O Professor e seus Anjos - T4. C.27: A visita do Arcanjo Miguel

O Professor e seus Anjos (4ª Temporada) –

Ola, meu nome é Caladriel, tenho o mesmo nome do meu pai, por isso algumas pessoas me chamam de Junior, claro. Mas os mais íntimos me chamam de anjo, pois tenho a mania de por nomes de anjos em todos, por isso não ache estranho todos aqui serem nomeados assim. Recapitulando o ano passado, eu fui iniciado na vida sexual com outros garotos por um aluno meu, sim, eu mesmo novinho, com vinte e poucos anos, já estava em sala de aula, nada anormal quando você é bolsista e está em faze de treinamento, e quando um colégio precisa substituir um de seus professores... bem a questão é que por meio desse jovem o Rafael é que tudo começou, e eu gostei, mas logo vi que ele era problemático, mas me conseguiu abrir os olhos para outra realidade, e então me envolvi com muitos outros caras e mesmo ainda tentando namorar garotas eu não conseguia esquecer os garotos, então me apaixonei por um jovem serafim o Daniel, que por motivos explicado por ele numa carta resolveu tirar a própria vida me deixando abalado. Me culpei por algum tempo, mesmo ele deixando claro que eu não tinha culpa de suas escolhas, até entendi isso, mas minhas atitudes mudaram, e o ano letivo começou estranho, mesmo tudo parecendo normal.
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C. 27 – A visita do Arcanjo Miguel
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O dia estava calmo, e eu estava totalmente perdido, olhava pela janela e a rua um deserto, aquele domingo não poderia ficar pior, não ficou, contudo como estava também não, era quase três daquela tarde quente e sem vida quando ouvi batidas abafadas na porta, estava no sofá olhando para o nada enquanto na TV passava algum programa do qual não lembro. Abri a porta e demorei a crer, depois de um intervalo longo no meu relógio psicológico, falei:
- Olá Miguel, desculpe, professor Torres.
- Boa tarde Caladriel, tudo bem?
- Tudo. Desculpe a indelicadeza, mas é alguma novidade?
- Não e sim, posso entrar?
Não podia negar, afinal ele era meu professor há quatro meses naquele ano que se iniciara conturbado com a morte do Daniel, e que ao tê-lo como professor me ajudou a esquecer um pouco as coisas desagradáveis e até mesmo as boas vividas no ano anterior. Ainda não tínhamos nos envolvido intimamente até aquele momento, mas o que se segue são fatos estranhos e que não tive como prever e nem controlar. Ao entrar no meu apartamento, Miguel acabava de dar inicio a minha mais nova aventura. Os fatos que se seguem agora fazem parte da minha vida conturbada que vou contar para vocês.
...
Depois que Daniel morreu nada mais me fazia ficar alerta quando o assunto era homens para levar para a cama, e eu nem olhava mais com essa intenção, não por querer bancar o cara sério ou mudado, ou mesmo querer deixar esse negocio de ser gay de lado, a questão era psicológica mesmo, eu não pensava assim naturalmente. Os primeiros dias de aula foram anormais pra mim a Natalia mesmo ficava tentando me animar, mas o mais próximo de animado que eu ficava era conversar com ela assuntos que não fossem da faculdade, os dias se seguiam nesse ritmo lento e enfadonho, me esforçava para ir à faculdade; as aulas do colégio o mesmo ritmo do ano anterior, não me motivava, até pensei em deixar, mas minhas contas falaram mais alto, mesmo sendo pouco ajudava bastante nas minhas despesas.
Na faculdade, praticamente todos os professores eram os mesmos do ano anterior, até mesmo o Miguel, já era conhecido dos corredores, mesmo ainda não tendo sido professor meu, mas a Natalia falava tanto nele que parecia roupa usada. As aulas com o Miguel, eram normais, ou seja nada me fazia sentir desejos por ele, ou mesmo me animar ao ver o horário e ficar na expectativa por vê-lo entrar. E ele não parecia me notar, até que um dia fiz um comentário sobre um assunto em pauta e ele me viu, viu de maneira que me fez querer nunca ter falado na aula. Pois bem, ele ficou me abordando nos corredores, não era mal educado ou metido, mas parecia querer estar próximo a mim toda vez que mia via, e até Natalia notou, não da maneira que eu notava, ela me disse:
- Até que em fim né Anjo, ele te notou, viu em você o aluno de destaque, como os outros professores.
- Tu acha? Acho ele um pé no saco, não tem outros alunos na sala pra ele babá.
- Nossa Anjo, também você anda muito estranho, já está na hora de você voltar ao normal.
- Como? Depois de tudo o que aconteceu, e agora esse Miguel me perseguindo.
- Não acho que ele te persegue assim como você imagina, apenas acho que ele demorou em ti notar, afinal você sempre se destaca na sala. E além do mais tenho certeza que ele não curte a fruta.
- Não estamos falando disse Nat, mas em todo caso, como você pode ter certeza, você também tinha certeza sobre mim, e olha o resultado.
- Nesse ponto você tem razão, mas desde o ano passado eu o via saindo com outras alunas de turmas mais avançadas, e nunca o vi em companhia masculina. Bem, Anjo e ele nem tem jeito...
- Tá então eu tenho...
Nossa conversa parecia não ter fim até eu dá um basta, ficamos no empate. Mas pensando bem, ela poderia ter razão, ele não parecia o tipo que saia chupando pau por ai. Então para tirar minhas dúvidas, e já que eu não tinha muito a perder, já que meu nome rolava solto pela faculdade (não oficialmente é claro) em um de nossos encontros pelos corredores no intervalo, eu o perguntei:
- Desculpe professor, mas por que o senhor ultimamente vem me abordando fora do normal?
- Não entendo sua pergunta Caladriel, pensei que estávamos apenas ficando amigos, e além do mais gosto de nossas conversas. Por acaso eu fiz algo ou disse alguma coisa que o incomodasse, porque se foi, olha me perdoa pois não foi minha intenção.
Ele falou tão direta e verdadeira que foi o bastante para me deixar sem palavras...
- Desculpe professor Miguel, acho que ando meio estressado.
- Olha, vou deixar você refletir um pouco sobre nossas conversas, apenas queria ser amigo, pois não são todos os alunos que tem um bom papo para agente passar o tempo nessa faculdade...
