão normal, como qualquer outro casal, contudo ela achou uma coisa diferente, a gente era mais unido e mais confidencial um do outro, isso a deixou bem admirada.
Alguns meses de casados, já tínhamos nossa casa, nosso cachorro, que era bem fofo, seu nome era Max, preto com uma argola branca no pescoço. Ele corria por todo conto da casa e nos divertia sempre, então faltava nosso bebe. Passamos algumas semanas visitando orfanatos e instituições de adoção, e nos surpreendemos com a complicação para agilizar a adoção, e principalmente com o fato da gente não ter muita autonomia na escolha da criança, mesmo assim nos escrevemos em algumas, e aproveitamos para conhecer algumas crianças. Decidimos que independente de qual seria a nossa, iriamos aceitar com todo amor. Não escolhemos qual filho iremos ter, nem qual sexo ou cor de olho teremos, nossa cor, altura, organismo, nada disso está em nossas mãos. Podemos escolher sim, o que vamos ser, e ai tentar ser, e se não for aquilo, mudar e escolher novamente.
Um dia estávamos em casa, quando o telefone tocou, era um numero desconhecido, Alex atendeu, era uma assistente social, queria nos conhecer para dá inicio ao processo de adoção.
Os dias se passaram a passos de tartaruga, eu e Alex estávamos muito ansiosos, depois que foram feitas as entrevistas e reconhecimento do ambiente e estrutura social e econômica, nossa ficha foi aprovada.
Não preparamos nada, queríamos conhecer primeiro a criança e só então juntos com ela fazer todos os preparativos.
Chegou o grande dia.
...
Alex
Depois daquele telefonema da assistente social comunicando que teríamos nosso processo iniciado, nossas vidas que andava bem tranquila, se adaptando a nova rotina, simplesmente nos deixou loucos de ansiedade, teríamos nosso filho, até eu que a principio não tinha gostado tanto da ideia, já sonhava sendo pai, brincando com ele no parque, ou ela, ainda não sabíamos o que seria na verdade. Até chegar o dia.
Fomos chamados numa manhã de quinta feira, o sol estava bem quente, e nossos nervos refletia sua tensão em nossas mãos tremulas. Chegamos a instituição e fomos logo encaminhados para uma sala onde fomos apresentados ao garotinho de apenas dois anos, ele parecia tímido, mas inquieto.
- Este é o Thiago, olhamos bem o perfil de vocês e achamos melhor que ele já tivesse uma idade menos complicada para vocês.
- Está ótimo, ele é perfeito, certo Alex? – Daniel já estava quase agarrando a criança, seus olhos brilhavam de emoção.
- Sim. Obrigado, ele será muito feliz.
- No primeiro mês, como vocês já sabem será feito uma visita pela assiste social para ver como anda a adaptação dele.
- Sim, estamos cientes – Respondi concordando com ela.
- E quando podemos leva-lo? – Daniel interveio.
- Assim que vocês assinarem os papeis e os termos legais.
Depois de tudo, saímos do prédio, Daniel leva o pequeno Thiago nos braços, a cadeirinha dele já o esperava no carro. Fomos direto para a casa dos tios de Daniel onde iriamos almoçar e depois sairíamos com a tia Elena (sim, eu já a chama de tia) para comprar um enxoval novinho para nosso filho.
Naquela noite, só saímos do quarto dele depois que ele adormeceu. Em nosso quarto.
- Alex, você gostou do Thiaguinho?
- Que pergunta, eu já o amo. É nosso filho.
- Será que o Max não vai ficar com ciúmes.
- Bobagem Daniel. O Max vai adorar, vai ter alguém para brincar com ele mais vezes, você quase nem olha o cachorro.
- Não fala isso, você sabe que o final do curso está me deixando doido.
- Sei sim.
O final do curso, enfim, Daniel e nossos amigos estavam chegando ao fim. Mas antes da formatura teve a festa de boas vindas e de apresentação do Thiago para nossas famílias.
...
Daniel
Com a chegada do nosso Thiago, um garotinho de dois anos, um pouco mais escuro do que eu, diria que da cor do Adriano, poderia ser até filho dele, de tão fofo e lindo. Foi uma felicidade enorme. Então resolvemos dá uma festa de boas vindas e de apresentação para nossas famílias, minha tia ficou com a responsabilidade de avisar aos meus avós que eles teriam um bisneto, claro que esta noticia não causaria tanto impacto quanto a do meu casamento com o herdeiro do grande Senhor Gonçalves, no fim eles não fizeram grande alvoroço, e confirmaram presença.
Claro que nossos amigos estavam presentes, nosso afilhado era mais novo do que o nosso filho, para padrinho do nosso Thiaguinho, convidamos Alicia e Adriano, para que todos pudessem permanecerem juntos. Da Argentina, Alberto marcou presença, e para nossa surpresa, ele chegou acompanhado de um belo argentino, como eu suspeitava. Juliana depois que Thiago chegou em nossas vidas, não saia mais de lá, era quase uma babá.
- Pode deixar que eu cuido dele, eu criei Alex, esse fofinho vai ser moleza – dizia ela segurando o mais novo herdeiro dos Gonçalves.
