S.O.S Boys - Dias 4, 5 e 6: perdidos, achados, abraços e um pouco mais

Dias 4, 5 e 6: perdidos, achados, abraços e um pouco mais

O nosso quarto dia de aventura começou bem estranho, eu abri os olhos e me deparei com dois olhos bem abertos me encarando [que susto porra, senti minha face queimar, como eu sou bobo].
- Droga Max, o que pensa que está fazendo?
Seus olhos nem piscaram. Ele se levantou ficou sentado ao meu lado. O sol já começava a esquentar.
- Precisamos ir Tom, não sabemos como será nossa travessia pela mata. [ele se fez de surdo, não respondeu minha pergunta, que irritante]
- Você está bem... Digo, você não está com febre?
- Não, eu dormi muito bem... [Claro né seu babaca, eu te esquentei a noite toda]
- Precisamos comer alguma coisa além dessa comida racionada...
- Sim, por isso eu consegui uns cocos maduros, pode comer, eu já comi.
Quando olhei em volta, tinha coco aberto em bandas, e outros com agua. Bebi aquela agua que saciava bem minha cede, depois engarrafamos a que sobrou pois iriamos precisar.
Eu o olhava, e ele sempre muito prestativo, eu não o reconhecia, se fosse o Marcos eu até acharia suas ações normais, mas sendo o Max, isso era completamente estranho. Depois que arrumamos tudo ele tomou a frente e entrou pela mata.
- Espere Max, você sabe para onde vamos?
- Me segue nanico [nanico! Eu quase acreditei que ele tinha mudado], precisamos atravessar a ilha, e creio que seja por aqui, vamos tomar o sol como guia, seguiremos no sentido contrario dele, sempre em linha reta.
Max caminhou na frente e eu o segui sem fazer objeções. A mata não era tão fechada como eu pensava, contudo depois de um tempo caminhando, ficamos cercados de uma vegetação fechada que não dava para ver o sol direito. O calor aumentou consideravelmente, não sei se tínhamos andado um quilometro ou dois, não conseguia me basear.
- Preciso parar – falei todo ofegante - vamos descansar um pouco Max.
- Sim, eu também preciso de um descanso.
Bebemos agua, e então eu me deitei apoiando a cabeça num tronco de arvore. Max olhava em volta, parecia preocupado.
- Tom, precisamos andar mais um pouco.
Nesse ritmo andamos por algumas horas, parando e seguindo. Max sempre a frente, assim eu tinha sempre ele a vista, um estranhamente me perturbava, pois ora ele agia como sempre, metido e petulante, ora ele era legal e gentil. Notei também como seu corpo estava mais másculo, costas largas, bunda bem feita, e pernas fortes, durante minha admiração, não tive como notar quando ele parou e eu esbarrei nele.
- Tom, se vamos ter que continuar andando juntos, vamos manter distancia, ok.
- Desculpa Max, você também parou sem avisar... [que saco, ele sempre se achando] Mas por que paramos mesmo?
- Temos que preparar um abrigo para passarmos a noite.
A noite na selva, isso não era nada bom.
- Max, e se tiver animais por aqui?
- Não vai dizer que você está com medo?
- Não gosto da ideia de servir de comida para bichos [claro que eu estava tremendo de medo, até parece que eu acreditei que ele não estava] Só falta você dizer que não tem medo.
- Olha, claro que tenho receio [ele disse receio, que esnobe] mas vamos fazer uma cama elevada do chão, e manter uma fogueira com chamas, assim espanta os animais rasteiros. [Desde quando ele era entendido de sobrevivência na selva?]
