Todos bebericavam e degustavam das delicias que Fernando tão corriqueiramente prepara.
Conversavam sobre os mais variados assuntos, quando Rodrigo quis saber como que eles aderiram ao ménage.
Fernando em rápidas palavras descreveu toda a trajetória do encontro de Sophia com ele pela internet até o momento da primeira experiência, que foi com Rodrigo.
Rodrigo que desconhecia isso ficou surpreso e ao mesmo tempo envaidecido por ter sido ele o primeiro macho daquele casal, ao qual já detém muita amizade.
Sophia então relembrou.
- Eu vou contar uma coisa pra vocês... Embora fazer ménage fosse um desejo muito grande, eu me sentia meio apreensiva e nervosa na primeira vez. Tinha receio que algo desse errado ou que Fernando não gostasse do meu desempenho, e que por conta disso não quisesse mais fazer. Nos primeiros instantes, quando me vi nua diante de Rodrigo e que meu marido me ofereceu a ele, uma energia percorreu minha coluna, senti a adrenalina invadir minhas veias e imediatamente pensei. Como devo me comportar? E naquela fração de segundos a minha voz interior me disse: “Sophia, seja você mesma. Seja sempre autentica. Faça o que seu prazer pedir e seu corpo desejar”. Não sabia se agia com moderação, com certos recatos, controlada, e Fernando me achar muito sonsa, ou me comportar como uma puta e foder pra valer, correndo o risco de ele me achar muito vadia e não me querer mais, ou me superar e Fernando me achar maravilhosa e me aceitar. Que foi o que aconteceu.
Todos riram, e Fernando endossou.
- Mas meu amor, você não precisava passar por essa preocupação. Todo o tempo eu te falei do meu desejo em ter uma esposa puta.
- São preocupações bobas... Coisas de mulher insegura.
Disse Sophia cheia de doçura.
- Acho vocês dois lindos e maravilhosos. Amo vocês!!
Disse Luiza cheia de empolgação pela atitude e comportamento liberal daquele casal que a cada dia ela admira mais e adota como modelo.
Todos riram, fizeram alguns comentários e beberam.
Sophia em troca quis saber como Rodrigo se iniciou como macho do Tanger.
Ele disse que quando veio do interior para fazer faculdade de Educação Física em São Paulo, veio com pouco dinheiro, e naquela época era comum alguns rapazes fazerem programas para garantir a faculdade e a sobrevivência.
Um colega o apresentou ao mundo dos garotos de programa e foi isso que o fez terminar a faculdade e sobreviver por um bom tempo.
Ele acabou fazendo uma boa clientela junto às senhoras da alta sociedade, que o procuravam à tarde enquanto os maridos trabalhavam.
- Elas me pagavam muito bem, o que me garantia uma vida confortável.
Disse ele, e continuou.
- Um dia fui convidado através de um amigo a ir ao Tanger, num dia especial ao ménage masculino, e lá fui assediado por alguns casais, que na saída me elogiaram ao proprietário. Nas semanas seguintes esses casais voltaram ao Tanger procurando minha companhia e o dono do Tanger me propôs trabalhar para a casa. Aceitei. E com isso já se vão cinco anos que estou nessa vida e não pretendo parar tão cedo. Vou aproveitar ao máximo, disse Rodrigo com toda a naturalidade.
- E a sua faculdade?
Quis saber Fernando.
- Eu me formei, mas não tive oportunidade de exercer minha profissão. Houve uma época que procurei trabalhar como personal trainer, mas o que ganho nesta atividade é muito superior ao que ganharia como personal trainer.
- Eu não conheço suas habilidades como personal trainer, mas essa que você exerce atualmente você desempenha muito bem.
Disse Sophia cheia de intenções.
Luiza e Fernando riram do tom malicioso de Sophia, e Luiza enfatizou que o fato dele ser um rapaz inteligente, bonito, educado e possuidor de um belo dote, faz com que ele seja muito solicitado.