Fiquei calado, e deixei o tempo mostrar seja lá que for. Assim as semanas se passaram e eu deixei minha preocupação com Professor Miguel de lado, e passei a conversar com ele sem mais duvidas, e na verdade notei realmente que nossas conversas não tinham nada além do que assunto entre amigos de faculdade, professor e aluno, assuntos específicos que muitas vezes a Natalia também participava. Nos encontrávamos sempre na faculdade, nos intervalos, aulas livres, e assim em poucos meses eu o não tinha mais estranhamento com ele. Tudo bem até o dia em que ele bateu a minha porta.
...
Aquela tarde de domingo foi estranha, o Miguel ali na minha frente me pedindo pra entrar em meu apartamento quatro meses depois que nos conhecemos como aluno e professor e sem nenhum insinuar ou propor uma visita a casa do outro, e ali estava ele em pé, de barba bem tratada como sempre o via, bem arrumado e perfumado. Então ele entrou e foi logo perguntando se podia sentar, e eu...
- Claro, desculpe o mal jeito mas fiquei surpreso...
- Caladriel vim em mau hora? Afinal tarde de domingo você deve ter seus programas.
- Na verdade não, fiquei surpreso por ser você aqui uma hora dessa, por mim tudo bem, estava até meio entediado, a Nat foi a uma festa de umas amigas, e ultimamente só a tenho para conversar depois da faculdade...
- Então, Caladriel, vim aqui numa boa hora, ou seja você vai poder então me ajudar.
- Diga, se for do meu alcance, pode contar comigo.
- Olha é o seguinte, é que eu queria mesmo era me desabafar com alguém, e me lembrei de você...
- Então tá, mas não sou bom em conselhos.
Na verdade o que eu menos queria era uma nova amizade problemática, então deixei ele a vontade, e o que se seguiu foi...
- Então Caladriel, fico muito grato por você me escutar...
- Tudo bem, pode ficar a vontade Miguel, diga ai o que te perturba.
- Bem, como você sabe estou morando aqui desde o ano passado e já deve ter ouvido também que eu andei saindo com algumas alunas (apenas concordei com a cabeça) e na verdade eu sou casado...
- Casado! - Meu espanto natural.
- Sim, mas minha esposa ainda não mora aqui, ela ficou por causa do emprego que não deu para transferir e por causa da escola do nosso filho, não é bom ficar transferindo na metade do ano.
- E tem filhos?
- Um apenas, e como quase não tenho ido lá, fica complicado, só consigo viajar uma vez por mês, e agora minha esposa conseguiu transferir o emprego e eles vem morar aqui.
- Olha... – fiquei sem saber o que dizer, era muita informação e ele agia naturalmente, então antes de responder algo, ele disse:
- Desculpe estar lhe contando tudo isso assim, sei que você não tem nada a ver com meus problemas, mas queria só desabafar, mas na verdade estou com medo, você entende...
- Sim, claro, mas espere prof... Miguel, o que te perturba mesmo, afinal é só você parar de sair com as garotas, não é?
- Seria, se eu não tivesse levado algumas para meu apartamento, e tem uma que pensa que sou solteiro e anda falando que me namora, e agora não sei como resolver essa situação...
- Bem, é só isso?
- Só isso? Você acha isso pouco?
- Claro, é só acabar os encontros e pronto. [ele nem sabe o que é ter problema com namoricos, se ele soubesse]
- Simples assim?
- Claro, você não gosta de sua esposa?
- Claro – foi um claro pouco estimulante.
- Então? Acaba os encontros e os namoros e fica na sua.
- Você falando assim parece fácil, o problema é que eu sou viciado em sexo, e não sei como me controlar vendo tanta carne por ai.
- Nossa Miguel, nunca pensei que você fosse assim...
- É amigo, nunca julgue o conteúdo pela capa.
- Então, problema resolvido... Só se manter com sua mão até sua esposa chegar.
- Resolvido que nada, mas tudo bem, você me deu uma ideia, e sou grato por isso. Só uma coisa, sei que este papo pareceu estranho, sou seu professor devo ter uns quinze anos a mais, e...
- Tudo bem, eu tendo, novo na cidade sobrou seu aluno e único amigo que pudesse te escutar...
- Exatamente isso... Obrigado.
Ele ficou ali calado depois olhando para minha estante como se investigasse algo, e eu fiquei olhando para ele, o silencio pareceu sim uma eternidade, o que foi apenas alguns segundos até ele interromper o silencio.
- Vejo que tem coleção de DVDs bem bacana, é do tipo viciado por filmes ou apenas curte como passa tempo.
- Não chega a ser um vicio, e hoje em dia é melhor comprar do que apenas alugar, já que tem que devolver, mas e você curte cinema?
- Sim, e estou até interessado no ultimo que está em cartaz...
- Eu também ainda não vi, você toparia ir comigo, antes de sua mulher chegar é claro?
- Olha, topo sim, então podemos ir nessa terça?
- Só se for durante a tarde, pois a noite eu dou aula...
- Claro, eu já tinha esquecido que você leciona também, pra mim tudo bem, tenho minha tarde de folga, então eu passo lá pelas treze e meia, ok?
- Está ótimo então – respondi com um sorriso amigável.
- Olha foi muito bom conversar com você, tirou um peso, vou tentar me controlar, e depois eu te conto.
- Joia, mas pode ficar mais eu não tenho o que fazer mesmo.
- Não amigo, você já foi de grande ajuda, eu me sinto bem mais aliviado, de qualquer forma, a manhã a gente se encontra na faculdade.
- Então ta, até amanha.
Ele se levantou e esperou eu ficar também de pé, e então me abraçou bem forte, e depois sorridente disse:
- Caladriel você é o cara!
- Que isso, Miguel, até amanhã.
Ele se foi e eu fiquei ali, com cara de batata sem sal. Poderia ser uma tarde maravilhosa ao recebê-lo, poderíamos ter conversado mais sobre coisas interessantes, como filmes e outras coisas, até mesmo sobre nós. Foi estranho escutar aquelas revelações dele, um homem casado, com filhos tendo aquela de aventuras, claro que eu era consciente de que isso era a realidade de muitos casados, que deixavam suas esposas e filhos para relaxarem em motéis com desconhecidas, ou ainda aqueles que tinham mais de uma família, e Miguel para mim não parecia nada com este modelo de homem, claro que isso não se ver na aparência, era algo do comportamento dele, de suas convicções, ou mesmo taras como ele mesmo falou. Olhando bem para nossas manhãs de papo, eu nunca tinha notado sua mão esquerda, sempre tinha um anel grosso nele que poderia esconder a marca da aliança, se ele tinha uma, sua idade deveria ter muito, até garotões, Miguel deveria ter uns quarenta anos, ou mais. Sim, aquele foi um domingo fora do normal, até a noite foi agitada.
...

