O Professor e seus Anjos - T4. C. 31: Um dia de sábado relaxante e uma noite cheia de agito.

C. 31 – Um dia de sábado relaxante e uma noite cheia de agito.
Meu irmão mais novo, sempre foi o típico garoto que acha que tudo é legal até que se prove o contrário, e muitas vezes ele ainda recorria. Gabriel adorava me tirar de tempo, ele fazia de tudo para me provocar tentando discordar do que dizia ou acreditava ser o certo, apenas uma coisa ele não apenas concordava como admirava, eram minhas namoradas e paqueras, ele sempre dizia que eu tinha bom gosto, e que um dia ele iria me deixar pra traz, e ai recomeçávamos tudo. Ele era o típico brincalhão, não levava as coisas muito a sério, mas se irritava todo quando alguém dizia que ele era afeminado ou mesmo delicado, ele não era nada disso, era um garoto que como muitos, gostava de jogar bola, nadar no rio, andar de bicicleta e agora, o garoto que pegava já pegava as minas.
Mas então, quem era aquele jovem, que estava deitado no sofá, ao lado de Rafael, largado no chão, sem camisa, sei, eu andei tão envolvido com pessoas de mentalidade duvidosa, que aquela cena pareceu surreal, meu irmão dormiu ao lado de outro que até pouco tempo eram completos estranhos, e eles ali, pareciam dois amigos de toda uma vida. refleti um pouco procurando manter a mente aberta para não causar nenhuma má impressão, respirei fundo e como o sábado estava apenas começando, resolvi ir a cozinha preparar algo para nós. Ao terminar tudo, vendo que os dois não acordavam, resolvi acordá-los.
- Acorda pombinhos...
O Rafa foi o primeiro a abrir os olhos...
- Oi anjo, acho que adormeci no chão...
- Acha?
- E o Gabriel dormiu aqui? – ele viu ou outro no sofá.
- Rafa, vocês aprontaram?
- Espere ai Anjo, você não está pensando que eu faria alguma coisa com seu irmão, né?
- Na verdade, não estou pensando nada, o Gabriel não é assim [pareci um estupido nesse momento, mas era meu irmão mais novo, eu tinha ciúmes dele], e o fato dele ter dormido com você ai na sala não significa nada. Ou significa?
- Anjo, nós apenas ficamos conversando e vendo TV até tarde, te prometo, pode ficar numa boa.
Nossa conversa terminou por ali mesmo, eu fiquei meio desconfiado, mas na verdade acabei acreditando no Rafael. Depois que preparei o café pedi ao Rafael para acordar o Gabriel para sairmos. Fomos os três comemorar o aniversário atrasado dele, num balneário próximo ao nosso bairro.
O dia estava bem ensolarado, tudo conspirava para um dia perfeito, e foi [perfeito até de mais]. Procurei ficar mais na sombra, enquanto isso Rafael e Gabriel não saiam da piscina, os dois pareciam dois moleques. Na verdade ainda eram, olhando os dois ali brincando, não tinha dúvidas, e se divertiam como tais. Já eu ali parecia um adulto, mesmo prestes a completar 24 anos, parecia ter uns 30, responsável e cuidando das crianças. Nossa acabei lembrando do Miguel, ele com sua família, ainda um homem jovem, mas já com filho rapaz, deve ter perdido toda sua juventude, tendo que se responsabilizar por uma família ainda adolescente. Mas eu não seria como ele. Olhando meus dois anjos ali tomando banho, resolvi também ir lá, claro só um pouco, afinal não queria ir pra balada a noite, parecendo um camarão.
