A Redoma e a Rosa: Cap. 05 – Uma mulher igual a todas as outras


“É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou.”
Antoine de Saint-Exupéry (O Pequeno Príncipe)

Dudu:
Não dá para compreender essa minha raiva, minha apenas minha, como eu estava sendo um completo idiota, sentir ciúmes de uma mulher que não era nada minha. Mesmo assim não pude resisti a aquela cena no estacionamento do shopping, a Gabriela estava nos braços de outro homem, estava se entregando a ele, e enquanto isso eu imaginando que ela gostava de mim. Ela tinha dado todos os sinais, eu sabia que a forma como ela olhava e parecia perdida em pensamentos, e as vezes distraída com as palavras, só denunciava que ela estava gostando de mim, claro se tudo isso não for apenas meus impulsos refletindo meus desejos. Eu é que estava gostando dela. Antes de sair do shopping, paro o carro, aperto o volante, preciso me acalmar, preciso refletir. Tenho uma namorada, é linda e dedicada a sua faculdade, sinto que não estou agindo certo com ela, baixo a cabeça, e concluo que tudo isso é uma pura bobagem.
Estou no meu apartamento, pego meu smartphone e ligo para Cris.
- Oi meu amor.
- Oi.
- Ocupada?
- Estou finalizando um trabalho para amanhã.
- Estou com saudades.
- Também, amanhã a noite poderíamos sair, mesmo que só para jantar, o que achas?
- Ok, beijos.
O relógio ainda marca vinte horas, aquele domingo parece interminável, ligo a tv e não vejo a hora passar enquanto procuro alguma coisa para ver, nada parece adequado para meu estado emocional. Reflito meu dia mais uma vez, e concluo que eu estou imaginando coisas, a Gabriela não gosta de mim, ela apenas está sendo educada com o chefe, nada além de seu treinamento para uma boa funcionária.
Não consigo dormir, estou calmo, meu smartphone não dá sinal nenhum, ninguém liga para mim, nem manda mensagem. Olho a lista de contatos do whatsapp mas nenhum nome ali me interessa, não tenho nenhum amigo nessa cidade, nem em outro lugar que eu possa ligar este horário para conversar, para desabafar.
Não sei se foi sem querer mas quando me dei conta digitei: boa noite Gabi. Fiquei olhando, e meu dedo ficou naquela aflição se mandaria ou não. Mandei. Minutos depois ela visualizou.
“boa. Tudo bem?”
Ela já deveria está em casa, não creio que ela responderia num encontro. Ela não era desse tipo, ou seria, do tipo de mulher que mesmo num encontro não largaria o celular. Não, Gabriela não faria isso. Ela deveria está em casa, já em sua cama. Isso.
“Nada não”
“Como assim?”
“Estava apenas vendo se você já estava dormindo”
Ela visualizou, e parece que assim como eu, ficou olhando aquela frase sem sentido. Não tenho mais quinze anos para ficar de conversa fiada uma hora daquelas. Mas ela respondeu.
“Já sei perdeu o sono. Mas, sim antes você ligou para meu celular, alguma coisa importante?”
Então eu despertei para a realidade, eu tinha ligado procurando ela, mas ela não tinha levado o celular, isso, mas então o que eu iria falar com ela como desculpa, sim, iria me desculpar pela minha atitude, sim. Ela estava em casa. Então o encontro dela não rolou nada a mais.
“Não, estou tranquilo, era sobre o telefonema mesmo de antes, desculpa ter ligado para você, mas eu queria pedir desculpas pelo meu comportamento de antes, não sei porque fiquei desse jeito.”
“Tudo bem, está desculpado.”
“Boa noite”
“até amanha”
“Até”
Ela não respondeu mais.
Uma vez eu vi minha namorada abraçando um colega de curso, passei uma semana machucado com aquela cena, algum tempo depois descobri que o cara era gay, então eu fiquei tranquilo, e refletindo sobre isso, eu tinha certeza que o amigo da Gabriela não era gay, e ele teria todas as vantagens de conquista-la. Se eu já não tivesse namorada... Creio que não esteja bem. Irei tentar se comportar no trabalho. O relógio marca uma da manhã, meu sono está chegando.
