Capitulo 2 Festa na piscina
Mais um dia que fui acordado na hora do almoço, Paula me sacolejava com tanta força que quase não conseguia me recompor.
- Para! Já acordei.
- Anda, quero conhecer o americano.
- Nossa você não tem jeito, espera vou tomar um banho primeiro.
Aquela tarde foi divertida, conversamos muito com o David, e até meu irmão pareceu menos irritante, acho que por causa da sua namorada a Beatriz. O resultado desse grupinho foi uma festa na piscina para o próximo final de semana, comemorando o inicio das férias deles, se é que podem chamar duas semana e meia de férias. Mas bem, a universidade andava com o calendário atrasado por causa da ultima greve, então tudo se explica. A questão é que a área de convivência do condomínio estaria cheia de jovens, bebendo e tomando banho, e eu iria também, e a Paula que foi uma das idealizadoras me prometeu convidar a Cristina, além dos colegas do meu irmão. Se fosse uma festinha somente com o David, Cristina e a Paula, até que eu ficaria animado, mas com a turma do meu irmão, iria ser super chato.
Fato: sou magro, com um metro e setenta e cinco, branco como um copo de leite, não me acho nada bonito, talvez seja por isso que a Cristina nunca me notou. Então vestir um short de banho na frente de todos estes estranhos não era uma das opções, eu iria apenas comparecer e tentar chamar a atenção da Cristina, caso ela apareça, se não teria a Paula e o David para conversar.
Naquela noite de domingo, o David não apareceu para fazer hora no meu quarto, ele queria organizar seu fuso horário, o que foi compreensivo. E eu tinha uma ideia à por em pratica. Na segunda eu iria iniciar a musculação. Tinha um mês para começar a melhorar meu físico, meu objetivo era ter um corpo tão grande e chamativo como o do meu irmão, ou melhor do que o dele. Assim, eu seria bem visto pelas garotas. Claro que eu sei que um mês não daria resultado satisfatório, mas já era um começo.
Com o David indo a faculdade todos os dias com meu irmão e vendo o quase só a noite, não tivemos muito tempo para conversar e praticar o inglês, mesmo assim foi legal, conhecendo o melhor notei que ele era um jovem bem maduro e responsável e não gostava muito das brincadeiras do meu irmão, também notei que ele preferia conversar comigo do que com o Henri.
A semana na academia foi bem legal, mas não foi bem como eu imaginava, estava todo dolorido, sem falar que já achei meio chato ter que ficar repetindo os mesmos movimentos. Contudo teve algo interessante, conheci um carinha, Matheus, ele também praticava exercícios lá e já estava nessa academia a quatro anos, tinha um corpo bem legal, graças a ele eu não fiquei tão perdido já que os instrutores mal nos orientavam. Segundo fato: até então eu nunca tinha observado tanto um corpo masculino, acho que pelo fato dele está tão perto. Ele usava um shortinho que marcava bem seu volume na frente e sua traseira, uma camiseta regata destacando seu peitoral. As vezes me pegava o observando, então quando ele me olhava eu desviava procurando desfaçar, e então ele vinha a mim.
- E ai! Precisando de uma ajuda?
Ele gostava de ficar pegando na gente, nos braços e ombros, e quando sentia sua mão nessa parte, me lembrava da mão do David, e meu corpo logo queria reagir, isso me perturbava, tentava me concentrar na conversa e nas series.
O Matheus sempre sorridente com seus olhos castanhos escuros, e pele morena clara. Descobri que ele morava próximo ao meu condomínio e que já estava fazendo curso de engenharia civil, no final da semana, eu já estava o considerando um amigo, um segundo amigo, pois meu primeiro amigo era o David. Então quando ele terminou seu treino, e já ia embora...
- Escuta Matheus!
- Diga Hugas – era assim que ele me chama, segundo ele, tinha um primo com esse nome, preferi deixar assim.
- Vamos dá uma festa na piscina nesse domingo...
- Topo! – nem deixou eu terminar.
Ele deu um tchau com a mão direita e saiu. Fiquei todo animado, mostraria para Paula que eu estava mudando e que já tinha dois amigos incríveis. Já que ela vivia me martirizando para eu sair de casa e procurar amigos do mesmo sexo e mais um monte de coisas. Acho isso tudo muito inútil. Mas a tarde daquele sábado foi bem longa, eu já estava ficando ansioso pelo domingo.
- Oi Hugo! - o David entrou no meu quarto, já nem batia mais direito.