A festa foi um sucesso. Estava oficialmente apresentado o mais novo membro, Thiago Henrique Cavalcante Gonçalves, filho de Alexander Gonçalves Junior e Lucas Daniel Fontes Cavalcante. Nós éramos agora uma família completa, não seria mais apenas Alex e Daniel, agora seria Alex, Daniel e Thiago.
Pouco tempo depois foi a formatura da minha turma, apenas Alex não se formou, no cerimonial colação de grau, Alex estava lá com Thiago, ao lado dos meus tios, meus avós, Juliana, Adriano com seu namorado, quase noivos, ele até falou que estava também em adotar um, pois o pai dele gostou muito da ideia, assim ele parava de ser irresponsável, rimos, claro Adriano tinha mudado muito, estava um homem sério.
A festa de formatura, o baile, foi muito especial. Tiramos fotos, todos reunidos mais uma vez: Alicia estava noiva, Filipe e Ariel com seu pequeno Alexandre, Juliana parecia mais mãe de Thiago do que baba, Adriano com seu love. Foi um momento definitivo.
Nossas vidas continuaram, agora ninguém estava contra, todos nos aceitaram, claro que o preconceito na sociedade continuou, quando íamos a um restaurante as pessoas ficavam olhando, comentando. Mas isso fazia parte do mundo em que vivíamos, então isolamos isso fora do nosso lar. Lá éramos apenas nós três.
...
Fim
...
Epilogo
Aniversario de 8 anos de Thiago.
Diário do Thiago
Hoje estou fazendo 8 anos, e meu dia foi muito especial, pude convidar para visitar minha casa, meus amigos da escola, todos vieram, com seus pais, foi uma festa muito grande, ganhei muitos presentes.
Meus pais não pararam o dia todo preparando tudo, juntos com a prima Ju, e a tia Elena.
Eles prepararam docinhos.
Fizeram salgadinhos,
O bolo foi a tia Elena que fez.
No final do dia, eu fui até o quarto dos meus pais e eles estavam abraçados dançando no meio do quarto.
Parecia coisa de doido, como que alguém dança sem musica?
- O que vocês estão fazendo?
O pai Daniel respondeu
- Dançando, não ver?
- Sem musica?
- Sim filho, estamos muito felizes, pois esta festa foi um sucesso, todos gostaram, e seus amigos e os pais deles foram muito legais, ninguém estranhou nada...
- Claro né pais, a festa foi muito linda.
Eu os abracei e eles deram um selinho um no outro.
Aquele abraço foi tão gostoso.
Eu tenho os melhores pais do mundo.
...
Nota do autor: Amigos chegamos ao fim dessa novela que teve três temporadas, quero deixar aqui os meus agradecimentos, por todos os comentários e votos.
Meus próximos trabalhos serão sempre nessa linha de novela, claro que as vezes estarei postando alguns contos curtos de puro erotismos. Para os que gostaram dos primeiros capítulos de S.O.S Boys, em breve estarei retomando esta mine serie de única temporada. Sobre a serie As Recordações de Max, estarei postando ela também, contudo como ele é uma serie sem final programado, por se tratar de uma história adaptada da minha vida, sim, os fatos são inspirados na minha vida, claro que os lugares, nomes, e algumas situações foram modificadas para privacidade dos mesmo envolvidos. Agora Alex e Daniel dão um adeus para os leitores. Deixem seus comentários e impressões abaixo. E claro votem para deixar o conto numa boa classificação e visível por mais tempo.
Amigos leitores, apenas uma notificação sobre o processo de adoção, muita coisa sobre como adotar uma criança, eu não fui buscar informações, muito do que foi escrito foi apenas adaptado do que eu já tinha ouvido falar, contudo não posso afirmar que seja desta forma, esta obra é pura ficção, qualquer semelhança com a vida real é pura coincidência, obrigado pela compreensão.
Até os próximos contos.
Maximilan
Mais uma vez, meu sinceros parabéns. Está série, foi muito bem elaborada e, contada de forma muito contagiante. Pena que tudo tem um começo, meio e fim. Irei continuar acompanhando sua página e, ajudando na divulgação da forma que for possível. Fica aqui os sinceros votos de mais um seguidor e admirador. Parabéns e, muito sucesso.
Olá caro Max. Deixei de a companhar a serie por falta de tempo,viagens...mas:lendo o final da saga.Gostei.Mas devo lhe parabenizar vc em especial os seus personagens da série por uma coisa; Ter tido o conhecimento de uma musica interpretada por Gal Costa,ruas de outono,e pesquisei e amei.Só lembro de Alex&Daniel.Parabéns e sucesso.
Caro Max! Excelente conto e um final melhor ainda.Continue escrevendo, vc consegue nos transportar para dentro da história.Sua imaginação fértil, empolga. Parabéns e continue. Atenciosamente. Carlos severo.
Sinto uma felicidade unica por eles ter um final feliz, é triste por ter acabando sinto um vazio espero uma nova história tão boa como essa.
Vc sabe que eu sou apaixonado por esse conto. Acompanhei a sua trajetória desde a 1 temporada. Tenho certeza que vc ajudou muita gnt a se descobrir com essa belissima historia. So tenho a agradecer por ter nos proporcionado com uma historia tao linda. Amei o final. Do seu amigo e fã claudio.
Vai deixar saudade essa linda história! Muito com acompanhar esse casal