Posso dizer que o dia foi maravilhoso. Acabei relaxando como a tempos não relaxava. E nossa ficar ali, no clube, vendo tantos machos bonitos só de sunga, alguns com uma mala maravilhosa, e outros com uma bunda que só em revistas se via igual. Quanta tentação, e eu depois de meses na secura, no máximo um beijo mal dado. E vendo o Rafa, só de shortinho, mostrando sua pele branca, correndo atrás do Gabriel, com sua bunda tentadora, parecia um leão atrás de uma linda gazela apetitosa. E foi assim uma vez ou outra eu me pegava pensando /delirando /imaginando coisas excitantes com meus dois anjos lindos. O Rafael uma vez e outra me olhava e piscava o olho, depois me chamava para ir mergulhar.
Em alguns momentos que ele vinha beber algo, ou comer, e quando o Gabriel ainda estava na piscina, me falava:
- Então Anjo, está se sentindo melhor, seus fantasmas sumiram?
Ele falava em fantasmas, parecia que ele também via meu fantasma suicida. E era só nesses momentos em que o Rafael se aproximava que eu lembrava de Daniel. Mas apenas eram lembranças, o seu fantasma andava sumido, ou era eu que não andava pensando mais constantemente nele. Só sei que eu estava tão relaxado, que aproveitei uma ida do Rafa ao banheiro e fui com ele. No banheiro tinham boxes individuais para bacias sanitárias, segui para uma, e o Rafa foi entrando junto...
- Espere Rafa, tem outro ai do lado...[claro minha intensão era aquela, mas na hora meio que desisti, e querendo ainda]
- Anjo, deixe eu dar apenas um beijo...
- Tá maluco, se o Ariel entra...
- Não vai não, é só a gente fechar a porta...
- Não Rafa, é melhor não, se não vai ficar estranho lá em casa, eu e você não devemos...
- Anjo, desculpe mas eu não posso suportar tanto tesão...
Então ele me taca um beijo e eu retribuo. Sim, senti arrepios, seu hálito era inebriante, suas mãos geladas da água da piscina pelo meu corpo, sua língua invadindo toda minha boca. O Rafael sabia beijar como ninguém, isso eu tinha certeza, eu só tinha mesmo era que saber me controlar, mas não posso negar nem omitir em minha história que eu naquele momento fui um completo cafajeste, sem moral e noção do perigo. Soltei sua boca e desci direto para seu pau que estava duro como aço, tirei o do short e a envolvi com tudo. Minha boca salivava loucamente o que fazia escorrer pelo canto da boca uma baba fina, era muito desejo. Sim, chupei, mamei como nunca, queria sentir sua porra jorrar dentro de minha boca, estava com tanta cede, que mal escutava ele dizer para eu ir com calma. Mas então meu desejo foi ouvido, ele gozou tanto que parecia que fazia tempos que não gozava, parecia que ele estava na penitencia como eu... que loucura, então ele me puxa e me dar outro beijo, e me diz:
- Nossa Anjo, como eu estava desejando uma mamada dessa, mas acho que devemos voltar se não o Gabriel vai sentir nossa falta. Foi ai que voltei a normalidade, me ajeitei, arrumei meu volume, se é que era possível naquela hora. E voltamos. Gabriel estava conversando com um outro jovem com aparência de sua idade, bonito por sinal, nem notou quando me sentei na barraca mais o Rafael. Pedi mais uma cerveja, o Rafa estava proibido de beber, não só pela idade, mas pelo fato que ele estava tentando se afastar das drogas. Pedimos o almoço.
O restante da tarde, eu não conseguia esquecer nossa loucura um pouco mais sedo, e também analisei que o fantasma do Daniel não tinha aparecido, menos mau, seria um sinal de que eu estava realmente aceitando, que eu não tinha culpa pela morte dele. Claro, eu não tinha, mas minha consciência persistia em teimar. Aquele sábado só tinha me mostrado que eu ainda poderia ser feliz, e quem sabe até mesmo viver outras histórias de amor, até mesmo mesmo o Rafa sendo uma história passada, uma página virada como muitos costumam dizer. Mas eu ali, não queria definir nada, apenas viver o momento, mesmo que isso não surtisse nenhum efeito depois.