Assim nós fizemos, com estacas verdes e cipós, uma estrutura elevada [eu disse uma?] resistente suficiente para nós dois. Nos alimentamos com a ração, o que me preocupou pois não teria muito para os próximos dias. Ele me avisou para nos deitar logo assim acordaríamos mais cedo.
Deitados, eu com a cabeça virada para o lado dos pés dele.
- Max, e se não encontrarmos o tio...
- Não pense nisso, vamos encontra-los.
- Estou com medo... [eu estava ficando apavorado com tudo aquilo, eu já tinha acampado antes, mas nada comparado com aquilo] – ele pareceu não dá atenção ao que falei - eu queria que o tio estivesse aqui.
- Amanhã vamos encontrar eles – nessa hora eu comecei a chorar, estava já em pânico - Tom, você está chorando?
- Não consigo me controlar.
Ele se levantou, colocou mais madeira na fogueira e quando voltou se deitou do meu lado, me abraçando.
- Eu estou aqui, você não confia em mim? [eu estava sem entender o porque dele me tratar daquela forma]
- Não sei, você está estranho – mas depois que ele me abraçou, eu meio que controlei o choro.
- Viu, funcionou. Eu sabia que meu abraço iria te acalmar.
- Pode soltar.
- Mas vou ficar aqui, eu sei que você me ama [nunca falei que amava ele, eu não amava, nem amo, eu não o suporto] – fiquei calado, mas então, sinto meu corpo reagir, e não queria que ele notasse.
- Já pode me soltar, estou bem.
Ele sussurrou no meu ouvido.
- Você não prefere que eu durma assim?
- Não.
- Do que você tem medo?
- Não tenho medo, apenas não acho legal ficar abraçado com outro cara...
- Mas na outra noite você me abraçou... [ele sabia que eu o abracei... Ele estava acordado, não estava, definitivamente não estava] - Já sei você prefere ficar por trás.
- Eu fiz o que fiz para te ajudar assim como você fez comigo, não venha com outras interpretações.
- Relaxa Tom, já te disse, não sou gay, acho que você cismou comigo por causa da revista, já esqueceu de quando éramos crianças... [quando eramos crianças, ele falou muito bem, eu não tinha maldade com nada, ele dormia comigo na minha cama, pois ele tinha medo de escuro e de trovões, então nós praticamente dormíamos juntos, tomávamos banho juntos, e ele adorava se agarrar comigo me provocando para uma briguinha de quem pediria arrego primeiro]
- Mas agora é diferente.
- Não é não Tom, ainda somos primos e amigos, somos como irmãos, e eu posso te abraçar, só se você tiver maldando alguma coisa... [ que saco, eu de pau duro tentando não pensar em bobagem, e ele se esfregando em mim, como eu não pensaria nessas coisas]
- Max me responda uma coisa...
- Lá vem você com suas perguntas, diga.
- Você gosta de mim, mas por que fica todo tempo me tirando?
- Não sei, sempre foi assim, não foi?
- É mas eu não suporto você, então não diga coisas que não sabe.
- Nossa Tom, você agora pegou pesado, você sabe que é meu primo favorito, e que eu te amo [ele me ama, como assim me ama?]
- Se me amasse não seria tão petulante comigo.
- Ei vamos dormir, tá.
Ele pareceu mudar de assunto, e depois ficou calado.
- Se você me amava como diz que eu amo você então você me entenderia.
Ele já tinha me largado e virado as costas. Meu corpo relaxou e então eu dormir.

