Outubro de 1999
Final de setembro e primeiras semanas de outubro meu contato com o Marcelo foi quase normal, nós nos encontramos algumas vezes, geralmente em grupo, quando o procurava a sós ele sempre tinha uma desculpa para não está em casa ou não ir na minha, e quando eu procurava falar sobre a gente, sobre sexo, sobre nosso relacionamento ele simplesmente me cortava ou mudando de assunto ou indo embora.
Na segunda metade do mês ele praticamente se trancou em casa estudando para o vestibular, precisava rever alguns assuntos, e isso eu entendi, o que não entendia era o tempo que ele tinha para a namorada e nada para mim.
Gabriela foi meu porto seguro, nosso namoro progredia, ela também estava se preparando para o vestibular, eu sempre ia a casa dela para ajudar nos estudos e assim eu aproveitava para espiar a casa do vizinho, as vezes eu conseguia o ver passando, e as vezes a janela estava fechada. Não conseguia entender este comportamento dele, ficava aéreo pensando em nossos momentos de intimidade, procurava alguma ação dele ou minha que poderia justificar o estranhamento dele, o inicio da nossa amizade foi tão empolgante, muitos sorrisos, abraços, beijos e afetos mais íntimos. Então ele muda, esfria e se esconde.
A relação entre dois garotos, uma relação normal é incondicional, assim é como vejo, eles se encontram, conversam, brincam, se enturmam. A relação amorosa também é incondicional, contudo existe uma clausula que diz um ser fiel ao outro. Ser fiel no nosso caso era muito relativo, nós não éramos um casal, e eu sabia disso. Eu sabia que nós, e esse NÓS não existia no contexto sentimental, quando paro pensar em nossa amizade, nem isso mais era um relacionamento, ele me procurava quando ele queria, quando ele precisava de mim, minha percepção dessa dependência dele por min estava ficando clara, contudo existia uma nevoa ainda deixando a realidade oculta isso era os efeitos alucinógenos da paixão.
O principal foi o ciúmes. Quanto mais eu o via com sua namorada mais eu me chateava, ficava me remoendo, as vezes me pegava chorando, e então quando nos encontrava, me batia uma tristeza pois ele me deixava largado quando percebia minha intenção de ficar com ele.
Como ser fiel, Gabriela era minha namorada, saiamos juntos, nos beijávamos, e eu tentava criar um clima para ver se conseguia algo mais com ela e assim não precisar do Marcelo para me descarregar, mas nada conseguia. E então outubro chegava ao fim sem nenhum encontro mais intimo com ele, meu pensamento conclusivo era de que ele não me desejava mais, de que a relação dele com a namorada tinha um valor sentimental forte e que por isso ele perdera o tesão em nossa relação. Então naquela noite de 29, ele chegou na minha casa, era um sábado quente.
- Posso passar a noite aqui? – ele estava calmo, mas sem fixar o olhar.
- Tudo bem?
- Tudo, estou mais aliviado dos estudos, e notei você chateado comigo estas semanas, então resolvi passar a noite com você, a gente assistiria um filme e depois, se você estiver a fim, quem sabe... – era o Marcelo de sempre [mas só agora, por quê?]
- Você sabe que eu iria adorar, mas e sua namorada, hoje uma noite de sábado, não deveria está com ela?
- Passei a tarde com ela, já usei uma desculpa... E Você, não está com a Gabriela hoje?
- Passamos a semana namorando, e hoje ela está indisposta, preferi ficar em casa.
- Então Max, eu já estou com minha escova de dente e meu pijama aqui, posso ficar?
- Claro, somos amigos, não somos? – minha pergunta foi enfática, e retorica.