...

Em casa conversei com o Gabriel, verifiquei se ele gostara do dia, e ele pelo que disse, tinha gostado muito, mas o que mais me impressionou foi a amizade dele com o Rafa, quando estavam em casa os dois não se largavam. Depois de uma rápida soneca, antes da noite chegar, acordei com uma leve dor de cabeça, fui na sala e lá estavam os dois no sofá, vendo TV. Falei para eles se ajeitarem, pois os dois iriam para o cinema enquanto que eu iria a uma balada de adultos. Para minha surpresa o Rafael nem fez objeções em servir de baba para meu irmão, eles tinham ficado bem amigos, até achei bom, afinal o Rafa conhecia bem a cidade, e sabia como se virá, além de que ele precisava de alguém mais jovem para conversar e também esquecer de seus problemas, o que me deixou tranquilo, assim eu poderia curtir bem minha noite.

...

A noite estava quente, e o local da balada estava lotado, então multiplique a temperatura do ambiente abafado com o calor dos corpos de todo mundo ali presente, nossa só mesmo tomando uma cervejinha para esfriar bem... Então estava lá na banca, eu com uma roupa esporte e bem confortável, de jeans surrado mesmo, uma camiseta mais novinha, justa ao corpo, e um tênis baixo estilo all star, ao meu lado estava toda gatona, Isis, com uma mine saia, deixando a vista suas pernas fortes e longas, com um par de coxas grossas e firmes [só podia fazer academia] uma blusa de malha fina de alça fina, deixando bem saliente os bicos dos seios que deixa bem claro para qualquer um que ela estava sem sutiã, ou seja, era uma garota bem moderna e pra frente. Em nossa frente estava Natalia que não tirava os olhos de Isis, e se vestia super bem, como sempre, estava com um vestidinho preto básico, também de malha fina, com alguns detalhes de prata próximo ao busto, e uma maquiagem forte, sua marca. Ao seu lado seu namorado Hibrael, não sei como, mas ele estava mais bonito do que a primeira vez que o vi, era um jovem encantador, seu sorriso de dentes brancos, seu pescoço grosso e forte, mostrava que tinha um peitoral igualmente de um jovem que faz academia, olhei bem suas mãos, também vestia esporte, com uma jeans preta, e uma camiseta de cola ‘v’ cinza clara. Usava um perfume que até hoje não encontrei igual, estava muito simpático e agradável. Procuramos conversar sobre vários assunto, e claro sobre nós mesmo, tentamos iniciar uma boa amizade. E sim nos divertimos bastante. Chamei a Isis para dançar, e ai foi o momento que descobri que ainda sentia excitação por mulheres. Sentindo seu corpo roçando no meu, que meus sentidos de macho ativaram meus órgãos adormecidos, o que a fez se aproximar mais, e, juntinhos, ela me sussurrou: “nossa Caladriel, como você está quente”. Realmente eu estava muito quente, e acho que depois de muito tempo sem ficar com mulher nenhuma, estava nervoso, parecia a primeira vez, até senti um certo medo, mas depois da dança voltamos a banca. Natalia e Hibrael também estavam dançando, e ao voltarem para banca, as garotas foram ao banheiro, e eu aproveitei para dar uma investida no Hibrael, digo assim, tipo só conhecendo melhor seus gostos, perguntas que geralmente não faria na frente da Natalia, sabendo como ela é esperta, iria notar que estaria com outras intenções. Mas como sou um bom amigo, não iria fazer nada, a não ser que ele me atacasse. Bem, o resultado foi apenas saber que ele gostava de rock, como eu, gostava de ler romance policial, como eu, adorava cinema, como eu, sua paixão maior futebol, nada a ver comigo. Então quando elas voltaram nos convidaram para dançar, como eu estava gostando do papo, disse que estava cansado, e o Hibrael também preferiu ficar, assim as duas foram a pista de dança e ficaram dançando por muito tempo, e nós homens, ficamos na cerveja e contando casos engraçados, nossa como era lindo vê-lo rindo e dando gargalhadas. Então marcamos de irmos – com as garotas é claro – ver um filme no outro sábado, ele ficou bem animado, até começamos a conversar sobre o filme em vista, pois tinha que ser um de terror seu gênero preferido. É parece que eu tinha encontrado um amigo de minha idade, finalmente. Uma vez ou outra eu olhava para a pista de dança e avistava a duas dançando uma de frente para a outra, pareciam bem amigas e felizes, sorriam, e até pareciam que davam gargalhadas.
Ao voltarem algum tempo depois Natalia falou:
- E ai rapazes, estão se divertindo? – ela me olhou com mistério, e eu conhecia bem aquele olhar, mas não fiquei atrás.
- Muito, o Hibrael tem o dom para humorista. E vocês, parecem que estavam se divertindo muito, não é Hibrael?
Ele concordou e até completou:
- E como, até parece que estavam dançando num palco de “strippers”...
- Só faltaram tirar as roupas ... – completei... e elas riram.
Na hora da despedida, notei o Hibrael me olhando com um sorriso de felicidade, e fixo pra mim, como se quisesse me gravar bem, para mais nunca me esquecer. E eu quase que não tirava meu olhar de sua bunda indo embora, até a Isis me acordar...
- E ai Caladriel, detonou toda energia, ou ainda tem um pouco para mim?
- Desculpe Isis, mas não posso ir com você hoje pro seu apartamento, estou com meu irmão, e já está tarde, tenho que voltar e ver como ele estar.
- Nossa Caladriel, não estava falando de ir transar, estava apenas querendo ficar mais um pouco conversando contigo. Mas olha, tudo bem, a noite já foi muito válida, agente se ver amanhã a noite? – fiquei todo vermelho.
- Amanhã? [domingo, claro] ok, depois que deixar meu irmão no terminal rodoviário, eu passo no seu apartamento pra gente ir jantar, ok?
- Ótimo.
Depois que deixei ela próximo ao seu apartamento, fui para casa, e no caminho não tirava o Hibrael da memória, do beijo de Rafael, dos dois juntos na cama comigo. Contudo minha excitação em dançar com a Isis foi um fator a mais nos meus delírios. Eu ia doido para bater uma quando chegasse em casa. Tinha que descarregar enquanto tinha tudo fresco na memória, e quem sabe até dar uma escapulida enquanto Gabriel dormia, ir até a sala e por o Rafael para me mamar e pagar a mamada que dei nele mais sedo. Assim, cheguei no meu apartamento, e nem notei a distancia.

