À tarde só tinha começado e minha fome agora era outra, meu corpo paralisado, meus olhos naquele garoto ficando de pé se dirigindo a mim, e eu parado; sua pergunta não merecia uma resposta verbal, meu corpo respondia por si só, e ele sábia que uma negativa não seria uma opção da minha parte.
Joel por ser jovem, me pareceu corajoso, e até experiente ao se chegar perto e olhar nos meus olhos com tamanha determinação, cheguei a senti um arrepio com sua respiração quente próximo ao meu pescoço quando ele sussurrou:
- Quem cala, consente!
Ainda com o rosto próximo a mim, sua mão direita pegou meu falo armado, não tinha culpa, minha mente era pervertida, mesmo quando eu não gostava de alguém não conseguia controlar meu sexo, ele tinha vontade própria, e ai com aquele garoto que me parecia fascinante seria uma tarefa quase impossível, sabia que eu tinha que fazer alguma coisa para interromper essa situação, mas meu corpo e minha mente pareciam adormecidos e situados em um mundo de delírios e visões oníricas, de tanto desejo que eu sentia por aquele corpo fofo e lindo. Ter aqueles olhos cor de mel, aqueles lábios carnudos, e... Joel tinha um pênis, perfeito, e olha que não sou de fazer narrativas românticas, gosto do que é real, ele tinha um comprimento que poderia chegar a uns 17 ou 19 centímetros, era grande, sim, era maior que o meu, mas isso não era problema, claro que não, além do comprimento, era de uma grossura razoável, não dava medo, e com uma glande rosada, mais parecia uma cabeça de sucuri, mas claro estou me adiantando, antes voltemos a cena em que ele confere a firmeza do meu pau, em que me diz:
- Acho melhor a gente ir pra cama, antes que ele perca o interesse.
Nesse momento tive que quebrar o meu silencio.
- Calma, a excitação que estou sentindo agora ao seu lado, é tão grande nada o fará declinar.
- Ótimo! Então o que você quer fazer?
- Com você tudo, mas e você, tem certeza que quer prosseguir?
Dessa vez foi ele a silenciar, desviou os olhos para baixo enquanto ainda segurava o mastro latejante, e depois com os olhos sérios, me abraçou, e depois procurou meus lábios e me beijou, retribui com a mesma intensidade. Meus sentimentos, eu conhecia-os, sabia que há dias eu queria aquele garoto em meus braços, mas por não saber de sua sexualidade, e por ser aluno, e não querer mais se envolver com garotões, e ainda ser filho de um cara que além de meu professor, estava loucamente me assediando. Eu sabia muito bem o que eu estava sentindo, e o porquê de responder aquele beijo com tamanha emoção. Mas e ele? O que se passava em seu coração, eu conhecia o comportamento de garotos, sabia que eu podia me dar mal, e depois eles ainda não sabem o que quer da vida, foi então que depois daqueles poucos minutos que pareciam uma eternidade, eu consegui reagir.
- Espere Joel, pode não parecer, mas eu não estou entendendo nada, o que significa isso?
- Como assim, você vai me dizer que nunca fez isso com outro cara né?
- Não é isso, é você, por que você estaria interessado em mim?
- Antes de lhe dar minha resposta, me diga, essa sua tensão, é por que eu sou filho de seu professor, ou eu não faço o seu tipo? Não gosta de gordinhos também? – sua fala pareceu irônica e irritada ao mesmo tempo.
- O seu pai não tem nada a ver – menti – e sim, você faz meu tipo, mas a questão não é tipo, nem se é gordinho, ou magro, mas sim de caráter, tenho medo...
- Mentira, vocês só querem saber dos garotos malhados, dos tanquinhos, dos braços firmes e duros...
- Não bota palavras na minha boca, seu corpo não tem nada que me faça desgostar de você, fala mais por questão de idade mesmo...
- Por que sou mais novo, mas isso não significa nada...
- Calma, tem sim, as vezes o amadurecimento ainda não chegou, eu só queria saber se você já pensou mesmo se quer se envolver emocionalmente com alguém mais velho, mesmo não tão velho, mas você sabe onde tá entrando?