Minha mãe não estranhava sua visita assim de ultima hora, ele chegou na hora do jantar, sentou a mesa com a gente e agiu natural, por um momento eu estava feliz, esqueci que ele andara diferente comigo. Tive esperança de que tudo não passara de um mal entendido de minha parte. Após o jantar conversamos um pouco na sala, ele parecia contente, ria com facilidade, parecia querer me recompensar, mais tarde então, resolvemos ir para o quarto assistir o filme, não lembro qual foi, apenas era uma desculpa para ele ficar comigo, esperamos ficar mais tarde, o silencio da noite avisava que minha mãe já estava dormindo. Tranquei a porta...
- Me beija – não foi uma exclamação, pareceu mais um perguntada do que mesmo um pedido.
- Venha aqui seu safado, eu sei do que você quer – ele me puxou, deu um beijo rápido, me deitou na cama e mordeu minha nuca, depois deu varias mordidas nas costas até chegar na minha bunda.
Eu estava tão ansioso por aquele momento que me deixei levar pela excitação, e rebolei na sua língua atrevida. Ele procurou por camizinha, e logo me penetrou. Seu corpo todo sobre o meu, ele me segurava forte enquanto socava tudo dentro de mim. Eu gemia com dor e prazer. Ele beijava e mordia meu pescoço enquanto metia com força, dava para escutar sua respiração forte, aquilo me dava arrepios de satisfação. Quando terminou, ele me virou, me deu outro beijo rápido, e então desceu até meu pau e o chupou com calma, acariciando cada parte dele, em seguida iniciou um boquete delicioso me deixando todo arrepiado. Mas ele parou, pegou outra camizinha vestiu no meu pênis, e então ele sentou sobre ele, enquanto cavalgava, ele apertava meus mamilos, quando notou que eu estava chegando ao ponto, ele se deitou sobre mim, começou a morder minha orelha e massageá-la com a língua, nessa posição, eu tinha que rebola e meter nele, apoiando os pés na cama, segurando ele por baixo dos braços, metia com força, e logo gozei com muita porra. Terminamos exaustos, ele sobre mim. Ficamos assim por um tempo, depois ele caiu de lado. Estava suado. E eu estava feliz.
Ele não pareceu interessado no filme, se virou e depois adormeceu. Fiquei um tempinho ali, olhando seu corpo nu. Era meu amigo. Era um homem. E eu queria que aquilo não acabasse nunca. Imaginei nós sempre fazendo aquele programa. Não pensava se seriamos um casal ou apenas amigos, mas vendo-o ali ao meu lado depois do sexo, me confortava.
O domingo seria nosso, ele ficaria comigo, e depois do almoço repetiríamos aquela noite, e eu faria todos os meus desejos e o deixaria louco. Mas ele tinha outros planos, não esperou o café, não esperou eu acordar.
...
Novembro de 1999
O segundo semestre na faculdade estava pela metade, muitos trabalhos e atividades para se fazer, minha rotina mudou um pouco mas não tanto quanto ela iria mudar. Então um acidente com minha mãe fez o rumo sair dos eixos. Eu não podia abandonar ela, a faculdade eu poderia me matricular novamente depois e continuar de onde tinha parado, a prioridade era minha mãe, minha vida. Naqueles dias de aflição Marcelo apareceu no dia em que eu estava de partida para a capital.
- Boa sorte Max.
- Obrigado Marcelo, a gente se ver na volta.
Ele não disse mais nada, ele parecia esperar eu dizer algo, mas dizer o quê, eu só queria está ao lado dele, mas ele não expressou mais nada além de um boa sorte. Diferente da Gabriela que até aula do cursinho faltou para ficar comigo. Na partida ela me abraçou e beijou minha mãe. Garota legal. Por que eu não sentia por ela o mesmo que com ele. Me dava raiva quando eu tinha estes momentos de lucidez racional.
...
Iriamos passar um tempo na casa do tio Fábio, o irmão mais velho de minha mãe. O tratamento iria precisar de um acompanhamento clinico especializado, e eu claro como filho único seria seu acompanhante.