- Entra ai cara.
- Então, queria te perguntar uma coisa.
- Pode dizer.
- Você deixaria eu dormir no seu quarto hoje?
- Claro, mas vai ter que ser no chão, com o colchão fino.
- Tudo bem.
- A Beatriz vai dormir aqui?
- Isso – ele fez uma cara estranha.
Terceiro fato: minha mãe é médica e trabalha de plantão duas noite na semana, e quando isso acontece, meu adorável irmão, só que não, aproveita para fazer festinha com sua namorada, então eu tenho que fingir que nada sei, na verdade eu nem ligo, afinal prefiro não saber da vida dele.
Então aproveitando que o David iria dormir no meu quarto, e o dia seguinte seria um domingo, resolvemos fazer uma festinha no meu quarto – esperem ne pensem em sacanagem – fiz pipoca, e jogamos vídeo game até tarde, depois fiquei vendo filme com ele.
Sabem como é bom compartilhar com outra pessoa momentos agradáveis, você simplesmente não ver o tempo passar. Cada momento que eu passava ao lado do David eu me sentia feliz. Sentados, lado a lado, ora e outra ele se virava para mim com aquele sorriso e seus olhos azuis, me causava arrepios leves mas que paralisavam meus pensamentos. Um certo momento sinto sua mão na minha coxa, senti o calor emanando dela, uma sensação gostosa subiu. O observei e ele estava compenetrado no filme.
- Essa cena é muito louca, não é? – ele falava de alguma coisa no filme, mas eu nem vi.
- Sim, bem engraçada – ele me olhou com cara de interrogação, foi que meu dei conta que era de alguém sendo torturado, acho que o filme era jogos mortais.
- Você estava me encarando?
- Não! Eu apenas devo ter cochilado um pouco. Desculpa, acho que ando com muito sono devido a semana, meu corpo ainda está dolorido.
- Ah tá, pensei que você estava me olhando sem parar.
- E por que eu estaria te olhando?
- Não sei, vai ver você nunca viu um cara muito bonito como eu assim de perto.
- Há Há Há.... Claro que já, meu amigo da academia é muito mais bonito do que você e eu nem fico o encarando.
- Então você tem um amigo na academia, pensei que eu fosse seu único amigo.
- Muito convencido o senhor, pois fique sabendo que eu também tenho amigos.
Ele sorriu, e eu entendi seu sorriso, eu estava agindo como um pré-adolescente.
- Desculpa, não quis te provocar – ele falou isso enquanto bateu no meu ombro.
- Ok, mas só perdoou se você me fizer uma massagem.
Agora eu iria usá-lo um pouco.
- Então se deite na cama e tire sua camiseta.
Não sei se vocês acreditam, mas eu não tive nenhuma malicia com isso, éramos amigos e eu não pensei em sacanagem nenhuma, só não sei ele.
Fiz o que ele mandou. E lá já estava eu deitado, com a cabeça de lado. Ele foi no banheiro pegou um hidratante e espalhou por toda as costas. Que sensação boa.
Suas mãos deslizavam por cada musculo.
- Só falta me dizer que você também é um profissional de massagens.
- Não, aprendi com meu ex, a gente sempre massageava um ao outro antes de uma boa foda – sério que ele falou desse jeito. E eu, bem, eu fiquei calado imaginando coisas.
“David estava nu sobre mim, e eu sem nada também, ele continuava fazendo as massagem, algo duro deslizava sobre minha bunda. Ele me beijava a nuca me deixando arrepiado” Não, como posso ter imaginado uma coisa dessas.
- Tá bom, já foi suficiente, foi muito bom. Obrigado – pareci sério demais.
- Ok, você faria em mim também?
- Desculpa David, realmente estou cansado, e eu nunca fiz isso.
Quando ele saiu de perto, pedi para ele apagar as luzes, não queria me mexer, estava com vergonha do que ele poderia ver abaixo da minha cintura. No escuro, ainda passei um tempo de olhos abertos. Já tinha ficado excitado muitas vezes vendo vídeos de garotas, e com as sacanagens que os colegas levavam para sala de aula. Assim como todo menino que vai ganhando corpo e volume... Que ao caminhar parecem que estão sempre excitados querendo exibi seus dotes. Mas eu era o contrário, fazia de tudo para esconder o máximo possível. Eu tinha vergonha de andar com a calça do colégio de malha fina, pois marcava bem, para evitar o constrangimento, usava uma camiseta um tamanho a cima, enquanto que os outros garotos se exibiam mostrando para todos suas malas bem delineadas.