- Olha, você não é o primeiro – e eu sabia disso – já sai com caras bem mais velhos do que você, esta semana mesmo sai com um cara que eu conheci no cinema, mas não deu certo, na verdade eu queria era mesmo tentar esquecer você, depois que fiquei sabendo que você estava saindo com a professora Isis, fiquei muito contrariado, pois até então pensei que você estava interessado em mim, as vezes que vim até seu apartamento, esperava uma investida sua, mas você sempre respeitoso. Quando vim te procurar para ficar aqui, depois que meus pais brigaram, eu jurava que iria ficar com você, mas você não aceitou, fiquei puto com você, então liguei para o tal lá, mas não aconteceu nada, o cara não gostou do meu corpo, ainda chegamos a nos beijar, saímos, mas ele disse que eu não era como ele imaginava, que eu tinha um rosto bonito, mas meu corpo era diferente, fiquei puto, chateado, com raiva de todos, e de você... Eu não parava de pensar em você, desde o primeiro dia, que ao ser abordado por você com toda intimidade e sem timidez logo no primeiro dia de aula senti que você era diferente, meu coração bateu mais forte naquele dia, e então, eu queria cada vez mais ficar perto de você, mas você sempre se afastando, não sabia como me aproximar; temia não ser aceito, e fazer o papel do garoto gay apaixonado pelo professor. Caladriel, se você não sente o mesmo, pelo menos me deixe sentir um pouco de você em mim.
Como eu estava me sentindo? Imaginem a história se repetir, o medo de tudo terminar como no filme anterior, a imagem de Daniel escrevendo uma carta de despedida, a família chorando no sepultamento, e eu sofrendo, mas então olhei em volta e o fantasma dele não estava ali, meu olhar estava em sua busca, eu precisava da opinião dele, meu coração precisava de um apoio sentimental, contudo, só dependeria de mim.
- Veja como está meu corpo, estou tremendo, estou com medo... – disse olhando nos seus olhos.
- Medo de ser feliz?
- Medo de sofrer, de fazer você sofrer.
- Caladriel, é verdade, que sou bem jovem, mas se isso vai dar certo ou não, eu não sei, se vou sofrer, ou não, também não sei... Olhe nos meus olhos, e responda agora, você gosta de mim?
- Não sei se posso responder a essa pergunta...
- Então, não responda agora.
Foi ai que ele me puxou para seus braços e nos abraçamos bem forte, eu estava quente, ainda nu, e ele vestido, e em pé no centro do quarto, a cama logo foi ocupada por nossos corpos unidos em um. Sua roupa foi tirada e nem sei como, logo eu estava sendo beijado por ele, seus lábios quentes me arrepiava todo, mais um anjo que sabia como me dar prazer, pelo visto eu sempre ficava pra traz quando o assunto era experiência. Mas claro que eu também sabia como proporcionar prazer. Não o deixei fazer tudo só, mordi seus lábios e sugava sua língua com toda voracidade que aquela transa merecia. Minha mão esquerda apertava sua bunda, e a outra o segurava firme, queria que ele não saísse de mim, me deixasse só. Ele parecia que estava sintonizado em meu ritmo. Logo fui surpreendido com ele beijando minha região abaixo da cintura, até que com caricias proporcionada pela sua língua em meu falo, é logo sugado e mamado com toda paixão e desejo, aquilo me deixou louco, eu gemia de tesão, ele sabia como sugar minha cabecinha, meu pau por inteiro, sua língua quente massageando com habilidade, mas o que tinha de diferente no seu oral, não era sua qualidade, mas a forma como ele se saciava, ele não apenas me amava para me dar prazer, ele sentia prazer tanto quanto eu, era como se ele estivesse com tanta cede e ao encontrar uma coca cola geladinha, não conseguisse largá-la até a ultima gosta, e foi assim que eu gozei jorrando tanta porra que eu gemia alto, me contorcia, mas ele não parava, e eu gemia cada vez mais alto, e ele não parava, ele parou, mas eu continuei gemendo, e gemendo, acho que foi a primeira vez que senti um orgasmo tão prolongado, e ele me olhando sorrindo, até que eu consegui abrir os olhos, e ainda com a respiração ofegante, falei:
- Assim eu morro, meu Deus que loucura!
Nós nos abraçamos eu senti que ele estava feliz ao perceber que eu estava completamente eufórico com tanta excitação, então ele disse:
- Agora, deixe eu te beijar as costas...