Sophia, que estava perto dele passou a mão pelo seu pênis e disse.
- Concordo com você minha filha. Quem em sã consciência iria desprezar uma coisa linda destas.
Disse Sophia, apoiando com as duas mãos juntas, como se fosse uma bandeja, o pênis de Rodrigo, que mesmo em repouso preenchia suas duas mãos.
Deu um beijo na cabeça daquele pênis e indo para junto de Fernando perguntou, depois de beijar-lhe a boca.
- Você não acha meu amor?
- Com certeza.
Disse Fernando sorrindo, enquanto Luiza, curiosa, sondava sua vida amorosa.
- E sua namorada, sabe? Você tem namorada não tem?
- Tenho. Mas ela não sabe.
E Luiza sem dar brecha, surpresa, insistiu.
- Como pode ela não saber? Você não disse pra ela o que você faz?
Rodrigo sorriu pela repentina inquisição de Luiza e respondeu.
- Eu disse a ela que trabalho com promoção de eventos, por isso não seguir horários previamente estabelecidos.
- Hããããã... Realmente... Isso que você faz não deixa de ser um evento...
Disse Luiza, reagindo inconformada à resposta de Rodrigo.
Sophia atenta ao assunto também quis saber.
- Mas porque você não lhe conta a verdade? Você não acha mais fácil.
- Creio que ela não entenderia.
Disse Rodrigo.
- E como você sabe? Você não tentou.
Completou Sophia com a naturalidade de uma liberal.
Houve um breve momento em que ninguém falou nada e Sophia voltou a questionar.
- E suponhamos que ela entenda e queira participar, você a deixaria transar com outro.
- Não! Claro que não.
Foi a resposta seca e decidida de Rodrigo.
- E porque não?
Quis saber Sophia perplexa.
- Ora.... Porque eu não sou um voyeur. Não sou um liberal.
Disse Rodrigo quase gaguejando.
- Ah não??
Questionou Sophia.
- Não.... Eu sou um comedor, gosto de pegar as esposas na presença dos maridos e os maridos também. Isso me dá prazer.
- Ah, entendi...
Disse Sophia sorrindo.
- Quer dizer que os machos são somente comedores de esposas, jamais compartilham as suas.
Perguntou Luiza cheia de curiosidade.
- Os outros eu não sei. Mas eu não compartilho.
Disse Rodrigo, cheio de razões.
Rodrigo é de um machismo exacerbado.
Ao contrário de muitos outros, não é preconceituoso.
Aceita e lida muito bem com as diferenças, com as opções e preferências sexuais das pessoas.
É um heterossexual incondicional.
Aceita e gosta do comportamento extravagante e libidinoso das esposas que possui, mas a sua mulher é intocável, e deve se comportar com recato.
O assunto estava instigante e Sophia curiosa queria saber.
- E quando você faz sexo com sua namorada, você faz da mesma maneira que você faz comigo?
- Como assim, da mesma maneira?
Perguntou Rodrigo, já todo embaraçado.
- É, da mesma maneira, assim, intensamente, com essa pegada que você tem. Um sexo selvagem, intenso.... Você sabe.
Rodrigo sorriu e disse.
- Ah, não... Com ela a pegada é outra. Sou mais delicado, não faço certas coisas.
- Como o quê, por exemplo?
Quis saber Luiza.
Sorrindo e começando a ficar sem jeito Rodrigo falou.
- Não gozo na boca dela, não faço anal com ela, nem a chamo de vadia, essas coisas.
- Mas você não faz porque ela não gosta ou porque você não quer.
- Não faço porque não me sinto bem fazendo. Ela é minha namorada.
- E como é que você sabe se ela quer ou não?
Perguntou Sophia.
- Ela nunca me falou nada e eu também nunca forcei.
- Mas Rodrigo, as mulheres, principalmente as mais novas e inexperientes em sexo, normalmente não pedem certas coisas. Elas sempre vão esperar uma atitude do marido ou do namorado.