...

A sala estava silenciosa, ninguém no quarto, ninguém no banheiro. Naquele momento gelei, onde o Rafael estaria com meu irmão uma hora daquelas, já passavam das 3 da manhã. Se meus pais descobrem que deixei o Gabriel até aquela hora fora de casa, eles nunca mais confiariam em mim. Fiquei aflito, o pior nessas horas é quando agente tenta ligar e a ligação só dá caixa postagem e o mais chato é saber se a culpa é do telefone que pode estar fora de área, desligado, ou apenas a operadora que fica dando pau na gente. Nenhuma resposta, nenhum telefonema retornando. Então escuto vozes no corredor, corro e abro a porta antes deles baterem, ou abrir com a chave extra, e então me deparo com uma cena nada surreal, nada excitante, nada tranquilizante, não amigos, não vou deixar vocês curiosos até o próximo capítulo, tenho que dizer o que vi naquela hora, ainda hoje fico pálido, e sem ação, pois ao abrir a porta se deparei com o Gabriel segurando o Rafa pelo ombro, com o rosto todo cheio de hematomas, e sangue no canto da boca. Me deu vontade de gritar com os dois, ainda lembro quando Gabriel falou chorando...
- Ajuda mano, rápido!
Continua.


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Ficha do conto

Foto Perfil maximilan
maximilan

Nome do conto:
O Professor e seus Anjos - T4. C. 31: Um dia de sábado relaxante e uma noite cheia de agito.

Codigo do conto:
105730

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
05/09/2017

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