Estava eu vendo a tinta da parede desbotar com a passagem do tempo, e olha que isso é lento... Bem, estava eu lá, parado esperando meu sono chegar e refletindo como muitas vezes não sabemos nada de uma pessoa, mesmo vendo ela quase todos os dias, o Miguel era casado, isso realmente tirou qualquer possibilidade da gente ter um relacionamento mais intimo, se é que isso era uma possibilidade. O Daniel com quem convivi alguns meses intimamente era garoto de programa e se envolvia com drogas e teve uma relação perturbada com Rafael, que a essa altura nem imaginava por onde andava, e eu, eu era outro cheio de segredos, escondendo minha sexualidade com medo do mundo me apedrejar.
Na TV uma chamada do jornal local surge do nada com uma noticia bem cinematográfica, uma mossa foi esfaqueada pelo namorado justo no cinema, justo o que eu e Miguel iríamos. Fui dormir pensando que bem que podia ser a esposa dele, até cheguei a sonhar (acordado): na cena, ele com uma faca ensanguentada, e ela morta na poltrona, e as pessoas correndo e gritando, chegou a ser engraçado, mas ele olhava para mim e dizia que fizera aquilo por mim, pra gente ficar juntos... Claro isso pode não ser do meu feitio desejar que alguém morra... Mas pensar que eu poderia ter alguma coisa com Miguel, não sei, ele era casado, não me sentiria bem sendo a outra, ou o outro, sei lá isso não era certo.
Então batidas na porta me trazem a realidade me despertando com um susto, [nossa que horas eram aquelas, umas dez e meia da noite, num domingo, quem poderia ser].
Fui até a porta e sem abrir...
- Quem é? - e a resposta me deu um soco no estomago.
- Sou eu. Por favor Anjo me deixa entrar.

Continua....

Foto 1 do Conto erotico: O Professor e seus Anjos - T4. C.27: A visita do Arcanjo Miguel


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Ficha do conto

Foto Perfil maximilan
maximilan

Nome do conto:
O Professor e seus Anjos - T4. C.27: A visita do Arcanjo Miguel

Codigo do conto:
105131

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
22/08/2017

Quant.de Votos:
2

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