Novembro corria, ligava duas vezes por semana para Gabriela, quando eu não ligava ela o fazia, assim mantinha as informações da nossa cidade. E o Marcelo, bem, eu liguei para ele uma vez, quase não conseguia, isso não fazia sentido, o orelhão ficava na esquina da casa dele há uns trinta metros, deixei o telefone da casa do meu tio, mas ele nunca ligou. Fiquei sabendo por uma colega do curso que alguns professores resolveram me dá uma chance para não perder o semestre, mas dois deles resolveram me reprovar, depois não procurei saber o motivo, não queria esse tipo conflito, eu estava bem com tudo isso, apenas o silencio do Marcelo que me magoava.
...
Dezembro de 1999
A noticia de que Marcos tinha passado no vestibular foi um motivo de alegria naquele Natal. Já estávamos de volta há uma semana, eu tinha fui ao encontro do Marcelo, e fiquei sabendo que ele estava sem namorada, e ele ficava me procurando para sair e ir bebe, como eu estava de férias, acabava saindo com ele. Gabriela me chamou a atenção sobre ele, me relatou que Marcelo andava com umas companhias duvidosas, e duvidosas nesse aspecto seria jovens que se envolvem com jogatinas, bebedeiras e até prostituição. Fiquei esperto. Mas quando ele me chamava, era só nós. Ele me fazia bastante carinho. Pagava nossas bebidas, e nossas camizinha. Nossas fodas eram apimentadas só sentia falta de seus beijos. Com a noticia de sua provação, comprei um jogo de toalhas e lenções, pois ele iria morar na casa do estudante. Senti que aquele presente seria o ultimo, a mãe de Marcelo quando soube do presente ficou muito contente pois eu tinha poupado desse gasto. Programei para a gente passar a noite de ano novo juntos, mas ele não apareceu. Gabriela passou a noite na minha casa com a gente, foi uma noite bem família, e então antes do sol nascer naquele ano de 2000, Gabriela entrou no meu quarto, e caminhou até minha cama onde se deitou do meu lado, me beijou, detalhe, ela já estava sem roupa.
- Desculpe pelo presente atrasado – foi apenas isso que ela falou.
Seus mamilos estavam rígidos, os beijei e os suguei deixando-a arrepiada, seu corpo estava perfumado. Sua vagina excitada me convidava com seu cheiro que me deixou de pau duro em instantes. Nos beijamos, e no nosso abraço, encontrei a abertura, ela gemeu e pediu que eu fosse com calma. Nossos corpos estavam quentes, ela me abraçava me beijava com paixão. Tive meu primeiro orgasmo. Continuamos aos beijos, era muita excitação, ela tirou a camizinha usada, limpou com o lençol e depois começou a chupar, principio sem jeito. Falei para ela fazer com calma, acariciando com a língua, mesmo sem habilidade ela conseguiu me deixar novamente em ponto de bala, e novamente a peguei em frango assado e a fiz gemer gostoso, com os olhos fechados eu imaginei Marcelo, estava dando uma boa nele, e escutá-lo gemer de cor me dava mais prazer. Gozei novamente, abri os olhos e vi Gabriela com um sorriso grande.
- Não pode parar agora, estava sentindo umas coisas boas...
Continuei mexendo enquanto ela se mordia de prazer, até que vejo ela tremer com seu orgasmo, aquilo foi novo para mim, era a primeira vez que eu via uma mulher gozando. Eu podia ter prazer com garotas também, esta era minha condição, eu gostei e senti prazer, as vezes ficamos cegos por pequenas coisas, ninguém é insubstituível assim já dizia meu falecido avô.
continua...
Na expectativa da continuidade
Porque tantos caras são assim? Parece que nós somos uma reserva, uma segunda opção. Só uma noite de prazer e depois não somos mais ninguém, isso acaba com qualquer vínculo social pois cansa. NINGUÉM É INSUBSTITUÍVEL. votado.