Cauã & Cauê - Juntos (09): "Será possível ficarmos juntos?"

09 - “Será possível ficarmos juntos.”
Minutos antes em frente ao condomínio do Cauê, Janaina o deixa parado em frente ao portão, ela a espera sair. seu coração bate forte, parece angustiado. sente o corpo do amigo no seu. o beijo é mais quente que o da namorada, as mãos são mais firmes, tem mais atitude naquele abraço. os olhos do Cauã dominam suas ações. ele tem que tomar uma decisão, precisa tirar todas suas dúvidas. sabe que a melhor forma é ir até o amigo e terem uma conversa franca.
…
No apartamento de Ricardo, Nando acorda assustado, olha de lado e encontra Ludmila ao lado.
-- Ola meu lindo, que bom que você acordou, como se sente?
-- Onde estou - olha de lado e então reconhece - o que estou fazendo aqui?
-- Seu médico é um cara muito gentil, ele nos trouxe para seu apartamento…
-- O que aconteceu? - ele tenta se sentar e sente a cabeça ainda tonta.
-- A pouco você desmaiou , ele disse que foi apenas a pressão sua que baixou, já te medicou, e nem precisou levar ao pronto socorro.
-- E onde está ele?
-- Na cozinha fazendo um caldinho quente pra gente.
-- Não quero ficar aqui.
-- Mas você precisa ficar, amanhã você acorda recuperado…
-- Não gosto de ser incômodo…
-- Bobagem Nando - Ricardo aparece na porta e o encara - você precisa descansar, amanhã te levo até a residência.
Mas nando parece não gostar da ideia de passar a noite ali, se lembra da ultima vez que ficou embriagado, e ele estava chateado ao ver seu médico com outros rapazes depois do último encontro que tiveram no estacionamento, dias sem se comunicarem, esperando uma ligação e nada, até o namoro iria terminar definitivamente, então se depara com Ricardo saindo com outros garotos, ele estava sendo usado.
-- Vamos Mila, chama um taxi, quero ir pra casa.
…
Duas batidas na porta, Cauã corre nervoso, e abre. Cauê o olha sério, o amigo lhe dá passagem, e ele entra.
-- Vamos para meu quarto, o Nando pode chegar a qualquer momento.
Cauê tinha esquecido este detalhe. parece ficar desconfortável, não esperava a possibilidade daquele encontro não dar certo. mesmo assim, seguiu cauã até o quarto, onde a porta foi fechada em seguida.
-- Pronto Cauê, estamos a sós. pode falar. - o amigo o olha, parece nervoso.
-- Preciso saber a verdade…- Cauã fica na espera enquanto o amigo parece agitado - Preciso saber o quanto você gosta de mim?
-- Cauê você sabe essa resposta.
-- Você não está só brincando comigo?
-- Não brincaria com coisa séria meu amigo.
-- Então por que fica só me provocando, sabe que eu não sou gay…
-- Eu não sei o que você é meu amigo, mas sei que você gosta de mim.
-- Eu namoro garotas, gosto de mulher…
-- E com quantas você já dormiu?
-- Eu já te disse, eu era virgem até você me foder - Cauê fica vermelho, parece descontrolado, fica agitado e começa a andar pelo quarto.
-- Escuta Cauê, afinal o que você veio fazer aqui? Você diz que sabe o que é e sempre baixa a guarda quando estamos nessa situação. Então me fala, o que afinal você quer.
-- Eu não sei, pensei que você poderia me ajudar se a gente nos beijasse - Cauê fica vermelho, seus nervos o faz suar.
-- Eu não queria me meter na sua vida, não queria ser responsável pelo término de namoro de ninguém, não queria mesmo, mas é você que me deixa assim, e não quero mais resistir aos meus sentimentos…
-- Então me mostra seus sentimentos por mim, e me faça entender tudo isso….
Cauã se aproxima dele, segura suas mãos trêmulas.
-- Calma, se é isso que você quer, eu entendo, mas vai ser do meu jeito.
-- Como assim?
Cauã o pega pela cintura e o joga na cama.
-- Espera Cauã, o que você vai… - Mas cauã não o deixa terminar, e se joga sobre ele e o beija.