Dia 5

Andamos, e andamos, então Max me olhou serio e disse que estávamos perdidos, eu tremi, comecei a gritar, ele me olhou mais sério, e então disse para mim se controlar pois ainda era sedo para eu entrar em pânico [certo, exagerei um pouco]. Continuamos andando, mais a frente e ele subiu numa arvore alta, e então gritou lá de cima que avistava o mar, mas da direção de onde a já tinha saído.
Ele avistou alguns pequenos mamíferos lagartos que poderiam servir de comida, precisávamos de proteínas, depois de preparar algumas armadilhas e lanças, conseguimos abater um lagarto que depois de tirar a pele e temperado com sal ficou comestível. O dia já estava chegando ao fim e teríamos que dormir novamente na mata, eu mais uma vez fiquei temeroso. Mas então escutamos um barulho e avistamos Marcos.
- Marcos!!!! – gritamos juntos.
Quando Marcos nos avistou correu em nossa direção.
- Graças ao pai, vocês estão bem. Nossa que aparência garotos.
- E o pai como está?
- Ele está bem, apenas muito aflito e preocupado por não poder sair na mata procurando vocês.
- O que tem o tio?
- Ele está com o pé torcido, não consegue andar direito.
Depois saímos em direção ao acampamento deles, Marcos me deu um abraço bem forte que eu estranhei, Max nos olhou, e baixou a cabeça quando notou que eu o estava observando. Não estávamos muito longe de onde eles ficaram acampados, só não tínhamos avistado pois havia uma enorme barreira de rochas, então quando chegamos lá, foi aquela alegria. [não sei se foi o momento, o calor do momento, que acabei não dando muita atenção para Max, Marcos também não me deixava, ele pareceu tão feliz ao nos encontrar, que por um momento sua felicidade parecia ser por mim apenas] O tio Jô, estava deitado próximo ao que iria ser a fogueira, sobre ela já estava uma panela suspensa por uma haste de ferro. Seus olhos se encheram de lagrimas quando surgimos na clareira.
- Crianças, graças ao pai... que felicidade!!!! – ele fez uma careta de dor quando tentou se levantar, mas nós corremos ao seu encontro e abraçamos ele.
- Pai o senhor está bem? – Max parecia preocupado, ficou olhando o tornozelo do pai, e seu estado físico.
- Estou sim, Marcos tomou de conta de tudo, e vocês tem se alimentado, estão mais magros.
Foi aquele momento de atualizar cada momento que passamos até ali. Para nossa surpresa e felicidade, descobrimos que o barco não tinha afundado, mas estava avariado, uma pane elétrica o impedia de funcionar, assim como usar o radio dele não seria possível. Marcos ficava mexendo nele todo tempo livre, pois ele também saia para pescar e providenciar mantimentos, depois de tudo nós estávamos todos unidos.
Depois do jantar, e que jantar, arroz com peixe na grelha, vendo todos bem cada um em uma pequena rede de acampamento, senti que nossa estadia ali iria melhorar até o socorro chegar, me senti aliviado. E então uma tristeza bateu quando me lembrei de casa e de meus pais. Me afastei até a praia onde me sentei na areia e fiquei contemplando o mar e o céu estrelado. [eu ainda era um jovem muito pegado a família, e tinha meus medos, e eu estava com muito medo de não retorna a minha casa]
- Tudo bem Tom – Marcos chegou e se sentou ao meu lado.
- Oi.
- Está com medo? – sua voz era tranquila e doce.
- Marcos você ainda mora com seus pais?
- Sabia que é falta de educação responder uma pergunta...
- Com outra pergunta. É eu sei, desculpa. Sim, estou com medo, minha mãe deve está muito aflita...
- Sabe Tom, creio que ela ainda não esteja, pois como estamos em alto mar, ela pode pensar que ainda estamos sem comunicação...
- Mas por esta altura já deveríamos está chegando em Fernando de Noronha...
- Ainda não, antes Fernando a gente iria passar por João Pessoa na Paraíba, mas sim, creio que amanhã, ela já deve ficar preocupada sim. E ai eles vão acionar a guarda costeira. – ele as vezes parecia com o tio, entendido.
- Espero que eles nos encontre logo.
- Amanhã vamos começar por sinal de S.O.S nas praias, e pontos de fumaça nos morros.
- Então, você mora com seus pai?
- Tom, eu não tenho família, a única família que eu sou mais próximo é a do seu tio, quando não estou navegando com ele, eu fico fazendo uns bicos e alugo um quartinho.
- Então você não tem ninguém?
- Eu tinha um... Eu morava com uma pessoa, mas ela me deixou, não aceitava minha profissão em alto mar... [não entendi, ele ficou nervoso, e ainda trocou o artigo]
- Desculpe
- Por que?
- Não deveria perguntar essas coisas intimas.
- Relaxa, e você, como foi passar estes dias sozinho com seu primo? Sei que você não gosta muito dele.
Foi ai que nossa conversa terminou, eu baixei a cabeça, não sabia o que responder. Ele notou meu nervosismo, botou a mão no meu ombro.
- Ei, não precisa dizer nada.
- Ei! – Max se aproximou interrompendo-nos - O que foi Marcos, deixa o Tom em paz, ele está cansado. [nossa, o Max preocupado comigo, e todo nervoso com o Marcos. Estranho]
- Calma Maxwel, eu só estava conversando.
Marcos se levantou, mas antes...
- Se precisar de mim para qualquer coisa me avisa.
- Ok, obrigado.
Marcos foi para o acampamento e Max ficou em pé ao meu lado olhando o mar.
- O que ele queria com você?
- Nada Max, nada que você não queira. [que palavras foram essas, eu estava irritado com ele nem sei mais o motivo]
Me levantei e sai.
- O que foi que eu fiz agora? – ele ficou me encarando com as mãos jogadas para cima. – crianças.
Ele correu e agarrou no meu braço.
- Espere Tom, você está gostando do Marcos?
[como ele pode ser tão burro e insensível]
- É isso que você acha, que eu gosto do Marcos, você me deixa confuso primo, ora me diz sentir amor por mim, e depois me vem com uma pergunta dessas, como você pode achar alguma coisa se é tão lento primo. Boa noite vou dormir. [corri par aminha rede, droga, por que eu falaria aquilo para ele, se ele entender, que vergonha, agora era tarde, só tinha que dormir e esperar que no outro dia ele tivesse esquecido de tudo]
...
Dia 6