E nem esperou minha resposta e já foi me virando, bem, eu não tinha um corpo muito forte mas minha bunda era de deixar qualquer um babando, e ele ao ver ela de pertinho, esqueceu do resto e foi direto para ela. Ele parou e notei seus olhos admirando cada centímetro dela, antes de meter sua boca, com mordidas e beijos, até que senti ele separar as bandas e meter sua língua no olhinho, já sabia o que poderia acontecer depois, então relaxei e aproveitei sua língua quentinha, e como eu adorava aquele sexo oral, só gemia para mostrar pra ele que eu estava aprovando, e quanto mais eu gemia mais ele intensificava, depois de alguns minutinhos, ele vendo que estava bem lubrificado, perguntou onde eu tinha camisinha, apontei para a gaveta da cômoda, e ele foi em um passe pegar, e logo, já estava vestindo sua jiboia, ele sabia o que fazia, primeiro pois a cabeça, e ficou com habilidade forçando de vagar, e eu procurei ficar bem relaxado, o que ajudou na penetração, e logo sua cobra estava toda dentro, com movimentos de vai e vem num ritmo lento, e um rebolado cheio de gingado, sentia seu corpo roçando no meu, seus lábios quentes me arrepiavam cada vez que tocava minhas costas, e com beijos, ele me deixava relaxado, e com muito tesão. Logo seus movimentos se intensificaram, sentia aquela tora de pau entrando e saindo, sentia um prazer incrível, nossa sintonia era tão harmoniosa que não senti nenhum desconforto, ele parecia conhecer bem onde socava aquele falo majestoso. Que garoto esperto, ele me tratava como se eu fosse o ultimo home da face da terra, sabia muito bem como valorizar seu parceiro. Mas antes dele gemer como um louco e selvagem orgasmo, ele meteu com tanta força que me fez segurar aquela tora, e ele me apertou abraçando, e então senti pulsar tudo dentro de mim, nós éramos um único ser, seu prazer continuava pulsando cada vez mais, parecia algo interminável, foi tanto que nem notei o meu próprio orgasmo, apenas depois foi que vi numa parte próxima ao meu pau, uma porção do meu próprio esperma, e meu pau latejante ainda.
Foi intenso como nunca sentira, e nunca mais iria sentir, ele ainda demorou um tempo indeterminado, poderia ser segundos, ou minutos, não sei, mas foi muito gostoso senti-lo me abraçar e me beijar de mansinho, sem palavras, apenas o silêncio acompanhado de nossas respirações recompondo nosso fôlego. O suor escorria naquela tarde quente, tudo parecia que iria derreter em meio aquele fogo...
...
Quando fui ver já passava das 4 da tarde, adormeci abraço a Joel e nem me dei conta do tempo, o calor continuava insuportável, levantei e fui tomar um banho, sai, e ele continuava lá, dormia lindamente, seus lábios roxos de paixão, sua pele brilhava suarenta. Caminhei até ele, e me aproximei ainda passei minha mão por suas costas, antes dele despertar com um “Aaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhh”.
- Acorda meu anjo, vai tomar um banho para agente sair pra jantar.
- Espere, que horas são?
- Já são mais de cinco meu anjo.
- Nossa, vou perder aula hoje...
- Não acredito que você ainda está pensando em aula...
- E você não?
- Não, vou ligar para o colégio avisando que estou doente, depois reponho, afinal hoje tenho apenas duas aulas. O que acha, vamos fugir para o outro lado do mundo, e curti só nós?
- Sério?!! Você faria isso mesmo?
- Então topas?
- Claro, vou tomar um banho agora, pena que você não me esperou, assim poderíamos fazer tudo de novo debaixo d’água.
- Calma, ainda teremos muitas outras oportunidades.
...
Nossa noite de namorados foi um luxo para quem vive de um pequeno salário, apenas aqueles olhos brilhando de felicidade para me fazer esquecer o mundo, o Daniel não apareceu, sumiu, me deixou em paz, eu olhava para Joel e o via de uma forma que dava para ver todos os problemas que eu poderia enfrentar: o pai dele era nossa grande pedra no caminho, mas tinha a sociedade, minha família. Mas sentados naquela mesa do restaurante onde nosso encontro foi selado com palavras de compromisso me fez ter fé.
- Eu sinto que posso está fazendo uma borrada...
- Acho que você se preocupa de mais, não?
- Tenho medo do seu coração, de você se apaixonar loucamente por mim e de uma hora para outra você não gostar mais de mim.
- Caladriel, vamos apenas namorar, se as coisas mudarem a gente termina.
- Mas vamos ficar namorando escondido por enquanto certo?
- Certo.
- Você vai ficar em paz com seus pais, certo?
- Tudo bem, mas pode se preparar que eu vou dormir muitas noites com você... pois aqueles dois só vivem brigando.
- E você vai me dá um tempinho para eu apenas por minhas ideias no lugar...
- Caladriel, do que você realmente tem medo?
Naquela noite contei em partes minhas desventuras, não contei ainda sobre o suicídio do Daniel, mas falei que sofri muito com alguns relacionamentos que não deram certo. Também falei sobre minha família que não iria receber muito bem aquela noticia, então o motivo para a gente manter segredo, e claro, tinha outro porem, não cairia bem para mim está namorando um aluno.
...
Eram umas duas da madrugada quando voltamos, o Rafa estava dormindo, para não acordá-lo, fiquei na sala com o Joel, ele no sofá, e eu arrumei um colchonete, ele queria que eu fosse para meu quarto, mas eu queria ficar próximo a ele, nos beijamos um pouco, e conversamos até o sono chegar, ele adormeceu, e eu fiquei admirando-o, mas antes do meus olhos se fecharem o Rafael toca no meu ombro, e me chama a cozinha. Vendo que o Joel dormia, sai de mansinho e segui meu amigo.