seus corpos abraçados na cama, amarrados um no outro. o beijo é firme e forte. Cauê ainda com os olhos arregalados, parece não crer no que está acontecendo, parece que ele quer sentir cada momento e entender seus sentimentos, mas Cauã não se segura, seu tesão fica incontrolável quando está com seu amigo. os beijos agora ficam mais intensos, e Cauê fecha os olhos e corresponde com a mesma intensidade o que deixa Cauã mais aceso e assim como das outras vezes ele perde a noção. fica de joelhos sobre o amigo. abre o ziper e tira a calça até os joelhos e o vira na cama deixando o outro de bunda pra cima…
-- Espera Cauã isso não…
Mas Cauã não o escuta, se deita por cima, e morde na nuca do outro, deixando Cauê arrepiado. Cauê sente seu anel ser forçado pelo mastro duro do amigo, ele parece conhecer aquele caminho muito bem. o pau do Cauã está bem babado com o tesão até aquele momento, lubrificando aquela entrada apertada. Cauê sente ser penetrado, as investidas do amigo o deixam sem palavras, ele sente um enorme tesão. Cauã o beija de lado, no pescoço, na orelha, e o fode com com força tirando gemidos abafados do amigo que está mordendo o travesseiro. Cauã tira o pau, pincela aquele buraquinho que está quente e piscando, Cauê geme gostoso, e Cauã não deixa o tesão diminuir, dá uma cuspida e uma lambida naquele cuzinho já pronto para levar mais rola, os gemidos do Cauê com aquela lingua quentinha lá, o faz arrepiar e tremer o corpo.
Cauã soca com vontade, sem parar, o orgasmo vem com muita porra, nem ele consegue acreditar com tamanho tesão, Cauê sente seu seu corpo receber todo aquele esperma quente, aquilo lhe uma sensação nova, estranha e prazerosa. Quando Cauã retira com cuidado seu pau ainda muito rígido de prazer, ainda fala.
-- Ainda tem tesão para mais umas duas…
Cauê sente o caldo escorrer pelo seu cu que parece não ter força para segurar, ele passa o dedo e sente a abertura que seu dedo entrar direto. Ele olha para Cauã que está todo suado e com cara de cansado e feliz ao mesmo tempo, com seu corpo jogo de lado, e olhando para ele. Olha direito para o pau do amigo, e ver aquela tora de rola ainda enorme, toda babada.
-- Droga Cauã, olha o que você fez, me arrombou de novo…
-- Não vai dizer agora que não gostou…
O silêncio vindo amigo parece validá aquela provocação. os dois adormecem sem mais palavras.
…
Nando está no fogão terminando o café, sua face parece triste, talvez possa está pensando na noite anterior em que teve que deixar o apartamento do Ricardo sem se despedir. ele estava decepcionado, se sentia traído e usado. Ele escuta o barulho da porta vinda do quarto de Cauã, ele levanta a vista e se depara com Cauê saindo em silêncio.
-- Bom dia!
Cauê olha assustado e ver Nando em pé o encarando.
-- Oi Nando, já acordou?
-- Sempre sou quem faz o café aqui… Mas e você Dormiu com o Cauã - aquela pergunta deixou Cauê vermelho.
-- O quê?!
-- Calma, perguntei se passou a noite aqui, só isso cara.
-- Sim… Foi… Eu… Eu vim fazer um trabalho com o Cauã e ficou tarde…
-- Tudo bem Relaxa, venha tomar café quentinho.
Nando entregou uma xícara esfumando para o outro que parecia nervoso. Logo depois Cauê foi embora sem espera Cauã sair.
Já no campus, Nando avistou suas amigas Yara e Fatinha. Ele chegou junto sem dizer nada, e de cabeça baixa, sentou em frente a elas.
-- Bom dia, né? - Fatinha o provocou.
-- Parece que alguém teve o coração partido. - Yara provocou.
-- Parece que so o Cauã que tem sorte. - Nando soltou sem nem erguer a cabeça.
-- Conta logo - Yara pareceu curiosa.
-- Eu vi realmente quem aquela pessoa é de verdade…
-- Aquela pessoa de que você vinha suspirando? - Fatinha se aproxima mais - e o que ele fez?
-- Ele estava com dois garotos logo depois da gente… - Nando sem perceber tinha caido na armadilha da amiga. - Digo, ela estava com dois garotos…
-- Nando deixa de ser bobo, nós já sabemos que você estava saindo com o Dr Ricardo - Yara falou direto.
-- Sabem? - ele as olha com cara de preocupado e de que fora descoberto por um crime grave.
-- Calma amigo, nós não vamos falar nada… Só achamos que você não merece um cara como ele, afinal ele só gosta mesmo de transar com os garotos novinhos e inexperientes como você, é até bom que você tenha caido na real.
-- Mas eu gosto dele… Ele é tão carinhoso…
-- Você precisa esquecê-lo….
…
Na entrada do centro de convivência, Janaina parecia inquieta até que avista Cauê chegando.
-- Bom dia, dormiu bem?
Ele a olhou e ficou todo constrangido ao lembrar da noite.
-- Estou bem - ele sente um arrepio pelas costas, tenta sentir suas pregas que ainda estão froxas.
-- Vamos lanchar, eu ainda não comi nada.
-- Pode ir na frente, vou devolver uns livros antes da aula.
Ela o observa se afastar, e depois caminha até a lanchonete.