...
Gabi:
Fiquei um pouco solta no sofá da sala olhando aquelas mensagens estranhas no whats, o Eduardo não mandaria mensagens apenas para se desculpar, alguma coisa estava acontecendo com ele, fico imaginando o que o teria realmente levado enviar aquelas mensagens numa hora daquelas. Eu tinha acabado de chegar do meu encontro com o Pedro, e eu estava sem sono depois daquela cena constrangedora. O Pedro estava na minha frende quase me beijando, eu não estava acreditando que ele iria me beijar sem ao menos eu dá sinal de que estaria na mesma sintonia. Sinto um arrepio, por um segundo fico sem reação esperando seus lábios, eu sabia que se aquele beijos fosse efetivado, nós iriamos terminar numa cama de motel ou mesmo na dele. No fim eu o interrompi e pedi para ele me levar para casa. Não sei direito mas sei que ele não se deu por vencido, eu o conhecia e com certeza ele iria tentar outras vezes. Agora ali no sofá segurando o celular e olhando aquelas mensagens, senti uma alegria crescendo em mim, senti que Eduardo estava começando a gostar de mim, e isso me perturbava, mas o que eu poderia fazer se não apenas fazer meu trabalho com dedicação e total respeito ao patrão? Sim, apenas isso.
Quase uma da manhã, meu sono chegou.
...
Dudu:
Planejei uma pequena comemoração na laja depois de quase dois meses de boas vendas e o sucesso da loja só aumentando. Os funcionários vibraram com a ideia de uma tarde festiva, a loja iria funcionar normal até as três da tarde e depois nós iriamos fechar e apenas funcionários permaneceriam. Nesse período depois daquele evento em que eu quase pirei com ciúmes da Gabriela, procurei manter distancia dela, mas sem parecer que eu estava evitando-a, e ela continuou fazendo seu trabalho com eficiência, nossas conversas não passaram do necessário. Nesse período eu procurei ficar o máximo próximo a Cris, almoçando, jantando, telefonando, procurei fazer meu papel de noivo, o melhor noivo da cidade, não, do mundo. E ela não mudou nada, manteve sua agenda, e era a Cris de sempre, pareço que estou com depreciação a respeito dela, mas na verdade tudo isso seja por que a Cris era como eu a principio, fechado para o mundo, e para amigos, apenas os estudos e a vida profissional que importava em nossas vidas, e agora vivendo com a Gabriela, minha vida tinha ganhado mais cores.
Na manhã do dia da festa avistei o tal de Pedro sondando-a. Gabriela estava diferente da outra vez, ela não sorria mais com naturalidade, nem o olhava de frente. Isso era um bom sinal. Sim, um ótimo sinal. Mas mesmo vendo que ela parecia desinteressada nele, ele continuava a seguindo pelos corredores de roupas e araras cheias de camisas. Talvez ela não tenha gostado do beijo dele, ou ela tenha terminado com ele. Só o que eu queria mesmo era que ela desse um ponta pé nele de vez. Novamente estava eu com meus nervos a flor da pele por causa daquela funcionária que aparentemente era igual a todas as outras.
Enfim as portas foram fechadas, os funcionários começaram a bebe e comer, e a rirem e conversarem. A festa estava mais animada do que a da minha casa. Avisto Gabriela bebendo alguma coisa num copo vermelho. Depois de vê-la conversando com algumas funcionárias percebo que ela continuava bebendo, e seus olhos começam a me seguirem. Sinto seu olhar no meu. Meu corpo esquenta. Ela se aproxima de mim. Procuro um lugar para fugir. Não sou nenhum garoto. Sou o chefe. Tenho que ter moral sobre os funcionários. Ela está próxima, leva o copo a boca, me olha e sorrir.
- Gostando da festa Gabriela? – pergunto antes que ela possa dizer qualquer coisa.
Ela não responde nada, passa por mim, olhando mais de perto sinto uma atração por ela carregada de sentimentos , sinto desejos de beijá-la. Mas ela parece diferente, vai em direção a rua. A sigo com o olhar.