- O que foi?
- Caladriel, eu acho que quem está sem entender nada aqui sou eu, você foi pra onde amigo? E o que ele faz ai com você... e por que você não está na sua cama?
- Calma, amanha eu te explico tudo, agora vamos dormir, que estou muito cansado.
- Tá, tudo bem, mas apenas quero que saiba que a Isis esteve aqui preocupada com você, pois você não foi trabalhar hoje, e logo depois que ela se foi, o seu professor também passou por aqui, queria saber se você tinha noticia do filho dele que saiu de casa ainda pela manhã e ainda não tinha dado notícia.
- Nossa, já vi que amanhã tenho muito a resolver. Obrigado amigo, que bom que o tenho comigo.
- Da próxima vez deixe pelo menos um aviso pra mim, né! Fiquei preocupado.
...
Antes de ir para a faculdade, pedi para o Joel ligar para os pais e avisar que estava na casa de um colega, e eu ainda tinha que enfrentar a Isis, mas antes dela tive um encontro com o Miguel logo na entrada da faculdade, ele pediu para eu entrar no carro, senti um medo na espinha, eu era muito medroso, mas também sentia que ele poderia saber de algo da noite passada, mas também ainda tinha seu ultimo aviso. Mas eu tinha que resolver logo essa situação, então entrei com atitude.
- Caladriel, estou lhe dando a ultima chance para você ficar comigo, essa é a hora, e ai, o que me diz, você acha que eu não te mereço? – ele estava na minha frente, me pondo contra a parede, eu nunca pensei que teria este momento logo depois do meu encontro com Joel, a hora da minha decisão.
- Tá Miguel, você tem toda razão, você é um homem feito, másculo, bonito, independente e tem uma família linda, eu é que deveria perguntar, o que você quer comigo, além de me comer, mas não vou perguntar, e sabe por que? Porque eu já tomei uma decisão.
Sai do carro e bati a porta do carro com educação, e ele ficou esperando minha resposta.
- Não Miguel, minha resposta é não.
- Espere Caladriel, podemos conversar.
- Tchau Miguel! E até logo Professor.
- Desculpe, não queria ser tão sério, você pode pensar mais um pouco...
Não sei até onde ele continuou falando. Senti um alivio. Pensei que eu poderia me sentir indeciso e até achar que tudo isso seria um erro, mas não, apenas fiquei aliviado.
Acho que ele entendeu, não me procurou mais, ainda me olhava me comendo com os olhos apenas, mas sem minha retribuição. Foi apenas aquele momento, eu me preparei emocionalmente, pois acreditava que ele poderia se aproximar novamente.
Ainda naquele mesmo dia, ou melhor, na noite daquele mesmo dia, me encontrei com a Isis, ela pediu para sair comigo depois da aula, pois queria conversar.
Nossa conversar foi simples, ela estava séria, e eu no mesmo nível.
- E ai colega, o que aconteceu ontem que você não foi trabalhar?
- Estava indisposto e fui ao pronto socorro, fui verificar minha pressão, e lá tinha uma fila enorme, então acabei atrasando, e resolvi faltar logo.
- Sério?
- Claro, tem dúvida? – falei meio indelicado mesmo, senti meu rosto queimar, estava nervoso.
- Tá, estou parecendo meio ciumenta...
- Mas não vejo porque, afinal nem somos namorados mesmo... – forcei um sorriso frio.
- É, você tem razão, ainda não somos... – ela sorriu esperançosa.
- E acho que não seremos... – fui direto, acho que poderia ter usado palavras leves.
- É isso então, você tá me dando um fora?
- Não é um fora Isis, estou sendo sincero. Acho que não rolou uma química.
- Não foi isso que senti de sua parte na outra noite...
- Pelo contrário, Isis, foi naquela noite que eu senti algo verdadeiro, mas não por você.
- Tá entendi, você está gostando de outra, ok, então é isso, apenas colegas?
- Sim, se estiver ok para você, apenas colegas.
Foi estranho, minha fala estava calma, não sei se foi isso, ou apenas minhas suspeitas de que ela realmente não estava tão afim de mim, pois aceitou numa boa. Eu ainda a vi antes de ir embora.
No colégio avistei Joel, ele parecia feliz, me deu um sorriso rápido, e na saída, eu o vi entrando no carro com a mãe dele. Senti um pequeno aperto no coração, queria que ele ficasse comigo. Teria que esperar por mais outro momento para nós nos encontrar e ficarmos a sós para nos amar em segredo.
...
Fim da 4 temporada.
Nossa li todos os contos desta serie num dia e so agora vi que parou ...poxaa
Estava na expectativa da postagem, foi excelente, parabéns.
Perfeito. Adoro esse seu estilo. Votado.Esse protagonista é bem viçoso como diria aqui na minha terra.