Naquela noite, ficou tão duro que doía. Tudo por causa de uma massagem. Não era possível. Verdade que todo jovem se masturba, eu também estava saindo dessa fase, sempre lembrava da Cristina, mas eu não estava lembrando dela naquele momento, fora apenas o contato dele. Procurei relaxar e depois de um tempo adormeci.
Enfim chegou o domingo, fomos acordados um pouco mais cedo pelo Henrique, pois iriamos preparar o local, coisas do tipo, arrumar carvão, gelo, carne, bebidas. A Paula pareceu no horário combinado, então nós cinco, Paula, David, Beatriz, Henri e eu, logo começamos a receber os primeiros convidados. Não foi de estranhar que logo todos estavam lá bebendo, se jogando na piscina, animados.
Diferente de todos eu estava na sombra, de camiseta e short de malha fina, pelo menos eu não estava tão fora do contexto. Mas sim, estava com um copo de vodca com suco de laranja. O David tomava cerveja, apenas de short, mostrando seu corpo saradinho e branco como o meu, a diferença é que ele tinha um pouco de pelo na barriga e no peito, o que eu nem isso tinha. Ela sorria lindamente para mim quando queria dá uma atenção. Paula conversava com umas garotas que eu nem conhecia. Então ela chegou, Cristina entrou de óculos escuros e logo atrás dela um garoto alto, sério, forte e bonito. Ela passou por mim e praticamente nem me olhou. “Oi Paulinha, valeu pelo convite.” Foi as únicas palavras que ela disse para Paula toda a tarde. Logo minha decepção foi notada.
- Fala Hugas, não me diga que não está gostando da festa – sim, era o Matheus.
- Você veio man?
- Claro, você acha que eu iria perder essa diversão.
- Quer beber alguma coisa?
- Só se tiver agua de coco.
- Com whisky?
- Não, eu não tomo álcool, e recomendo que você faça o mesmo, se não você perde seu rendimento.
- Se você diz... – fui pegar agua de coco para nós dois.
- Então, me conta, está assim por quê?
- Nada, esquece. Vai lá dá uns mergulhos depois volta para gente conversar.
- E você não vai?
- Não gosto de piscina – mentira, estava com vergonha de mostrar meu volume no short molhado.
- Então vou ficar aqui com você.
Ainda tentei faze-lo ir, mas não adiantou. Nisso chegou Paula e eu o apresentei, ficamos conversando os três um pouco, e então o David chegou.
- Então ser verdade, você tem outro amigo! – ele sorriu pondo as mãos na cintura.
Todos ali, me olharam.
- Claro, não sou de mentiras.
- Isso é verdade – complementou Paula.
Apresentei o David para o Matheus. Eu estava me sentindo tão bem ali, com meus amigos, que nem me lembrei mais da Cristina com o seu Ken de sobrancelhas feitas – nada contra quem faz sobrancelhas – uma coisa é certa de se lembrar, eu ali, no meio daqueles homens bonitos, chamou bastante a tenção das garotas. Querendo saber quem eram eles.
Num momento da festa o Henrique me chama para ir pegar uns aperitivos em casa, chamo a Paula.
- Nossa Hugo, você tem sorte de ter dois amigos legais, eles parecem bem preocupados com você. Será que eu tenho sorte com o Matheus, ou ele é ... – olhei para ela e fiz cara de quem não estava crendo naquele papo.
- Paula você acha que eu vou perguntar para o cara se ele é gay?
- Não, mas vai que ele seja declarado como o David.
- Eles são meus amigos, os primeiros que eu tenho em anos, claro depois de você, já que você nem conta mais... – fiz cara de magoado.
- Como assim, nem conta mais...
- Estes dias de férias você quase não me deu atenção, só com seu namoradinho.
- Você por acaso viu ele hoje aqui?
- Não. É verdade! Cadê o mané?
- Não chama ele assim. Ele foi para o interior com a família, só volta em oito dias.
- Entendi, agora vai ficar no meu pé já que não tem com quem dar uns pega.
Nesse papo amigável, voltamos para a piscina. O pessoal ainda bem agitado, bebendo, dando altas gargalhadas. Olho em volta e não vejo o David, Matheus está na piscina conversando com uma garota. Sinto minha bexiga cheia. E vou ao banheiro.