- Para onde a Gabriela vai? – pergunto a uma jovem que vinha da direção dela.
- Não sei, ela parece bêbada.
Por um momento sinto meu corpo inquieto. Saio com passos rápidos e vou em direção a rua e a vejo se dirigindo para a parada de ônibus. Corro até ela antes que ela caia no banco.
- Saiu da festa e não se despediu. Tudo bem?
Ela me olhou séria, parecia me decifrar.
- Você acha bonita como mulher? Sua pergunta me pegou de surpresa.
- Você é bonita. Venha eu vou te deixar em casa.
- E se eu fosse homem, você me acharia bonito?
- Nossa Gabriela, está alta mesmo. Vamos.
A segurei pelo braço e consegui chegar no estacionamento, ela não parecia se importar em ser levada. Quando estávamos no percurso da casa dela, ela parecia querer dormir, um sono leve e embriagado.
- Dudu, você ainda gosta de mim?
- Que coisa Gabriela, já disse para não me chamar assim, vou te perdoar porque está sobre efeito do álcool.
- Me responda, se você ainda gosta de mim como amigo ou como mulher... – ela me olhava, parecia aflita, nada daquilo me fazia sentido, há não ser que ela esteja apaixonada por mim.
Chegamos no condomínio, depois que conseguimos chegar ao apartamento, abro a porta com suas chaves e a deixo no sofá, então ela segura na minha perna.
- Espere, quero te dizer uma coisa.
- O que é?
Ela me puxa até perto de sua cabeça, é um segredo que deve ser contado ao pé do ouvido. Mas não. Ela segura minha cabeça e me beija. Posso senti seu calor e sua paixão. Não consigo evitar. Meu corpo responde. Minha alma ganha felicidade. Mas eu tenho uma noiva. Tenho que interromper aquele beijo. Afasto nossas cabeças e ela parece chorar.
- Te amo Dudu. Dudu não me deixe. Eu nunca mais vou embora.
Me levanto, pareço assustado com aquelas palavras, ela me parece familiar, muito familiar, ela me faz recordar o Gabriel. Isso. Ela se parece com ele, como não tinha percebido essa semelhança absurda. Mesmo sendo uns quinze anos mais velha, sua face tem ainda suas características. E agora ela ali, dizendo tudo isso, cada sentimento, seu beijo. Meu coração dispara. Não consigo entender. Fecho a porta e seguida sigo de volta a festa, preciso está lá para encerrar e dá a ordem para fechar tudo.
...
Gabi:
Dias se passaram depois daquela noite, na loja eu o observava, ele parecia distante a as vezes parecia me evitar. Ele não era bom em desfaçar. Ainda recebi a visita do Pedro, então deixei claro que eu não o queria. Na verdade eu não queria ninguém. Ninguém além dele, o Eduardo, o meu Dudu. Procurei manter meu coração em paz, tinha que manter o foco no trabalho, mas eu sempre tinha que ir ao escritório dele, e ele sempre tinha que ver como estava a loja, ou seja, a gente se esbarrava sempre, e ele parecia fugir.
Ouve uma festa bem animada na loja em comemoração as boas vendas, lembro que os funcionários ficaram bem agitadas e eu aproveitei para beber e como adoro uma festinha, me soltei. Apenas não acreditei quando Nanda me falou que eu fui levada pelo Eduardo para casa, ela disse que ouviu um barulho na sala e foi olhar, então nos pegou aos beijos. E para não atrapalhar voltou ao quarto, de pois de algum tempo não ouviu mais nada e quando voltou eu estava dormindo no sofá. Eu beijei o Eduardo, claro que tinha sido eu, ele não seria capaz... Mas ele foi bem legal, me levar para casa. Nos dias seguintes não conseguia olhar nos olhos dele e ele sempre procurando minha atenção. Então num final de expediente ele me aborda.
- Preciso falar com você, mas não no ambiente de trabalho.
- Tudo bem senhor Eduardo.
- Por isso mesmo, quero ir para um lugar onde eu não seja seu Senhor.
Então quando fechamos a loja ele estava me esperando próximo a parada de ônibus. Entrei no caro e ele me informou que iriamos para um restaurante jantar.
