Cauã & Cauê: Juntos (04) - O lado escuro do coração.
Sentimentos verdadeiros não são fáceis de esconder, e ou conter, Cauã correu ao perceber que seu amigo estava em perigo, mas a cena foi bastante dramática para Janaina explodir de indignação. - Viu só, não te disse nada por respeito a você, mas esse seu amigo um bruto, não sei como seus pais permitem certas amizades. Os dois rapazes ficaram olhando para ela, Cauê sem ação, ainda assustado, Cauã simplesmente olhava apenas para seu amigo esperando uma reação tal qual a da namorada, mas não deu tempo, ela simplesmente pegou sua bolça e deu meia volta, saindo. - Amanhã eu venho aqui num horário que este ai não esteja. - Espera Jane – mas ela não esperou mais desculpas. Cauê olhou furioso para o amigo que ainda estava no mesmo local, agora com uma cara mais aliviada. Mas ainda esperava a fúria vinda do outro que estava sentado na cama, com sua perna estirada e enfaixada no tornozelo. - Pode me explicar que loucura foi essa? Cauã respirou aliviado vendo que iria ter o seu direito a defesa. - Foi por instinto, eu juro, olhe para o lanche espalhado no chão. Cauê olhou em volta, e então vendo os pedações do que parecia ser camarão, compreendeu. - Você lembrou? - E como eu não lembraria. – na memoria de Cauã ele via o amigo ainda no tempo do fundamental quase morrer sem ar por causa do camarão, foi quando descobriram sua alergia. – desculpa se eu compliquei nossa relação com sua namorada, não foi minha intenção. - Ok. Eu te entendo, amanhã eu explico a ela, creio que ela vai te perdoar. ... Enquanto isso no hospital, alguns minutos antes, Nando ficou parado olhando o carro de Janaina dobrar a esquina levando seus amigos. E ele ficou parado lembrando que teria que pegar um ônibus. Ficou sentado um pouco, e então ouviu uma voz familiar. - O que ainda faz aqui Fernando? - Oi Doutor. Estou esperando o ônibus. - Mas o ponto não é mais em baixo. - É sim, eu já vou pra lá... - Espere, não quer ir comigo jantar? - Obrigado, mas não precisa se preocupar. – ele parecia tímido. Ricardo sorriu, chegou mais perto, e pós a mão no ombro dele. - Venha, depois do jantar deixo você na residência. ... No apartamento de Cauê, os dois estão conversando, sentados na cama, um ao lado do outro. - Então sobre aquela noite, podemos deixar no passado certo? – Cauã perguntou olhando para o amigo. - Não sei se vai ser fácil esquecer afinal, você tirou minha virgindade que eu estava guardando para Janaina. - Espere ai, vai me dizer que você ainda era virgem! – Cauã faz uma cara de incrédulo. - Você falando assim parece que é coisa do outro mundo... E você, perdeu a virgindade com quantos anos? - Não posso falar. – ele fez uma cara de sério. - Por que não? - Por causa das regras do site, seu falar eles não liberam o capítulo. - Não entendi nada. Mas entendo que você já é bem experiente. - Mas então podemos ser amigos como antes? - Você que andou me evitando. - Pensei que você estava com raiva de mim, não queria confrontar você de cabeça quente. - Sempre que lembro daquela noite tenho arrepios, claro que estava com raiva, e ainda estou. – Cauê o olha em silêncio – Mas você é meu amigo, não podemos ficar brigados. - Vem cá, você ainda não tomou banho, né? – Cauã sorrir - Venha, vou te dá banho hoje. – já vai tentando tirar a camiseta do outro - Deixa que eu tiro sua roupa. - Nem venha se aproveitar da minha situação para tirar uma casquinha. ... No restaurante, Ricardo olha para Nando, observa o quando ele é tímido. - Está boa? – Ele se refere a comida que Nando está comendo. - Sim. Muito boa. - Então Fernando, faz tempo que namora? Nando o olha com dúvida na pergunta, ele foi muito direto. - Alguns meses. - Você parece gostar dela... - Sim. – ele olha para Ricardo e espera a próxima pergunta. - E o Cauã, são amigos de muito tempo? - Não, nos conhecemos na residência, moramos no mesmo quarto. - Interessante. - Posso te fazer uma pergunta também? - Claro, pode perguntar várias. - De onde o senhor conhece o Cauã? - Desde o ensino médio, uma longa história, mas isso é passado, hoje somos apenas amigos. - Certo. – ele pareceu feliz com a resposta, chegou a sorrir. Ricardo sorriu em resposta, parecendo sentir o alivio do jovem. ... Cauê já de volta a cama apenas de pijama, deitado, liga a tv. Cauã se deita ao seu lado, bem próximo. Ele olha para o amigo, sente que tudo está bem novamente. Cauê sente que o clima entre os dois está como antes. Sem olhar de lado ele pergunta: - E afinal, qual é a história de você com