Disse Sophia cheia de experiência nesse assunto.
- É... Mas eu não quero uma mulher liberal pra ser minha namorada. Porque eu não sou um liberal. Apenas gosto e tenho prazer em pegar as esposas e os maridos. Isso me dá prazer.
Repetiu Rodrigo com maior ênfase.
- Entendi.
Disse Sophia para encerrar o assunto.
Fernando percebendo que as duas tentavam encurralar Rodrigo nesse tema, tentou desviar o rumo do assunto.
- E quais são seus planos para o futuro, Rodrigo?
- Bom... Eu me formei com a intenção de vir no futuro a montar uma academia. Tenho algumas economias, mas ainda estou longe de conseguir a realização desse sonho.
- Uma academia? Que interessante!
Foi o comentário de Fernando, que deixou transparecer estar planejando algo.
- E como seria essa academia?
Continuou Fernando.
- Uma academia agradável, num bairro classe média alta, com equipamentos de última geração e muito bem planejada.
E antes que Fernando falasse alguma coisa Rodrigo continuou.
- Mas isso é uma coisa que custa muito caro e creio que esse será um sonho difícil de concretizar.
- Nunca desista de um sonho!
Disse Fernando com ênfase que foi endossado por Sophia.
- E se você tivesse um sócio?
Perguntou Fernando, enquanto Sophia acompanhava com interesse o raciocínio de Fernando, já imaginando as intenções de seu marido.
- Sócio? Pensei nisso, mas nunca encontrei ninguém com cacife e disposto a investir nessa atividade.
Disse Rodrigo quase conformado.
- E se eu te propuser um negócio?
Disse Fernando pegando Rodrigo de surpresa, que ficou só olhando, esperando a proposta.
- Fazemos uma sociedade. Eu monto uma academia para vocês, onde eu entro com o capital e você com a tua capacidade profissional.
Fez-se certo silêncio e um clima de suspense pairava no ar.
Cautelosamente Rodrigo perguntou.
- Você disse “vocês”. Vocês quem?
- Você, Sophia e Luiza. Eu monto a academia e fazemos uma sociedade por cotas. Eu entro com o capital. Você cuida da parte operacional, Sophia da parte administrativa e Luiza da divulgação e do marketing.
E olhando todos continuou.
- Vocês topam?
Um largo sorriso iluminou o rosto de Sophia, Luiza e contaminou Rodrigo que, empolgado, quis saber.
- Mesmo?!
E Fernando continuou.
- Com certeza. Se todos tiverem de acordo, amanhã mesmo já escalo alguém para procurar um local. Depois é só contratar um arquiteto para fazer a implantação e a montagem do equipamento.
Sophia abraçou Fernando, o beijou, e junto vieram Luiza e Rodrigo, que num só abraço enlaçou ambos.
Conversaram animadamente sobre como será a academia e já traçaram alguns planos, para a realização de uma peça publicitária para o lançamento da academia.
- Vamos nos reunir depois para vermos qual será nosso público alvo e realizar uma campanha direcionada.
Disse Fernando a Luiza.
- Uma coisa é certa: terão muitos clientes liberais das casas de swing.
Completou Luiza. Empolgada. Erguendo um brinde, Fernando falou.
- Vamos brindar então ao Rodrigo pela amizade espontânea e repleta de sintonia que aconteceu entre nós, ao seu dote que é o motivo do seu sucesso e também a esta sociedade, que tenho certeza, será muito produtiva e estimulante para todos nós.
Elevaram um brinde, e mais uma vez todos se abraçaram com grande empolgação, solidificando essa amizade e essa sociedade, deixando bem claro, para alegria de Sophia, que a sociedade também é no compartilhamento com a esposa do casal.
Um a um foram caindo na piscina dando claras evidencias de que aquele restante de noite iria terminar com Sophia e Luiza em rodizio com Rodrigo, com a assessoria afetiva de Fernando.
Continua...