Depois que eu e o Marcos conversamos as coisas mudaram um pouco, ele já não fica tão próximo e nem corria para me ajudar com alguma tarefa, contudo eu sentia seu olhar a distancia, agora eu sabia que ele gostava de mim [eu gostando da pessoa erra, que otário]. Já o Max, vinha obedecendo as ordem do tio Jô, mesmo contra sua vontade. Depois de dez dias só comendo frutos do mar e lagartos, eu já tinha perdido muito alguma de minhas poucas gordurinhas, estava quase esquelético, o Max também já não estava tão formoso, e o Marcos, este só definia mais ainda sua massa muscular, o deixando ainda mais atraente. A fonte de água potável eu evitava ir lá procurei fazer outras coisas no horário de ir a fonte, assim o Max ou o Marcos quem teria que ir, e numas dessas viagens do Marcos, acabei ficando a sós com o Max para pescar, teríamos que sair num dos botes. Coisa que eu não estava afim, vai que ele pira e me joga no mar. Mesmo assim eu sentia que seria bom ficar com ele, eu poderia tentar me aproximar dele novamente [eu poderia ficar cara a cara com ele e ficar pertinho de seus lábios, ai como eu era bobo]. A mare baixa nos dava uma ótima oportunidade para pescar nos recifes próximo a ilha.
- Tom, espero que você não me deixe fazer todo o trabalho, reme com mais força – ele sabia dá ordem muito bem.
Eu já não estava tão forte assim para pescar, meu corpo ainda estava se adaptando ao novo regime.
- Certo capitão.
- Sem gracinhas – ele falou serio sem olhar para mim.
Ele remava tão forte, seus lábios um pouco ressecados, sua pele estava queimada e escamando, mesmo assim, ele ainda me atraia, seus olhos se confundiam com a cor da água que naquela área de recifes e corais mudava de um verde piscina para um azul claro, eu ficava hipnotizado com aquele efeito das cores refletidas pela luz do sol.
- Tom, pode parar, aqui já está bom – ele falou, mas não me olhou, e eu continuei remando – Tom, para! – então ele me olha com raiva - que droga garoto o que deu em você, parece surdo.
- Desculpa... Não precisava gritar também, eu estava só admirando seus... as cores da água..
- Não entendo você primo, fica ai babando me olhando... admita que gosta de mim [o quê, admitir que gosto dele, jamais enquanto ele continuar com esta atitude covarde]
- Não gosto de você, quem disse?
- Então gosta do Marcos... é isso, ele é mais macho do que eu?
- Eu não gosto do Marcos, Não gosto eu gosto de ... – tive que parar, eu sempre ficava nervoso perto dele e acabava falando sem pensar.
- De mim, eu disse. Seu otário, você pensa que me engana, pode dizer que gosta de mim quantas vezes você quiser, mas eu não acredito, desde que começou esta viagem que eu notei você com o Marcos, primeiro foi tomar banho no mar sem me chamar só para ficar com ele, depois por baixo da mesa, percebi que a perna do marcos estava muito próximo a sua, e depois porque ele te defende tanto...
- Você ver coisas onde não existe, se o Marcos gosta de mim é algo que eu não posso controlar, agora você afirmar que eu gosto dele, isso não permito.
- Tom, eu te odeio, você me traiu, eu estava já achando que agente iria ser amigos, como eu sempre quis e você foi me trair logo com aquele velho...
- Droga Max, você é que é o otário aqui, eu é que estava pensando que você tinha mudado, que você realmente era meu amigo, e ai você simplesmente se transforma só por que encontramos seu pai.. o que foi tem medo dele descobrir que você não é esse machão que você pinta, não te entendo mesmo Max, me cansei de achar que a gente poderia ser realmente amigos.
- Ora Tom, então você acha que eu mudei, olhe para o passado só um pouco, e lembra dos dias que passamos só nós, eu estive com você todo tempo te ajudando mostrando realmente quem eu era e você simplesmente na primeira oportunidade se vira contra mim, e já sai todo correndo para aquele velho...
- O Marcos não é velho, a questão aqui não é ele. A questão aqui Max, somos nós, afinal o que está acontecendo com a gente.
- Me diz você que já vai defendendo seu namorado.
- Você tá louco, eu... [estava farto, cansado, irado, como ele ousava achar que eu estava namorando o Marcos]
- Eu vi Tom.
Eu o encarei, esperei ele terminar a frase, e então pude notar seu peito cheio de ira, sua voz estava carregada com muita emoção. Então ele se virou para o mar e ficou calado.
- Max, o que você viu? – minha voz saiu num tom temeroso.