…
Cauã está em sala, o professor ainda não entrou, ele parece nervoso. olha em volta e nenhum dos seus amigos chegaram ainda. Ele fica lembrando da noite, do quanto foi bom ficar com seu amigo, por um momento ele sentiu que poderia ser possível os dois ficarem juntos como um casal. Ficou um pouco agitado, os alunos começaram a entrar na sala, mas ele se levanta e sai em direção a porta onde encontra o professor que o interroga… mas ele apenas diz que precisa ir ao banheiro. “preciso encontrar o Cauê”
…
-- Então Nando e o Cauã… - Yara lembra do que Nando falou quando chegou.
-- O que temo Cauã?
-- Você falou que ele é que tinha sorte…
-- Há sim, gente eu falei bobagem, só coisa minha mesmo….
-- Não senhor, pode contar…- Fatinha parecia curiosa.
-- Você sabem que sempre desconfiei do Cauã…
-- Desconfiar dele de quê? - Fatinha parecia não entender, já Yara pareceu compreender aquele comentário.
-- Eu sempre achei que o Cauã não gosta de garotas…
-- Não acredito… - Fatinha surpresa.
-- Gente não deveriamos falar assim do nosso amigo sem ele está aqui. - Yara procurando desviar a conversa, mesmo sua curiosidade querendo saber mais.
-- Hoje pela manhã o Cauê saiu do quarto dele - Nando parecia não ouvir a amiga e sua revelação as deixaram mudas. Yara ficou nervosa, pois fatinha poderia fazer um escandalo.
-- Gente isso não significa nada, eles poderiam está apenas estudando…
-- Foi isso que ele falou, mas não sei, ele parecia tão nervoso e ficou todo vermelho.
-- Gente, que babado, e o Cauã nunca demonstrou esse lado lado…
-- Calma Fatinha, não vamos fazer comentários sem antes falar com ele ok.
Enquanto eles conversavam e Yara tentava acalmar os amigos, na mesa ao fundo Janaina escutava toda a conversa, seu rosto não parecia nada feliz, se levantou deixando a mesa todo o lanche.
…
Na saida da Biblioteca, Cauê se depara com sua namorada com uma cara de quem está pronta para a guerra.
-- Me fala Cauê, o que você estava fazendo no quarto do Cauã hoje pela manhã?
Ele olha de lado, vendo se ninguém mais a escutava.
-- Calma Jane, não é nada de mais… - ele não conseguia esconder seu nervosismo.
-- Fala a verdade Cauê, vocês dormiram juntos…
-- Não, ficamos juntos…
Nessa hora Cauã chega proximo e começa a escutar a conversa sem que eles o veja.
-- Você passou a noite com ele, me diga a verdade, você sente alguma coisa por ele, não minta.
Cauê olha mais uma vez de lado, seu medo de que alguem possa está ouvindo ela, o faz tremer, não consegue se ver sendo assunto de boatos pela universidade, e se chegar aos ouvidos do seu pai.
-- Não Janaina, eu não passei a noite junto dele, e nem sinto nada por ele, entende isso, eu só gosto de você.
-- Então me prove que você não gosta dele, me prometa que não vai mais ser amigo dele…
-- Também não é assim, ele é um amigo, entenda que nossa amizade é como uma irmandade, não posso deixar de ser amigo…
-- Então você prefere ficar com ele do que comigo.
-- Você está pondo palavras na minha boca…
-- E como vou confiar que você não vai ficar colado com ele de novo, não confio nele, eu já sei que ele é gay e que te ama…
Aquela revelação só deixou Cauê mais nervoso, ele sabia que Cauã sentia algo por ele, mas seria realmente amor, não seria apenas tesão e desejo carnal.
-- Janaina o que você falou é muito sério, não pode vim me acusar e ainda afirmar que o Cauã me ama.
-- Só você que não ver, é um tolo mesmo, ele não para de babar por você, como você é tão amigo dele e não ver a verdade. Se afaste dele meu amor, se não ele pode lhe afetar.
Mas cauê lembra da noite, lembra do beijo, de todos os sentidos e sentimentos, e agora falando dele daquela forma.
-- Você tem razão.
-- Viu amor, eu sempre tenho.
-- Vamos terminar…
-- Isso, meu amor, você não precisa da amizade dele.
Cauã já com uma boa parte da conversa se sentiu rejeitado, sabia que Cauê não seria corajoso. Ele se afasta triste e não volta na direção da sala, caminha na direção da saida do campus.
-- Não… Falo de nós… Agora entendo, não é de você que eu gosto.
Ela parece não crer no que escutou.
-- Como assim…
-- Vamos terminar, siga em frente, e eu vou correr para quem sempre realmente me amou e a quem eu quero está junto.
…
.Continua...