Aquela manhã foi bem quente, o tio ficou responsável pelo café enquanto a gente juntava pedras e gravetos e o que fosse chamativo para o S.O.S, eu estava carregando uns galhos quando tropecei e cai, Marcos correu e me ajudou, ele estava sem camiseta, seu corpo de homem, era forte e me apoiava sem dificuldade.
- Tudo bem Tom.
Seu rosto bem próximo ao meu, eu quase toquei seus lábios com os meus [se eu estou contando isso é por que na hora eu só pude pensar nisso, queria beijar, meu corpo estava quente e não era por causa do sol].
- Tom, o que foi? – Max chegou me pegando e tirando o Marcos – pode deixar que eu o levo, obrigado.
- Não precisa Max, estou bem, foi só uma topada. [tinha que ser ele, eu quase não resistia, bem que seria uma doidera beijar outro homem, mas aqueles lábios, se é que você me entende]
- Deixa eu ver - ele olhou se meu pé estava bem e logo depois se levantou - Pronto, tudo bem, e tome mais cuidado pirralho, a gente não pode ficar todo tempo cuidando de você. [ninguém chamou ele, que saco, fica se metendo onde não é chamado e ainda me vem com desaforos]
Marcos ficou olhando de longe e quando me notou o observando ele fez um ar de riso, eu retribui. [ele me olhava e me fazia esquecer o Max na hora]
O dia se passou e conseguimos por sinais na região próxima ao acampamento, no dia seguinte iriamos começar a por mais distante. O restante da tarde marcos iria ao barco tentar concertar o rádio.
- Eu posso ir com você? - ele me olhou e depois olhou para Max que estava conversando com o pai.
- Se o seu tio não se opuser.
- Tio, vou com o Marcos.
- Tudo bem, mas ponha o salva vidas.
Max nos encarou serio, virou o rosto. Enquanto íamos no bote, eu não tirava os olhos de Marcos que remava com braços fortes, suas pernas e coxas se destacavam com seus músculos e pelos, seu volume no short meio que me deixava hipnotizado, e numa manobra e outra ele me pegava o observando [como eu era tolo, claro que marcos já deveria suspeitar que eu estava babando ele, dei muita bandeira]. No barco Marcos foi mexer no rádio e eu fiquei por perto, aproveitei e fui ao banheiro, e depois ao quarto. Estava cansado e me deitei na cama.
- Tom! – ele entrou me procurando.
- Oi.
- Tudo bem? – pôs a cabeça para me ver.
- Sim, eu estava pensando, porque a gente não fica no barco mesmo?
- Por que há muitos recifes próximo a ilha, e se tiver uma tempestade pode ser perigoso.
- Entendo, é que é tão mais confortável aqui...
- Mas na praia, é mais seguro... Você parece cansado...
- Estou sim, na verdade minha cabeça está me incomodando...
Nessa hora ele se aproxima de mim, e com as duas mãos segura minha cabeça e com as pontas dos dedos ele faz uma massagem.
- Assim está melhor?
- Sim, está - novamente sua face próxima a minha, seus lábios vermelhos, volumosos, e seu cheiro de macho misturado ao sal do mar, me deixaram tonto, cai para trás, me deitando na mini cama...
- Tom! – ele já estava quase sobre mim, parecia um delírio [me vi beijando o, e na mesma hora o vi me dando um soco]
- Marcos...
- Sim. O que foi?
Eu esqueci naquela hora onde estávamos e com quem eu estava conversando, simplesmente o puxei e nossas bocas se tocaram. O beijo foi espantoso para ambos, eu me dei conta do que tinha feito, e ele apenas ficou parado com a sua boca na minha, olhos apertos, e então sua mão me segura e nossas línguas se cruzam e ele me beija com um chupão e me tira o folego.
O afasto, passo minha mão na boca e o olho com medo e arrependimento [sei, estou sendo infantil, mas foi meu primeiro beijo, queria que fosse com alguém especial, mas o Marcos era especial, não era?] ele ficou parado, tento me recompor.
- Marcos me desculpa, eu não queria...
- Calma Tom, tudo bem, não foi nada...
- Não foi nada? Eu te beijei e você correspondeu, como não foi nada...
- Foi só um beijo, eu não vou dizer nada sobre isso, fica tranquilo...
- Não, não era para ser assim...
- Tom, você nunca tinha beijado?
- Claro que já, mas eu não pensava em te beijar, olha foi um erro.
- Tom, eu já disse, não tem problema, eu não fiquei chateado, eu até gostei [gostou!!!! Como ele é cara de pau, eu dou um beijo nele e diz que gostou, meu pai, ele é gay!!! Só pode ser]
- Vamos voltar para o acampamento por favor.
- Relaxa, vamos, mas por favor não fala nada para seu tio.
- Contar... Não, ninguém pode saber disso.
O resto do dia foi tipo assim, ele de um lado e eu do outro, Max no centro só observando será que ele notou alguma coisa diferente entre nós, apesar que eu é que estava fugindo do Marcos [como eu era criança ainda, um garoto dramático, só eu mesmo para todo esse trama].
Continua.


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Comentários


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morsolix Comentou em 17/08/2017

Meu caro...está sua série está maravilhosa.Notei que vc como ninguém sabe armar um clima.Espero ler breve o desenlace desta saga que promete.Lido e votado.




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Ficha do conto

Foto Perfil maximilan
maximilan

Nome do conto:
S.O.S Boys - Dias 4, 5 e 6: perdidos, achados, abraços e um pouco mais

Codigo do conto:
104810

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
16/08/2017

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