E ele mesmo de costas para mim falou - Eu vi você correr para abraçar ele... Eu vi, você deitado enquanto ele por cima de você te beijava... Então não venha com papo de que você não gosta dele, de que você não esta a fim dele. – sua voz estava embargada, senti que ele chorava ou segurava o choro, o que aquilo significava, não sei, mas ele estava com raiva, e isso poderia significar que ele poderia está com ciúmes [ciúmes é bom, sim, ele estava com raiva de mim por que eu confraternizei com Marcos,,, porque o Marcos me beijou... espere, se ele viu o que o Marcos fez além do beijo, então seria complicado explicar para ele]
- Você tem razão, não posso negar que gosto do Marcos, isso é verdade e não posso evitar, ele é um cara legal, mas tem coisas que você não sabe... e tem coisas que você não precisa saber, acho que nós não podemos ser amigos realmente.
- Então você admite que gosta dele.
- Não vou mais participar desse seu jogo Max, vamos pescar pois o sol já está descendo e precisamos se alimentar, mesmo que seja peixe todo dia. [na verdade eu não iria admitir que gostava dele, do Max, pois uma coisa que eu sempre tive foi orgulho próprio, não iria ceder para meu primo, enquanto ele não revelasse seus sentimentos para mim... já sabem como eu era infantil, mas eu não podia, não podia mesmo]
- Você realmente gosta dele, eu te odeio Tom – aquelas palavras sairão com tantas magoas que eu quase me entregava, mas não poderia ser assim, eu iria tentar conquistar sua confiança novamente, só não sabia como.
Ele não olhou mais para mim, terminamos nossa tarefa, ainda conseguimos nosso jantar mesmo sem interação. Ao voltarmos para a praia tio Jô nos chamou, o Marcos já estava lá com ele.
- Garotos como combinado a partir de hoje vamos manter guarda no morro sempre com a fogueira em chamas, creio que a marinha já esteja a nossa procura, então vamos nos reversar, cada noite uma dupla fica responsável por manter lenha no fogo. Hoje escolhi o Tom e o Max...
- Droga pai, já passei um tempão no sol, estou cansado.
- Max isso não é desculpas...
- Pode deixar tio, ele vai amanhã com o senhor... – meu tio já estava bem melhor do pé, e podia fazer pequenas caminhadas, e escalar o morro não era tão complicado.
- Tudo bem Marcos para você? – o tio olhou para ele em busca de uma afirmação.
- Claro, não vejo problema.
Não sei o que aconteceu mas o Max deu uma risada e saiu, seu pai o observou ele saindo e fez cara de quem não entendeu.
...
Não dava para ver o acampamento de onde ficávamos, pois a fogueira de sinalização deveria ficar virada para o continente, e as arvores impedia deixando como orientação apenas a claridade da fogueira que deveria está flamejante.
Nos organizamos, e combinamos o tempo de revezamento, assim cada um dormiria umas duas horas. A princípio o Marcos não me encarava, mas também não me tratou com indiferença no sentido de ficar fechado, conversava num tom normal, assim ficamos uma boa parte do tempo enquanto as horas se estendiam noite a dentro.
- Marcos já vou dormir, não vá dar uma de durão e roubar o meu horário.
- Tudo bem, fica tranquilo.
- Marcos... – ele me olhou esperando completar - eu só queria pedir desculpas.
- Esquece Tom, eu já entendi que não tenho chance com você.
- Desculpa, realmente eu não quero que a gente fique indiferente um com o outro.
- Eu que me precipitei, acho que eu é que tenho que pedir desculpas, e mais desculpas Não deveria ter me aproveitado da sua fragilidade naquele dia.
- É tudo tão novo para mim, não consigo evitar quando estou perto dele meu coração dispara...
- Você se refere ao Max, né?
- Sim, eu nunca namorei, mas creio que meus sentimentos por ele é algo forte, mais forte que meu próprio orgulho...
- Não, de maneira alguma garoto. Seu orgulho é a coisa mais poderosa nesse universo, isso eu posso afirmar...
- Sério, como pode ter tanta certeza.
- Você teve vários momentos em que poderia se revelar para seu primo, e não fez, só por causa dessa competição de vocês, para ver quem é o mais forte, só quero saber quem vai dá o basta antes.
- Acho que você é mais esperto do que eu imaginava... Contudo, não é difícil lutar contra este sentimento quando estamos perto um do outro, ele faz por onde sendo tão arrogante e esquentadinho...
- Te entendo perfeitamente. Vá dormir Tom, acho que nós chegamos a um entendimento, eu sei que você não está interessado em mim, e que seu coração só bate pelo Max...
Nessa hora escutamos um barulho na mata, tipo algum animal sobre folhas secas.
- Droga, será que é algum bicho feroz? – fiquei temeroso.
- Não, eu nunca vi nenhum animal aqui maior que um iguana. Deve ser qualquer coisa, não tenha medo, o fogo afasta eles – Marcos parecia curioso e ao mesmo tempo me tranquilizava, mas seus olhos buscavam na escuridão algo ou alguém.
- Tudo bem, não escuto mais nada, pode dormir, se não chega seu turno.
...