- Não estou vestida apropriada.
- Não tem problema, o lugar é simples, quero apenas conversar contigo.
Depois de alguns minutos lá estávamos nós sentados um de frente para o outro, tinha poucos clientes, a massa estava quente e gostosa.
- Gabriela tem uma coisa que não está certo, na noite da festa você varias vezes me fez perguntas estranhas como se você não fosse mulher, e outro momento como se a gente já se conhecesse a mais tempo. Me diga, quem é você afinal?
...
Dudu:
Passei dias matutando as palavras daquela Gabriela embriagada, e não fazia sentido, nada fazia. A única coisa que fazia sentido era ela se referir a nós no passado como se ela fosse conhecida minha, e sua semelhança com Gabriel. Eu estava começando a criar uma teoria de que ela fosse alguma prima do meu amigo, ou mesmo uma irmã que eu não conhecia, ou na pior das hipóteses ela seria um fantasma do meu amigo.
Sem mais suportar a convidei para conversarmos depois do expediente.
A levei ara um restaurante. E então fui direto ao assunto, e ela ficou pasma com minhas perguntas.
- Desculpa Eduardo, mas não posso responder...
- Por que não? Só quero saber quem é você realmente, e por que falou todas aquelas palavras.
- Eu estava bêbada, não lembro de nada, se foi para isso que me trouxe até aqui, então me desculpa. Eu sou apenas a Gabriela que você conheceu nos últimos meses.
- Preciso saber a verdade. Me diga qual a sua relação com Gabriel? – fui direto, seus olhos arregalados logo se encheram de lagrimas.
- Me desculpa, não sei do que você está falando.
Ela se levantou e saiu correndo para a rua.
Fui atrás. Consegui segurar seu braço. Ela chorava.
Senti uma paixão ardente quando vi seu rosto banhado por lágrimas. Ela me amava só poderia ser isso. A puxei em meus braços e a beijei.
Mas ela me solta.
- Não Eduardo, não podemos.
- Eu não consegui me controlar, mesmo sendo noivo e seu chefe... Eu gosto de você.
- Não é isso. Você não entenderia.
- Se não é isso, o que mais poderia ser, o que mais proibiria eu te beijar, pois eu posso terminar o noivado...
- Não faça isso...
- Eu poderia me casar com você e então você seria a dona da loja.
- Não fale coisas que você não entende.
- Então me conte.
- Não posso.
- Que droga Gabriela, fale logo o que pode ser tão grave assim.
- Não quero te perder novamente.
- Viu, lá vem você de novo com essa história. Quem é você afinal.
E entre soluços ela continua falando.
- Não posso. Não posso.
- Quem é você? - e já com a voz alterada eu esbravejo na cara dela.
- Eu sou o Gabriel.
- O quê?!
...


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Comentários


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aquarius Comentou em 03/08/2022

Estava muito bom. Será que haverá continuação????

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passivo_1996 Comentou em 21/11/2017

Owt ❤ Voltouuu!😱😍 Que CAPÍTULO!!! Continua vai, pensei q tivesse desistido...

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morsolix Comentou em 21/11/2017

Ola meu jovem. Que bom que vc tornou aparecer.Pensei que vc não estivesse mais no site. História boa,espero que de continuidade.

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avante Comentou em 20/11/2017

Max meu amigo como sempre seus contos super excitantes.

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lordricharlen Comentou em 19/11/2017

Ahh depois de muito tempo, adorei o capítulo, sentir a aflição dela em revela.




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Ficha do conto

Foto Perfil maximilan
maximilan

Nome do conto:
A Redoma e a Rosa: Cap. 05 – Uma mulher igual a todas as outras

Codigo do conto:
109168

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
18/11/2017

Quant.de Votos:
7

Quant.de Fotos:
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