Quando vou saindo do boxe, escuto um sussurro no boxe vizinho. Saio calado para evitar constrangimento, desconfiei que eram dois caras. Depois de um tempo fora, David apareceu.
Todo suado, ou molhado, não sei. Parecia bêbado. Seu comportamento estava um pouco diferente, mas não tão afetado. Matheus chegou e sentou próximo a David. A conversa estava mais entre os dois. Matheus querendo saber dos EUA, e David querendo saber da academia, pois queria entender por que eu um garoto tão legal se preocupava tanto em praticar musculação. Foi ai que eu notei o Matheus me olhando.
- Acho que ele só quer ter um corpo mais saudável – ele falou enquanto me olhava.
- Ele quer ficar como você, digo, como o irmão dele. Ele quer conquistar uma garota, sabe? – realmente o David estava ficando fora de si – Mas acho que ele vai terminar conquistando outra pessoa...
- E quem seria essa outra pessoa? – Paula perguntou toda curiosa, dando um chute na minha perna por baixo da mesa.
- Não tá vendo que ele está bêbado – tentei mudar de assunto.
- Gente preciso ir no banheiro, onde fica? – Matheus falou se levantando.
- Eu te levo até lá – se prontificou David.
Os dois saíram.
- Você está doida Paula...
- O que foi, não me diga que estava com medo do David dizer que está apaixonado por você?
- Claro que não, e se estiver, é problema dele.
Ela apenas sorriu. Um tempinho depois ela saiu para piscina e eu notei que os dois não tinham voltado. “eles estariam no boxe se beijando ou fazendo outra coisa mais quente, com seus corpos suados, pele com pele trocando saliva enquanto se beijam ardentemente”. Imaginação fértil. Fiquei excitado suspeitando que meus amigos estariam aos amasso no banheiro.
Não suportei aquela ansiedade e fui até lá. Então me deparo com uma cena inusitada, Matheus vinha andando com o David apoiado no seu ombro, quase desmaiado.
- Ajuda aqui Hugas, ele estava vomitando.
Em seguida o levamos para para o banheiro. Apenas o Matheus e eu.
- Ajuda a tirar a roupa dele.
Tiramos o short, e o levamos para o banheiro, e demos uma ducha quente nele, depois o colocamos na cama.
- Ok, Matheus agora eu resolvo só, obrigado.
- Tudo bem mesmo? Eu posso ficar aqui com você.
- Pode voltar para a festa. Quando terminar aqui, eu apareça para me despedi de você.
- Então eu vou lá. Qualquer coisa é só chamar.
- Chamo mesmo.
Quando me vi só com o David desmaiado de bêbado na minha cama. Fiquei ainda parado esperando alguma ação dele. Mas apenas dormia tranquilamente. Quando o virei para cobri-lo com lençol, seu corpo ficou exposto, mostrando todos os detalhes, não consegui evitar, algo mais forte do que minha vontade, seu corpo já mostrava marcas do sol, se não fosse logo cuidado, ele iria ficar todo ardido e iria descamar feito cobra. Fui no banheiro e busquei o gel que usamos para pele depois do banho de sol. Enquanto passava em seu corpo, meus olhos persistia em ficar encarando seu órgão. Já tinha visto várias vezes o do meu irmão, pois ele sempre gostava de andar pela casa nu quando estávamos só, mesmo assim, não era a mesma coisa, senti um desejo de pegar, mas isso não seria correto. O cobri com o lençol, mas mesmo assim, ainda me segurando, pousei minha mão sobre seu órgão. Foi estranho senti aquela textura de outra pessoa, não era como a minha, e era, nossos volumes era parecidos, ainda apertei um pouco e então senti aquele volume crescer logo ele estava erguendo o tecido, me afastei com medo dele está acordando. Não sei o que deu em mim, eu também estava excitado. Corri para o banheiro com medo de alguém chegar ali e me pegar olhando o volume do David. Não pude evitar, comecei a me masturbar, minha excitação era tanta, me lembrando do volume dele, ainda abri a porta e observei ele deitado. Não sei como foi aquilo, mas logo eu estava tendo um orgasmo forte. Foi estranho e gostoso ao mesmo tempo. Quando eu ia saindo do quarto, escuto David falar...
- Não vá, fica comigo.
Ui ui ui que 😋
Maravilhoso <3
Muito bom...rapaz indeciso e gringo instigador.Esperando de como e quem vai dar o primeiro passo:Mateus ou David