Duas horas depois sou acordado pelo Marcos.
- Certo, já estou acordado.
- Tem certeza que consegue ficar acordado?
- Vai pode dormir.
Olhei em volta e o Marcos se virou contra a luz das chamas. A madeira seca estava de um lado e do outro Marcos. Peguei um dos livros que tinha levado e procurei ler, mas claridade vinda das chamas era inconstante e não foi uma boa experiência, deixei o livro de lado, e então escuto Marcos roncar. Olhando ele assim dormindo, eu pude notar como ele era forte e tinha um corpo grande comparado comigo e Max, ele era um homem feito. Alguém para se ter como esposo [nossa eu agora virei uma donzela] claro isso é o que uma mãe falaria para sua filha em busca de um bom partido. Refleti um pouco sobre o que ele falou a respeito do meu orgulho, realmente aquilo poderia estragar a oportunidade de falar com Max... então aproveitei que estava ali só, e me lembrei de Max, dele tomando banho nu, de sua risada, de seu corpo, fiquei excitado tão rápido quanto um vídeo do xvideo com aquelas garotas gemendo com a boca entalada pelo mastro enorme de um moreno. Mas na minha mente era apenas o Max nu, me masturbei e par aminha surpresa eu gozei rápido e com muito prazer. Eu o desejava, eu tinha certeza. Mesmo sendo ele, e isso me deixava irritado [droga de Thomas tão infantil]
...
No outro dia meu tio perguntou como tinha sido a noite, e nós repassamos tudo como tinha ocorrido, depois ele confirmando que seria a vez dele com o Max, ordenou minha tarefa com Max daquela manhã estocar madeira no morro.
Andamos na praia em busca d emadeira velha e seca, depois que nos afastamos do acampamento, concordamos que seria melhor entramos na mata pois a madeira da praia já tinha sido recolhida nas outras noite, cada vez nos distanciávamos do acampamento, Max calado, não resmungou, não dizia nada. Depois de um tempo, ele pede para parar um pouco pois está sentindo uma câimbra, ele se senta.
- Posso te fazer uma massagem na perna se você deixar.
- Melhor não, vai que você acaba tendo uma recaída e termine traindo seu namorado.
- Não vamos seguir com este papo, você quer ou não?
- Certo, pode fazer.
Me sentei de lado e coloquei sua perna sobre meu colo, e iniciei a massagem, ia da perna até sua coxa onde eu intensificava a pegada, ele não tira os olhos de mim. Noto um volume crescer no short.
- Tem certeza que está com caibra?
- Já está passando, pode parar.
- Certo. – tiro aperna dele - Então vamos continuar?
- Vamos sim.
Ele tenta se levantar e então...
- O que foi agora Max?
- A câimbra voltou mais forte.
- Sério primo, ou será que agora é que você está com ela...
- Chega me ajude a se levantar.
Peguei no braço dele para ele se apoia e ao ficar de pé, ele se joga me abraçando.
- Desculpa primo.
- Pelo quê?
- Por ter feito aquilo na fonte, não era eu...
- Tá, aceito.
- Desculpa também por ser esse primo chato.
- Aceito, mas você terá que fazer muito mais que pedir desculpas para tantas vezes que você foi chato e irritante.
- Então, podemos ser amigos de novo?
- Não sei, o que você me diz?
Ele estava com os olhos carregados de lágrimas, eu não tinha notado quando aquela mágica tinha acontecido.
- Estou com medo Tom da gente não escapar, estou tão fraco primo e eu só tenho vocês aqui...
- Calma Max, vamos conseguir sim, a Marinha logo vai achar a gente.
- Eu não quero morrer brigado com você.
- Max você está me deixando preocupado.
- Tom, por favor me perdoa, me perdoa por tudo que eu te fiz.
- Já disse que perdoava, mas o que aconteceu primo, você está tremendo.
- Me abrace...
Eu ainda relutei, mas não consegui evitar, o abracei forte, ele chorou de uma forma que me comoveu. Esperei calado, o deixei a vontade nos meus braços.
- Max, vamos sair juntos, não tenha medo.
- Obrigado Tom.
Ele enxugou as lagrimas, e saiu andando, mas agora ele parecia mais leve, parecia com o Max que eu conhecera depois da tempestade.
...
Aquele dia, já não sabia mais se era o decimo primeiro ou decimo segundo, foi fora do normal nesse sentido de que os dois caras que eu gostavam estavam de boa comigo, os dois sorridentes, e para deixa-lo ainda mais estranho, no final da tarde Max pediu para ficar comigo de vigília com a desculpa do pai ainda não está com o pé bom suficiente para escalada do morro. Ele pediu de uma forma tão persistente que o tio concordou depois de me perguntar se eu aceitava. Como o Max estava mudado depois daquele desabafo fora do normal, eu achei melhor alimentar as minhas esperanças de que ele realmente estava querendo mudar.
...
Continua.