o Luan? - Ele é meu ex. – Cauã respondeu direto. Cauê ainda chegou a olhar d elado verificando se o amigo não estava sorrindo, ou brincando. Mas viu que a resposta era séria. Seu amigo era realmente Gay. - Então, você vai voltar com ele? - Nossa, você está todo interessado, mas isso não é da sua conta, a não ser que seja meu namorado. E ai quer ser meu namorado? – Cauã pergunta com um sorriso sarcástico no rosto. Ele se vira, fica quase beijando a face do amigo, joga sua perna por cima do outro, seu joelho tocando por cima da roupa o pênis. Cauê sente a face do amigo na sua. Uma sensação o incomoda, seu corpo parece esquentar, precisa interromper aquela brincadeira. - Não esqueça que a minha outra perna está boa. E assim ele chuta Cauã quase acertando suas bolas. Eles riem. – Mas então, é serio. Você ainda gosta dele? - Não, é passado. - E o que aconteceu, ele parece ser um cara legal. - É sim legal, bonito, e cheio de si. Eu o peguei com outro. Não suporto traição. Cauê o olhou sério, sabia que aquelas palavras eram sérias. - Sua família sabe de você? - Nunca disse nada, mas na nossa cidade rolam boatos entre a galera, creio que já deve ter chegado aos ouvidos de dona Isabel, mas ela nunca disse nada, e eu também nunca fiz nada que a deixasse envergonhada, entende? Cauê então se calou, sabia que ele vinha aprontando, sabia que fazia coisas que desgostava os seus pais, mas ele iria dá uma noiva nos moldes que sua família desejava. ... Na entrada da residência, Nando ainda dentro do carro de seu médico. - Eu posso te ver outra vez? – aquela pergunta saiu de forma tão inocente que Ricardo o olhou bem investigativo procurando o real sentido daquela pergunta. - Se você desejar, é só manda uma mensagem. - Certo Doutor. - Mas agora vamos deixar esse doutor de lado, porque não gosto. Me chame apenas de Ricardo. - Ok, e você pode me chamar de Nando, assim como meus amigos. Ele saiu do carro, e ficou parado esperando o carro sair. ... Pela manhã, Cauã acorda, e sente um peso sobre ele. Confere e ver o corpo do amigo quase todo sobre o seu. Ele não se meche, o rosto de Cauê está virado para o seu. Ele o observa. Seu rosto assim tão próximo. Seus lábios carnudos são um convite incessante ao beijo mais ardente. Ele parece sonhar com a reprise da outra noite, ele conhece o amigo, sabe que não será possível os dois serem um casal, e ele tem que aceitar, e esquecer aquela noite alcoólica. Ele fica apenas olhando, então pressente que o outro vai abrir os olhos, logo ele fecha os seus. Cauê acorda, está com o corpo bem relaxado, sua primeira visão o deixa perturbado, está praticamente abraçando seu amigo. Ele se afasta, observa o corpo de Cauã apenas com short de futebol. Eles dormiram juntos novamente, ainda pensa em brigar, fazer um drama, mas sabe que não aconteceu nada durante a noite, eles são apenas amigos. Quantas outras noites eles não dormiram no mesmo quarto. Ele observa mas de perto. A face do amigo parece em paz. Sente em seu corpo um arrepio, lembra do beijo embriagado. Sente calor pelo seu corpo. Seu pênis responde, fica meio bomba. Ele treme de nervosismos. Está tudo errado. - Acorda bela adormecida – Cauê sacode o amigo. - O que foi? - Veja a hora, vamos chegar atrasados. ... Fatinha mais Yara estavam sentadas numa banca próximo ao centro de convivência, quando Nando chegou e foi logo se sentando junto. Ele não parecia muito contente. - Que cara é essa? – Yara perguntou. - Vai ver ele terminou o namoro... – Fatinha respondeu por ele. - Nada disso, se fosse fim do namoro ele estaria feliz. – Yara sendo sarcástica. Nando olhou para ela, parecia surpreso, parecia que ela lia seus pensamentos, ele não podia admitir assim de cara. - Estou com uma divida... - Estamos aqui para te ajudar. Fatinha se mostrou atenta. - Quando estou perto dessa pessoa eu sento arrepios, quero ficar sempre próximo. - E quando está perto da Ludmila? – Yara instigou o papo. - Ela é legal, mas não é a mesma coisa. Com esta pessoa esqueço o mundo em volta, não consigo entender. - Claro isso se chama amor. – Fatinha esclareceu. - Amor!? – Nando pareceu perdido naquela palavra, ele não acreditava que seria possível está amando seu médico. - Sim, e podemos saber quem é essa garota? - Garota? – ele olha para as amigas e se toca. – Eu preciso ir agora, depois conversamos. – ele se levanta e sai apressado. - Nando, volta aqui!!! – Fatinha curiosa tenta pará-lo, mas ele já não mais dá atenção. - Nossa como ele anda misterioso. – Yara fala com cara de curiosa – E falando em casal apaixonados, veja quem vem lá. Cauã apoiando Cauê pelo ombro, caminham a passos lentos. - Por que apaixonados? – Fatinha sem entender. - Não se largam mais um do outro. Mas antes dos dois chegarem próximo as meninas, Janaina aparece ao lado deles. - Eu fui te pegar em casa – ela não olha para Cauã – Mas você prefere andar com esse ai! – sua cara não é das melhores. - Cauã, pode deixar, a gente se ver depois. - Eu te levo mais tarde. – Cauã fala para o amigo. - Hoje eu quem te levo amor. – Janaina fala para seu namorado, evita olhar para o outro. - Pode ir amigo. Obrigado. Depois que Cauã sai, Cauê olha para Janaina e fala. - Você não acha que foi grossa com o Cauã. - Grossa, você está me chamando de grossa amor, mas se foi ele que provocou antes, já esqueceu noite passada? Cauê só conseguia lembrar de está feliz ao lado do amigo, de ver seu sorriso e suas piadas bobas. Da segurança que sentiu ao dormir em sua companhia. Mas sim, ele sabia do que ela estava falando. - O Cauã só não te pediu desculpas hoje, porque eu falei para ele que iria primeiro te explicar... - Então ele não é homem suficiente para se explicar... - Não é isso meu amor. Do jeito que você está brava, não iria querer escutá-lo. Ela pareceu se tocar. - Tá, você tem razão. Então se explique. - Quando erámos ainda crianças, ele me viu quase morrer por causa de camarão, e ontem a noite ele apenas reagiu institivamente em me proteger. - Então você é alérgico a camarão? - Isso. - Nossa que droga, agora estou me sentindo uma idiota. Então eu é que devo pedir desculpas. - Depois vocês conversão, agora preciso ir a biblioteca. ... Cauã chega a banca onde está suas amigas. - Nossa o que foi aquilo? – Yara já toda curiosa. - Um mal entendido, depois te conto. E com vocês tudo bem? - Tudo sim. – Fatinha se mostrando toda desinteressada. – Só o Nando que anda flertando com uma garota mas não sabe se a ama, e anda todo confuso. - Mas o Nando terminou com a Ludmila, e eu não sabia... - Que nada, ele anda muito misterioso. Mas eu vou descobrir esse mistério, pois aquele outro eu ainda estou juntando as peças. – Yara o olha bem nos olhos. - Que mistério? - Já esqueceu daquela ligação, todo preocupado com um amigo... - Há, aquela ligação?! - Sim senhor, aquela ligação. - Esquece, já foi resolvido. - OK, mais uma peça recolhida, creio que falta pouco. Cauã pareceu preocupado, e sentiu medo que ela pudesse descobrir sobre ele e Cauê. - Gente preciso ir, se não vou perder aula. – ele saiu as pressas. - Já notou que esses garotos estão todos apressadinhos hoje? – Fatinha fez cara de observadora. - Mas isso não vai ficar assim, vamos descobrir, ou eu não me chamo Yara. ... Nos corredores da biblioteca Cauê tentava pegar um livro que estava na parte mais alta, mas não conseguia se equilibrar direito, enquanto segurava a muleta, estava com medo de cair, e quando tocava o pé com mais apoio no chão ele doía. Nesse momento Luan aparece e fica olhando as tentativas de Cauê. Ele não diz nada, apenas faz, chega de lado sem ser notado por Cauê, ergue a mão na direção da mão do outro que está pegando o livro. Luan com mais agilidade pega o livro segurando a mão de Cauê ao mesmo tempo. Cauê se assusta, e se irrita mais ainda por ver de quem era aquela mão pegando a sua. - Obrigado, mas não preciso de sua ajuda. - Tudo bem, só pensei... - Eu sei me cuidar sozinho. - Já entendi, me desculpa. Seu nome é Cauê, e ai, como está o pé? - Sim, e você é o ex do Cauã. - Então ele falou de mim para você... - Me contou umas coisas... - Então ele falou de mim... – Luan pareceu refletir aquela informação. - Mas nem se preocupe, ele disse que não quer mais nada com você... - Isso não impede de tentar conquistá-lo, afinal ele não está namorando. - Ele tem namorado sim! – Cauê falou rápido, não pensou direito nas palavras - Tem?! Não foi isso que ele deixou claro. E quem seria esse namorado. - Não é de sua conta. - Você parece bem preocupado, seria você? Cauê tremeu, estava com raiva e sem saber o que dizer, apenas deixou seu coração falar mais alto. - E se for?!O que você faria? Luan o encarou. Cauê retribuiu com seu olhar atrevido e seguro. Do outro lado da prateleira uma jovem ouvia a conversa. ... Continua.
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Eu amo esse conto. Cauã e Cauê, estou apaixonado por esses dois. Obrigado por nos presentear com mais um conto maravilhoso e muito apaixonante. Tô viciado. Continua logo
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